Leptis Magna – um pedaço
de Roma na África
Leptis Magna é uma das
mais bem preservadas ruínas romanas do Mediterrâneo. É considerada uma das
maravilhas de África.
Léptis Magna (em
púnico: Lpqy; em grego: Νεάπολις; transl.: Neápolis; em latim: Leptis Magna,
Lectis Magna ou Lepcis Magna), também conhecida como Léptis Altera (Leptis
Altera, "Outra Léptis", em referência à Léptis Parva) ou ainda Lebida
ou Lebda.
Leptis Magna foi uma
prospera cidade do Império Romano. Suas ruínas estão situadas em Al khums – Homs,
Líbia, 130 quilômetros ao leste de Tripoli. Era uma das mais belas cidades do
Império Romano devido a Septímio Severo, que a aumentou e embelezou, erigindo
imponentes edifícios públicos, um porto, um mercado, armazéns, lojas e bairros
residenciais.
Período Púnico
A cidade provavelmente
foi fundada por colonos Fenícios em 1100 a.C., embora não tivesse a mesma
importância que Cartago que se transformou em um poder principal no mar
Mediterrâneo século IV a.C. Fez parte do estado de Cartago até a segunda guerra
púnica. Em 146 a.C. foi anexada á república Romana.
Período Romano
Leptis Magna voltou a
renascer durante o Período Romano, altura em que a cidade foi incorporada ao
império no governo do imperador romano Tibério, como sendo uma parte da
Província Romana de África.
Desde essa altura,
passou a ser a 3ª cidade mais importante de África. Durante o reinado do
Imperador Septímio Severo, atingiu o auge ao ser agraciada com um amplo
programa de obras.
Teatro
Septímio Severo,
originário de Leptis, favoreceu a sua cidade natal, patrocinando o seu engrandecimento
em grande escala e em grande estilo.
Por volta do Séc. III,
houve um declínio do comércio Romano, a importância de Leptis Magna também
caiu, na metade do século IV, as principais partes da cidade tinham sido
abandonadas.
Vândalos, Bizantinos e
Árabes
Devido à anarquia
militar, Leptis Magna e a maioria das cidades da Tripolitania estavam
desprotegidas. Em 439 os Vândalos invadem o Império Romano fundando um reino no
norte da áfrica, tendo Cartago como capital. Leptis Magna passou a fazer parte do
Reino dos Vândalos.
Em 523 um grupo de
incursores Berberes saqueiam a cidade. Em 534 o general bizantino Belisario
reconquista Leptis Magna e destrói o Reino dos Vândalos. A cidade foi anexada
ao Império Bizantino. Em 650 os árabes venceram os bizantinos e dominaram toda
Tripolitania.
A morte e a destruição
da cidade
A invasão árabe, que
atinge velozmente o norte de África depois da derrota de Bizâncio frente aos
Muçulmanos, vem apenas concluir um processo de declínio e de apagamento de uma
grande e importante rede de grandes cidades.
Segundo informações da
Enciclopédia Britânica, Leptis Magna entrou em decadência e, após a conquista
árabe do Norte da África, no século 07 d.C., foi deixada ao abandono, não tendo
sido habitada desde então. Isso garantiu a preservação não só dos edifícios
romanos, mas também de indícios de outras civilizações que ocuparam a região,
como os cartagineses e os númidas.
Com o seguir dos anos,
Leptis passou a ser uma fonte de lucro. Parte dos mármores de Versalhes, foi
retirada de Leptis. A partir dos anos 1920 passou a ser escavada
sistematicamente.
Ruínas Romanas
Arco de Septimus
Severus
Algumas estruturas
merecem destaque, como o Arco de Septimus Severus, logo na entrada, construção
com quatro entradas em arco.~
Termas de Adriano
Mercado
Fórum
Basílica
Há também as Termas de
Adriano, que ainda conservam quase intactas as latrinas de mármore utilizadas
em tempos imperiais; o mercado; o Fórum e a Basílica, que embora não tenham
mais teto, ainda conservam as paredes e vários dos relevos e inscrições
originais. Algumas colunas da Basílica têm entalhes detalhados retratando a
vida do deus Dionísio e os doze trabalhos de Hércules.
Anfiteatro
O edifício mais
impressionante, porém, é o anfiteatro, em ótimo estado de conservação.
Texto: Lucília Galha
Fontes: Agência de
Notícias ANBA / Wikipédia / Fronteiras do Desconhecido
Fotos da Net
© Carlos Coelho