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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Virginia Hall


Virginia Hall Goillot (Baltimore, 6 de abril de 1906 – Pikesville, 8 de julho de 1982)

Uma das espiãs mais perigosas da segunda guerra mundial.

A espiã aliada 'mais perigosa' da Segunda Guerra Mundial era uma mulher americana com uma perna de pau que ela chamava de Cuthbert.

Virginia Hall, também conhecida como a 'Dama manca', organizou operações de sabotagem e resgate em toda a França ocupada, abrindo caminho para a invasão aliada.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os oficiais nazistas estavam constantemente á caça de combatentes da resistência e os espiões aliados que os ajudavam. Mas havia um agente estrangeiro pelo qual o Terceiro Reich desprezava especialmente, uma mulher responsável por mais fugas de presos, missões de sabotagem e vazamentos de movimentos de tropas nazistas do que qualquer espião na França. Seu nome era Virginia Hall, mas os nazistas conheciam-na apenas como “a dama manca".

Virginia Hall, mancava devido um acidente de caça que exigiu a amputação da sua perna esquerda abaixo do joelho. No seu lugar havia uma desajeitada prótese de madeira de três quilos que ela carinhosamente apelidou de Cuthbert.

Hall foi criada em Baltimore, Maryland, por uma família rica e liberal que não colocou limites ao potencial de sua filha. Atlética, afiada e engraçada, ela foi eleita “a mais simpática da classe” no seu anuário do ensino médio. Ela começou os estudos universitários em Barnard e Radcliffe, mas terminou-os  em Paris e Viena, tornou-se fluente em francês, alemão e italiano, com um pouco de russo. Queria servir o seu país, mas ficou chocada ao receber uma carta de rejeição que dizia, “Não aceitamos mulheres".

Hall voltou a Paris como civil em 1940, às vésperas da invasão alemã. Ela conduziu ambulâncias para o exército francês e fugiu para a Inglaterra quando a França capitulou aos nazistas. Num pub de Londres, Hall estava a falar mal de Hitler,  quando uma estranha lhe entregou um cartão de visita e disse: “Se você está realmente interessada em parar Hitler, venha me ver”.

A mulher era ninguém menos que Vera Atkins, uma espiã britânica que se acredita ser a inspiração de Ian Fleming para Miss Moneypenny na série James Bond. Atkins, que recrutou agentes para o recém-criado Special Operations Executive (SOE) de Winston Churchill, ficou impressionado com o conhecimento em primeira mão de Hall do interior da França, sua fluência em vários idiomas e sua coragem imperturbável.

Em 1941, Hall tornou-se a primeira agente residente feminina da SOE na França, com um nome e documentos falsos, disfarçada como repórter americana do New York Post. Ela rapidamente provou ser excecionalmente habilidosa não apenas em transmitir informações por rádio sobre movimentos de tropas e postos militares alemães, mas também em recrutar uma rede de espiões leais da resistência no centro da França.

O que a espionagem dos anos 1940 carecia de sofisticação tecnológica, sobrava em criatividade. A BBC inseriria mensagens codificadas em seus noticiários noturnos de rádio. Hall mandava “notícias” para seu editor em Nova York, com missivas codificadas para seus chefes da SOE em Londres.

“Em Lyon, Hall colocava um vaso de gerânio em sua janela quando havia uma picape a ser feita”, diz Pearson, que conversou com alguns dos compatriotas idosos de Hall na França. “E a picape seria uma mensagem atrás de um tijolo solto em uma parede específica, ou poderia ser ir a um determinado café, e se houver uma mensagem, o barman lhe daria um copo com algo preso no fundo.”

Hall tornou-se tão notória para os líderes nazistas que a Gestapo a apelidou de “a mais perigosa de todas as espiãs aliadas”. Quando a Gestapo espalhou cartazes procurando a “senhora manca”, Hall fugiu do país da única maneira que pôde, uma cansativa caminhada de 80 quilômetros pelas montanhas dos Pireneus em direção ao sul da Espanha. Seus guias espanhóis primeiros se recusaram a levar uma mulher, muito menos uma amputada, mas ela os convenceu. O clima de novembro estava muito frio e sua prótese estava no limite.

Em uma casa segura nas montanhas, Hall ligou para seus superiores em Londres para informar que ela estava bem, mas que Cuthbert estava lhe causando problemas. A resposta séria da sede da SOE a surpreenderia, confundindo Cuthbert com um informante, eles disseram: “Se Cuthbert está lhe dando problemas, elimine-o”.

Mas Hall não terminou de lutar contra os nazistas. Como o OES britânico se recusou a mandá-la de volta à França por ser procurada, Hall se inscreveu no Escritório de Serviços Estratégicos dos EUA (OEditSS), um precursor da CIA.

Em 1944, meses antes da invasão do Dia D na Normandia, Hall embarcou em um navio torpedeiro britânico para a França, disfarçada como uma camponesa de 60 anos, cruzou o campo francês organizou missões de sabotagem contra o exército alemão. Em um relatório da OSS, a equipe de Hall foi creditada com o descarrilamento de trens de carga, explosão de quatro pontes, a morte de 150 alemães e captura de mais 500.

Após a guerra, Hall foi premiada com a Distinguished Service Cross, uma das maiores honras militares dos EUA por bravura em combate. Ela foi a única mulher a receber o prêmio durante a Segunda Guerra Mundial. De volta para casa, ela continuou a trabalhar para a CIA até se reformar obrigatóriamente aos 60 anos. Hall faleceu em 1982.

: De acordo com os comentários há um filme baseado na vida dela na Netflix chamado

" As Espiãs de Churchill" (a call to spy)

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Virginia_Hall

Texto: Wikipedia /Carlos Coelho

Fotos: net

© Carlos Coelho

sábado, 20 de junho de 2020

Neandertais



Clima pode ter acabado com os neandertais
Hipótese avançada na sequência da descodificação do genoma
Os Neandertais, uma espécie humana que se cruzou no tempo e no espaço com o Homo sapiens, nomeadamente na Península Ibérica, extinguiu-se misteriosamente há 30 mil anos. Uma teoria adianta que a competição com o Homo sapiens, mais apto e mais evoluído, terá levado ao seu desaparecimento. Uma outra defende que uma doença atacou aquela espécie e a liquidou. Mas um grupo de investigadores da universidade inglesa de Newcastle, que participa na descodificação do genoma do homem de Neandertal, veio agora sugerir uma nova hipótese: a mudança climática terá sido a responsável. Duas mutações identificadas no ADN mitocondrial (apenas passa à descendência através da mãe), que permitiam aqueles seres humanos a adaptação ao frio, terão acabado por lhes ser fatais quando a temperatura aumentou. A hipótese é, no entanto, provisória, dizem os investigadores. A descodificação do genoma do homem de Neandertal ainda vai continuar.

Fonte: Revista Notícias Sábado
Texto: Filomena Naves
Fotos da Net
© Carlos Coelho

sábado, 6 de junho de 2020

Há 379 anos


Outra vez independentes


Ao fim de 60 anos de domínio espanhol Portugal voltou a ter um rei português.
A 1 de dezembro de 1640, uma conspiração de nobres acabou com a união ibérica e aclamou rei D. João IV (1604-1656). Quem restaurou a independência e entregou a coroa ao duque de Bragança foram os sucessores dos nobres que em 1580 tinham reconhecido a legitimidade de Filipe I (II de Espanha) porque este lhes garantia os seus privilégios e interesses. Passados 60 anos, não quiseram suportar mais o peso dos impostos, as guerras e as desc0nsiderações do Governo de Madrid.

Quando Filipe II de Portugal (III de Espanha) fez a sua entrada solene em Lisboa, em junho de 1619, foi recebido com festejos. Mas ao fim de poucas semanas de permanência eram constantes os conflitos entre nobres portugueses e espanhóis da comitiva real. Foi o último espanhol a visitar Portugal como rei do nosso país.


Filipe II de Portugal (III de Espanha)

Em 1621, sucedeu-lhe Filipe III (IV de Espanha), que entregou o Governo a Gaspar de Gusmão, conde-duque de Olivares, estadista consciente da decadência do império espanhol e da necessidade de reformas. Uma das principais passava pelo fim da autonomia portuguesa – garantida nas Cortes de Tomar de 1581, que aclamaram Filipe I -  e pela redução do país à condição de província espanhola. Entre outras medidas, notou-se desde logo o agravamento dos impostos destinados a financiar as guerras em que Espanha estava envolvida, com destaque para a “meia anata”, paga pela nobreza, e para o “real da água”, imposto indirecto sobre o consumo da carne e do vinho, que atingia toda a população.


Filipe III (IV de Espanha)

Os nobres começaram a conspirar. Os monges de Alcobaça forjaram documentos “históricos” para legitimar a independência de Portugal, como as actas das Cortes de Lamego. O povo reagiu com revoltas sucessivas, com destaque para o motim das Maçarocas, no Porto, em 1629, e as “alterações de Évora”, em 1637. Os revoltosos chegaram a dominar a cidade alentejana e a publicar manifestos assinados por um tal Manuelino, um louco da terra.

Olivares percebeu que por detrás destas insurreições “espontâneas” estava um movimento organizado visando destruir a união ibérica. Ao rebentar a revolta da Catalunha, em junho de 1640, Olivares convocou todos os nobres portugueses para acompanharem o rei a Aragão.


Revolta da Catalunha, em junho de 1640

A convocatória visava sobretudo o duque de Bragança, D. João, que no ano anterior fora nomeado “governador geral das armas do reino de Portugal”. O cargo destinava-se a mantê-lo sobre vigilância – ou não fosse ele o herdeiro da última dinastia portuguesa, logo o principal pretendente à coroa, no caso de uma eventual restauração da independência.

Sempre que o duque de Bragança saía da sua “corte” de Vila Viçosa e se deslocava a Lisboa ou a outra localidade era recebido com banhos de multidão. Foi o que aconteceu em Almada, em junho de 1639, onde quatro nobres (D. Antão de Almada, D. Miguel de Almeida, Jorge de Melo e Pedro de Mendonça Furtado) lhe expuseram os planos para derrubar o Governo de vice-rainha D. Margarida, duquesa de Mântua.


D. Margarida, duquesa de Mântua

D. João não se comprometeu, mas nomeou um homem da sua confiança, João Pinto Ribeiro, para acompanhar os conspiradores.
Na manhã de 1 de dezembro de 1640, os conjurados entraram no palácio do Governo, ao rossio (hoje palácio da independência), dominaram os guardas, prenderam a vice-rainha, mataram o secretário do Governo, Miguel de Vasconcelos, considerando português traidor, e atiraram-no de uma janela. Foi dessa janela, perante o povo que, entretanto, acorrera ao Rossio, que o velho D. Miguel de Almeida aclamou o duque de Bragança como rei D. João IV.


D. João IV

Os representantes do povo apoiaram desde logo o golpe da nobreza, que contara com a conivência do clero, designadamente do bispo de Lisboa e dos jesuítas.
Apanhado de surpresa, O Governo espanhol tardou a reagir,ocupado com a repressão da revolta da Catalunha. O compasso de espera revelou-se precioso para sobrevivência da nova dinastia portuguesa. Aclamado em todo o país e na maior parte do Império ultramarino (com a excepção de Ceuta), D. João IV mobilizou todos os recursos para a defesa.

A guerra da Restauração durou 28 anos. Em 1668, pelo tratado de Madrid, a Espanha reconheceu a independência de Portugal.

D. Luisa de Gusmão


Antes morrer reinando

Consciente dos riscos que corria como herdeiro dos reis de Portugal, o duque de Bragança ficou conhecido pela prudência que punha em todos os seus actos. Dele se dizia que “era bom confessor: ouvia e calava”. Ao contrário, a mulher, D. Luísa de Gusmão (1613-1666), da mais alta nobreza espanhola, era voluntariosa, e notando no marido sinais de hesitação instigou-o a aceitar a coroa que lhe ofereciam os conspiradores do 1 de dezembro: “Antes morrer reinando que acabar servindo”, terá dito.

Fonte: Revista Notícias Sábado
Texto: João Ferreira
Fotos da Net
© Carlos Coelho

sábado, 16 de maio de 2020

Golpe na Civilização Romana


Poderá ter havido muitas razões de natureza política e social para a desagregação e o fim dos impérios romano e bizantino.


O Fim do Império Bizantino marcou, na periodização clássica, o fim da Idade Média

Mas investigadores das universidades de Jerusalém e de Wisconsin-Madison, nos EUA, que estudaram uma amostra de calcite de uma gruta milenar, situada perto de Jerusalém, propõem mais uma hipótese que poderá ter ajudado ao fim daqueles impérios: uma mudança climática desfavorável. Ian Orland e John Valley fizeram uma análise geoquímica com um método que permite detalhar a assinatura climática nas sucessivas camadas do mineral e descobriram que o clima se tornou progressivamente mais seco entre os anos 100 a.C. e 700 d.C. no médio Oriente. “Não sabemos se isto determinou ou não o fim dos impérios romano e bizantino, mas, agora que conhecemos esta informação, podemos fazer a correlação, o que é interessante”, disse John Valley. Numa altura em que, na Polónia, se ultimam as negociações do clima, este é também um motivo mais para reflexão.

Fonte: Revista Notícias Sábado
Texto: Filomena Naves
Fotos da Net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Garuda



 Garuda é um pássaro lendário ou criatura semelhante a um pássaro na mitologia hindu, budista e jainista. Ele é diferentemente o veículo montado ( vahana) do deus hindu Vishnu , um protetor do dharma e Astasena no budismo, e o Yaksha do Jain Tirthankara Shantinatha.

Garuda é descrito como o rei dos pássaros e uma figura parecida com uma pipa. Ele é mostrado em forma zoomórfica (pássaro gigante com asas parcialmente abertas) ou em forma antropomórfica (homem com asas e algumas características de pássaros). Garuda é geralmente um protetor com poder de ir rapidamente a qualquer lugar, sempre vigilante e inimigo da serpente. Ele também é conhecido como Tarkshya e Vynateya .


Garuda faz parte das insígnias do estado na Índia, Mianmar, Tailândia, Camboja e Indonésia. O brasão oficial indonésio está centrado no Garuda. O emblema nacional da Indonésia é chamado Garuda Pancasila . A Força Aérea Indiana também usa os Garuda em seu brasão de armas e até nomeou sua unidade de operações especiais como Força de Comando Garud.

© Carlos Coelho

sábado, 18 de fevereiro de 2017

O Barão de Forrester

O Barão de Forrester

Barão de Forrester

Um dos maiores paladinos do Vinho do Porto

Foi no Pego do Cachão que morreu tragado pelas Águas do Douro

No dia 12 de Maio de 1861 morreu afogado no rio Douro, no lugar do Cachão, com 52 anos incompletos, o Barão de Forrester – José James Forrester -, escritor, artista e viticultor escocês, que tanto se distinguiu na propaganda do Douro e dos vinhos do Porto.

Mapa Barão de Forrester

Camilo Castelo Branco descreve assim, magistralmente, em algumas linhas, o desastre que tanto impressionou o País: « No dia 12, um alegre domingo, saíram todos, o Barão de Forrester e vários amigos, do «Vesúvio», na intensão de jantarem na Régua. O Douro tinha engrossado com a chuva de dois dias e a rapidez da corrente era caudalosa. Aproando ao ponto do «Cachão», formidável sorvedouro em que a onda referve e redemoinha vertiginosamente, o barco fez um corcovo, estalou, abriu um golpe e mergulhou no declive da catadupa. O Barão sofrera a pancada do mastro, quando se lançava à corrente, nadando. Ainda fez algum esforço para apegar à margem; mas, fatigado de bracejar no teso da corrente ou aturdido pelo golpe, estrebuchou alguns segundos na agonia e desapareceu.»

Cachão da Valeira

Este desastre, pelas circunstâncias em que se deu e ainda pelo facto de apenas ter vitimado o Barão de Forrester, foi durante muitos anos motivo de estranhas e singulares versões, tanto mais que o seu cadáver nunca apareceu. Admitiram-se ou bordaram-se lendas e fantasias à volta do sinistro do Cachão da Valeira  e chegou-se mesmo a admitir um crime; mas nada se averiguou…

Convento da Serra do Pilar antes do cerco do Porto de 1832 – gravura do Barão de Forrester tirada da rampa da Corticeira – á direita ficava a Capela do Senhor do Carvalhinho, erguida pelos Padres Jesuítas e por eles mantida até 1761 quando foram expulsos. Serviu de quartel da marinha de D. Pedro durante o cerco e, a partir de 1840, foi a primeira fábrica de cerâmica do Carvalhinho, donde lhe veio a marca. Mais acima ainda se vê um pouco da Muralha Fernandina. Por baixo do convento encontra-se a Capela do Senhor d’Além e a Ponte das Barcas.

O Barão de Forrester, comerciante e viticultor, foi uma figura destaque no Porto de há um século; dedicou o melhor de sua inteligência e actividade ao Douro, procurando por todas as formas acreditar o famoso Vinho do Porto; e de 1843 a 1860 publicou trinta trabalhos, escrevendo-os e ilustrando-os com desenhos, muitos deles excelentes cópias do natural.
Os seus opúsculos «A crise comercial explica-se» e «A verdadeira causa da crise comercial no Porto» contribuíram grandemente para debelar o pânico e estimular as energias dos durienses que ficaram com as vinhas devastadas em 1859; e, seguindo os conselhos e alvitres que lhes sugeriu, conseguiram, em breve espaço de tempo, restabelecer o crédito da Praça do Porto.

Feira de S. Miguel, pintura do Barão de Forrester datada de 1835

Ficaram famosos os mapas que levantou: «O País Vinhateiro do Alto Douro», publicado em legendas em português e inglês e mandado reeditar pela Câmara dos Comuns da Grã-Bretanha, e o «Douro Português e o País Adjacente», de grandes dimensões, que aquela mesma Câmara mandou incorporar no «Blue Book».
As marcas que lançou nos mercados nacionais e estrangeiros conquistaram grande prestígio, tal o cuidado que pôs no trato e cultivo das excelentes vinhas que possuía no Douro e no fabrico de vinhos generosos da sua lavra.História da Pousada Barão Forrester

História da Pousada Barão Forrester

José James era popularíssimo no Porto e no Douro, tanto entre colónia inglesa como na melhor sociedade, destacando-se pela elegância do trajar e pelos requintes de uma educação esmerada. Afável, atencioso, escritor, artista e grande negociante de vinhos licorosos – os vinhos que ele próprio tratava - , usufruía bem justificado renome, tendo ficado famosas as reuniões que dava na sua casa apalaçada da Ramada Alta.

A Gravura do Barão de Forrester 1835

Camilo publicou em 1884 uma tremenda «charge» aos saraus do Barão de Forrester, metendo impiedosamente a ridículo os portuenses e convidados que lhe frequentavam a casa. Desforçava-se, certamente de, de qualquer pretensa injúria dos amigos do Barão, pois este, quando o opúsculo apareceu, já era morto há 23 anos. E no rodopio da bordoada não escapou ninguém e até os mortos levaram para o seu tabaco, e com a mesma crueldade com que tratou a gente da Assembleia Portuense, os de «Palheiro», como ele os classificou.

Pousada

O folheto provocou ruidoso escândalo, mas não diminuiu o prestígio da memória do Barão nem daqueles que reunia à sua volta, tanto mais que, das mazelas apontadas e acerbamente criticadas, a maior era a de gostarem e abusarem de libações do magnífico Vinho do Porto.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da Net /http://portoarc.blogspot.pt
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terça-feira, 10 de maio de 2016

10 Incriveis factos sobre a civilização Maia

Porque caiu a civilização Maia?

A civilização Maia se concentrava na América Central e do Sul, e era a única a ter uma linguagem escrita na época pré-colombiana. Os Maias também são conhecidos pela sua arte, arquitectura, matemática e sistema astronómico. Existem várias concepções erradas sobre esta incrível civilização, então confira esta lista para descobrir várias curiosidades sobre os Maias!
Entre 700 e 800 d.C., uma mudança radical no regime das chuvas pode ter ajudado à queda da civilização Maia, na América Central, e da dinastia Tang, na China. A Conclusão é da Revista Nature, segundo a qual outras causas também deverão ter contribuído para o fim das duas importantes culturas.

1 - Mistério Antigo


 

O fim da civilização Maia ainda é um mistério muito debatido. Durante os séculos 8 e 9, as grandes cidades Maias foram entrando em declínio e depois foram abandonadas, deixando para trás uma arquitectura incrível e sinais da civilização. Algumas teorias acreditam que isso aconteceu devido à superpopulação, invasão de estrangeiros, revoltas da população e até problemas com as rotas usadas para trocas comerciais.
Outras teorias, entretanto, afirmam que o declínio pode ter ocorrido devido a desastres ambientais, como doenças e mudanças climáticas. Existem evidências que a população excedeu a capacidade de seu solo, acabando com o potencial da sua agricultura e caça. Actualmente, alguns estudiosos acreditam que uma seca de mais de dois séculos possa ter acabado com a civilização.
 
2 – A vida Continua
 

 

Ao contrário do que é muito divulgado, os Maias não têm um calendário, e sim vários calendários – e nenhum deles afirma que o mundo iria acabar em 2012. O que ocorre é que a mitologia Maia acredita que o mundo está na sua quarta “criação”. A última criação acabou em 12.19.19.17.19, na linguagem de um de seus calendários, esta sequência iria-se repetir no dia 20 de Dezembro de 2012. Esta data será, entretanto, marcada pelo fim de um ciclo e o início de outro, para os Maias, e não o fim do mundo, como o ano novo para a civilização ocidental.

3 – O último estado Maia

 
A cidade de Tayasal foi o último reino Maia, e acabou apenas em 1697, quando padres espanhóis entraram em contacto com o rei Maia e dominaram a população do local.
4 – Saunas
 
Uma espécie de sauna era um importante elemento de purificação para os Maias. Essas “saunas” eram construídas com paredes e tecto de pedras, com uma pequena abertura no topo. A água entrava por este buraco e entrava em contacto com as rochas quentes, produzindo vapor para retirar impurezas do corpo, segundo a crença da civilização.
5 - Quadras de desportos
 
O jogo mesoamericano era um desporto com associação com rituais, jogado por até 3 mil anos antes da chegada de Colombo na América. O desporto sofreu várias modificações com o tempo, e uma versão do jogo, chamada de Ulama, ainda é jogada em alguns lugares pela população Maia actual.
As quadras de desportos eram utilizadas como uma área para rituais religiosos e culturais e para os jogos. A quadra era feita em formato da letra “I” maiúscula, e o jogo era realizado com uma bola mais ou menos do tamanho de uma bola de vólei, feita de borracha (extraída de vegetais) e bem pesada. A decapitação é muito associada com o jogo, e há especulações que cabeças decepadas e caveiras eram utilizadas como bolas no jogo.
6 – O Uso de analgésicos
 
Mesmo na época pré-colombiana, o conhecimento médico dos Maias permitia que eles utilizassem plantas como analgésicos. Plantas alucinogénias utilizadas em rituais religiosos eram também usadas com este propósito.
7 – Sacrifícios humanos
 
A tradição Maia sempre teve o costume de realizar sacrifícios de sangue por motivos religiosos e médicos, e muitos Maias ainda realizam este tipo de sacrifícios. Mas não se preocupe, hoje em dia o sangue humano foi substituído pelo de animais para realizar as tradições ritualísticas de seus ancestrais.
8 – As Habilidades médicas
 
A saúde na sociedade Maia era uma mistura entre ciência, religião, mente e corpo. Poucos cidadãos estudavam a medicina a fundo e praticavam feitiçarias, de modo a curar, ver o futuro e controlar eventos naturais. A medicina tinha uma forte relação com a religião, mas as práticas médicas dos Maias eram muito avançadas. Sabe-se que os médicos realizavam suturas com cabelos humanos, cuidavam de fracturas, e até faziam próteses dentárias.
9 – A Infância Maia
 
A civilização Maia desejava características físicas específicas de seus filhos, e faziam intervenções para alcançar este padrão. Quando a criança ainda era pequena, blocos de madeira eram empurrados contra sua testa para que ela ficasse mais achatada. Outra intervenção era feita para deixar as crianças vesgas. Objectos eram balançados na frente de recém-nascidos, até que eles ficassem estrábicos.
Outra curiosidade é que os Maias davam os nomes de seus filhos de acordo com o dia em que eles nasciam. Cada dia do ano tinha um nome feminino e um masculino, e esta era uma tradição seguida fielmente pelos pais.
10 – Alguns Maias ainda vivem na sua região original
 
Actualmente, mais de sete milhões de Maias vivem nas suas regiões originais, e muitos ainda mantêm muito de sua cultura ancestral. Alguns estão integrados com a cultura dos países onde vivem, mas muitos ainda utilizam a linguagem Maia como idioma principal.
As maiores populações dos Maias modernos habitam os estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo, Tabasco e Chiapas. Na América Central, eles costumam ser encontrados em Belize, Guatemala e nas regiões oeste de Honduras e El Salvador.
Fonte: Listverse /hypescience
Fotos da net
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© Carlos Coelho 


domingo, 1 de maio de 2016

Primeiro de Maio

Efeméride
O Dia D do trabalhador



Não é apenas em Portugal que se comemora este dia. Um pouco por todo o Mundo, a efeméride é escolhida para relembrar uma luta por melhores condições laborais.
É conhecido como o Dia do Trabalhador. Um feriado Nacional que entre nós se começou a comemorar a partir de Maio de 1974, o ano da revolução, e é marcado por diversas iniciativas com o mesmo objectivo: alertar o Governo para os direitos de todos os que laboram. E é de direitos que se trata quando se recua um pouco no tempo e se procuram as raízes desta celebração.

(1º de Maio 1974, Lisboa)
Tudo começou há 130 anos. No primeiro de Maio de 1886, as ruas de Chicago, nos Estados Unidos, encheram-se de operários. Cerca de meio milhar de pessoas exigia a redução das 13 horas que durava a jornada de trabalho, para um número que consideravam mais justo – oito. O que começou por ser uma manifestação pacífica acabou por se transformar numa tragédia. A intervenção policial, marcada pela violência, feriu e matou, transformando as ruas da cidade num autêntico campo de batalha.

(1º de Maio 1886, Chicago)

A luta prosseguiu, quatro dias depois, indiferentes à repressão, os trabalhadores voltaram às ruas, mas o resultado não foi muito diferente. Muitos foram detidos e executados, e alguns condenados a prisão perpétua. O Mundo reagiu. A solidariedade internacional entrou em acção e exerceu pressão sobre o Governo norte-americano, que acabou por reconhecer a inocência dos manifestantes. Para que nunca se esquecesse o que se passou naquele Primeiro de Maio, em 1886 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou a data como Dia Internacional dos Trabalhadores. Que ficaria para sempre marcado por memórias de luto e de luta. É assim em toda a Europa. E também nos Estados-Unidos, onde apenas muda o dia das comemorações. É a primeira segunda-feira de Setembro que se dá o nome de Labor Day.

Fonte: Revista Nova Gente
Fotos da Net
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© Carlos Coelho 

sábado, 2 de janeiro de 2016

A Origem do Templo de Jerusalém

Identificada pedreira de onde vieram os blocos que ainda hoje estão no muro.
 


 Arqueólogos israelitas sustentam ter descoberto a pedreira de onde, há dois mil anos, foram retiradas as pedras usadas na edificação do Templo de Jerusalém, algumas das quais permanecem nas fundações do Muro das Lamentações, local sagrado do Judaísmo. São blocos com mais de dez metros e cinco toneladas de peso. A pedreira, explorada no tempo do rei Herodes, o Grande – que reinou entre os anos 40 a.C. e 4 -, situa-se a cerca de cinco quilómetros do santuário, dentro do que é actualmente um bairro ultra-ortodoxo de Jerusalém.
 
Fonte: Revista Domingo Magazine
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Fotos da Net
© Carlos Coelho

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Memórias

O inventor do biquíni foi Louis Réard, um engenheiro mecânico francês


Sedutoras noutros tempos

Em 1946, os EUA fizeram testes nucleares no atol de Bikini, no Pacífico. No mesmo ano, os franceses rebentaram outra bomba: na passerelle!

Já tinha terminado a 2ª Guerra Mundial quando Paris exibiu o biquíni. Cinco dias antes, o mundo tinha-se chocado com os testes nucleares no Oceano Pacífico, no atol de Bikini, e a alusão veio a propósito… Foi condenado, declarado um atentado aos costumes e teve que ser re-desenhado para ficar mais decente… Mesmo assim levou algum tempo até tornar-se Ex-libris da sedução, nos anos 60, pela mão, e corpo, das actrizes de cinema.
Atingiu o topo da popularidade com efeito em filmes  e musicais e tornou-se um símbolo pop para manifestações políticas e sociais.



Até ao início do século XX nunca ninguém ligou muito à praia. Quando os banhos começaram a ser considerados bons para a saúde e as pessoas começaram  a ir para a praia, a grande preocupação era tapar o corpo o mais possível.



A sociedade condenou o uso do biquíni, considerando-o imoral. Muitas modelos dos anos 50 recusavam ser fotografadas em biquíni e só permitiam o flash com fatos-de-banho que não comprometiam o decoro.


Houve países que proibiram completamente o uso do biquíni e Portugal, com Salazar no poder, foi um deles… Um fato-de-banho assim já era considerado bastante ousado!



Louis Réard teve que reformular o biquíni para conseguir que fosse aceite: subiu a parte de baixo de forma a tapar o umbigo e colocou-lhe uns folhos para disfarçar as formas. A parte de cima deixou de ser apenas feita de dois triângulos presos por finas tiras e ficou parecida com os enormes soutiens da época.



Uma foto comum de pin up venerada pelos soldados americanos durante as duas guerras mundiais. Logo a seguir, o biquíni destronou completamente a era dos fatos-de-banho.



Para mostrar como o invento era pequeno, Louis Réard dizia que o biquíni só seria explosivo se conseguisse passa-lo por uma aliança de casamento! Na foto, Laurie Sibbald, modelo pin up, posa sedutora e provocante num quase considerado nu erótico para a época, em 1965!

Fonte: Créditos ADS e Casa da Imagem
Fonte: Revista Flash nº 60
© Carlos Coelho