Mostrar mensagens com a etiqueta História. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta História. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Garuda



 Garuda é um pássaro lendário ou criatura semelhante a um pássaro na mitologia hindu, budista e jainista. Ele é diferentemente o veículo montado ( vahana) do deus hindu Vishnu , um protetor do dharma e Astasena no budismo, e o Yaksha do Jain Tirthankara Shantinatha.

Garuda é descrito como o rei dos pássaros e uma figura parecida com uma pipa. Ele é mostrado em forma zoomórfica (pássaro gigante com asas parcialmente abertas) ou em forma antropomórfica (homem com asas e algumas características de pássaros). Garuda é geralmente um protetor com poder de ir rapidamente a qualquer lugar, sempre vigilante e inimigo da serpente. Ele também é conhecido como Tarkshya e Vynateya .


Garuda faz parte das insígnias do estado na Índia, Mianmar, Tailândia, Camboja e Indonésia. O brasão oficial indonésio está centrado no Garuda. O emblema nacional da Indonésia é chamado Garuda Pancasila . A Força Aérea Indiana também usa os Garuda em seu brasão de armas e até nomeou sua unidade de operações especiais como Força de Comando Garud.

© Carlos Coelho

sábado, 18 de fevereiro de 2017

O Barão de Forrester

O Barão de Forrester

Barão de Forrester

Um dos maiores paladinos do Vinho do Porto

Foi no Pego do Cachão que morreu tragado pelas Águas do Douro

No dia 12 de Maio de 1861 morreu afogado no rio Douro, no lugar do Cachão, com 52 anos incompletos, o Barão de Forrester – José James Forrester -, escritor, artista e viticultor escocês, que tanto se distinguiu na propaganda do Douro e dos vinhos do Porto.

Mapa Barão de Forrester

Camilo Castelo Branco descreve assim, magistralmente, em algumas linhas, o desastre que tanto impressionou o País: « No dia 12, um alegre domingo, saíram todos, o Barão de Forrester e vários amigos, do «Vesúvio», na intensão de jantarem na Régua. O Douro tinha engrossado com a chuva de dois dias e a rapidez da corrente era caudalosa. Aproando ao ponto do «Cachão», formidável sorvedouro em que a onda referve e redemoinha vertiginosamente, o barco fez um corcovo, estalou, abriu um golpe e mergulhou no declive da catadupa. O Barão sofrera a pancada do mastro, quando se lançava à corrente, nadando. Ainda fez algum esforço para apegar à margem; mas, fatigado de bracejar no teso da corrente ou aturdido pelo golpe, estrebuchou alguns segundos na agonia e desapareceu.»

Cachão da Valeira

Este desastre, pelas circunstâncias em que se deu e ainda pelo facto de apenas ter vitimado o Barão de Forrester, foi durante muitos anos motivo de estranhas e singulares versões, tanto mais que o seu cadáver nunca apareceu. Admitiram-se ou bordaram-se lendas e fantasias à volta do sinistro do Cachão da Valeira  e chegou-se mesmo a admitir um crime; mas nada se averiguou…

Convento da Serra do Pilar antes do cerco do Porto de 1832 – gravura do Barão de Forrester tirada da rampa da Corticeira – á direita ficava a Capela do Senhor do Carvalhinho, erguida pelos Padres Jesuítas e por eles mantida até 1761 quando foram expulsos. Serviu de quartel da marinha de D. Pedro durante o cerco e, a partir de 1840, foi a primeira fábrica de cerâmica do Carvalhinho, donde lhe veio a marca. Mais acima ainda se vê um pouco da Muralha Fernandina. Por baixo do convento encontra-se a Capela do Senhor d’Além e a Ponte das Barcas.

O Barão de Forrester, comerciante e viticultor, foi uma figura destaque no Porto de há um século; dedicou o melhor de sua inteligência e actividade ao Douro, procurando por todas as formas acreditar o famoso Vinho do Porto; e de 1843 a 1860 publicou trinta trabalhos, escrevendo-os e ilustrando-os com desenhos, muitos deles excelentes cópias do natural.
Os seus opúsculos «A crise comercial explica-se» e «A verdadeira causa da crise comercial no Porto» contribuíram grandemente para debelar o pânico e estimular as energias dos durienses que ficaram com as vinhas devastadas em 1859; e, seguindo os conselhos e alvitres que lhes sugeriu, conseguiram, em breve espaço de tempo, restabelecer o crédito da Praça do Porto.

Feira de S. Miguel, pintura do Barão de Forrester datada de 1835

Ficaram famosos os mapas que levantou: «O País Vinhateiro do Alto Douro», publicado em legendas em português e inglês e mandado reeditar pela Câmara dos Comuns da Grã-Bretanha, e o «Douro Português e o País Adjacente», de grandes dimensões, que aquela mesma Câmara mandou incorporar no «Blue Book».
As marcas que lançou nos mercados nacionais e estrangeiros conquistaram grande prestígio, tal o cuidado que pôs no trato e cultivo das excelentes vinhas que possuía no Douro e no fabrico de vinhos generosos da sua lavra.História da Pousada Barão Forrester

História da Pousada Barão Forrester

José James era popularíssimo no Porto e no Douro, tanto entre colónia inglesa como na melhor sociedade, destacando-se pela elegância do trajar e pelos requintes de uma educação esmerada. Afável, atencioso, escritor, artista e grande negociante de vinhos licorosos – os vinhos que ele próprio tratava - , usufruía bem justificado renome, tendo ficado famosas as reuniões que dava na sua casa apalaçada da Ramada Alta.

A Gravura do Barão de Forrester 1835

Camilo publicou em 1884 uma tremenda «charge» aos saraus do Barão de Forrester, metendo impiedosamente a ridículo os portuenses e convidados que lhe frequentavam a casa. Desforçava-se, certamente de, de qualquer pretensa injúria dos amigos do Barão, pois este, quando o opúsculo apareceu, já era morto há 23 anos. E no rodopio da bordoada não escapou ninguém e até os mortos levaram para o seu tabaco, e com a mesma crueldade com que tratou a gente da Assembleia Portuense, os de «Palheiro», como ele os classificou.

Pousada

O folheto provocou ruidoso escândalo, mas não diminuiu o prestígio da memória do Barão nem daqueles que reunia à sua volta, tanto mais que, das mazelas apontadas e acerbamente criticadas, a maior era a de gostarem e abusarem de libações do magnífico Vinho do Porto.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da Net /http://portoarc.blogspot.pt
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

terça-feira, 10 de maio de 2016

10 Incriveis factos sobre a civilização Maia

Porque caiu a civilização Maia?

A civilização Maia se concentrava na América Central e do Sul, e era a única a ter uma linguagem escrita na época pré-colombiana. Os Maias também são conhecidos pela sua arte, arquitectura, matemática e sistema astronómico. Existem várias concepções erradas sobre esta incrível civilização, então confira esta lista para descobrir várias curiosidades sobre os Maias!
Entre 700 e 800 d.C., uma mudança radical no regime das chuvas pode ter ajudado à queda da civilização Maia, na América Central, e da dinastia Tang, na China. A Conclusão é da Revista Nature, segundo a qual outras causas também deverão ter contribuído para o fim das duas importantes culturas.

1 - Mistério Antigo


 

O fim da civilização Maia ainda é um mistério muito debatido. Durante os séculos 8 e 9, as grandes cidades Maias foram entrando em declínio e depois foram abandonadas, deixando para trás uma arquitectura incrível e sinais da civilização. Algumas teorias acreditam que isso aconteceu devido à superpopulação, invasão de estrangeiros, revoltas da população e até problemas com as rotas usadas para trocas comerciais.
Outras teorias, entretanto, afirmam que o declínio pode ter ocorrido devido a desastres ambientais, como doenças e mudanças climáticas. Existem evidências que a população excedeu a capacidade de seu solo, acabando com o potencial da sua agricultura e caça. Actualmente, alguns estudiosos acreditam que uma seca de mais de dois séculos possa ter acabado com a civilização.
 
2 – A vida Continua
 

 

Ao contrário do que é muito divulgado, os Maias não têm um calendário, e sim vários calendários – e nenhum deles afirma que o mundo iria acabar em 2012. O que ocorre é que a mitologia Maia acredita que o mundo está na sua quarta “criação”. A última criação acabou em 12.19.19.17.19, na linguagem de um de seus calendários, esta sequência iria-se repetir no dia 20 de Dezembro de 2012. Esta data será, entretanto, marcada pelo fim de um ciclo e o início de outro, para os Maias, e não o fim do mundo, como o ano novo para a civilização ocidental.

3 – O último estado Maia

 
A cidade de Tayasal foi o último reino Maia, e acabou apenas em 1697, quando padres espanhóis entraram em contacto com o rei Maia e dominaram a população do local.
4 – Saunas
 
Uma espécie de sauna era um importante elemento de purificação para os Maias. Essas “saunas” eram construídas com paredes e tecto de pedras, com uma pequena abertura no topo. A água entrava por este buraco e entrava em contacto com as rochas quentes, produzindo vapor para retirar impurezas do corpo, segundo a crença da civilização.
5 - Quadras de desportos
 
O jogo mesoamericano era um desporto com associação com rituais, jogado por até 3 mil anos antes da chegada de Colombo na América. O desporto sofreu várias modificações com o tempo, e uma versão do jogo, chamada de Ulama, ainda é jogada em alguns lugares pela população Maia actual.
As quadras de desportos eram utilizadas como uma área para rituais religiosos e culturais e para os jogos. A quadra era feita em formato da letra “I” maiúscula, e o jogo era realizado com uma bola mais ou menos do tamanho de uma bola de vólei, feita de borracha (extraída de vegetais) e bem pesada. A decapitação é muito associada com o jogo, e há especulações que cabeças decepadas e caveiras eram utilizadas como bolas no jogo.
6 – O Uso de analgésicos
 
Mesmo na época pré-colombiana, o conhecimento médico dos Maias permitia que eles utilizassem plantas como analgésicos. Plantas alucinogénias utilizadas em rituais religiosos eram também usadas com este propósito.
7 – Sacrifícios humanos
 
A tradição Maia sempre teve o costume de realizar sacrifícios de sangue por motivos religiosos e médicos, e muitos Maias ainda realizam este tipo de sacrifícios. Mas não se preocupe, hoje em dia o sangue humano foi substituído pelo de animais para realizar as tradições ritualísticas de seus ancestrais.
8 – As Habilidades médicas
 
A saúde na sociedade Maia era uma mistura entre ciência, religião, mente e corpo. Poucos cidadãos estudavam a medicina a fundo e praticavam feitiçarias, de modo a curar, ver o futuro e controlar eventos naturais. A medicina tinha uma forte relação com a religião, mas as práticas médicas dos Maias eram muito avançadas. Sabe-se que os médicos realizavam suturas com cabelos humanos, cuidavam de fracturas, e até faziam próteses dentárias.
9 – A Infância Maia
 
A civilização Maia desejava características físicas específicas de seus filhos, e faziam intervenções para alcançar este padrão. Quando a criança ainda era pequena, blocos de madeira eram empurrados contra sua testa para que ela ficasse mais achatada. Outra intervenção era feita para deixar as crianças vesgas. Objectos eram balançados na frente de recém-nascidos, até que eles ficassem estrábicos.
Outra curiosidade é que os Maias davam os nomes de seus filhos de acordo com o dia em que eles nasciam. Cada dia do ano tinha um nome feminino e um masculino, e esta era uma tradição seguida fielmente pelos pais.
10 – Alguns Maias ainda vivem na sua região original
 
Actualmente, mais de sete milhões de Maias vivem nas suas regiões originais, e muitos ainda mantêm muito de sua cultura ancestral. Alguns estão integrados com a cultura dos países onde vivem, mas muitos ainda utilizam a linguagem Maia como idioma principal.
As maiores populações dos Maias modernos habitam os estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo, Tabasco e Chiapas. Na América Central, eles costumam ser encontrados em Belize, Guatemala e nas regiões oeste de Honduras e El Salvador.
Fonte: Listverse /hypescience
Fotos da net
𺰘¨¨˜°ºð000/2016𺰘¨¨˜°ºð
© Carlos Coelho 


sábado, 2 de janeiro de 2016

A Origem do Templo de Jerusalém

Identificada pedreira de onde vieram os blocos que ainda hoje estão no muro.
 


 Arqueólogos israelitas sustentam ter descoberto a pedreira de onde, há dois mil anos, foram retiradas as pedras usadas na edificação do Templo de Jerusalém, algumas das quais permanecem nas fundações do Muro das Lamentações, local sagrado do Judaísmo. São blocos com mais de dez metros e cinco toneladas de peso. A pedreira, explorada no tempo do rei Herodes, o Grande – que reinou entre os anos 40 a.C. e 4 -, situa-se a cerca de cinco quilómetros do santuário, dentro do que é actualmente um bairro ultra-ortodoxo de Jerusalém.
 
Fonte: Revista Domingo Magazine
𺰘¨¨˜°ºð002/2016𺰘¨¨˜°ºð
Fotos da Net
© Carlos Coelho

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Memórias

O inventor do biquíni foi Louis Réard, um engenheiro mecânico francês


Sedutoras noutros tempos

Em 1946, os EUA fizeram testes nucleares no atol de Bikini, no Pacífico. No mesmo ano, os franceses rebentaram outra bomba: na passerelle!

Já tinha terminado a 2ª Guerra Mundial quando Paris exibiu o biquíni. Cinco dias antes, o mundo tinha-se chocado com os testes nucleares no Oceano Pacífico, no atol de Bikini, e a alusão veio a propósito… Foi condenado, declarado um atentado aos costumes e teve que ser re-desenhado para ficar mais decente… Mesmo assim levou algum tempo até tornar-se Ex-libris da sedução, nos anos 60, pela mão, e corpo, das actrizes de cinema.
Atingiu o topo da popularidade com efeito em filmes  e musicais e tornou-se um símbolo pop para manifestações políticas e sociais.



Até ao início do século XX nunca ninguém ligou muito à praia. Quando os banhos começaram a ser considerados bons para a saúde e as pessoas começaram  a ir para a praia, a grande preocupação era tapar o corpo o mais possível.



A sociedade condenou o uso do biquíni, considerando-o imoral. Muitas modelos dos anos 50 recusavam ser fotografadas em biquíni e só permitiam o flash com fatos-de-banho que não comprometiam o decoro.


Houve países que proibiram completamente o uso do biquíni e Portugal, com Salazar no poder, foi um deles… Um fato-de-banho assim já era considerado bastante ousado!



Louis Réard teve que reformular o biquíni para conseguir que fosse aceite: subiu a parte de baixo de forma a tapar o umbigo e colocou-lhe uns folhos para disfarçar as formas. A parte de cima deixou de ser apenas feita de dois triângulos presos por finas tiras e ficou parecida com os enormes soutiens da época.



Uma foto comum de pin up venerada pelos soldados americanos durante as duas guerras mundiais. Logo a seguir, o biquíni destronou completamente a era dos fatos-de-banho.



Para mostrar como o invento era pequeno, Louis Réard dizia que o biquíni só seria explosivo se conseguisse passa-lo por uma aliança de casamento! Na foto, Laurie Sibbald, modelo pin up, posa sedutora e provocante num quase considerado nu erótico para a época, em 1965!

Fonte: Créditos ADS e Casa da Imagem
Fonte: Revista Flash nº 60
© Carlos Coelho

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Catarina Eufémia

A morte tragicamente violenta de Catarina Eufémia, assassinada a tiros de metralhadora pela GNR fez despertar quase de imediato, o mito na sua pessoa, como figura ímpar da verdadeira contestação ao regime político autoritário do Estado Novo, personificado por Salazar.


Papoila vermelha cedo arrancada do chão


No dia 19 de Maio, passam 61 anos, sobre a morte de Catarina Efigénia Sabino Eufémia (1928-1954), assassinada a tiros de metralhadora pelo tenente das forças da GNR, no Monte do Olival- Aldeia de Baleizão (distante 12 km da sede do conselho Beja), à frente duma concentração de trabalhadoras rurais nas searas de trigo e estava em tempo de ceifa, que reclamava um simples aumento dos magros salários. Se ela fosse viva teria feito em 13 de Fevereiro, 80 anos.
A sua morte tragicamente violenta (na boca do povo, possivelmente grávida) e com outro filho ainda de meses ao colo, fez despertar quase de imediato, o mito da sua pessoa, como figura ímpar da verdadeira contestação ao regime político autoritário do Estado Novo, personificado por Salazar.

Catarina Eufémia, símbolo da mulher alentejana


Esta mulher simples, de hábitos moderados, natural de Baleizão, casada, ceifeira de profissão, pobre e analfabeta, filha de José Diogo Baleizão e de Maria Eufémia, começa a trabalhar ainda cedo no campo, mas vai passar para a História no imaginário popular, como ícone e mártir da resistência e luta (representante da gente simples e humilde do orgulhoso povo alentejano) a todas as formas de opressão e violência gratuita, logo bem aproveitada, como bandeira e slogan político, sujeita ao interesse e à estratégia dos partidos que rapidamente tentaram descobrir, na sua pessoa, uma qualquer atitude de proselitismo militante.
Para o fim trágico desta jovem mãe de três filhos, “de estatura mediana, de cor branco marmórea, de cabelos pretos, olhos castanhos, de sistema muscular pouco desenvolvido”, inevitavelmente logo estaria traçado desde o início, o seu destino. Ingenuamente, terá pensado que com o seu gesto abnegado iria obter algum favor perante toda a iníqua carga policial. Este singular acto pacífico de audácia, exemplo da forte determinação feminina perante toda e qualquer adversidade, vai servir de tema e modelo narrativo perfeito, à figura dos contadores de histórias (intimamente ligada como viandante infatigável, ao entretinimento cultural e ao incentivo da leitura), dispostos a calcorrear as muitas aldeias e vilas dispersas por esse país fora.
A sua vida de vã glória, terá sido tão anónima e omissa como a de tantos outros portugueses, se não tivesse ocorrido, esta morte prematura, difícil de entender, mas que por força das circunstâncias, está simbolizada na corajosa e heróica oposição duma simples assalariada rural que morre a lutar de peito aberto, pelos seus direitos, inconsciente aos perigos que daí possam advir. Ao opor-se romanticamente à força quase feudal dos latifundiários- os grandes senhores da terra- sonha na utopia de transformar a terra de quem trabalha em campos férteis de esperança, contra os tempos de miséria, as desigualdades e todas as injustiças sociais que o regime vigente tentava por todos os meios perpetuar.
Sem dúvida que o seu acto, algo involuntário de heroicidade, carrega em si até hoje, o ónus da oposição histórica (desta terra larga e bonita de gentes e tradição que mantém vivo o sabor da sua singularidade com o passar dos séculos), como símbolo incontornável contra qualquer atitude mais repressiva e iníqua das forças do poder político de então.
O Alentejo (historicamente terra de latifúndios- grandes extensões de terra pouco cultivadas e de baixa produtividade) há 50 anos era uma província insulada, estigmatizada política e socialmente básico, com elevadas taxas de mortalidade infantil e de fracas acessibilidades. Estes eram tempos difíceis para viver- as famílias eram numerosas, com demasiadas bocas para sustentar, sujeitas a empregos sazonais que apesar de trabalharem à jorna, do nascer ao pôr-do-sol, não conseguiam ganhar o suficiente para alimentarem os filhos, quanto mais dar-lhes a educação básica.
Mas sem dúvida que Catarina ajudou a colocar a terra de Baleizão no mapa de Portugal, sendo a pessoa daí natural, mais notável. A freguesia (orago de Nossa Senhora da Graça) tem 141km quadrados de área e tal como toda a região, apresenta uma tendência gradual para uma certa desertificação, com a deslocação das populações para as zonas mais urbanas do litoral e estrangeiro, sendo o número actual de habitantes, 1056 (censo de 2001). Tem como actividade económica, a agricultura e a pecuária, bem representada na heráldica do seu escudo de armas. Saliente-se a qualidade da gastronomia típica regional.
Até hoje, muitos foram os nomes conhecidos de poetas e músicos, a escrever e compor sobre a sua desdita, inspirados pela atitude e o sentido de coragem desta malograda alentejana, com o desígnio de manter viva na memória de todos nós, a lenda da sua vida para além da morte, entre os quais: Sofia de Mello Breyner, Ary dos Santos e Vicente campinas, com o seu célebre poema Cantar Alentejano, musicado por José Afonso, no álbum Cantigas de Maio, vindo a público no Natal de 1971.

Cantar Alentejano

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor campino
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar.

“… Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste/E a busca da justiça continua…”
Sofia de Mello Breyner


Fonte: Revista Terra Mãe
Fotos da Net e Revista

Texto: João-Maria Nabais
© Carlos Coelho 

domingo, 16 de junho de 2013

História da Coca-Cola

História da Coca-Cola: 1886-1892
Atlanta Beginnings
 
Era 1886, e no porto de New York, os trabalhadores foram à construção da Estátua da Liberdade. Oitocentos quilómetros de distância, outro grande símbolo americano estavam prestes a ser revelado.
 
Como muitas pessoas que mudam a história, John Pemberton, um farmacêutico de Atlanta, foi inspirado por simples curiosidade. Uma tarde, ele despertou um perfumado, líquido cor de caramelo e, quando ele foi feito, ele levou algumas portas à Farmácia Jacobs. Aqui, a mistura foi combinado com água gaseificada e amostrados por clientes que todos concordaram - esta nova bebida era algo especial. Então Farmácia Jacobs 'colocá-lo à venda por cinco centavos (cerca de 3p) um vidro.
 
Contador de Pemberton, Frank Robinson, com o nome da mistura de Coca-Cola, e escreveu no seu roteiro distinto. Para este dia, a Coca-Cola é escrito da mesma maneira. No primeiro ano, Pemberton vendeu apenas nove copos de Coca-Cola por dia. Um século mais tarde, The Coca-Cola Company já produziu mais de 10 bilhões de galões de xarope.
 
Ao longo de três anos, entre 1888-1891, Atlanta empresário Asa Griggs Candler assegurou os direitos para a empresa para num total de cerca de 2,300 dólares (cerca de £ 1.500). Candler se tornou o primeiro presidente da Coca-Cola, e o primeiro a trazer a visão real para o negócio e a marca.
 
História da Coca-Cola: 1893-1904
Além Atlanta
 
Asa Candler, um vendedor nato, transformou a Coca-Cola a partir de uma invenção de um negócio. Ele sabia que havia pessoas sedentas por aí, e Candler encontrou formas brilhantes e inovadoras para apresentá-los a este novo refresco emocionante. Ele deu cupons para os primeiros gostos de cortesia de Coca-Cola, e equipado distribuiu aos farmacêuticos uns relógios, urnas, calendários e escalas boticário com a marca Coca-Cola. As pessoas viram Coca-Cola em todos os lugares, e a promoção agressiva funcionou. Em 1895, Candler tinha construído fábricas de xarope em Chicago, Dallas e Los Angeles.
 
Inevitavelmente, a popularidade da bebida levou a uma demanda por ele para ser apreciado em novas formas. Em 1894, um empresário chamado José Mississippi Biedenharn tornou-se o primeiro a colocar a Coca-Cola em garrafas. Ele enviou 12 deles a Candler, que respondeu sem entusiasmo. Apesar de ser um homem de negócios brilhante e inovador, ele não percebeu, então, que o futuro da Coca-Cola passaria por, bebidas engarrafadas portáteis para que os clientes pudessem levar para qualquer lugar. Ele ainda não sabia que, cinco anos depois, quando, em 1899, dois advogados de Chattanooga, Benjamin Thomas e Joseph Whitehead, garantiram os direitos exclusivos de Candler para engarrafar e vender a bebida - por a soma de apenas um dólar.
 
História da Coca-Cola: 1905-1918
Salvaguardar a marca
 
A imitação pode ser a forma mais sincera de lisonja, mas a The Coca-Cola Company não ficou nada satisfeita com a proliferação de bebidas copycat aproveitando o seu sucesso. Coca-Cola foi um grande produto e uma grande marca. Ambos precisavam de ser protegidos. Publicidade focada na autenticidade da Coca-Cola, incitando os consumidores a "demanda o genuíno" e "Aceitar nenhum substituto.”
 
A empresa também decidiu criar um formato de garrafa distintiva para assegurar às pessoas que estavam na verdade a comprar uma verdadeira Coca-Cola. The Root Glass Company de Terre Haute, Indiana, venceu um concurso para desenhar uma garrafa que pudesse ser reconhecida no escuro. Em 1916, eles começaram a fabricação da famosa garrafa de contorno. A garrafa de contorno, que continua a ser a forma de assinatura de Coca-Cola, hoje, foi escolhida por sua aparência atractiva, design original e do fato de que, mesmo no escuro, você pode identificar o artigo genuíno.
 
Como o país rugiu para o novo século, The Coca-Cola Company cresceu rapidamente, movendo-se para o Canadá, Panamá, Cuba, Porto Rico, França e outros países e territórios norte-americanos. Em 1900, havia duas engarrafadoras de Coca-Cola, em 1920, havia cerca de 1.000 .
 
História da Coca-Cola: 1919-1940
O Woodruff legado
 
Talvez nenhuma pessoa tivesse tido mais impacto na The Coca-Cola Company que Robert Woodruff. Em 1923, quatro anos após seu pai Ernest comprou a empresa de Asa Candler, Woodruff tornou-se presidente da empresa. Enquanto Candler tinha introduzido nos EUA a Coca-Cola, Woodruff iria gastar mais de 60 anos como empresa líder na introdução da bebida para o mundo além.
 
Woodruff foi um gênio do marketing, que viu as oportunidades de expansão em todos os lugares. Ele liderou a expansão da Coca-Cola no exterior e em 1928, introduziu a Coca-Cola para os Jogos Olímpicos pela primeira vez, quando a Coca-Cola viajou com a equipa dos EUA para os Jogos Olímpicos de Amsterdão 1928. Woodruff empurrado desenvolvimento e distribuição do six-pack e muitas outras inovações que tornaram mais fácil para as pessoas beberem Coca-Cola em casa ou fora. Esta nova forma de pensar fez da Coca-Cola não só um grande sucesso, mas também um sucesso na grande parte da vida das pessoas.
 
História da Coca-Cola: 1941-1959
A guerra e seu legado
 
Em 1941, a América entrou na Segunda Guerra Mundial. Milhares de homens e mulheres foram enviados para o exterior. O país, e a Coca-Cola, reuniram-se atrás deles. Woodruff ordenou que: “todo o homem em uniforme ganha uma garrafa de Coca-Cola por cinco centavos, onde quer que esteja, e custe o que custar à empresa”.  Em 1943, o General Dwight D Eisenhower enviou um telegrama urgente à Coca-Cola, solicitando envio de materiais para 10 plantas de engarrafamento. Durante a guerra, muitas pessoas experimentaram o seu primeiro gosto da bebida, e quando a paz finalmente chegou, foram lançadas as bases para a Coca-Cola  fazer negócios no exterior.
 
A visão de Woodruff que a Coca-Cola ser colocada dentro do “alcance do desejo de braço” estava se tornando realidade - a partir de meados dos anos 1940 até 1960, o número de países com operações de engarrafamento quase dobrou. A América do pós-guerra estava viva com optimismo e prosperidade. A Coca-Cola era parte de um estilo de vida divertido, despreocupado americano, e as imagens da sua publicidade - casais felizes no drive-in, mães despreocupadas a conduzir grandes descapotáveis ​​amarelos - reflectia o espírito dos tempos.
 
História da Coca-Cola: 1960-1981
Um mundo de clientes
 
Após 70 anos de sucesso com a marca, a Coca-Cola, a empresa decidiu expandir-se com novos sabores. Fanta, originalmente desenvolvido na década de 1940, foi introduzido na década de 1950, enquanto o Sprite seguido em 1961, com TAB em 1963 e Fresca, em 1966.
 
A presença da empresa em todo o mundo foi crescendo rapidamente, e ano após ano, a Coca-Cola encontrou uma casa em mais e mais lugares: Camboja, Montserrat, Paraguai, Macau, Turquia e muito mais.
 
A Publicidade da Coca-Cola, sempre uma parte importante e emocionante do seu negócio, realmente entrou no seu estado de alta em 1970, e reflecte uma marca conectada com diversão, amigos e bons tempos. O apelo internacional da Coca-Cola foi incorporado por um 1971 comercial, onde um grupo de jovens de todo o mundo reuniram-se no topo de uma colina em Itália para cantar “Eu gostaria de comparar o mundo à Coca-Cola.”
 
História da Coca-Cola: 1982-1989
Diet Coke e Coke novo
 
A década de 1980 - a era da legwarmers,  bandanas e a mania de fitness, e um tempo de grande mudança e inovação na The Coca-Cola Company. Em 1981, Roberto Goizueta C tornou-se presidente do conselho de administração e CEO da The Coca-Cola Company. Goizueta remodelou completamente a empresa com uma estratégia que ele chamou de "risco inteligente a tomar.”
 
Entre os seus movimentos ousados ​​organizou as inúmeras operações de engarrafamento dos EUA em uma nova empresa pública, a Coca-Cola Enterprises Inc. Ele também liderou a introdução de Diet Coke, a primeira extensão da marca Coca-Cola. Em dois anos, tornou-se a bebida de baixa caloria topo do mundo, segundo o sucesso apenas para a Coca-Cola.
 
Uma das outras iniciativas de Goizueta, em 1985, foi o lançamento de um novo sabor para a Coca-Cola, a primeira mudança na formulação em 99 anos. Em testes de sabor, as pessoas adoraram a nova fórmula, com o nome chamado de New Coke. No mundo real, eles tinham uma profunda ligação emocional com o original, e implorou e suplicou para obtê-lo de volta. Os críticos chamaram o maior erro de marketing de sempre. Coca-Cola escutou, e a fórmula original foi devolvido ao mercado como Coca-Cola Classic e o produto começou a aumentar a liderança em relação à concorrência - uma liderança que continua até hoje.
História da Coca-Cola: 1990-1999
Novos mercados e marcas
 
Os anos 1990 foram um período de crescimento contínuo para a The Coca-Cola Company. A longa associação da empresa com o desporto foi reforçada durante esta década, com o apoio permanente dos Jogos Olímpicos, Copa do Mundo FIFA ™ de futebol, a Copa do Mundo de Rugby e da Associação Nacional de Basquete.
 
O ano de 1993 viu a introdução da campanha publicitária popular, sempre Coca-Cola, e o mundo conheceu a adorável Coca-Cola Urso Polar, pela primeira vez. Novos mercados abertos como Coca-Cola foi vendida na Alemanha Oriental em 1990 e retornou à Índia em 1993.
 
Novas bebidas juntou de Coca-Cola line-up, incluindo Powerade bebidas desportivas e Oasis bebidas de frutas. Família de marcas da Coca-Cola expandida por meio de aquisições, incluindo Limca, Maaza e Thums Up, na Índia, root beer do Barq e nos EUA, Inca Kola, no Peru, e Cadbury Schweppes marcas de bebidas em mais de 120 países em todo o mundo. Em 1997, a Coca-Cola já vendeu um bilhão de porções de seus produtos em cada dia, mas sabia que a oportunidade de crescimento ainda estava em cada esquina.
História da Coca-Cola: 2000-Now
 
A última década marcou um aumento nos esforços da Coca-Cola para criar uma estrutura sustentável para o futuro. Em 2009, a empresa lançou, “viver positivamente” - um compromisso público que faz uma diferença positiva no mundo por redesenhar a forma como trabalhamos e vivemos, para que a sustentabilidade é parte de tudo o que fazemos. “Viva Positivamente” inclui metas para a prestação de alfaiataria e bebidas para cada estilo de vida, apoio, programas activos de vida saudável, a construção de comunidades sustentáveis, reduzir e reciclar as nossas embalagens, reduzindo as nossas emissões de carbono, estabelecendo uma operação sustentável da água e a criação de um ambiente de trabalho seguro, inclusive para todos .
 
A empresa continuou a desenvolver as relações existentes com os eventos desportivos globais, como o 2010 FIFA World Cup ™ e se preparar para o Jogos Olímpicos de Londres 2012, e a empresa continuou a cuidar de nossa filiação com a Special Olympics, que começou em 1968.
 
A Coca-Cola se manteve-se dedicada a oferecer bebidas de qualidade para cada estilo de vida e ocasião, a comercialização dessas bebidas com responsabilidade e prestação de informações que os consumidores podem confiar. A partir de 2008, a Coca-Cola pode contar com mais de 160 baixas e sem bebidas calóricas na faixa da empresa, como a Coca-Cola Zero e Powerade Zero. A empresa agora também lista a informação nutricional na frente de todas as bebidas na Grã-Bretanha, com planos para a implantação de todo o mundo.
 
Em 2011 a Coca-Cola chegou à grande idade de 125 anos, e agradecemos a vocês, nossos consumidores, espalhando momentos de felicidade ao redor do globo.
 
Desde os primórdios, quando apenas nove bebidas por dia foram servidos, a Coca-Cola tem crescido e tem sido a marca mais omnipresente do mundo, com mais de 1,6 biliões de doses de bebidas vendidas a cada dia. Agora bem no seu segundo século, a meta da empresa é ainda a fornecer magia cada vez que alguém bebe uma de suas marcas mais de 400 - e fazê-lo de forma sustentável que beneficie os consumidores e as comunidades onde operamos.
 
 
Carlos Coelho
 

O segredo da receita da “Coca-Cola” vazou na Internet

  
 
Tem coentros mas não é açorda, tem canela mas não é arroz-doce, leva folhas de coca mas não é uma droga. A receita da Coca-Cola foi revelada por um programa de rádio norte-americano e nela podemos encontrar ingredientes que, curiosamente, poderiam fazer parte de qualquer prato de culinária nacional. Além destes, o sabor (até agora) secreto, chamado de “7X”, leva óleos de laranja, limão e noz-moscada, além do óleo de néroli, produzido a partir das flores de laranjeira Bergamota. Uma mistura de essências que remete ao propósito inicial desta bebida: John Pemberton, o homem que inventou a fórmula da Coca em 1885, criou-a como bebida alcoólica intelectual e medicinal, revigorante do cérebro e tónica para os nervos. A fórmula “vazou” imediatamente na Internet.


Durante 125 anos, a receita desta bebida foi um dos segredos mais bem guardados de sempre. Mas um grupo de amantes dos refrigerantes decidiu procurar e acabou por encontrar o “segredo” impresso nas páginas de um jornal da terra natal da Coca-Cola e de Peter Pemberton, Atlanta.
 

Os produtores do programa de rádio This American Life descobriram o artigo com uma história da Coca-Cola numa velha cópia do Atlanta Journal Constitution. Publicada na página 2B em 18 de Fevereiro de 1979, a notícia recebeu pouca atenção na altura. Mas os responsáveis do programa de rádio acham que isto aconteceu porque ninguém se deu conta da ilustração que acompanhava o artigo: uma foto de uma cópia manuscrita com a receita original de Pemberton, anotada por um amigo deste num livro de receitas de pomadas e medicamentos, que foi passado entre amigos e família de geração em geração.

 Segredo com 125 anos

 
A longa história do segredo da Coca-Cola começa com o próprio criador, um veterano nascido no estado da Geórgia que sobreviveu à Guerra Civil Americana com uma adição á morfina. Com esperanças de curar a sua doença, sonhou em criar a Pemberton’s French Wine Coca, uma bebida fermentada à base de noz de cola e vinho de folha de coca.

Só que a sua cidade resolveu estragar-lhe os planos e em 1886 passou uma lei proibitiva que o obrigou a reformular a bebida para não conter álcool. Deu-lhe o novo nome de Coca-Cola e começou a vendê-la em farmácias do estado da Jórgia.
 
 
Asa Candler, um dos primeiros presidentes da Coca-Cola, que comprou a fórmula em 1887, teve a preocupação de impedir que os seus rivais tivessem acesso à receita, por isso insistiu que esta nunca mais fosse escrita. Os funcionários removeram qualquer identificação nos frascos dos ingredientes e começaram a identificá-los pelo aspecto e pelo cheiro.

O presidente chegou, inclusive, a analisar todo o correio para evitar que houvesse algum funcionário a querer vender a receita a concorrentes. Segundo reza a história, a única cópia escrita da receita está guardada num cofre de um banco norte-americano e apenas dois funcionários da empresa conhecem a fórmula completa que dá ao refrigerante o seu sabor característico.
 

Livro de receitas

 
Caso os produtores do programa de rádio tenham razão e esta for a verdadeira receita da Coca-Cola, Candler e outros membros da direcção da empresa propuseram estas medidas quando o estrago já estava feito: o livro de receitas medicinais com a cópia da receita da bebida já tinha começado a “viajar”. O programa This American Life  descobriu que o livro estava na posse de uma viúva da localidade de Griffin, Jórgia, que lhes contou que o seu marido era companheiro de pesca do jornalista do Atlanta Journal Constitution.

Enquanto outras empresas, como a Pepsi, deduziram os ingredientes gerais, nenhum deles conseguiu descobrir o segredo do “7X”, que dava o sabor único e ardência às bolhas. Agora falta destronar o marketing que colocou esta Cola no topo das bebidas refrigerantes.
 

Receita

          Extracto líquido de folha de coca: 11,07 mililitros (ml)
          Ácido cítrico: 90ml
          Cafeína: 30ml
          Açúcar: 30 (não se distingue a medida na receita)
          Água: 9,46 l
          Sumo de lima: 0,946 l
          Baunilha: 28,35 gramas
          Caramelo: 42,525 gramas

 O sabor secreto 7X
 
          (60ml de 7X por 18,927 l de xarope)
          Álcool: 240 ml
          Óleo de laranja: 20 gotas
          Óleo de limão: 30 gotas
          Óleo de noz-moscada: 10 gotas
          Coentros: 5 gotas
          Néroli: (extracto de flor de uma espécie de laranjeira chamada Bergamota) 10 gotas
          Canela: 10 gotas

 
TOP SECRET

 

Fonte: Jornal Diário de Notícias
16 De Fevereiro de 2011
Por Bruno Abreu