sábado, 1 de agosto de 2015

Elizabeth Taylor

1932-2011

A última das estrelas



Bela e perturbadora. Sexual. Apaixonada. Inteligente e sensível. “Liz” era a última das grandes estrelas da época áurea de Hollywood. Morreu em 23 de Março, em Los Angeles, aos 79 anos. Ficará para a eternidade como um milagre de luz e sombras. For ever ande ver.



No imaginário de século XX, as estrelas de cinema assumiram, durante muito tempo, o papel de semideuses, reflexo transposto de uma imagem distante e ideal dos nossos desejos mais secretos:
Transformámos em símbolos sexuais figuras como Clark Gable, Jean Harlow, Humphrey Bogart, Marilyn Monroe, James Dean, ou, em tempos de escassez como os presentes, Sharon Stone, Brad Pitt, Tom Cruise e Julia Roberts, projectando no grande ecrã fantasmas e desvarios.


Estes ídolos (até no sentido religioso do termo) cinematográficos cumpriam, na época áurea de Hollywood, funções hiperbólicas, que nunca mais se repetirão da mesma forma: Greta Garbo era a Divina, Marlene Dietrich possuía as mais belas pernas do universo, Ava Gardner era “o mais belo animal do mundo”, o casamento de Rita Hayworth com Ali Khan revestia-se de modulações de contos de fadas, tal como o de Grace Kelly com Reinier do Mónaco perpetuava a actualização possível da história da Cinderela que encontrava o seu príncipe encantado, a fim de viver (in) feliz para sempre.


Elizabeth Taylor, resistente desse esplendor passado, para muitos a última das estrelas, uma vez que a queda do sistema dos estúdios, a partir de finais dos anos 50, virou tudo do avesso, ganhou uma particular importância no universo estelar que os americanos exportaram para o mundo inteiro: primeiro revelou-se como a menina-prodígio, pura e casta companheira de Lassie e de cavalos de corrida, bem como de Mickey Rooney, Roddy McDowall ou outros adolescentes bem (ou mal) comportados, evoluindo depois para ficções mais ou menos cor-de-rosa, com o seu rosto perfeito de bonequinha e uns deslumbrantes olhos violeta a decorarem adaptações de romances como Mulherzinhas (Mervyn LeRoy,1949), ou comédias sentimentais como o Pai da Noiva (Minnelli, 1950), prolongado pela sequela O Pai é avô (1951).


Na primeira metade dos anos 50, atinge o apogeu da sua incandescente fotogenia em filmes de aventuras – Ivanhoe (Thorpe, 1952), Na senda dos Elefantes (Dieterle,1954), - melodramas – Rapsódia (Charles Vidor, 1954), A última vez que vi Paris (Richard Brooks, 1954) – ou num western épico – Gigante (George Stevens, 1956), - para, no final da década, adquirir uma beleza perturbante, progressivamente sexuada – Gata em Telhado de Zinco Quente (Brooks, 1958), Bruscamente no Verão Passado (Mankiewicz, 1959) ou O Número do Amor (Daniel Mann, 1960) que lhe trouxe um óscar para a interpretação de uma prostituta de luxo, muito menos complexa do que  as anteriores heroínas de Tennessee Williams ou mesmo a menina de alta sociedade presa nas malhas de uma tragédia americana, em Um Lugar ao Sol (Stevens, 1950).



Cleópatra, o paradigma

E chegamos ao seu papel paradigmático (para o melhor e para o pior, o ponto de viragem numa carreira recheada de êxitos), o da controversa rainha do Egipto em Cleópatra (Mankiewicz, 1963), apaixonada por dentro e por fora do ecrã pelo Marco António de Richard Burton.


Aliás, o tormentoso romance com Burton vinha culminar uma tumultuosa vida sentimental que os cronistas de escândalos e as revistas de fãs de há muito registavam: desde imaculada noiva do herdeiro da fabulosa fortuna dos Hilton, a inconsolável viúva do megalomaníaco produtor Mike Todd, por amor do qual até se convertera ao judaísmo, passando por um discreto casamento com o actor britânico Michael Wilding.

 

Em 1959. A Taylor afrontava todas as hipócritas ligas de coerência ao “roubar” Eddie Fisher a uma outra estrela, de perfil romântico e ingénuo, a Debbie Reynolds de Serenata à Chuva e de tantos outros musicais tecnicoloridos da MGM. Por via desta traição a uma amiga pessoal, agravada pelos sórdidos episódios subsequentes com que a imprensa se divertia a denegrir o casal Burton (o tumultuoso divórcio, seguido de segundo casamento, as olimpíadas bebedeiras, a paixão de ambos por fabulosos e gordos diamantes), Elizabeth Taylor perdera o estado de graça de princesinha de Hollywood, criada pelos estúdios a fim de melhor a promover, e substituía a figurinha grácil e lendária por uma matrona precocemente envelhecida, gorda e flácida, que predominava nos filmes engendrados à medida do “infame” par – Hotel Internacional (1963), Adeus Ilusões (Minnelli, 1965), A Fera Amansada (Zeffirelli, 1967) -,culminando no inacreditável da sua “decadência”, em que se mostrava uma actriz de inesperados recursos (“feia”, agressiva, maior que o mito) e recebe o segundo (merecidíssimo) Óscar.


Inteligente e sensível

Por detrás desta imagem estereotipada de insaciável devoradora de homens, ficara ocultada a mulher inteligente e sensível, amiga de toda a vida de Montgomery Clift (desde que por ele se apaixonara em 1950, durante a rodagem de Um lugar ao Sol), figura torturada de homossexual semiassumido, numa Hollywood puritana e intolerante. Esta outra Taylor emerge, precisamente, quando impõe Clift como seu parceiro em Reflexos num Olho Dourado (John Huston, 1967), oferecendo-se o seu cachet milionário à laia de caução do amigo em queda livre. Clift morre entretanto, substituído por Marlon Brando, mas Taylor não desiste e cria a fundação Clift, colabora com a Associação Americana para as Doenças do Coração, bem como a Sociedade Britânica das Crianças Deficientes Mentais.


Alguns biógrafos destacam esta actividade “caritativa”, enquanto outros discutem a sua coerência, incluindo a dadiva de um famoso diamante e doações monetárias a hospitais para criar alas especiais com o nome da estrela, falando de uma desesperada tentativa de contrabalançar o fim inexorável da sua carreira fílmica (a fatídica barreira dos cinquenta anos para as actrizes hollywoodianas) com uma controversa visibilidade filantrópica.



No entanto, quando Rock Hudson, outro amigo de longa data (desde os tempos de Gigante) assumiu publicamente, perto da morte provocada pela sida que o assassino silêncio da administração Reagan ignorara, a sua homossexualidade, Elizabeth Taylor saltou de novo para a linha da frente, emprestando o seu nome à luta contra a doença e contra o obscurantismo hipócrita que possibilitara a sua propagação.
Se uma estrela como Rock Hudson, outrora síbolo sexual de uma masculinidade assertiva, inventada por Hollywood, dera visibilidade a uma causa, “Liz” Taylor deu a mais valia do seu nome à feroz denúncia então desencadeada.

Já no final da década de oitenta, entrevistada por Terry Wogan no seu talk show da televisão britânica, Elizabeth Taylor provoca um silencio gélido ao recusar manter o seu papel de mulherzinha estupida, mostrando o enorme anel de diamantes e falando do que o publico voyeurista e o entrevistador queriam ouvir – bisbilhotices do seu romance com Burton e outras tantas frivolidades: em vez disso, a estrela solidária e afirmativa, peremptória, que Hollywood e a Broaddway não teriam nunca existido sem a contribuição dos muitos artistas homossexuais, atraiçoados por um péssimo actor, Ronald Reagan, e pela hipocrisia de uma sociedade que ele instrumentalizara para defender o indefensável. Sempre que se invocavam as vitimas da sida, lá estava, na ribalta, a atrair as câmaras com o seu nome e a mostrar como o tão propalado escapismo de Hollywood possui limites evidentes e desejáveis.


Entretanto a sua carreira cinematográfica chegara, de facto, a um impasse, uma vez que o relativo fracasso de duas grandes produções realizadas por Joseph Losey – Boom e Cerimónia secreta (ambos de 1968) – a haviam condenado a episódicos protagonismos em filmes sem grande representatividade: X,Y e Z (Brian Hutton, 1971, ao lado de Michael Caine), Por que Morre o Nosso amor (Larry Peerce, 1973, parecendo mais velha do que Henry Fonda, apesar de ser 27 anos mais nova- nascera em Londres, filha de pais ingleses, em 1932, sob o signo de Peixes) ou o inominável O Outono da Vida (1974), realizado em Itália por Patroni Griffi.




Para a eternidade

O gigantesco fiasco da superprodução americano-soviética O Pássaro Azul (George Cukor, 1976) fez o resto e nem o prestígio de um elenco de luxo (além dela, Rock Hudson, Tony Curtis, Kim Novak, Angela Lansbury, ou Geraldine Chaplin) resgatou o Espelho Quebrado (Guy Hamilton, 1980), mediana adaptação de Agatha Christie, do triste papel de canto-do-cisne. 


Depois disso, quase só televisão – desde três episódios da eterna e sacrossanta soap opera General Hospital (1981), até ao regresso a Tennessee Williams em O doce Pássaro da Juventude (1989), passando pelo papel de Louella Parsons, no venenoso Malícia no País das Maravilhas, ou pela série Norte e Sul (ambos de 1985) – e uma desastrosa incursão pelo teatro da Broadway, em The Little Foxes, de Lillian Hellman. A última vez que a vimos no grande ecrã foi já num papel secundário em Os Flintstones (1994), muito, muito longe dos esplendores de outrora.
O que ficou deste longo percurso cinematográfico de mais de 50 anos? Desta vida cheia, iniciada em 1932? Uma beleza deslumbrante, resultante de uma química inexplicável operada pela luz e pelo olho da camara. 


Uma voz quebrada, frágil, inconfundível, a contrastar com uma força anímica única, que triunfou sobre tudo: inúmeras doenças graves, entradas e saídas de clinicas de recuperação de alcoolismo, mudanças de peso e de imagem, incontáveis operações plásticas, múltiplas mortes anunciadas, tenebrosas campanhas de imprensa para a arrasar.


Bastariam os close-ups em Um lugar ao Sol, poucos fotogramas da sua maggie (em gata…), o seu solilóquio final em Bruscamente…, a imponente entrada em Roma de Cléopatra, ou a Fúria “sanguinária” em Quem Tem Medo de Virgínia Wolf? Para a instituírem como mito vivo e imperecível, maior do que a natureza, mais vulnerável do que o seu estatuto de estrela das estrelas. Aliás esta dimensão não se explica; é um fenómeno que escapa a qualquer racionalização. A Taylor ficará para a eternidade como um milagre de luz e sombras, de cor e carne virtual, captando em celulóide e projectado no ecrã, bela e perturbante for ever and ever.


Toda a Taylor, em dez filmes

O Regresso – Lassie Come Home (1943)

Infantil, linda de morrer e com um olhar doce e ingénuo nos ultrapassáveis olhos cor de violeta. Com uma ternura magoada, a voz de Taylor já possui os requebros que a tornarão famosa, dando a entender a força magnética de estrela, que possuía como poucos. Tudo isto, acrescido de uma realização simples e eficaz e de uma fotografia brilhante em glorioso tecnicolor, faz do filme um clássico do género.

O Pai da Noiva (1950)


A Taylor juvenil, noiva da América, numa comédia familiar sob a chancela de Minnelli, como filha casadoira de Spencer Tracy e Joan Bennett. Estraordinário o modo como exibe a sua graça virginal, no momento do seu primeiro casamento com o herdeiro da fortuna Hilton, como se a noiva fílmica possuísse vagos ecos autobiográficos, a iniciar o mito. Inesquecível o modo como caminha, vestida de noiva, como se deslizasse no espaço, ligeira como uma pluma, a mostrar os seus dotes pouco explorados de comediante.

Um Lugar ao Sol (1951)


A maioridade como actriz, frágil e vulnerável, no primeiro encontro com Montgomery Clift, o seu parceiro ideal, belo como ela e infinitamente mais ambíguo. Famoso e espantoso beijo entre ambos, em close up, um dos mais bonitos da história do cinema: por muito mal que se continue a dizer de George Stevens, Um Lugar ao Sol é uma obra prima de encenação e Taylor incendeia o ecrã com a sua gloriosa fotogenia e com o saber estar em cada plano.

A Última vez que vi Paris (1954)


Talvez a melhor de todas as adaptações de Scott Fitzgerald, constitui a charneira decisiva na representação do mito: Taylor passa incólume pela grelha dos flashbacks e oscila entre a fragilidade subtil de uma imagem e a construção forte de uma personagem que domina a acção, mesmo quando ausente.
Perdida à chuva ou em efígie no desenho da parede, a actriz suplanta a estrela, torna-se o símbolo de uma geração perdida com a fúria de um vulcão, a caminho das heroínas de Tennessee Williams.

O Gigante (1956)


Filme desequilibrado, mas oferece a Taylor a oportunidade de contracenar com Rock Hudson e James Dean e mostrar versatilidade, pelo modo como envelhece no ecrã, aos 24 anos, com uma credibilidade que raros lhe atribuíram: é o centro nevrálgico da ficção, nervosa, humanizada, maior do que a natureza, mas genialmente ciente do seu papel de mater famílias.
Goste-se ou não do filme, o mito também passa por aqui, por esta figura senhoril que se confronta com os grandes espaços desérticos de um Texas de celulóide.

Gata em Telhado de Zinco Quente (1958)

A hipótese carnal de deusa sexual. Tudo é perfeito: os jogos de sedução, a fúria contida de gata com cio, que não quer abdicar do seu casamento, uma espécie de compaixão calculista, o sotaque de Southern Belle no exílio. Finalmente faz da sua melíflua e quebrada voz uma arma de arremesso para moldar, em definitivo. A sua persona gigantesca (apesar do metro e meio de altura) de tigresa à solta. Um deslumbramento.

Bruscamente No Verão Passado (1959)


De novo, em Tennessee Williams, desta vez defrontando-se em plano de igualdade com Katharine Hepburn, no seu papel mais complexo, até aquela data: passa pela loucura, o desespero da incompreensão, o medo de verbalizar o que a aterroriza, com a segurança rara de um bicho de cinema.

Cleópatra (1963)


Não há volta a dar: Elizabeth Taylor é Cleópatra, pelo modo como transfigura a rainha do Egípto, como se apropria da história com a desvergonha americana a banalizar o facto histórico e ironizar com o próprio mito. E, depois que dizer da enorme influência sobre o look dos anos 60, com as pálpebras borradas de sobra azul e a moda faraónica de trajes e adereços?

Quem tem medo de Virgínia Wolf? (1966)


Aproveitando a sua decadência física, possui a coragem de se mostrar nos antípodas absolutos da sua virginal imagem de origem: uma matrona velha e letal que faz suas as réplicas terrivelmente luciferinas da pela de Edward Albee. Mais actriz do que estrela, sacrifica tudo à monstruosidade da personagem. Aguenta como poucas o fariam os grandes planos dissolventes da câmara, num filme brilhante, com a coragem de rejeitar a cinematização fácil, proferindo uma espécie de gélido teatro filmado.

Reflexos num Olho Dourado (1967)


Porventura o seu último grande filme. Menos interveniente do que em Virgínia Wolf, revela em pleno como sabe ouvir, olhar, perturbar sem excessos de histrionismo ou verbalização. Misto de megera e vítima indefesa, de ira e serena submissão. Pena que Monty Clift tenha morrido antes de poder contracenar com ela uma última vez. Brando faz o que pode, mas Clift teria dado a perfeita contracena e a vulnerabilidade necessária à personagem.

Fonte: Jornal Público 24 Março de 2011
Texto: Mário Jorge Torres
Fotos da net
CarlosCoelho 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

As 5 cobras mais venenosas do mundo

Cascavel


Esta é a única serpente das Américas desta lista, a cascavel é facilmente identificável pelo chocalho que fica no final da sua cauda. Elas são, na verdade, uma parte da família Viper Pit, e são capazes de atacar em até 2/3 do comprimento do seu corpo.


Morte Adder


A Cobra Morte Adder é encontrada na Austrália e Nova Guiné. Ela caça e mata outras serpentes, geralmente via emboscada. São bastante semelhante às víboras, em que possuem uma forma triangular nas suas cabeças.

Philippine


A Cobra Philippine tem um veneno mortal do que a de todas as espécies de cobra, e elas são capazes de cuspi-lo até 3 metros. O veneno é uma neurotoxina que afecta a função cardíaca e respiratória.

Cobra Tigre


Encontrada na Austrália, a Cobra Tigre tem um veneno neurotóxico muito potente. A morte ocasionada por uma picada pode ocorrer dentro de 30 minutos, mas normalmente leva 6 a 24 horas.

Taipan


Outra entrada da Austrália, o veneno de uma Taipan é forte o suficiente para matar até 12.000 cobaias. O veneno causa bloqueio nas artérias ou veias. É também altamente neurotóxico.

Fonte: ListVerse
Fotos da net

© Carlos Coelho

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Elena de Espanha

Elena teve medo de ser rainha



Aos 45 anos, a filha mais velha dos reis espanhóis vê a sua história exposta numa biografia não autorizada, escrita por Cármen Duerto e por Cecília Crego. La Infanta Elena: La Reina Que Pudo Ser é uma viagem pela vida daquela a quem foi dado o nome de “luz brilhante como o sol”. Simpática e espontânea, mas com uma personalidade forte, Elena é conhecida por ter algumas demonstrações de mau génio, especialmente com a imprensa, mas é afável e tem um grande sentido de humor. Desde pequena que sempre foi mais parecida com o pai e adorava quando ele a ia buscar à escola e dançavam juntos em plena rua. Partilhou até tarde o quarto e a roupa com a irmã mais nova, Cristina, de quem é muito cúmplice e tem no irmão um grande amigo.



Foi mesmo Filipe um dos protagonistas do episódio que mais a marcou na vida: no final dos anos 90, o príncipe fez um ultimato à casa real e afirmou que iria abdicar da sucessão ao trono em favor da irmã se não o deixassem casar com Eva Sannum, a sua namorada sueca.



Elena ficou em pânico, pois sempre disse que não se sentia preparada nem tinha vontade de ser rainha. As autoras afirmam mesmo que ela se sentiu como se o mundo lhe tivesse caído em cima. Filipe acabou por voltar atrás na decisão e Elena pôde respirar de alívio. Outro episódio que não esquece aconteceu em 1972, (quando sofreu um acidente de kart), em que perdeu parte do couro cabeludo, tendo ficado com cicatrizes no rosto.

Jaime tratava-a por Ursa


O primeiro namorado de Elena foi Luis Astolfi, que partilhava muitos dos gostos da infanta, mas o romanca durou pouco, pois o jovem não conseguia acostumar-se à segurança constante em torno dos dois. Terminaram em 1987 e Elena partiu para Paris, onde conheceu Jaime de Marichalar. Apaixonaram-se, mas ele teve de pedi-la em casamento várias vezes até ela aceitar.



Porém se no início de vida em comum tudo era um mar de rosas e os dois se tratavam carinhosamente por Urso e Ursa, após o nascimento de Victória a relação esfriou: o marido não partilhava os mesmos interesses da infanta. Após Jaime sofrer uma isquemia cerebral que deixou algumas sequelas, a relação tornou-se muito difícil e a separação aconteceu em 1997. Os dois continuam a dar-se bem por amor aos filhos.



Segredos revelados em livro



·   Não dispensa a companhia dos amigos, com quem passa as noites em bares e tascas;
·        Adora caça, touradas e velocidade, como o pai;
·        É “louca “por chocolates, chegando a acordar de noite para fazer brownies;
·        Sempre lutou contra a balança e experimentou todo o tipo de dietas;
·        O pai obrigava-a a pagar as multas de trânsito;
·        Prefere produtos de marca branca quando vai às compras em supermercados de preços baixos.
·        A sua casa está decorada com móveis Ikea;
·        Ganha 220.000 Euros por ano.

Fonte: Revista Ana
Fotos da Net

© Carlos Coelho

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Escócia - Stirling

Lendas e cavaleiros andantes

Stirling, pequena localidade situada na Escócia, não longe de Glasgow, ficará para sempre ligada a William Wallace, herói escocês, retratado no filme Braveheart por Mel Gibson, que muitos de nós vimos e cuja história nos fascinou.
Curiosamente, ainda hoje Stirling respira uma atmosfera épica, e essa foi uma das coisas que mais me impressionou logo que saí do comboio que me transportou de Glasgow até ao meu destino. O dia estava radiante e convidada à visita. Como a subir custa mais, resolvi deixar a visita à cidade para mais tarde e apanhei um Taxi que me levou até ao cimo do monte onde um imponente castelo parece vigiar a cidade. Actualmente, como já não é necessário proteger os habitantes de ataques, essa função cessou. Ainda assim continua a mostrar a história local de um modo muito especial.


Chegada lá acima, a vista soberba sobre os campos e montes circundantes, assim como os belos telhados da cidade, fez-me parar durante longos momentos, a fim de absorver todas as belezas que me era dado a conhecer.
Também o monumento a William Wallace se ergue lá ao longe, majestoso, corroído pelas intempéries e pelo passar dos séculos, mas que só lhe acrescentaram uma beleza quase irreal.
Construído em 1869 no topo de um penhasco vulcânico, a Abbey Craig, para homenagear o herói escocês William Wallace, é uma torre gótica vitoriana com 76 metros de altura. Através de uma escada em espiral chega-se a salões com exposições sobre a vida e as batalhas do herói.


Monumento a William Wallace

Antes de entrar no castelo pude admirar duas estátuas, uma erguida aos soldados do Regimento Highlanders, o regimento da rainha Isabel II (ignorava que tivesse aqui a sua sede e, curiosamente, também um museu muito interessante, que conta a sua história através dos tempos e onde pode também cunhar a sua própria moeda), e outra ao rei Robert de Bruce outro dos heróis escoceses.


Estátua do Rei Robert de Bruce

O castelo de Stirling está muito bem conservado e tem excelentes guias, que contam a história do mesmo de uma forma bastante interessante e que não deixa de captar a atenção do público. Reparei que havia também estudantes de várias escolas das redondezas a fazerem a visita, sendo alguns deles ainda de tenra idade.


De facto, não só os edifícios que constituem o castelo são de grande beleza como a maneira como nos é dada a conhecer a actividade que ali existia acrescenta um realismo extraordinário a muitos dos seus espaços, nomeadamente a cozinha. Réplicas do pessoal daquela época (tão reais que quase nos confundem) ”preparam” um banquete opíparo.
Depois da visita ao castelo, a descida foi feita a pé, para gozar o sol que brilhava com toda a intensidade e visitar tudo o que havia pelo caminho. A primeira paragem foi na bela Igreja Holy Rude, rodeada pelo cemitério com as suas cruzes celtas.


Igreja de Holy Rude


Curiosamente, cemitérios como este, com as suas campas e cruzes em granito, abertos, situados à volta da igreja, respiram uma paz que nos faz parar por uns momentos e esquecer o stress do dia-a-dia.
Continuando a descer, cheguei finalmente a Stirling, que com uma população de 36 mil habitantes, é uma cidade pacata. O primeiro aviso que recebi foi o de que os seus habitantes são conhecidos pelo sarcasmo, talvez uma alusão ao humor britânico, tão diferente do nosso, pois revelam uma extrema amabilidade e estão sempre prontos a ajudar os visitantes. Logo à entrada da cidade ergue-se a velha cadeia, um edifício vitoriano que vale a pena visitar, não só pelas histórias contadas como para apreciar o actor que aqui faz guia.
Já me estava a esquecer da bela mansão Argyll’s Lodging, construída em 1632, e que também não deve deixar de visitar.


                                                Mansão Argyll’s Lodging

O melhor mesmo é deambular pelas estreitas ruas de Stirling e apreciar todas as suas belezas.
Não sei se foi o bom tempo que se fazia sentir na altura em que realizei a minha viagem se todas as lendas que me foram dadas a conhecer, certo é que Stirling deixou uma imagem de rara beleza impressa na minha mente, imagem quase etérea, que nem o tempo irá conseguir apagar.

Fonte: Revista Caras
Caras Viagens
Texto: Francisca Rigaud
© Carlos Coelho