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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Panamá


Origem. Apesar do nome, acessório é do Equador
O Rei dos chapéus de palha

Ao longo de vários séculos, o panamá ganhou fama como o chapéu de verão nas elites ocidentais. Originário da América Latina, há muito que o seu uso se estendeu a todo o planeta e foram várias as figuras de estado que se tornaram fieis ao acessório. Harry Truman, Napoleão III e Eduardo VII são alguns dos exemplos. O seu período de ouro foi a primeira metade do século XX, mas ainda hoje o panamá é muito popular. Apesar da enorme evolução ao nível das cores e dos formatos, a aba circular em torno do chapéu continua a ser presença obrigatória. Os melhores modelos possuem milhares de tiras por centímetro quadrado, o que dá uma aparência diferente e mais requintada do que aquela que os chapéus de palha têm por norma.
Supõe-se que o panamá seja um descendente longínquo dos petasos, um género de chapéu proveniente da Grécia Antiga, que a civilização romana difundiu por toda a Europa. Cada país latino desenvolveu a sua versão e, ao longo dos séculos, foram vários os modelos que surgiram semelhantes ao actual panamá. Terá sido durante as conquistas espanholas que os chapéus de palha chegaram ao continente sul-americano, através das toquillas – modelo que os marinheiros utilizavam na época. O mais surpreendente é que o modelo panamá teve origem no Equador. Na verdade, as cidades Cuenca e Montecristi são as maiores produtoras deste acessório, que muitos consideram como o rei dos chapéus de palha. A importância do panamá na economia equatoriana é tão significativa que a própria revolução liberal de 1895 – liderada pelo herói nacional Eloy Alfzaro – foi financiada com as suas exportações. O nome “panamá” remonta apenas a 1906. Foi após a visita de Theodore Rosevelt ao país homónimo, durante a construção do canal que liga os oceanos atlântico e Pacífico, que o chapéu ficou assim conhecido. Milhares de exemplares foram encomendados para os trabalhadores da obra, mas foi a imagem do presidente americano de chapéu, na cabeça que popularizou este acessório, dando mais tarde origem à designação actual.

Fonte: Revista Sábado
Texto: João Silva
Fotos da net
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O biôco (ou biuco)

Uso da burka ou do chador proibido no Algarve


«Faço saber que pelo regulamento policial d’este Governo Civil, de 6 do corrente mês, com execução permanente, aprovado pelo governo, determino o seguinte:

Artigo 32º – É proibido nas ruas e templos de todas as povoações deste distrito o uso dos chamados rebuços ou biôcos de que as mulheres se servem escondendo o rosto.

Artigo 33º – As mulheres que, nesta cidade, forem encontradas transgredindo o disposto no precedente artigo serão, pelas vezes primeira e segunda, conduzidas ao comissário de polícia ou posto policial mais próximo, e nas outras povoações à presença das respectivas autoridades administrativas ou aonde estas designarem, a fim de serem reconhecidas; o que nunca terá lugar nas ruas ou fora dos locais determinados; e pela terceira ou mais vezes serão detidas e entregues ao poder judicial, por desobediência.

Parágrafo único – Esta última disposição será sempre aplicável a qualquer indivíduo do sexo masculino, quando for encontrado em disfarce com vestes próprias do outro sexo e como este cobrindo o rosto.

Artigo 34º – O estabelecido nos dois precedentes artigos não terá lugar para com pessoas mascaradas durante a época do Carnaval, que deverá contar-se de 20 de Janeiro ao Entrudo; subsistirão, porém, as mesmas disposições durante a referida época, em relação às pessoas que não trouxerem máscara usando biôco ou rebuço.

Artigo 41º – O presente regulamento começa a vigorar, conforme o disposto no artigo 403º do código administrativo, três dias depois da sua publicação por editais – Governo Civil de Faro, 28 de Setembro de 1892. – Júlio Lourenço Pinto.»

O biôco (ou biuco) – Algarve

Raul Brandão escreve a propósito do biuco no seu livro "Os Pescadores", em 1922:

"Ainda há pouco tempo todas (as mulheres de Olhão) usavam cloques e bioco. O capote, muito amplo e atirado com elegância sobre a cabeça, tornava-as impenetráveis.

É um trajo misterioso e atraente. Quando saem, de negro envoltas nos biocos, parecem fantasmas. Passam, olham-nos e não as vemos. Mas o lume do olhar, mais vivo no rebuço, tem outro realce... Desaparecem e deixam-nos cismáticos. Ao longe, no lajedo da rua ouve-se ainda o cloque-cloque do calçado - e já o fantasma se esvaiu, deixando-nos uma impressão de mistério e sonho.

É uma mulher esplêndida que vai para uma aventura de amor? De quem são aqueles olhos que ferem lume?... Fitou-nos, sumiu-se, e ainda - perdida para sempre a figura -, ainda o som chama por nós baixinho, muito ao longe-cloque..."

Trata-se de uma capa que cobre inteiramente quem a usava. A cabeça era oculta pelo próprio cabeção ou por um rebuço feito por qualquer xaile, lenço ou mantilha. As mulheres embiocadas pareciam “ursos com cabeça de elefante”

Oficialmente a sua extinção ocorreu em 1882 e por ordem de Júlio Lourenço Pinto, então Governador Civil do Algarve, foi proibido nas ruas e templos, embora continuasse a ser usado em Olhão até aos anos 30 do século XX em que foram vistos os últimos biocos.

Fonte: http://portugalglorioso.blogspot.pt 
Foto da net
© Carlos Coelho

sábado, 6 de março de 2010

Véu Islâmico

Além da Burqa e do Niqab, em espaços e transportes públicos cuja proibção está sobre grande polémica, as mulheres muçulmanas têm outros tipos de vestuário. Veja-os:

"Hijab"
Trata-se de um véu que resguarda apenas os cabelos e deixa o rosto visível. Significa «cobrir», em árabe.
"Niqab"
Braços, pernas, cabelos e rosto, tudo está tapado, menos os olhos. O seu uso está generalizado na Península Arábica.
"Burqa"
Cobre o corpo da cabeça aos pés. Tem uma tela, de renda, para permitir a visão. Usa-se sobretudo, no Afeganistão e Paquistão.


"Xador"
Usado por mulheres irarianas, quando saem de casa. Só tapa o tronco, ficando o rosto à mostra.


"Shayla"
É um véu largo e rectangular que se usa na zona do Golfo Pérsico e se envolve à volta da
cabeça.

Fonte: Revista Visão 4 de Fevereiro de 2010

Fotos da Net