A guerra e o cavalo de madeira
A lendária guerra de Tróia que,
durante dez anos após aquela cidade da Ásia Menor às suas rivais da Grécia,
começou quando Páris, filho do Rei de Tróia, raptou a bela Helena, mulher de
Menelau, rei da cidade grega de Esparta. Durante nove anos a guerra arrastou-se
com destruição e morte de ambos os lados, e até os deuses tomaram partido. Mas
o conflito arrastava-se e nem quando Aquiles, o invencível guerreiro grego,
matou Heitor – chefe militar dos troianos -, o conflito chegou ao fim. Aquiles
era invulnerável porque a sua mãe o tinha mergulhado nas águas do Estige, um
rio do Mundo Inferior. Como pegou na criança pelo calcanhar, esta zona ficou
para sempre tão frágil como a de qualquer humano. Após a morte de Heitor,
quando a paz já se anunciava, eis que Príamo, não querendo entregar Helena aos
gregos, atirou uma seta envenenada que, acertando no calcanhar de Aquiles, lhe
tirou a vida.
A guerra continuou, mais
renhida que antes, e só viria a resolver-se quando Ulisses teve a ideia de
simular uma retirada dos gregos durante a noite, deixando frente á porta
principal de Tróia um enorme cavalo de madeira. Os troianos a princípio
desconfiados, acabaram por levar o cavalo para dentro das muralhas, como
recordação da sua vitória. Á noite festejaram com danças e vinho. Quando
finalmente adormeceram, de dentro do cavalo saltaram 50 guerreiros gregos que
depois de matarem os guardas, abriram as portas aos seus companheiros, que
discretamente, tinham regressado.
Mortos ou aprisionados os
troianos, a guerra chegava ao fim, com o
regresso de Helena a Esparta. Muitos dos chefes gregos, depois de tantos anos
de ausência das suas terras, foram encontrar o lugar ocupado por outros.
Fonte: Revista Correio Da Manhã
Domingo Magazine
Texto: Manuel Rosado
Foto da Net
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