terça-feira, 31 de outubro de 2023

Halloween

 Espanta fantasmas

O Halloween, ou Dia das Bruxas, que até há pouco tempo não se celebrava em Portugal, tornou-se um sucesso também no nosso país, historicamente mais virado para os santos do que para os fantasmas. Fique a saber tudo sobre esta tradição que tem mais de dois mil anos. Doce ou travessura?

Para conhecer a história do Halloween, que entre nós se chama Dia das Bruxas, é preciso fazer uma viagem no tempo até há cerca de dois mil anos, quando o povo celta vivia onde é hoje a Inglaterra, a Irlanda, a França e também a Península Ibérica (os celtiberos). Os celtas comemoravam a passagem do ano de 31 de Outubro para 1 de Novembro, que era o seu dia de Ano Novo, quando acabava o verão e as colheitas fartas e começava o Inverno, frio e escuro. Os Druidas, que eram os sacerdotes celtas, acreditavam que nessa noite os fantasmas dos mortos regressavam á terra para tentarem «roubar» a comida e os corpos dos vivos, apoderando-se deles. Então, para os espantar, faziam grandes fogueiras, em redor das quais as pessoas se reuniam para se protegerem e ouvirem as adivinhações dos Druidas. A essa noite os Celtas chamavam Samhain.

Quando o cristianismo se tornou a religião dominante, estas tradições foram sendo adaptadas e no início do século VII a Igreja Católica estabeleceu o dia 1 de Novembro como o dia de Todos-os-Santos e, mais tarde, no século X, dedicou o dia 2 de Novembro à memória dos mortos, passando este a ser chamado Dia de Finados. Mas nem a entrada da Igreja em cena conseguiu apagar as tradições pagãs, antes pelo contrário.

Umas juntaram-se ás outras e a crença de que na noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro os mortos saíam á rua, á procura de almas para levar com eles, manteve-se a continuação e a agir-se em conformidade, claro.

As pessoas acendiam grandes fogueiras, mascaravam-se e saiam á rua umas com as outras, colocavam abóboras assustadoras e iluminadas ás janelas e até pratos de comida ou outras oferendas. Tudo servia para afastar os fantasmas assustando-os ou tentando satisfazer os seus caprichos. A verdade é que o medo as vezes também pode ser divertido e transformado em festa e parece que foi este o caso do Halloween.

Nos séculos XVIII e XIX, os colonos ingleses e irlandeses levaram a tradição com eles para os Estados Unidos da América e para o Canadá, onde o Dia das Bruxas sempre foi comemorado com grande entusiasmo. Hoje, quase todo o mundo foi contagiado por esse entusiasmo incluindo Portugal, onde até há pouco tempo esta festa não tinha grandes raízes. O que acontecia era que no dia 1 de Novembro, o Dia de Todos-os-Santos, de manhã bem cedo, as crianças saíam á rua em pequenos grupos para pedir o «pão por Deus». Iam pela vizinhança, a bater em todas as portas, e ao fim da manhã, se tivessem sorte, voltavam com os seus sacos de pano cheios de doces, fruta, bolinhos, bolachas, rebuçados, chocolates e,ás vezes até dinheiro! O que acaba por não ser muito diferente do «doce ou travessura» (trick or treat) da Noite das Bruxas, muito comum nos EUA, onde as crianças vão de casa em casa, mascaradas de criaturas assustadoras, perguntar: «Doce ou travessura?»

A tradição do Trick or treat tem origem nos duendes, que os antigos celtas acreditavam ser criaturas do mal que na noite de Halloween gostavam de pregar partidas (tricks) aos humanos. Para lhes agradar e evitar as suas maldades, as pessoas deixavam doces e fruta (treats) à porta das suas casas.

Fonte: Revista Terra do Nunca

Texto/Autor:

Fotos da Net

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Romã

Nome científico: Punica granatum

Classificação superior: Punica

Classe: Magnoliopsida

Espécie: P. granatum

Família: Lythraceae

Filo: Magnoliophyta

Ordem: Myrtales

Oriunda da Ásia Central, a romã cedo se espalhou por toda a bacia mediterrânica, chegando á Península Ibérica, de onde partiu para outros continentes, sendo também muito popular no Brasil. A Espanha é o maior produtor Mundial. Por cá é muito vulgar no Sul, principalmente no Alentejo e no Algarve: árvores de pequeno porte, com aqueles frutos belíssimos que, quando maduros, têm tonalidades entre o amarelo, o castanho e o vermelho e chegam a dobrar os ramos com o seu peso.

Mas, infelizmente, o destino de muitos milhares de romãs é caírem ao chão e ali apodrecerem ou serem debicadas por aves diversas, bem mais espertas do que nós. falta de meios de distribuição e preços muito baixos pagos aos produtores, associados á já vulgarizada falta de mão-de-obra, fazem com que este fruto nobre, a exemplo de muitos outros que temos de enorme qualidade – a laranja é o caso mais flagrante! – apareça cada vez menos nas bancas dos mercados e frutarias. Ou melhor, os que por lá aparecem com regularidade são… espanhóis, pois claro!

Na antiguidade foram-lhe atribuídos poderes afrodisíacos, foi sinal religioso dos judeus e apreciada por Fenícios, gregos, romanos e ainda hoje há países onde se come tradicionalmente no Dia de Reis, simbolizando prosperidade.

É um fruto com muito baixo calor calórico, bastante diurético, que se pode comer sem restrições e tem enorme riqueza em Vitaminas A e E, em potássio e ácido fólico, sendo um poderoso antioxidante, óptimo para combater doenças coronárias, ou auxiliar a sua prevenção. Ingerida sólida ou em sumo, é deliciosa e refrescante e pode fazer parte de algumas receitas quer de peixe quer de carne. Pelo menos durante o Natal, compre romãs portuguesas e delicie-se.

Saúde – Com baixo teor calórico, rica em vitamina A e E, a romã é um poderoso antioxidante indicado para a prevenção de doenças coronárias.

Amor – Na Antiguidade eram atribuídos à romã poderes afrodisíacos e era considerada um símbolo de fecundidade.

Dinheiro – Em vários países há a tradição de comer romãs no Dia de Reis, para atrair prosperidade e abundância.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/Autor: José Silva

Fotos da net

domingo, 29 de outubro de 2023

Celósia

Plumas e cristas

(Celosia argentea cristata)

Nome científico: Celosia

Família: Amarantáceas

Origem: América, Ásia, África

Ao género Celosia pertencem mais de 60 espécies de plantas anuais, particularmente apreciadas pelas suas espectaculares inflorescências em espiga, amarelas ou vermelhas. A espécie de que procedem quase todas as variedades e subespécies comummente cultivadas é a Celosia argentea, com folhas ovadas ou lanceoladas, verdes, um pouco rugosas, com nervuras conspícuas.

(Celosia argentea cristata Pyramidalis)

As inflorescências, erectas ou pendentes, são branco-prateadas e brotam no verão. Os cultivares reagrupam-se em duas subespécies: a primeira, a Celosia argentea cristata (chamada «crista-de-galo»), tem folhas ovadas ou ovato-cordiformes, verdes ou bronzeadas, e curiosas inflorescências, em espiga, sinuosas, vermelhas, alaranjadas ou amarelas, com diversas gradações, que fazem lembrar; precisamente, a crista de um galo; aparecem no Verão.

A outra subespécie, a Celosia argentea plumosa, tem folhas ovadas ou lanceoladas e flores reunidas em vistosas espigas plumosas e erectas, cor-de-rosa, vermelhas, em vários tons, de forma piramidal (na variedade Pyramidalis) ou cilíndrica, que brotam de finais de Primavera e meados do Verão. Entre as outras espécies: a Celosia childsii, lembrada sobretudo por ter dado origem a muitas variedades com inflorescências ramificadas, e a Celosia Thompsonii, de porte compacto, com inflorescências plumosas, vermelho-vivas.

Cultivo

(Celosia argentea cristata plumosa)

As Celósias cultivam-se como plantas de flor anuais de interior, e ao ar livre em canteiros e alegretes. Nos recipientes utiliza-se um substrato para vasos bem drenado; no jardim, o solo tem de ser fértil e bem drenado: aconselha-se a utilização de plantas procedentes de recipientes alveolares ou vasos pequenos. Em ambos os métodos de cultivo, há que enriquecer o substrato com 20 g de adubo complexo de acção retardada por decalitro de terra. Todos os 15 dias, junta-se à água da rega um adubo líquido para plantas de flor na dose de 10cm3 por decalitro.

Multiplicação

(Celosia argentea Fairy Fountains)

Semear em meados do Inverno, num substrato de sementeira bem drenado, a uma temperatura mínima constante de 15ºC. quando as plântulas alcançarem um tamanho suficiente para se poder manipular; distribuem-se individualmente; as que se cultivam no exterior plantam-se de forma definitiva em meados da Primavera. Também se podem semear directamente ao ar livre, no fim do Inverno nas zonas de clima ameno ou no começo da Primavera nas outras regiões.

Doenças e parasitas

(Celosia argentea cristata Caracas)

Os afídeos podem infestar as folhas e as gemas, provocando danos directos, ao sugarem as plantas, e indirectos, ao darem início á fumagina. Combatem-se com aficidas. Os excessos de humidade ou um substrato mal drenado podem provocar a podridão. Neste caso, reduz-se a rega. Se o PH (acidez) do solo é demasiado elevado, é possível que a clorose foliar se manifeste por falta de ferro. Tratar com quelatos de ferro.

Exposição

Estas plantas necessitam de muita luz, mas não de uma exposição directa ao sol.

Temperatura

No interior; a temperatura ideal é de 18ºC. a mínima não deve ser inferior aos 14ºC. No Verão, quando a temperatura supera os 25ºC, é preciso arejar o sítio onde ela está. No exterior, resistem a temperaturas superiores.

Rega

São plantas que temem sobretudo os excessos de água, e por isso deve manter-se o substrato apenas ligeiramente húmido. Durante os meses estivais é aconselhável manter a humidade do ar elevada mediante pulverizações, mas apenas nas plantas (nas que não têm flores), nos vasos e até no ar circundante.

Cuidados

Eliminar as folhas danificadas ou amareladas.

Fonte:

Texto/Autor:

Fotos da net

sábado, 28 de outubro de 2023

10 viagens às Capitais da música

 Aprenda a dançar nos sítios certos, sejam as suas preferências latinas ou clássicas. Do tango ao Samba, passando pela valsa ou pela ‘polka’ e acabando no fado e nos ‘blues’, atreva-se a ouvir e a sentir.

Áustria – Valsa

A valsa começou por ser moda nos salões bem frequentados da cidade de Viena de Áustria, decorria ainda o século XVIII. Segundo refere a História da Música, esta dança e música descende da renascentista lavolta. Para que a sua estada seja tão sumptuosa e romântica quanto uma dança, a sugestão vai para o Hotel Imperial de Viena, inicialmente residência do príncipe de Wurttenberg e que posteriormente, foi transformado em Hotel, para a Exposição Universal.

Portugal – Fado

É sempre junto ao fado que aparece a palavra saudade, um sentimento nostálgico cuja expressão pode ter origens mouriscas e influências da conhecida modinha brasileira. São sons tristes, de abandono e amores feridos – tecidos pele guitarra e voz – que definem o fado. Depois de Severa, no final do século XIX, teve como sua grande diva Amália Rodrigues. Em Lisboa, é no Bairro Alto, Mouraria e Alfama que melhor pode escutar esta inquietante ‘formade vida’. Em pleno coração da capital fica o Bairro Alto Hotel, vibrante e chique, que se afirma como o primeiro boutique hotel contemporâneo de Lisboa.

Cuba – Salsa

Primeira filha de Cuba, a salsa nasceu do mambo e da rumba, ambos ritmos oriundos de Porto Rico, temperados com a sensualidade latino-americana. Ninguém resiste, numa noite quente, a deixar-se levar pelo enleio desta dança, uma das mais populares de toda a América latina, que teve como uma das suas mais emblemáticas representantes a habanera Célia Cruz. É no centro de Havana, para que os ritmos da salsa e da ‘cuba livre’ não a deixem muito perdida, que encontramos o NH Parque Central, um ‘cinco estrelas’ em frente ao Parque Central da cidade, o Capitólio, o Teatro garcia Lorca e o Museu de Arte Moderna, sem falar na vista panorâmica sobre Havana antiga.

Jamaica – Reggae

Nascido na Jamaica, o reggae começou por estar, muitas vezes, associado ao movimento religioso rastafári. Ao longo do tempo foi desenvolvendo mensagens de amor, de intervenção política, social e sexual, marcando os loucos anos 60 e 70, servindo de inspiração a vários músicos, dos quais Bob Marley é, sem dúvida, o ícone máximo. Oiça esta sonoridade no Hotel Rochhouse, que parece ter sido roubado ao paraíso, repleto de pequenos bungalows, com acesso directo ao mar, e um restaurante com comida jamaicana, em Pristine Cove.

Espanha – Flamenco

De origem espanhola, cigana, árabe e judaica, o ritmo flamenco nasceu na região de Andaluzia. Inicialmente tocado por uma guitarra, acompanhado de voz, palmas e cajon (caixa de música), é muito mais do que um tipo de música tradicional, é uma afirmação cultural. E, quando se cansar de dançar flamenco, comer tapas e beber sangria, passe umas horas no Hospes las Casas del Rey Baeza, um Hotel de época, com um ambiente tipicamente sevilhano, a avaliar pelo pátio central e as cores claras.

Brasil – Samba

Um dos ritmos mais quentes do mundo leva-nos até ao Brasil, país do samba, das caipirinhas e dos grandes areais. Nascido no Rio de Janeiro, pela mão de um grupo de emigrantes do estado da Bahia, no início do século XX, o samba é, desde sempre, um dos símbolos deste país – talvez mesmo ‘o símbolo’. Para sentir o ritmo, e depois descansar das noites cariocas, fica a sugestão do Le Méridien Copacabana, situado no coração do Rio de janeiro, debruçado sobre a famosa praia de Copacabana.

República Dominicana – Merengue

Quem nunca dançou merengue que levante o braço! É impossível resistir a este ritmo. Doce como o bolo a que também dá o nome, o ritmo frenético do merengue nasceu do calor das águas e das areias brancas da República Dominicana. Este ritmo deve dançar-se, se possível, bem acompanhado de umas maracas e uma piña colada. Quando não lhe apetecer dançar mais, pode sempre ficar a ouvir merengue deitado numas das espreguiçadeiras de praia, a apanhar sol ou dentro de água, cuja temperatura média ronda os 28º. Neste caso o resort Secrets Excellence em Punta Cana é uma boa opção.

Rússia – Polka

Nascida na Boémia no século XIX, a polka continua, hoje, a ser considerada um tipo de música e dança folclórica oriunda da Europa de Leste – ainda que as suas origens sejam checas -, devido à semelhança do seu nome, que se confunde com polaca. Diz-se que terá sido criada por uma jovem camponesa, num momento de diversão quase único, face á rigidez social deste povo. Para não fugir ao ambiente clássico e imponente, pode ficar em Moscovo, no Hotel Baltschug Kempinski, representativo da arquitectura do século XIX, com vista para o Kremlin, a Praça Vermelha e a Catedral de S. Basílio.

Argentina – Tango

O tango argentino dança-se sob o eterno tópico do amor, violento, sensual e dramático, sob um ritmo marcado pelo acordeão. Nascido nas zonas pobres de Buenos Aires, este som surge de uma fusão da música Europeia, a milonga sul-americana e os ritmos africanos, que continuam a marcar os seus passos pelas ruas e pelos clubes. Recupere o folego no Faena, um hotel fantástico, com cabaret, um bistrot requintado e um spa. Tudo envolto num ambiente de veludos vermelhos e cadeirões de pele.

Nova Orleães EUA – Blues

Nascidos no seio das comunidades de escravos negros, das suas orações, os blues são nostálgicos e significam literalmente “the blue devils”, a espiritualidade e a tristeza de um povo oprimido. Apesar de encaradas com algumas reservas, as músicas criadas por esta comunidade deram origem a outros ritmos tão fantásticos como o jazz. Um dos bairros mais famosos de Nova Orleães é o francês. No The Maison Dupuy Hotel vai experimentar todo este ambiente romântico e de charme.

Fonte: Revista Grazia

Texto/Autor: Desconhecido

Fotos da net

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Anita Garibaldi

A brasileira que conquistou a Itália

(Foto, Anita Garibaldi)

Muito mais que só a esposa de Giuseppe Garibaldi: uma das mulheres mais fortes do Brasil, Anita é tida como heroína nos dois países. Conheça um pouco da sua história.

O Brasil é um país de mulheres fortes, de guerreiras e guerrilheiras, de muitas heroínas que dedicaram a vida à ideais de liberdade e democracia. E isso não é de hoje, não! E uma das mais fortes mulheres brasileiras foi Anita Garibaldi, a “Heroína dos Dois Mundos”, assim chamada por ter batalhado no Brasil e na Itália em conjunto com seu marido, o revolucionário Giuseppe Garibaldi.

No Brasil, Anita tomou parte da Guerra dos Farrapos, da Batalha dos Curitibanos e na Itália participou da Batalha de Gianicolo. Em todos esses eventos teve papel de liderança e destaque. Ainda esteve com Giuseppe no Uruguai, nos enfrentamentos contra a Argentina.

As origens da “Heroína dos Dois Mundos”

(Foto, Anita Garibaldi)

Nascida em 1821 em Laguna, Santa Catarina, Anita era filha de um comerciante português vindo dos Açores. Apesar de duros, os pais sempre demonstraram carinho aos filhos e, apaixonado pelo mar, o pai, Bento Ribeiro da Silva, transferiu à jovem Anita de Jesus Ribeiro o amor pelas águas e pela liberdade, conseguida, segundo ele, apenas no rumo livre de um barco singrando o oceano.

Da mãe, Maria Antônia de Jesus, Anita teria herdado a disposição de luta e o espírito forte, características que eram tidas como ultrajantes para uma mulher na época, mas fizeram com que a jovem sempre se destacasse, impondo sua liderança.

Bento Ribeiro não teve a oportunidade de ver a transformação da jovem Anita que lutaria pela liberdade, morreu muito cedo o que forçou a garota a se casar aos 14 anos com o sapateiro Manuel Duarte de Aguiar.

Para o alívio de Anita, o casamento duraria apenas três anos. Manuel se alistaria no exército imperial e a jovem retornaria para a residência de sua mãe. Ainda praticamente uma criança, Anita não estava contente com o casamento e a obrigação de viver como esposa de um homem que não amava.

Garibaldi, o herói lendário e Anita, uma das mulheres mais fortes que o Brasil gerou

(Foto, Giuseppe Garibaldi)

Em 1839, Anita conheceu Giuseppe Garibaldi, um oficial italiano que já estava vivendo no Brasil desde 1835. Garibaldi tinha lutado pela unificação da Itália e a revolta que comandou havia sido derrotada. Como punição o militar foi condenado à morte e teve que empreender uma vida de exílio; rumou primeiro para a França e depois para o Brasil, onde estabeleceu-se primeiro no Rio de Janeiro até deslocar-se para Santa Catarina, terra que abrigava muitos dos seus conterrâneos italianos, entre os quais, muitos exilados que tinham batalhado ao seu lado.

Giuseppe chegou ao Brasil num período turbulento para o sul do país, com a deflagração da Revolução Farroupilha. Com ímpeto para lutar e colocando-se ao lado dos republicanos, o italiano recebeu homens, armas e um veleiro de Bento Gonçalves, usados para tomar a cidade de Laguna. Á época, Anita já estava ao lado do seu futuro companheiro de vida.

Grávida e desesperada em busca de Giuseppe Garibaldi

(Foto, Batalha dos Curitibanos.)

Na Batalha dos Curitibanos, Anita é capturada. A heroína estava grávida e foi avisada de que Giuseppe havia morrido. Desesperada, Anita consegue fazer uma fuga impressionante e foge a cavalo, percorrendo toda a região e escapando da perseguição dos seus inimigos até conseguir localizar Garibaldi vivo e protegido na cidade de Vacaria.

(Foto, Monumento a Gieseppe e Anita, localizado na Praça Garibaldi, no bairro Menino Deus. As estátuas de Giuseppe e Anita Garibaldi são um conjunto escultórico em mármore de Carrara, realizado por Fidelfo Simi, artista italiano de Florença. Em 1913, o monumento foi oferecido a Porto Alegre pela colónia italiana aqui residente, em homenagem ao casal de combatentes da Guerra dos Farrapos. Giuseppe Garibaldi (1807/1882) nasceu em Itália e foi um grande guerreiro. Ele participou em algumas batalhas em muitos lugares na América e na Europa, e por isso recebeu o apelido de Herói dos dois mundos. No Brasil, Garibaldi participou na Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e da proclamação da República Juliana, em Santa Catarina. Durante os combates, Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro (1821/1849), que se tornou sua companheira e passou a ser chamada de Anita Garibaldi.)

Domênico Mennoti, o filho do casal, nasceria em 16 de setembro de 1840. Anita e Garibaldi rumaram para o Uruguai onde se casaram em 1842 em Montevidéu. Sem conseguir parar de lutar, Garibaldi chefiaria a frota uruguaia contra os argentinos em um embate entre os dois países. Com Garibaldi e Anita o mundo aprenderia que a liberdade não tem pátria que não o coração livre dos homens.

(Foto, Seu corpo foi transladado sete vezes, e atualmente está localizado em Itália. Anita lutou a sua vida toda em prol da liberdade e união, as suas características principais envolveram dedicação, coragem, persistência e amor à pátria, uma guerreia no sentido figurado e literal. Em sua homenagem, a Itália construiu um monumento representando a sua fuga a cavalo; Santa Catarina nomeou dois dos seus municípios em sua honra, além de que o nome Anita Garibaldi está no Livro dos Heróis da Pátria.)

Em 1847, Giuseppe Garibaldi mandou a esposa e os três filhos para Nice, na Itália. O oficial italiano estava retornando para sua terra natal para comandar novamente o processo de unificação do seu país. Anita tomaria parte na Batalha de Gianicolo e em outros embates com Garibaldi. Em 1849, Garibaldi e Anita seguiram para Roma, e foram perseguidos; durante a fuga, vestida de soldado e grávida de cinco meses, Anita Garibaldi adoece em Orvieto, falecendo por conta da febre tifoide e não resiste.

Anita Garibaldi faleceu em Mandriole, Itália, no dia 04 de agosto de 1849. Em Roma, na colina de Gianicolo, foi instalado um monumento equestre em sua homenagem, onde foram enterrados seus restos mortais. Ela é tida como uma verdadeira heroína pelo povo italiana.

(Foto, Em Guaíba, monumento de Anita Garibaldi, em homenagem ao Bicentenário de nascimento de uma das personalidades femininas mais cultuadas do Sul do Brasil.)

 

Fonte: http://comgloss.com.br/anita-garibaldi-mulheres-fortes/

Texto: Isa Lopes /atualizado a 30 de janeiro 2021

Fotos da Net

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

O sagrado e o Profano

Precisamos que o sagrado esteja presente na nossa vida, mesmo que não tenhamos nada de religioso. E raramente paramos para perceber a influência que tem no nosso dia-a-dia, o que nos dá e o que nos traz.

1.

Diz quem sabe que o sagrado e o profano se distinguem pelas perspectivas diferenciadas do espaço e do tempo.

O espaço do sagrado é não homogéneo e o seu tempo, além desta mesma propriedade, goza de uma característica de descontinuidade que também não se verifica no domínio do profano.

O sagrado carece que os espaços sejam diferenciados, que alguns, poucos, apresentem uma qualidade própria que não só os tornam especiais como organizadores, e mesmo fundadores, de uma ordem de sentidos que criam a sua própria realidade. A partir daí assiste-se ao estabelecimento dos ritos, dos gestos exactos, dos locais de culto ou de peregrinação, por exemplo, que delimitam os territórios sagrados.

Por seu turno a descontinuidade temporal implica um investimento de períodos e épocas específicas. É legítimo afirmar que o tempo sagrado é reversível, já que tem de ser «um tempo mítico primordial tornado presente» (Eliade). Dito de outro modo, a inscrição num registo do sagrado retira-nos da normal (e profana) sequência de acontecimentos, e abre-nos as portas a uma temporalidade única em que eventuais repetições são, ainda assim, sempre novas formulações.

2.

Ainda que o sagrado e profano se misturem, se imbriquem, se completem e se derramem nas nossas vidas e nas nossas formas de ser e de fazer, o facto é que parecem conceitos difíceis, abstractos e longínquos.

Brincamos à Páscoa e ao Natal, aproveitamos feriados religiosos ou civis sem sombra de devoção nem conhecimento do que se actualiza ou comemora e, de forma geral, guardamos as nossas ideias sobre o divino num cofre confuso e atabalhoado de ideias ou imitamos preceitos estabelecidos e despidos de qualquer valor.

Se, por um lado, carecemos que o sagrado exista na nossa vida e penetre nos nossos quotidianos, mesmo que exteriormente a qualquer sentimento de religiosidade, o facto é que só por excepção reflectimos o que nos dá e o que nos traz.

Só por excepção nos deixamos envolver, afectiva e cognitivamente pela compreensão de que a nossa necessidade dele assenta directamente na vontade de significarmos quem somos e o que fazemos. Nós, uns entre outros na corrente das gerações infinitas.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/Autor: Isabel Leal, Psicóloga

Fotos da net

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Truques Saudáveis - Saúde

Brócolos – Superar a anemia

Muito apreciado na nossa gastronomia, este legume contém um elevado conteúdo, de flavonóides, substâncias que retardam o envelhecimento. Os brócolos são ricos em vitaminas B, cálcio, ferro e magnésio, por isso, combatem a fadiga e a anemia, favorecem a concentração e a memória e melhoram o humor. As fibras presentes nos talos ajudam a evitar o cancro do intestino. Pouco calóricos, podem ser consumidos à vontade (100 gramas contém36 calorias).

Arroz Integral – Bom para os intestinos!

Um tipo de arroz rico em fibras, pelo que ajuda ao funcionamento dos intestinos e facilita a eliminação de toxinas. O resultado salta á vista: os cabelos tornam-se brilhantes e a pele mais viçosa. Este alimento é ainda uma boa fonte de vitaminas B, E e minerais, como manganês, zinco e cobre.

Frango – Rico em minerais

Esta ave é uma fonte de proteínas, ideal para fortalecer o sistema imunológico. O frango fornece zinco e cobre (minerais antioxidantes) e boas qualidades de ferro. Conselho:  a pele do frango não deve ser consumida, porque concentra muito colesterol.

Abacate – Mão cheia de vitaminas!

Apesar de ser altamente calórico (uma fatia contém 100 calorias), este fruto é rico em glutationa, uma substância antioxidante. Protege as artérias do coração contra os efeitos maléficos da gordura. Tem vitaminas A (óptima para a pele e para o cabelo), C (acelera o processo de cicatrização) e cálcio (previne a osteoporose).

Gengibre – Enjoos à distância

Um dos sintomas do primeiro trimestre da gravidez são as náuseas, para atenuá-las, os especialistas recomendam a ingestão de produtos que incluam gengibre. Acrescente uma pitada da especiaria ás infusões ou consuma bebidas que a contenham.

Rabanete – Alimento para hipertensos

Trata-se de um tubérculo recomendado para quem está de dieta, pois contém apenas 20 calorias por 100 gramas. Além disso, é rico em antioxidantes, em vitamina C e folatos, que intervêm na formação dos glóbulos brancos e vermelhos. É óptimo para controlar a hipertensão e, como é diurético, para eliminar líquidos.

Beterraba – Aliada contra os radicais livres

Na antiguidade, este tubérculo era usado para combater dores de garganta e de cabeça. É rica em vitaminas, das quais se destaca o folato, importante para as grávidas, e algumas do grupo B. também contém um elevado conteúdo de minerais como iodo, sódio e potássio e antocianinas, pigmentos que lhe conferem a cor roxa e actuam como oxidante, um aliado contra os radicais livres. Deve consumi-la com moderação, pois tem muitos hidratos de carbono e açúcar.

Vitaminas – Doença de Crohn

Os indivíduos que sofrem desta patologia têm, agora, disponível um site de ajuda , onde podem encontrar informações sobre doenças que afectam o intestino e falar com outros doentes. A dieta para portadores de Crohn deve ter um alto teor calórico-proteico e ser restrita em resíduos (fibras). Condimentos e líquidos frios não são bem tolerados. A toma de vitaminas também é indicada.

Fonte: Revista Maria

Texto/Autor: Dr. Custódio César, Nutricionista

Fotos da net

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Mulheres Lendárias

 De Catarina, A Grande, a Edith Piaf e Janis Joplin

Elas não viviam sem sexo

Várias mulheres lendárias usaram o poder e o fascínio que exerciam sobre as multidões para fazerem o que queriam… na cama.

(Rainha Isabel I de Inglaterra)

É mais fácil associarmos a sexo-dependência a um homem do que a uma mulher. Porém, um livro editado pela Cavalo de Ferro, revela como, desde o século XVI, algumas mulheres lendárias viveram a sexualidade de uma forma mais livre do que seria “próprio” da sua condição. O livro chama-se Sexodependentes – 21 Histórias de Mulheres Radicais e sintetiza as aventuras emocionais de, entre outras, Edith Piaf, Mata Hari, Janis Joplin, Simone du Beauvoir ou Isabel I de Inglaterra – a tal que ficou para a História como “a rainha virgem”. Apesar do título, Paula Izquierdo conta que só identificou duas mulheres viciadas no prazer sexual, um vício que, como qualquer outro, é destrutivo: Paulina Bonaparte (irmã de Napoleão) e Alma Mahler, amante de alguns dos maiores génios do século XX, como Klimt. As restantes não seriam dependentes, mas garante Izquierdo, “O sexo foi muito importante para todas elas.”

(Édith Piaf – Cantora)

Paula Izquierdo explica que estas pioneiras da emancipação eram privilegiadas: tinham poder. “Quanto mais poder tiveres, mais liberdade terás para fazer o que queres, em qualquer área, inclusive no campo sexual. Sempre foi assim e sempre será.”  E Exemplifica: “No caso das rainhas, eram elas quem mandava. Se alguém as confrontasse arriscava-se a perder a cabeça.” Outras usaram o sexo e sedução para alcançar o poder: “É a estratégia mais velha do Mundo. Cada um usa as suas armas para aceder ao poder.”

(Mata Hari – Bailarina)

Artistas emancipadas

Desde Mata Hari, que enlouquecia os homens com a dança do ventre, passando por Sarah Bernhardt, Isadora Duncan, Edith Piaf e Janis Joplin, muitas das mulheres sexualmente libertas retratadas neste livro eram artistas.  Admiradas por milhões, algumas como Piaf, tinham horror a estar sós e precisavam de se sentir desejadas. O mesmo acontecia com Janis joplin, cuja voz poderosa escondia uma personalidade recheada de complexos físicos que afogou em sucessivas orgias sexuais e químicas.

(Janis Joplin – Cantora)

Rainhas do Prazer

Elizabeth I (século XVI) nunca se casou por acreditar que unir-se a um príncipe estrangeiro tornaria a Inglaterra vulnerável. A “rainha virgem” na verdade manteve relações com vários súbditos, rendidos á sua beleza, inteligência e poder. Catarina a Grande, da Rússia, conquistou o trono ao marido e como este não lhe dava filhos, escolheu os amantes que lhe enfeitavam a alcova e asseguraram a descendência, entre a nobreza e o exército.

(Isadora Duncan – Bailarina)

Casos de Lesbianismo

Outras mulheres, como Simone de Boauvoir, Anais Nin ou Virgínia Wool, destacaram-se pela inteligência. Era-lhes fácil encontrar amantes entre os milhares de admiradores: “estavam rodeadas de homens e mulheres que lhes admiravam a personalidade e facilmente se tornavam seus amantes.”, analiza Izquierdo.

(Simone de Beauvoir – escritora)

Simone de Beauvoir manteve uma relação “aberta” com Jean Paul Sartre. Amavam-se, mas tinham amantes – muitos eram seus alunos – e nada escondiam um ao outro. Muitas vezes era Beauvoir quem “fornecia” amantes ao companheiro. Entre as mulheres que viveram no início do século XX, a bissexualidade e o lesbianismo eram frequentes.

(Catarina a Grande, da Rússia) 

Algumas, assumiam-se como lésbicas, algo raro da actualidade. Para Paula Izquierdo, ainda é mais fácil a um homem assumir que é gay, do que a uma mulher: “Em geral, as mulheres ocultaram sempre o desejo e a sexualidade. Hoje têm mais liberdade, mas no que diz respeito ao sexo, continua a haver mais tolerância para os homens. Em Espanha, por exemplo, enquanto alguns homens famosos já assumiram a sua homossexualidade, ainda nenhuma figura pública se assumiu como lésbica.

Fonte: Revista Nova Gente

Texto/autor: Anabela Pereira Fernandes

Fotos da Net