O Deus da música
Apolo, um dos deuses
mais adorado pelos gregos e a quem os romanos também prestaram culto, é fruto
dos amores de Zeus pela titã Latona, à qual Hera – esposa do senhor Olimpo –
mandou perseguir pela serpente Píton.
Latona deu á luz duas
crianças muito belas, Artemisa e Apolo. Este, quando cresceu, partiu em busca
de Píton, vindo a matar a serpente no bosque sagrado de Delfos, lugar onde os
oráculos da Mãe Terra eram consultados. Apolo passou a ser o deus tutelar do
oráculo, instituindo os Jogos Pítios em memória da sua vitória; as sacerdotisas
que aí oficiavam passaram a chamar-se pitonisas. Apolo, é, por isso, um deus
dos poderes proféticos, mas a sua representação mais comum, tangendo uma lira,
liga-o principalmente à música.
Habitualmente associado
à ordem e á razão, Apolo podia mostrar-se cruel e impulsivo. O orgulho pode ser
o melhor dos músicos levava-o a considerar intolerável qualquer dúvida sobre as
suas capacidades artísticas. Por isso, quando soube que o sátiro Mársias, o
tocador de flauta, se considerava um músico sem igual, Apolo Chamou-o para um
concurso.
As musas foram o juiz,
mas depois de ouvirem ambos, não sabiam qual era o melhor. Apolo propôs então
que repetissem a prova, desta vez com os instrumentos de pernas para o ar.
Primeiro Apolo, com a lira invertida, tocou e cantou maravilhosamente; em
seguida, o pobre sátiro bem tentou dar o seu melhor, mas era impossível tocar a
flauta invertida e, ainda por cima, cantar ao mesmo tempo.
Não contente com a
vitória obtida com tal estratagema, Apolo castigou a ousadia de Mársias
mandando-o esfolar vivo. Assim acabavam aqueles que ousavam desafiar os deuses.
Fonte: Revista Domingo
Magazine /Correio da Manhã
Texto : Manuel Rosado
Fotos da Net
© Carlos Coelho