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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Júlio Verne

No passado 24 de Março de 1905

Júlio Verne morre em Amiens


Se se fizesse uma sondagem mundial para apurar o autor de quem os inquiridos conseguiam citar um maior número de títulos, Júlio Verne (seria pedante chamar-lhes Jules) seria um candidato prometedor. Não só porque escreveu muitos livros – mais de uma centena -, mas porque muitos deles se tornaram clássicos universais. Verne está traduzido em 148 línguas.
O cinema ajudou a sua popularidade, adaptando muitos dos seus títulos, num total de quase cem filmes. Mais de um século após a morte do autor, quem não conhece hoje as Vinte Mil Léguas Submarinas e a Viagem ao Centro da Terra, A Volta ao Mundo em 80 Dias ou Miguel Strogoff, para citar apenas algumas obras mais conhecidas?
Filho de um advogado, Verne nasceu em 1828, em Nantes, onde passou a infância. Radicou-se depois em Paris, onde conheceu outro escritor infatigável, Alexandre Dumas. Ambos escreveram movimentadas  histórias de aventuras, mas ao passo que Dumas se interessou por fazer reviver o passado, centrando a sua obra ficcionada na História de França, Verne gostava de imaginar o futuro. Justamente considerado um precursor da fcção científica, antecipou submarinos, aviões e outras máquinas. E quando, em 1968, os tripulantes da Apollo 8 orbitaram em torno da Lua, estavam apenas a repetir, um século depois, a façanha de Miguel Ardan e dos seus amigos, descrita em Da Terra à Lua (1865) e À roda da Lua (1869).
Mesmo quando se resignava ao presente, Verne preferia situar as suas venturas em lugares exóticos, que descrevia minuciosamente sem nunca lá ter posto os pés. Os seus últimos livros, muito focados nos riscos ambientais da má utilização da tecnologia, tornaram-no ainda num pioneiro da ecologia. Escreveu quase literalmente até morrer e deixou vários livros incompletos, que o seu filho Michel terminou. Em 1989, foi descoberto um romance que escrevera em 1863 e deixara inédito: Paris do Século XX.
Jules Gabriel Verne foi enterrado no Cemitério de La Madeleine, na cidade francesa de Amiens, com honras militares pois era possuidor da Legião de Honra da República de França. O cortejo, no dia 28 de Março, foi acompanhado por mais de cinco mil pessoas.

Fonte: Jornal Público
Texto: Luís Miguel Queirós
CarlosCoelho