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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Jessye Mae Norman

 

(15 de setembro de 1945 – 30 de setembro de 2019)

Foi uma cantora de ópera e recitalista americana. Ela foi capaz de realizar papéis dramáticos de soprano, mas não se limitou a esse tipo de voz. Uma presença dominante nos palcos de ópera, concerto e recital, Norman foi associada a papéis incluindo Leonore de Beethoven, Sieglinde de Wagner e Kundry, Cassandre e Didon de Berlioz e Judith de Bartók. O crítico musical do The New York Times, Edward Rothstein, descreveu a sua voz como uma "grande mansão de som", e escreveu que "tem enormes dimensões, alcançando para trás e para cima. Abre para vistas inesperadas. Contém salas iluminadas pelo sol, passagens estreitas, corredores cavernosos. "

Foi uma das cinco crianças numa família de músicos amadores: a sua mãe e o seu avô materno foram pianistas, o seu pai um cantor num coral local. A mãe insistiu para que ela começasse a estudar piano desde pequena. Norman mostrou o seu talento vocal ainda criança, cantando música religiosa na Igreja Batista que frequentava.

Aos nove anos de idade, escutou pela primeira vez uma ópera e imediatamente se tornou uma fã do gênero. Começou a ouvir gravações de Marian Anderson e Leontyne Price, figuras que foram sua inspiração.

Aos 16 anos de idade participou na Competição Vocal Marian Anders, em Filadélfia, mas não conseguiu ganhar. No entanto, foi-lhe oferecida uma bolsa de estudos na Universidade de Howard, em Washington. Enquanto estudava, ela também cantou em corais universitários e como solista profissional na Igreja Templo Unido em Lincoln. Uma de suas professoras na época foi Carolyn Grant.

Em 1966, venceu a competição da Sociedade Nacional das Artes e Letras. Depois de se formar em 1967, começou a aprimorar-se no Conservatório Peabody em Baltimore e depois na Universiade de Michigan, onde recebeu o título de Mestra em 1968. Durante esse período, Norman estudou canto com Elizabeth Mannion e Pierre Bernac.

Depois de se formar, Norman, como muitos músicos jovens da sua época, mudou-se para a Europa para estabelecer a sua carreira. Em 1969, venceu a Competição Internacional de Música ARD em Munique e, por causa disso, assinou um contrato de três anos com a Ópera Alemã de Berlim, onde estreou no mesmo ano como Elisabeth em Tannhäuser, de Richard Wagner. Críticos descreveram Norman como "a melhor voz desde a soprano alemã Lotte Lehmann". Nos anos seguintes, apresentou-se com várias companhias de ópera italianas e alemãs.

Em 1970, fez a sua estreia em Itália com a obra Deborah de Handel. Em 1971, apresentou-se pela primeira vez no Maggio Musicale de Florença como Sélica de L'Africaine de Meyerbeer. No mesmo ano, fez o papel da Condessa Almaviva em Le Nozze de Figaro de Mozart no Festival de Berlim e posteriormente gravou a obra com a Orquestra BBC, sob a regência de Colin Davis.

Em 1972, Norman estreou no La Scala, onde cantou Aida de Giuseppe Verdi, e no Royal Opera House, Covent Garden, onde cantou o papel de Cassandra, de Les Troyens, de Hector Berlioz. Norman apareceu ainda como Aida em uma versão para concerto no Hollywood Bowl. No ano de 1993, em Nova Iorque ela apresentou o recital chamado "Great Performers", no Lincoln Center.

Em 1975, Norman mudou-se para Londres, onde fez óperas nos cinco anos seguintes. Depois disso, retornou para a América do Norte em 1976 e 1977 para fazer extensas turnês de recitais. Foi somente depois de se fixar na Europa que ela se apresentou nas maiores casas de óperas e festivais, incluindo o Festival de Edimburgo, o Festival de Salzburgo, o Festival de Aix-en-Provence, a Ópera de Stuttgart, entre outros. Nos anos 1970, viajou pela Europa em turnê com obras de Schubert, Mahler, Wagner, Brahms, Erik Satie, Olivier Messiaen e muitos outros compositores estadunidenses contemporâneos.

Em outubro de 1980, Norman retornou para as óperas com o papel título Ariadne auf Naxos, de Richard Strauss, na Ópera Estatal de Hamburgo. A sua estreia operística nos Estados Unidos viria apenas em 1982 com a Companhia de Ópera da Filadélfia, aparecendo em Oedipus Rex, de Ígor Stravinsky, e em Dido e Eneias, de Henry Purcell. Em 1983, fez sua estreia no Metropolitan Opera com Les Troyens, de Hector Berlioz, uma produção que marcou o centésimo aniversário da companhia. Cantou na celebração do sexagésimo aniversário da Rainha Elizabeth II, em 1986, ano em que também apareceu como solista das Quatro últimas canções (Vier Letzte Lieder) de Strauss com a Orquestra Filarmônica de Berlim em turnê nos Estados Unidos.

Norman morreu em 30 de setembro de 2019 em Nova Iorque, devido a um choque séptico e falência de múltiplos órgãos, na sequência de complicações causadas por uma lesão medular sofrida em 2015.

 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jessye_Norman

Fotos da net

sábado, 12 de agosto de 2023

Billie Holiday


Os Tormentos da Diva do Jazz

Esteve presa, consumiu drogas e álcool, mas o talento deu-lhe o estatuto de estrela. With Billie, o livro escrito por Julia Blackburn, revela os segredos da rainha do jazz.

Por onde andou Billie Holiday? Por incrível que pareça, em Nova Iorque a resposta não é fácil de encontrar.

Aquela que para muitos foi a maior vocalista de jazz e blues de todos os tempos viveu a maior parte da sua vida em Manhattan. Mas, apesar de as suas duas casas – o apartamento da Rua 140 e outro na Rua 87 – ainda permaneceram tal como na primeira metade do século passado, não há qualquer menção ao facto de terem pertencido a “Lady Day”. Parece brincadeira, mas na capital mundial da publicidade não há uma placa, um sinal sequer, um único marco histórico para celebrar a vida quase sempre atribulada de uma das principais atracções desta cidade. Uma vida que terminou cedo, em 1959, aos 44 anos de idade, por conta do uso excessivo de álcool e heroína (indicados delicadamente como “problemas de coração e fígado”).

Foi lançado um livro em 2005 no mercado norte-americano, que conta histórias sobre Billie Holiday. With Billie ´´e mais umdocumento do que uma biografia. A escritora Julia Blackburn mergulhou no famoso baú da investigadora Linda Kuehl, que por sua vez passou duas décadas a entrevistar amigos, familiares, parceiros musicais e fãs de Holiday, mas cometeu suicídio em 1979 – saltando do quarto andar do seu apartamento em Washington – antes de terminar o livro que seria a obra definitiva sobre o atormentado “anjo do harlem”, como era conhecida a cantora.

Em With Billie, Julia Blackburn deixou de lado qualquer aspiração a contar “a” história de Billie Holiday.

De modo generoso, ela traçava um perfil possível da cantora – a narrativa de uma vida partida em muitas. “Enquanto eu ia mexendo nestas entrevistas, ia dando conta de que Billie Holiday era uma pessoa bem diferente da vítima de drogas pesadas e outros vícios infatigavelmente descrita nas capas de discos, revistas e livros”, disse Blackburn numa entrevista.


O material a que ela teve acesso é uma mina de ouro. Kuehl foi de facto uma obcecada por Billie. Passou anos a recolher, diariamente, tudo o que se podia relacionar com o seu ídolo, incluindo registos das passagens da cantora pela cadeia e bilhetes escritos em guardanapos das casas nocturnas em que soltava a voz. Certamente ficaria desapontada ao percorrer alguns destes infernos em busca de um lampejo, uma marca, um retracto de Billie. Também não há qualquer menção à cantora nos clubes de jazz mais populares do Harlem dos anos 30, como os míticos Pod’s e Jerry’s, ainda activos.

Logo que deixou a casa de trabalhos forçados de Welfare Island, onde a sociedade nova-iorquina encarcerava as meninas “de vida fácil”, Billie começou a cantar jazz. Nessa época vivia no número 151 oeste da Rua 140, o seu primeiro endereço em Manhattan. Aí dividiu o espaço com a mãe, a partir de 1929, depois de chegar de Filadélfia, onde nascera.


Na sua autobiografia, Lady Sings The Blues, publicada em 1956, a artista descrevia o seu prédio como um “luxuoso conjunto de apartamentos onde se pagava caro e, ao mesmo tempo, se convivia com um bordel dirigido por uma das mais importantes madames do Harlem”.

Depressa a menina de 14 anos começou a receber clientes. Era a mais nova call girl, que realizava o sonho dos fregueses por sessões de 20 dólares cada.


O último refúgio de Billie em Nova Iorque foi o número 26 da Rua 87, apartamento 1B. Quando aí morava, gravou o seu disco favorito, o assombrado Lady in Satin. Repleto de pérolas musicais, criadas com o auxílio da orquestra de Ray Ellis, o álbum começa com os versos “I’m a fool to love you” (“sou uma tola por te amar”) e termina com “the end of a love affair” (“o fim de um caso de amor”) – e não é por acaso. Quem saía todos os dias de casa para gravar nos Estúdios da Columbia era uma mulher de 43 anos, mas o que se ouve é a voz de uma senhora dos seus 70 e poucos. O resultado é Billie Holiday a traduzir, como nunca, dor, sofrimento e perdas em notas de jazz.

A sua última casa também marca os anos em que Billie sentiu mais acentuadamente os efeitos de uma vida de excessos. A cantora Annie Ross, amiga de Billie, lembra no livro Nillie Holiday, escrito por Stuart Nicholson em 1995, que poucas pessoas frequentavam a casa de Lady Day naqueles tempos. “Quando eu ia visitá-la, ela cozinhava e eu ia escolhendo os discos para tocar na aparelhagem.

Ela estava quase sempre em baixo e as pessoas não costumam gostar de ser vistas, sei lá por que motivo, com quem não está por cima da onda.”

Em With Billie, Blackburn oferece-nos a voz de Alice Vrbsky, a última ajudante da artista, que renega o mito da negra abandonada e refém da heroína nos seus últimos dias de vida. “Em Junho de 1959 ela bebia apenas gim e 7-up e o seu último hábito perigoso era adormecer enquanto fumava um cigarro na cama”, conta. Billie Hollyday morreu um mês depois no quarto 6 no 12º andar do Metropolitan Hospital de Harlem, às três horas da madrugada. A cidade que ouviu os seus gritos, risos e suspiros parece esquecida da sua história, tão intensa quanto atribulada. Há uns anos a Imprensa nunciou que um grupo de fãs estava a reunir dinheiro para erguer uma placa em frente à casa da Rua 87. Até agora, nada aconteceu.


Em With Billie, a escritora Julia Blackburn conta que o episódio mais dramático da cantora aconteceu em 1947, quando foi presa por uso de drogas. Durante um ano e meio, ficou detida no Estabelecimento Correccional de Mulheres, na Virginia.

Nos 11 anos seguintes foi seguida pelo FBI e perdeu a licença para cantar na noite em Nova Iorque. O Trompetista Buck Clayton lembra os desabafos da cantora:

“Eles permitem-me cantar num parque ao ar livre, mas fui banida das casas nocturnas. Estou cansada de viajar. Seria bom se pudesse ficar em Nova Iorque, só por um bocadinho.”

 

Fonte: Revista Sábado

Texto: Eduardo Graça

Fotos da net

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Madonna

 

Tendência. Madonna assinou um novo acordo com a Live Nation, uma empresa de sucesso que até aqui, promovia espectáculos e geria salas. È mais um passo num processo de transformação de hábitos e regras na indústria discográfica. Aos 49 anos, Madonna ainda sabe ser revolucionária.


Madonna deixa Editora com acordo milionário

 

Madonna confirmou a assinatura de um acordo de dez anos com a empresa Live Nation, afastando-se assim da multinacional Warner, pela qual editou toda a sua obra até aqui. Não foram divulgados os valores que o negócio envolveu, mas correm rumores que terá ascendido aos cerca de 120 milhões de dólares (85 milhões de euros) durante os dez anos em que será válido. A Associated Press adianta que,de acordo com fonte segura, Madonna receberá perto de 13 milhões de euros como bónus pela assinatura do acordo e que, por cada novo álbum,receberá um avanço de 12 milhões.

A Live Nation é uma empresa especializada em espectáculos ao vivo. Tem dosi anos de vida, sede em Beverly Hills ( Los Angeles), é proprietária de uma série de salas de espectáculo ( a maioria nos EUA) e gere muitas mais ( entre as quais a famosa Wembley Arena, em Londres).Organiza festivais, promove concertos pelo mundo fora e tem interesses na Broadway ( nomeadamente as produções de Mamma Mia ! ou the Lion King).No comunicado em conjunto emitido por Madona e a Live Nation, a cantora diz que " o paradigma na indústria da música mudou " e vincou que " como artista e como mulher de negócios " também tinha de mudar. Madonna refere ainda que , "pela primeira vez" na sua vida a sua música "pode chegar aos fãs de formas ilimitadas". Lembra que nunca foi uma mulher de vistas curas e que sobre este novo acordo, as suas possibilidades são , também "ilimitadas".

Por seu lado Michael Rapino, o presidente executivo da Live Nation, revelou entretanto que Madonna agora é também a accionista da companhia e que , com ela, poderão " criar juntos um novo modelo de negócio para esta indústria".

Antes de lançar novos discos pela nova companhia à qual agora fica ligada, o acordo com a Warner ainda prevê o lançamento de um álbum de originais , e um best of.

 

Novo Disco para 2008

Madonna está neste momento a preparar o seu novo álbum, o sucessor de Confessions on a Dancefloor, que deverá ser editado no próximo ano, ainda sob contrato com a Warner. As primeiras informações sobre o registo dão como certa uma aposta por terrenos do hip hop, com a colaboração de aluns dos nomes mais influentes da pop do século XXI: Timbaland, Justin Timberlake e Pharrell Williams. Entretanto, Madonna está a realizar a sua primeira curta-metragem, Filth Wisdom, a estrear em 2008. Entretanto terminou já o documentário I Am Because We Are, sobre a crise humanitária no Malawi.

 

Fonte: IN Diário de Notícias

Texto/Autor: Nuno Galopim

Fotos da net



sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Novo disco já á venda


O novo álbum de Britney Spears "Blackout" já está á venda a nível mundial.
A pesar da polémica em torno da vida pessoal da cantora, que recentemente
perdeu a custódia dos dois filhos para o ex-marido, espera-se que o seu novo
trabalho seja um verdadeiro sucesso. "Blackout" contém 12 temas de originais e marca o regresso da princesa da pop depois de 4 anos sem gravar.Mas o regresso de Britney
ao mundo da música fica também marcado pela polémica, já que uma das fotos
proporcionais do novo disco Britney aparece sentada ao colo de um padre num confessionário.


Jornal GLOBAL
31 de Outubro de 2007