terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sosseguem as Crianças...O Pai Natal existe!

Vivia no Polo Norte, mas mudou-se para a Lapónia. Tem longas barbas brancas como a neve. Veste um fato vermelho. Desloca-se num trenó puxado por renas voadoras. Quando passa ouvem-se sinos e um riso inconfundível: Ho Ho Ho.
Percorre o mundo na véspera de Natal, com um saco enorme cheio de embrulhos coloridos e doces, para distribuir presentes às crianças que se portaram bem durante o ano. Um dos grandes mistérios é como consegue entrar pelas mais pequenas chaminés, até porque é um velhinho bem redondinho, com uma barriguinha de muito respeito. A explicação é simples: o Pai Natal também deixa os presentes nas janelas que estão abertas. Por isso, se não houver uma lareira por perto… é melhor não nos esquecermos de abrir a janela do quarto, enquanto comemos a ceia de Natal.
Tudo começou à muito tempo, quando era uma vez… um bispo que vivia numa cidade chamada Smyrna, em Izmir, o pais que agora se chama Turquia. Era um homem muito rico, generoso e que gostava muito de crianças. Muitas vezes levava alegria aos meninos atirando presentes pelas janelas abertas. Chamava-se Nicolau e nasceu no século III, quase 300 anos depois do Menino Jesus.
Quando morreu, a igreja Ortodoxa tornou o bom bispo em santo, pelos milagres que fazia, e passou a ser conhecido por S. Nicolau, ou Santus Nicolaus na antiga língua chamada latim, muito usada na religião. A Igreja Católica também reconheceu Nicolau por ajudar as crianças e os pobres. S. Nicolau tornou-se o patrono das crianças, dos órfãos e dos marinheiros… mas até os ladrões pedem protecção a este santo.
O dia de S. Nicolau é a 6 de Dezembro e as prendas normalmente eram dadas nessa altura. Quando o rei inglês, Henrique VIII, cortou relações religiosas com Roma, por causa do seu novo casamento, a Inglaterra passou a ter os seus próprios costumes e decidiu mudar a data para o dia 25 de Dezembro, dia do nascimento de Jesus, também porque a bondade de Nicolau seguia os ensinamentos do menino de Nazaré, a sua generosidade ficou reconhecida como a de um pai do Natal, por levar alegria aos órfãos. O dia em que Jesus nasceu é chamado Natal, que significa “nascimento”.
De longas barbas brancas e com veste dos bispos ortodoxos, a imagem de S. Nicolau foi-se alterando ao longo dos tempos. Perdeu a roupa da igreja, mas manteve o ar bondoso e a barba. Também o seu nome se foi alterando de país para país, e nem sempre se parece com Nicolau.
Na Alemanha chama-se Weihnachtsmann e na Dinamarca Julemanden, que quer dizer “homem do Natal”. Em Portugal é Pai Natal; no Brasil, Papai Noel; em França, Pere Noel, e na Inglaterra, Father Christmas. Em Espanha e nos países da América Latina os presentes são entregues pelos próprios Reis Magos. Os Italianos têm uma figura parecida com o Pai Natal e que chamam Befana, que dá as prendas a 6 de Janeiro, e na Rússia é a avozinha Babouschka que faz as vezes do velhinho de barbas brancas.

Santa Claus e as suas renas

Nos Estados Unidos da América, o nome Santus Nicolau manteve-se, mas um pouco alterado. Santus transformou-se em Santa e Nicolau ficou abreviado para Claus. Mas a verdadeira explicação para Santa Claus vem da Holanda, onde o nome de Nicolau era Sinter Nikolass, mas foi abreviado para Sinter Klaas. Quando os holandeses emigraram para a América do Norte, o nome transformou-se em Santa Claus.
O S. Nicolau holandês também usava um fato vermelho debruado a pêlo branco, tal como o actual, mas em vez de deixar as prendas debaixo da árvore de Natal ou nas meia penduradas na chaminé, colocava os embrulhos nos sapatos das crianças que se tinham portado bem.
Em 1808, o autor americano Washington Irving, que assinava como Diedrich Knickerbocker, criou uma nova versão do velho St. Nick, que voava sobre as copas das árvores numa carroça puxada por um cavalo “largando presentes pelas chaminés dos seus meninos preferidos”. No seu livro, A História Nova York, Irving descrevia o Santa como um alegre Holandês que fumava um longo cachimbo e que “… punha um dedo ao lado do nariz”. Em 1822 Clement Clarke Moor recuperou esta frase no seu poema Uma Visita de S. Nicolau, mais conhecido por A noite antes do Natal.
O poema de Moore emprestou o ambiente do Árctico à imagem do Pai Natal quando substituiu o cavalo e a carroça por oito pequenas renas e um trenó. É a descrição que Moore fez de Santa Claus que ainda hoje prevalece: "Ele tinha uma cara bochechuda, e uma barriguinha redonda, que tremia quando ria, como uma taça cheia de gelatina.”
Até esta altura, a imagem do Pai Natal dependia da interpretação de cada um. Em 1863, Thomas Nast, um emigrante alemão, criou a figura bonacheirona do velhote que viria a ser aceite em todo o Mundo. Foi também Nast que lhe deu uma casa no Pólo Norte, com a oficina dos brinquedos, e a lista dos meninos bons e dos meninos maus do Planeta.
Durante muito tempo, pensou-se que o Pai Natal vivia no Pólo Norte, onde tinha a sua fábrica de brinquedos. Mas não era bem assim, porque as famosas renas voadoras não conseguiriam suportar tanto frio. Foi o finlandês Markus Rautio, “tio Markus” para as crianças, que revelou, pela primeira vez em 1927, a verdadeira morada do Pai Natal: a cidade de Korvatunturi – Ear Fell (Colina das Orelhas), na Lapónia.
O nome engraçado daquele lugar é porque a colina parece ter duas grandes orelhas de lebre… mas são as orelhas do Pai Natal, que lhe permitem ouvir se os meninos de todo o Mundo estão a portar-se bem.
A partir de 1950, o Pai Natal decidiu fazer a sua própria vila, onde montou um escritório e os seus próprios correios. É a vila do Pai Natal em Napapiiri, perto de Rovaniemi, na Fillândia. A morada é: Escritório do Santa Claus, FIN-96930 Círculo Árctico, Finlândia. Mas atenção, é preciso pôr selos na carta, porque esta morada existe mesmo.
O moderno Santa Claus nasceu dos retoques feitos pelo artista Haddon Sundblom e com a sua publicidade para a Coca-Cola, em 1931. Os cartazes representavam-no grande e com ar de avô, com bochechas rosadas e brilhantes.
Em 1939, nasceu a rena número nove, Rudolph, com um nariz vermelho e brilhante, criada também por um publicitário.
No fundo, não importa como é o Pai Natal, nem como ele se chama. Importa, isso sim que é um exemplo de generosidade e bondade. É o representante universal da inocência infantil… e porque a bondade é a sua própria essência, também os adultos aprendem que em cada gesto amável e generoso o Pai natal será sempre recordado.
O mais importante, é não deixarmos de acreditar, porque ele existe mesmo. Era um bispo bondoso que nasceu no século III e foi mudando de nome e de figura com o passar dos anos. Vamos ensinar esta história aos nossos filhos…e ensina-los a não deixar de acreditar.

C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Nova Gente nº 1316 de 05/12/2001
Texto: Filomena Marta

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Alimente o seu cérebro

No cérebro situam-se as engrenagens responsáveis pelo mecanismo que regula o humor e a sensação de bem-estar. No comando desses estímulos, quando substâncias neurotransmissoras – serotonina, endorfina, adrenalina e dopamina – encarregam-se de fazer a ligação entre os neurónios e os impulsos nervosos que ditam o estado de ânimo.
Esse trabalho, porém, não é feito ao acaso nem de forma desordenada. O combustível capaz de desencadear essas sensações é nada mais, nada menos, que os alimentos. Esses agem na química dos neurotransmissores e ajudam a modificar o estado de espírito.


Reações Químicas


Todas as emoções são resultado de reações químicas, realizadas pelos neurotransmissores. Só se é capaz de sentir determinada sensação quando a estrutura química do cérebro está predisposta, e quem garante essa química são os alimentos. Por isso, uma pessoa mal nutrida pode tornar-se apática, não reagindo a notícias boas ou más, ou ficando mal humorada e irritada quando sente fome.


Sentimentos

A endorfina garante prazer, a serotonina produz uma sensação de calma e felicidade, a dopamina boa disposição e energia, e a adrenalina deixa a pessoa em estado de alerta, tensa. O organismo humano saudável produz estas substâncias e liberta-as de acordo com as situações e necessidades. A alimentação pode dar uma mãozinha para aumentar ou diminuir a produção dessas substâncias, de acordo com a sensações e efeitos que geram. Da mesma maneira que os alimentos influenciam as moções, também actuam melhorando o funcionamento geral e desempenho do cérebro.
Eis alguns exemplos.

Chocolate

Quem sente calma e prazer ao devorar uma barra de chocolate não está maluco. Este alimento contém um aminoácido específico, o triptofano, que ajuda à produção de serotonina. Os doces em geral têm essa propriedade. O efeito do chocolate é ainda mais forte nas mulheres, devido a algumas alterações hormonais.

Bananas
Para não ir com tudo em cima da caixa de bombons quando se está em baixo e com uma certa depressão, há uma alternativa mais saudável e menos calórica: a banana, que tem esse mesmo efeito no organismo. O oposto ocorre durante dietas muito rigorosas, em que há uma queda muito grande na ingestão de açucares.

Carnes Vermelhas



Já as carnes vermelhas vão ajudar na síntese da adrenalina e da dopamina. O perfil do carnívoro é alguém de temperamento explosivo, sempre pronto para o ataque. Pode até aumentar a agressividade, pois além de estimular a produção de adrenalina, esse alimento fornece tal substância, pois o boi, ao morrer, liberta no sangue altas doses do neurotransmissor. A carne vermelha também vai melhorar o raciocínio e dar maior clareza de pensamentos. Este alimento possui um aminoácido chamado carnitina, que estimula os axónios – prolongamento dos neurónios através dos quais se comunicam – e deixam o raciocínio mais rápido. Além de ser uma rica fonte de ferro, aumenta a capacidade de concentração.


Cafeína


As cafeínas em geral, principalmente o café e o guaraná em pó, também ajudam a manter o estado de alerta, mas causam piques de humor. O efeito estimulante de um cafezinho dura cerca de sete horas no organismo. Para a mesma função também pode usar-se a canela e o gengibre. Estes dois alimentos aumentam o calor interno do corpo, aumentando a energia. Dão mais disposição e motivação, por exemplo, para realizar actividades físicas. O maracujá e a camomila, em forma de chá, actuam como calmantes.


Amargo-doce


Para acalmar, uma combinação específica de alimentos pode ser eficiente. Num dia stressante, experimente comer no almoço verduras amargas combinadas com alimentos de sabor doce, como beterraba ou abóbora. Segundo a medicina chinesa, a combinação entre os sabores doce e amargo acalmam e tranquilizam de forma subtil, sem causar apatia.




C@rlos@lmeida


Fonte: Revista TVMais nº 412 de 18/12/2000


(Fotos da Net)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fofos de Belas

O segredo dos “fofos” de Belas


Muito pouca gente do país desconhece os “fofos”, uns docinhos confeccionados em Belas, no concelho de Sintra. Quem não teve já contacto com o seu sabor, agradável e um pouco diferente da doçaria em geral? A verdade, contudo, é que são poucos os habitantes da região onde os “fofos” nasceram que sabem, de fonte segura, a data em que eles vieram ao mundo.
Ao olhar-se a frontaria do pequeno edifício onde diariamente são confeccionadas centenas e centenas de “fofos”, localizada á entrada da histórica e quase esquecida vila de Belas, que tem muito para contar no que se refere à sua história, vê-se que a casa foi fundada, como estabelecimento doceiro, em 1850, há, portanto, cento e sessenta e um anos. Será essa a verdade?




Belas tem muitas coisas interessantes para contar e cada uma das suas pedras é um bocadinho de história. Foi sede de concelho até 24 de Outubro de 1855, altura em que passou a simples freguesia da região de Sintra. Habitada por gentes da fidalguia, com vastos haveres, criou a sua própria culinária e a sua sofisticada doçaria. E foi assim que nasceram os “fofos”, os “bolos da ilha”, também denominados bolos de canela, igualmente apetitosos, e os “cocos”, de óptimo sabor.



A “certidão de nascimento” passada pelo estabelecimento, a acreditarmos na fachada do edifício, data de 1850, mas será essa a verdade? Os actuais proprietários têm razões seguras para darem mais uns bons anitos de vida aos “fofos”, os docinhos que orgulham Belas. E baseiam-se basicamente nisto: Quando veio a República, em 1910, foi criado o “Diário do Governo” e teve de ser dada uma data aos estabelecimentos, para uma espécie de “alvará”, ou coisa parecida. Como não existiam documentos que justificassem a abertura da casa os meus familiares de então deram o ano de 1850. Mas a verdade é que a casa é muito mais antiga”.




Sobre os bolos de então:



“A casa foi sempre aqui e fabricava-se o “pão-de-ló”, o pão saloio, entre outros bolos. No princípio a responsável pelo fabrico da doçaria foi a minha bisavó, que se chamava Ana da Fonseca, depois veio a minha avó Josefa Maria da Silva, a seguir a minha mãe, Ester da Silva, depois eu, que me chamo Liberdade, e agora é o meu filho, que se chama Hélio. As pessoas passaram, os anos correram, mas os “fofos” continuam iguais a si próprios”.

O Segredo dos “fofos”



D. Liberdade é categórica: os “fofos” não têm qualquer segredo, tiveram, têm e terão apenas “sorte”. Tivemos a sorte de os fazer bem, é apenas isso que acontece desde sempre, nós aprendemos a fazer os “fofos”, tanto eu como a minha mãe, a minha avó e a minha bisavó, quando éramos pequeninas e o meu filho começou a ajudar-me também ainda em pequenino. E hoje é ele o responsável pela casa e a “sorte”, graças a Deus, continua a acompanhar-nos”.
Voltámos a perguntar à D. Liberdade se não nos estava a esconder qualquer segredo, porque a verdade é que só existem “fofos” em Belas e Portugal inteiro gosta de os saborear. A sua resposta foi segura:
“Já lhe disse que o segredo dos “fofos” é a sorte, e estou a dizer-lhe toda a verdade. Aliás o mesmo acontece com os nossos “bolos da ilha” e com os “bolos de coco.” O segredo de todos eles é a… sorte”.




As receitas destes bolos encontram-se no Blog:
http://mikii4066.blogspot.com/



C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Domingo Magazine de 26/08/2001
Texto: Inácio de Passos


Fotos da net e do texto

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O edifício mais alto do mundo

A torre que vemos na foto ainda é virtual, mas em breve deixará de o ser. Este é o projecto daquele que será o edifício mais alto do mundo. Será na cidade sul-coreana de Pusan e terá 465,5 metros de altura. A construção vai demorar cinco anos e ficará pronta em 2005.



C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Maria nº1152 06/12/2000

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escrito na Pedra

“A fama é como um rio, que mantém à superfície as coisas leves e infladas, e arrasta para o fundo as coisas pesadas e sólidas.”


Francis Bacon, Político e Filósofo britânico (1561-1626)





C@rlos@lmeida
(Foto da net)


Provérbios


"Quem começa com decisão tem meio caminho andado."

"Cantar andando se encurta caminho."

"Os amantes, como as moscas,desaparecem no mau tempo."

"Mais vale o exemplo que a doutrina."

"Quem não olha adiante, atrás fica."

"Olhos que não sabem chorar, não sabem ver."

"De amigo que não ralha, não se dá migalha."

"Do indigente, ninguém é parente."

"Jura de homem, é riso de cão."

"Não há sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda com preguiça."


Fotos da Net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Natureza a seu favor

Combater o Colesterol





Se ultrapassar certos limites, pode produzir graves alterações cardiovasculares, portanto torna-se necessário seguir uma dieta equilibrada. Além disso existem plantas que ajudam a manter os níveis do colesterol no sangue normais.
Beba três chávenas por dia de uma destas infusões:
Ferva, durante 10 minutos, 20g de folha de alcachofra; 25g de bétula para um litro de água.
Infusão de 100g de dente-de-leão num litro de água fervida, 10 minutos: 3 copos por dia.
Durante quinze dias tome dois copos diários de vinho de alecrim (40g para um litro de vinho. Deixe macerar quatro dias e filtre).
A lecitina de soja dissolve as gorduras, favorecendo a sua assimilação. Três colheres de sopa por dia, sendo a primeira em jejum.




C@rlos@lmeida
Fonte: Revista GUIA

Curiosidades









C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Ana

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Michel Giliberti

Michel Giliberti nasceu na Tunísia em 1950. O seu pai tomava conta do Cinema L’Olympia, em Menzel Bourguiba, pelo que passou toda a sua infância como espectador privilegiado dos filmes de culto dos anos 50. Precoce, desde os dois anos que desenha e depois de abandonar África, com 11 anos apenas, inicia no ano seguinte a sua produção a óleo. Com 15 anos, uma obra sua apresentada num concurso para alunos de Toulon é consagrada e exposta no museu da cidade. Desenvolve em paralelo, uma paixão pela música e pela poesia, formas mais aptas de comunicar as suas emoções, tendo mesmo sido autor de três álbuns como autor e compositor. De pequena estatura (que lhe valeu ser alcunhado pelos amigos de “sempre pequeno”), Giliberti acabou, no entanto, por encontrar na pintura uma forma de materializar a imagem da perfeição. Galardoado com vários prémios, vive hoje na Normandia, onde tenta cultivar, sem êxito as árvores da sua infância.








Giliberti é um daqueles artistas que por alguma razão, tentam superar as suas próprias condicionantes na procura de um espaço ou de uma forma harmónica, e tem necessidade de a comunicar utilizando como veículo qualquer forma de expressão. Enquanto manipulador de uma gramática plástica, constrói um léxico com o qual surfa entre os extractos de invisíveis espaços de harmonia que se renovam incessantemente no contexto, mas não no modo nem na significação mais profunda, que é a dada materialização dos seus anseios. O olhar tece poses e posturas, enquanto a pintura serve de espaço a enredos contaminados pelo desejo errante que se inscreve numa cenografia pulsional. Astúcias não faltam para endeusar os afetos que cegam a paixão. Desenhador exímio, Giliberti move-se no universo compositivo do surrealismo, de um mundo próximo da psicanálise, onde se passeia, por mero acaso, com os seus fantasmas, entre dor e prazer ou o prazer da dor. Uma realidade virtual na qual o humano toca o fantástico.
O corpo aparece aqui como matéria de luxo dos sentidos, recorrente das obras do Renascimento e, sobretudo da genialidade de um Michelangelo. Não é o corpo do varão, mas sim o da pintura do Quattrocento que ressuscita agora.













“Hicham”. Óleo sobre tela (89x130cm) datado de 1997. Pintado num estilo naturalista, quase gráfico, evoca, em simultâneo, a plástica dos cartazes executados a aerógrafo e joga com a decomposição das formas, com a ruptura dos corpos e a sua desmaterialização, para transportar para um universo onírico e sensual o realismo dos sujeitos representados.







O corpo nesta pintura movimenta-se e ganha velocidade no fluido da cor e na força abstracta dos cortes operados na figura, para libertar a pulsão animal do instinto, mas aqui a pintura não é uma pintura simbolista, apesar das fórmulas e artifícios que escondem aos olhos mais atentos a sua essência. Para lá do mundo surreal, reflexo da realidade virtual do nosso mundo frio e desencantado, onde se questiona o porvir do homem e dos elementos estéticos e poéticos que transformam a sua pintura numa pintura global, “à maneira” dos humanistas, a referência da obra de Giliberti é outra.
Aquela que podemos encontrar no comentário que Fernando Pessoa fez à obra de António Botto, da qual dizia que nem positivamente nem negativamente nela é sugerida qualquer metafísica, mas apenas apontada a preferência do esteta pelo ideal helénico de celebrar a beleza física e o prazer do corpo masculino, neste caso numa versão sensual e andrógina mais próxima dos estereótipos que moldam a transição do milénio.














“En Verre et Contre Soi”. Óleo sobre tela (116x81cm) pintado em 1997. Com os pintores do Renascimento e do Barroco, que utilizavam frequentemente os temas religiosos ou mitológicos como suporte para pesquisar as potencialidades expressivas do corpo humano desnudo, também Giliberti procura em qualquer contexto essa possibilidade, aqui idealizando plasticamente o corpo perfeito, jogando na conceptualidade de um surrealismo para, de certa forma, diminuir esse apelo essencial do corpo por si só.







C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Caras
por Júlio Quaresma

Chelsea

Chelsea – A Zona mais chique de Londres



Chelsea ficou ainda mais popular pelo facto da princesa Diana ter frequentado os cafés e as lojas das redondezas, uma vez que viveu a dois passos desta zona londrina, no Palácio de Kensington. Foi ainda nesta área que decorreram as filmagens de “Notting Hill” com Julia Roberts e Hugh Grant.





Chelsea é considerada uma das zonas mais bonitas da cosmopolita capital britânica. Dos pontos de interesse turístico, destaca-se a Chelsea Old Church, uma igreja datada de 1290, embora se fale na existência de um templo normando construído no mesmo local em 1157. Referência ainda para o Chelsea Physic Garden, o mais antigo jardim botânico do país, que merece certamente uma visita.





C@rlos@lmeida

Fonte: Revista Caras

Fotos: Eduardo Mota

Atlas 2000/Círculo de Leitores

Hollywood em chamas

As actrizes da Meca do Cinema são acusadas de serem uma má influência para as jovens por fumarem nos filmes em que participam. Quatro em cada dez actrizes fumam nos filmes.


Fumar um cigarro continua a transmitir uma imagem errada. Antes visto como um sinal de sofisticação e charme, hoje é tido como a semente do mal, que provoca rugas nos olhos e na boca das mulheres e tinge-lhes as feições de uma cor estranha.
Apesar de todas as histórias de terror (como o cancro) e dos avisos a favor da saúde, as actrizes mais famosas dos nossos dias continuam a não desperdiçar uma oportunidade para uma “passazinha”. São os casos de Uma Thurman, de 30 anos que o fez de forma distinta em “Pulp Fiction”, ou de Sharon Stone, de 42, que acentuou a sua imagem independente e dura, tal como fez Rita Hayworth no clássico “Gilda”. E não podemos esquecer Katharine ou Audrey Hepburn, que nunca alcançariam a aura mística sem a nuvem de fumo sobre as suas cabeças, ou sem a elegante boquilha nas suas mãos.



Provavelmente, a última grande deusa do cinema que dificilmente era vista sem um cigarro entre os lábios foi a inesquecível Marlene Dietrich, cuja voz testemunhava a grande ingestão de nicotina. Ninguém, na altura, pensou na grande influência que estas mulheres exerciam em milhares de impressionáveis jovens.
Mas algo mudou. Investigadores da escola de saúde pública de Harvard, em Boston, concluíram que as dez actrizes mais famosas da década de 90 fumaram em 44% dos filmes. A mensagem que passa é a de que o cigarro reduz o stress, mas, medicamente falando, o efeito é o oposto. O estudo inclui 50 filmes, feitos entre 1993 e 1997, em que o acto de fumar, explícito ou não, ocorreu. Em foco estiveram Gwyneth Paltrow, Demi Moore, Cameron Diaz, entre outras.



As estatísticas mostram que as mulheres começam a fumar mais cedo do que os homens, por isso, as actrizes são quase obrigadas a reduzir o consumo de tabaco e, mesmo, a se recusarem a fumar em frente às câmaras… pela saúde da audiência feminina!






C@rlos@lmeida
Fonte: Revista TVMais
Texto e Fotos: Sipa Press/Feriaque

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mulheres Famosas da História

Grace Kelly – 1929 – 1982



De actriz a Princesa
Nasceu nos Estados Unidos em 1929 e seguiu as suas ambições como actriz. Tornou-se famosa em filmes como Alta Sociedade, ou Para Sempre, pelo qual ganhou o Óscar de melhor actriz. Mas o seu destino estava longe de Hollywood. Em 1956 rumou ao Mónaco, onde casou com Rainier e viveu idolatrada pelos súbditos até ao dia da sua morte, num acidente trágico.



Eva Péron – 1919 – 1952




A “mãe” dos descamisados
Foi a mulher mais popular da Argentina. Casada com Juan Péron, eleito presidente em 1946, ficou conhecida pela sua elegância e pelo carisma que permitiu-lhe conquistar o coração do povo argentino. Conhecida como Evita, lutou pelos descamisados e pelos direitos das mulheres. A sua morte deixou a nação em lágrimas.
Eva Péron passou de actriz de segunda a Santa.



Jacqueline Kennedy – 1929 – 1994




A Dama da América
Subiu ao “estrelato” ao lado de John F. Kennedy, mas foi ela quem marcou uma época. Com a sua classe e estilo únicos, tornou-se numa das mulheres mais imitadas de sempre. Enquanto primeira-dama, fascinou o mundo, enquanto viúva do presidente, comoveu-o. Casou pela segunda vez e, sete anos depois, voltou a ficar viúva. Morreu em 1994, em Nova Iorque.



Amália – 1920 – 1999




A Força do fado
Nasceu em Lisboa em 1920, mas o país revelou-se muito pequeno para o seu talento. Partiu para divulgar o fado pelo mundo, mas voltou sempre a Portugal, que nunca deixou de a idolatrar. Foi a actriz de teatro, cinema, fez espectáculos e recebeu honras e prémios. Em 1994 deu o último espectáculo, no Teatro S. Carlos. A Notícia da sua morte em 1999, deixou o país mais pobre.



Diana de Gales – 1961 – 1997




Sozinha na multidão
O dia 31 de Agosto de 1997 ficará para sempre como o dia em que morreu a princesa do povo. Idolatrada por multidões, perseguida dia-a-dia por fotógrafos, Diana viveu rodeada de pessoas, mas foi sempre uma mulher só. Sem o amor do marido e incompreendida pelos que lhe eram mais próximos, dedicou-se ao povo que sempre a adorou e chorou a sua morte.
Nunca outra mulher mereceu tanta atenção do mundo inteiro.



C@rlos@lmeida
(Fotos da Net)

Robert A.Heinlein


“Pode ter-se a paz.
Ou a liberdade. Mas não
contem em ter ambas
ao mesmo tempo.”




Robert A. Heinlein
(1907-1988), Escritor
Norte-americano
C@rlos@lmeida

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Natalie Wood

Rever uma atriz deslumbrante, que marcou as décadas de 50 e 60 com algumas obras de culto. Fez tudo cedo de mais ao longo da vida: o cinema aos 5 anos, o casamento aos 19 e a morte aos 43. Mas a sua imagem permanece para sempre na memória de todos.






Filha de um cenógrafo e de uma bailarina (ambos emigrantes russos, radicados em São Francisco), Natalie Wood nasceu, em 1938, com o nome de Natasha Gurdin. O apelido artístico corria-lhe no sangue e a primeira vez que pisou, a sério, um “plateau” tinha 5 anos de idade. A fita intitulava-se Terra de Felicidade, e o futuro avizinhava-se dourado para este talento precoce que emergia em Hollywood.




Com 8 anos estreou-se, oficialmente em Amanhã Viveremos, e trocava réplicas com um génio consagrado: Orson Welles. Nos dez anos seguintes, Natalie Wood não parou de trabalhar ao lado de grandes estrelas do cinema americano de então como poe exemplo, Gene Tierney (Um Fantasma Apaixonado) ; John Wayne (Miracle on 34th Street); James Stewart (Cautela Com Os Fiscais); Fred MacMurray (Convite ao Amor); Jane Wyman (The Blue Veil); Bette Davis (A Estrela), e Anne Baxter (One Desire).




Em 1955, Fúria de Viver Obra prima de Nicholas Ray, que se tornaria no emblema de uma geração, consagrou-a definitivamente. No ano seguinte, foi a vez de outro filme de culto para cinéfilos do mundo inteiro, A Desaparecida, de John Ford e, finalmente teria o seu primeiro papel de adulta em Fúria de Amar. Natalie Wood era assim, uma das jovens atrizes mais populares dos anos 50 e a representante de uma nova geração de heroínas.




A década seguinte não ficaria atrás, e não podia ter arrancado de melhor maneira: Esplendor na Relva , no papel de uma torturada adolescente, seguido do mítico West Side Story, e por dois filmes em que contracenou com Robert Redford, O Estranho Mundo de Daisy Clover e A Flor à Beira do Pântano. Uma época ímpar na carreira de Natalie Wood que, entretanto, atravessou períodos de instabilidade pessoal. Recorde-se que a atriz casara com Robert Wagner em 1957, tendo o casamento durado até 1962. O casal voltaria a unir-se em 1967, e só a morte da atriz em 1981 os separou.




Mikii



(Fotos da Net)