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terça-feira, 21 de abril de 2020

Valhalla



O Lar dos heróis
Os vikings acreditavam que os guerreiros mortos em combate viveriam na companhia de Odin em Valhalla, o mais belo e conhecido salão da cidadela de Asgard, o mundo dos deuses. Com o seu telhado feito de escudos assentes num travejamento de lanças, Valhalla era um grandioso recinto dourado, com 540 portas, por cada uma das quais podias passar 800 guerreiros em simultâneo. Aí chegavam os combatentes chacinados nas batalhas, guiados pelas Valquírias, as virgens guerreiras que participavam nas batalhas e decidiam quem vivia e quem morria, ao mesmo tempo que escolhiam aqueles que mereciam entrar em Valhalla. Entre estes distinguiam-se os ‘berserks’, a quem Odin inspirava o furor guerreiro, ao ponto de se desenvencilharem da armadura para que nada tolhesse a sua força sobrenatural.
Às Valquírias cabia escolher, no campo de batalha, aqueles que pela sua bravura fossem dignos de confiança de Odin, ao lado do qual deveriam lutar em Ragnarok, o combate que se há-de travar no fim dos tempos.
Chegados a Valhalla, os guerreiros escolhidos passavam os dias em treino de combate, lutando uns com os outros, bebendo cerveja e hidromel que as Valquírias lhes serviam. Chegada a noite era tempo de se banquetearem na companhia de Odin, o qual, no entanto, só os acompanhava nas libações, deixando a comida aos dois lobos que sempre o acompanhavam.
Os guerreiros retemperavam então as forças com um cozinhado de javali que tinha o condão de os rejuvenescer. O próprio javali era mágico, sendo devorado em cada noite para, no dia seguinte, estar de novo inteiro e pronto a ser novamente cozinhado. Após o banquete, os heróis mortos de Valhalla caíam num sono profundo, do qual só despertavam pela manhã, ao som do galo, para recomeçarem de novo os combates. E assim até à batalha final.

Fonte: Revista Domingo Magazine /Correio da Manhã
Autor: Manuel Rosado
Fotos da net
© Carlos Coelho

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Yggdrasil



A árvore do Universo

Na mitologia da Europa Stentrional, Yggdrasil, um freixo gigantesco, é o suporte dos nove mundos existentes e o símbolo da vida, do tempo e do próprio Universo. Esta árvore cósmica, cujo nome significa “Terrível” ou “Cavalo de odin” – o deus supremo – sustenta-se em três raízes. Por baixo da primeira, a da Humaninade, situa-se o poço do destino que seguravam o fio da vida nas suas mãos: Verdani, o Ser (o presente) era uma jovem donzela; Skuld, O Destino (o futuro) uma mulher adulta, por vezes uma mãe, enquanto Urda, a Necessidade (o passado) era representada por uma mulher velha e feia.

Sob a segunda raiz fica o poço da sabedoria, cuja água torna possível o conhecimento, enquanto debaixo da terceira raiz se encontra o poço de veneno, de onde nascem os rios de Niftheim, o escuro o frio reino dos mortos. Aí se oculta o dragão Nidhogg, que roí constantemente as raízes da árvore do Universo, na esperança de a destruir e, dessa forma, derrotar os deuses.

No tronco de Yggdrasil, quatro veados comem os rebentos verdes, também disputados pela cabra Heidrun.
Yggdrasil, certamente não sobriveria se não fosse todos os dias borrifada pelas Nornas com água do poço do destino. Mas nem todos os animais representam uma ameaça: no cimo, vigilante, com um falcão pousado sobre a cabeça, senta-se uma águia gigante, cujo bater de asas faz soprar os ventos pelo Mundo; e correndo para cima e para baixo, o esquilo Ratatosk que actua como mensageiro entre os vários seres e mundos que a árvore alberga.

Dispostos em Três camadas ficam os nove mundos unidos por Yggdrasil: aos três reinos dos deuses e dos elfos sucedem-se, ligados por uma ponte de arco-íris, os mundos dos humsnos, dos gnomos e dos elfos negros, enquanto no nível inferior se encontram os reinos dos mortos, do frio e do fogo.

Fonte: Revista Domingo Magazine Correio da Manhã
Texto: Manuel Rosado
Fotos da net

CarlosCoelho

domingo, 21 de outubro de 2012

Odin


O Deus Supremo

Odin, chefe dos deuses e senhor do Universo, era filho dos gigantes de gelo Bor e Bestia. Juntamente com os seus irmãos, Ve e Vili, Odin derrotou o gigante Ymir, com o corpo do qual formou o mundo, tendo em seguida criado o homem e a mulher.
Governante dos deuses e homens, Odin era, ao mesmo tempo, deus da sabedoria e da guerra, protector das famílias e “pai dos tempos”, Senhor de muitos disfarces, aparecia geralmente sob a forma de um velho alto e barbudo, cego de um olho, que tinha sacrificado para poder beber do poço da sabedoria. Como senhor dos exércitos empunha habitualmente a lança Gungnir, feita pelos gnomos, também autores de Draupner, o anel do poder que Odin ostenta. Esta figura fantástica, que se alimentava apenas de vinho, cavalga Sleipnir, o extraordinário cavalo de oito patas, comanda os lobos Geri e Freki, fazendo-se acompanhar para todo o lado por dois corvos, Huginn e Munnin (Pensamento e Memória), aos quais ordena que voem pelo mundo, para que ele tudo possa inspeccionar.

Como deus das batalhas, Odin era não só propiciador de vitórias, como anfitrião dos guerreiros tombados em combate, que ele acolhia num vasto recinto dourado, com escudos por tecto e paredes formadas por lanças, designado por Valhalla, o paraíso dos bravos. Mas Odin era também um insaciável pesquisador de conhecimento, na busca do qual não só perdeu um olho, como se sacrificou a si próprio na árvore Yggdrasil, onde se aprisionou durante nove dias e nove noites. Trespassado por uma lança, Odin procurou aí através do sofrimento, atingir o conhecimento oculto, que veio a atingir com a revelação das runas, símbolos alfabéticos do Norte da Europa, usadas em rituais mágicos, para lançar encantamentos ou atribuir poderes sobrenaturais aos objectos em que eram escritas.

Fonte: DomingoMagazine Autor: Manuel Rosado
Por: C@rlos@lmeida