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terça-feira, 12 de maio de 2020

Apolo



O Deus da música

Apolo, um dos deuses mais adorado pelos gregos e a quem os romanos também prestaram culto, é fruto dos amores de Zeus pela titã Latona, à qual Hera – esposa do senhor Olimpo – mandou perseguir pela serpente Píton.
Latona deu á luz duas crianças muito belas, Artemisa e Apolo. Este, quando cresceu, partiu em busca de Píton, vindo a matar a serpente no bosque sagrado de Delfos, lugar onde os oráculos da Mãe Terra eram consultados. Apolo passou a ser o deus tutelar do oráculo, instituindo os Jogos Pítios em memória da sua vitória; as sacerdotisas que aí oficiavam passaram a chamar-se pitonisas. Apolo, é, por isso, um deus dos poderes proféticos, mas a sua representação mais comum, tangendo uma lira, liga-o principalmente à música.

Habitualmente associado à ordem e á razão, Apolo podia mostrar-se cruel e impulsivo. O orgulho pode ser o melhor dos músicos levava-o a considerar intolerável qualquer dúvida sobre as suas capacidades artísticas. Por isso, quando soube que o sátiro Mársias, o tocador de flauta, se considerava um músico sem igual, Apolo Chamou-o para um concurso.

As musas foram o juiz, mas depois de ouvirem ambos, não sabiam qual era o melhor. Apolo propôs então que repetissem a prova, desta vez com os instrumentos de pernas para o ar. Primeiro Apolo, com a lira invertida, tocou e cantou maravilhosamente; em seguida, o pobre sátiro bem tentou dar o seu melhor, mas era impossível tocar a flauta invertida e, ainda por cima, cantar ao mesmo tempo.

Não contente com a vitória obtida com tal estratagema, Apolo castigou a ousadia de Mársias mandando-o esfolar vivo. Assim acabavam aqueles que ousavam desafiar os deuses.

Fonte: Revista Domingo Magazine /Correio da Manhã
Texto : Manuel Rosado
Fotos da Net
© Carlos Coelho

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Tróia

A guerra e o cavalo de madeira


A lendária guerra de Tróia que, durante dez anos após aquela cidade da Ásia Menor às suas rivais da Grécia, começou quando Páris, filho do Rei de Tróia, raptou a bela Helena, mulher de Menelau, rei da cidade grega de Esparta. Durante nove anos a guerra arrastou-se com destruição e morte de ambos os lados, e até os deuses tomaram partido. Mas o conflito arrastava-se e nem quando Aquiles, o invencível guerreiro grego, matou Heitor – chefe militar dos troianos -, o conflito chegou ao fim. Aquiles era invulnerável porque a sua mãe o tinha mergulhado nas águas do Estige, um rio do Mundo Inferior. Como pegou na criança pelo calcanhar, esta zona ficou para sempre tão frágil como a de qualquer humano. Após a morte de Heitor, quando a paz já se anunciava, eis que Príamo, não querendo entregar Helena aos gregos, atirou uma seta envenenada que, acertando no calcanhar de Aquiles, lhe tirou a vida.


A guerra continuou, mais renhida que antes, e só viria a resolver-se quando Ulisses teve a ideia de simular uma retirada dos gregos durante a noite, deixando frente á porta principal de Tróia um enorme cavalo de madeira. Os troianos a princípio desconfiados, acabaram por levar o cavalo para dentro das muralhas, como recordação da sua vitória. Á noite festejaram com danças e vinho. Quando finalmente adormeceram, de dentro do cavalo saltaram 50 guerreiros gregos que depois de matarem os guardas, abriram as portas aos seus companheiros, que discretamente, tinham regressado.

Mortos ou aprisionados os troianos, a guerra  chegava ao fim, com o regresso de Helena a Esparta. Muitos dos chefes gregos, depois de tantos anos de ausência das suas terras, foram encontrar o lugar ocupado por outros.

Fonte: Revista Correio Da Manhã Domingo Magazine
Texto: Manuel Rosado
Foto da Net
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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Castor e Pólux

Irmãos inseparáveis

 
Castor e Pólux, os semideuses venerados tanto na Grécia como em Roma, eram inseparáveis desde o nascimento, apesar de um ser filho de um deus e o outro de um mortal. A mãe de ambos, Leda, mulher de Tíndaro, Rei de Esparta, foi violada por Zeus que se aproximou dela transformado-a em cisne. Em resultado dessa violação, Leda pôs dois ovos e de cada um nasceram duas crianças: Castor e Pólux, Helena e Clinemnestra. A paternidade das crianças ficou assim dividida: Pólux e Helena seriam filhos de Zeus, enquanto Clinemnestra e Castor teriam Tíndaro por pai.
Castor e Pólux cresceram juntos, como irmãos gémeos. Ambos partilhavam o gosto pelos combates e jogos, distinguindo-se Castor como domador de cavalos e Pólux como pugilista. Tinham grande amizade por dois primos, Idas e Linceu mas, chegados à idade adulta, começaram a ficar desavindos por desejarem as mesmas mulheres. Mais tarde tornaram-se mesmo inimigos, por motivo da partilha de uma manada que os quatro tinham roubado. Na luta que então travaram, Castor foi morto e Pólux, apesar de ferido, matou os seus primos. Pólux enterrou Castor e ergueu-lhe um monumento mas a tristeza era tão grande que pensou em suicidar-se. No entanto, por ser filho de Zeus era imortal, tendo que viver no Olimpo, enquanto o irmão ficaria para sempre no Hades, o Mundo Inferior.
A pedido de Pólux, Zeus permitiu que os gémeos ficassem juntos, em dias alternados, no Olimpo e no Hades. Os dois irmãos puderam assim, viver juntos para sempre, compartilhando o mundo um do outro.
Fonte: Revista Domingo Magazine
Texto: Manuel Rosado
Foto da Net
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© Carlos Coelho 


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Jano


O Começo e o fim
Jano, o deus romano de cujo nome deriva o mês de Janeiro (Januarius, em latim), era uma das mais importantes divindades do panteão romano. Diz a lenda que, originário da Tessália, na Grécia, navegou até Itália, onde se estabeleceu na região do Lácio. Sob o seu reinado foram introduzidas as leis, a agricultura e o dinheiro, pelo que Jano surge, desde logo associado à transição da barbárie da civilização. Deus da mudança e do recomeço, entre os seus muitos atributos destaca-se o dom de conhecer o passado e o futuro, sendo por isso, habitualmente representado com duas faces, olhando em sentidos opostos. Tornou-se desta forma, o Deus que presidia às mudanças, do passado para o futuro, de um mundo para o outro, da paz para a guerra, do ano que finda para o ano que inicia.
Era sob a égide de Jano que os romanos iniciavam as sementeiras ou realizavam os casamentos; era a sua protecção que invocavam para os recém-nascidos e a sua bênção que pediam no começo de cada dia e de cada mês, bem como no início do ano, no primeiro dia do mês de Jano.
Deus do Céu e da Terra, simbolizados na sua dupla face, porteiro do Céu e mediador das preces dirigidas aos outros deuses, era pelas portas do templo a ele dedicado que passavam os comandantes das legiões quando marchavam para a guerra. Com eles partia Jano e, por isso, enquanto as hostilidades durassem, as portas do templo, situado no Fórum, ficavam abertas, só voltando a ser fechadas quando a paz regressasse e, com ela, Jano voltasse ao seu santuário.

Autor: Manuel Rosado
Foto da net