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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Frank Sinatra

Frank Sinatra, um Génio Mundial


 Ganhou um Óscar… e milhões de contos!
Madrugada de 15 de Maio. No hospital de Cedar Spring, Califórnia, rodeado pela família, Frank Sinatra era vítima de um ataque cardíaco. Assim, quase sem surpresa, desaparecia a voz.
Francis Albert Sinatra personificou a figura de cantor popular e teve tanto sucesso no ecrã como em palco. A sua carreira como cantor iniciou-se em 1941, com a Tommy Dorsey Band. A MGM, atenta aos novos talentos proporcionou-lhe uma série de comédias musicais. As películas sucederam-se até ter uma hemorragia nas cordas vocais. A sua agência abandonou-o e teve de pedir um papel qualquer. Mas como há horas de sorte foi contratado para desempenhar o papel do soldado Maggio em “Até à Eternidade”. O seu desempenho valeu-lhe um Óscar e a sua estrela brilhou com mais força.


Em termos musicais, Frank tornou-se uma referência para toda a geração. Adepto do “Swing” emprestava esse ritmo a todos os seus trabalhos. A comparação, feita por Louis Armstrong, era de que “ eu toco tão bem como o Sinatra canta”. Vindo de quem veio, o cantor não podia receber melhor elogio. Já em final de carreira, e depois de ter arrecadado cerca de 100 milhões de contos, produziu uma mini-série autobiográfica com a filha Tina, tendo o seu papel sido desempenhado por Philip Casnoff. Curiosamente, a banda sonora original era interpretada por aquela que será, até à eternidade, conhecida por a Voz.


DATAS MARCANTES:

15 de Dezembro de 1915 : Nascia Francis Albert Sinatra
1939: Casa com Nancy Barbato
1942: Começa a sua carreira a solo e como cantor
1951: Casa com a actriz Ava Gardner
1953: Ganha o Óscar para o Melhor Actor Secundário
1963: O filho é raptado. O resgate foi de 240 mil dólares
1966: Casa com a actriz Mia Farrow
1971: Dá o seu “Concerto de Despedida”.
1973: Volta a cantar
1976: Casa com Barbara Marx
1985: Recebe a Medalha da Liberdade
1993: Edita Duets.
15 de Maio de 1998: Morre Frank Sinatra.


Fonte: Revista 7Dias 23/05/1998
Carlos Coelho
Fotos da Net
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domingo, 4 de janeiro de 2015

Freddie Mercury

O animal de palco que era tímido

“Não serei um astro do rock, serei uma lenda”. A afirmação, de Freddie Mercury, denunciava a antevisão de uma banda rock, formada por quatro amigos de faculdade, que haveria de vender mais de 300 milhões de discos.
A história do cantor cola-se á história dos Queen, apesar da sua vida não se limitar ao seu lugar numa das maiores bandas de sempre. Farrokh Bulsara nasceu na ilha de Zanzibar, em 1946, mas foi na Índia, terra natal dos progenitores, que deu os primeiros passos e foi também ai que se iniciou na música, com aulas de piano, aos sete anos.


Os pais, Bomi e Jer, eram parsis de Bombain e praticavam o zaroastrismo, a religião de Zaratustra, pelo qual Mercury sempre se regeu. O pai havia levado a família para Zanzibar onde o governo colonial britânico lhe dera emprego, mas inscreveram o filho mais velho na escola britânica de Bombaim, St. Peter’s School.


Foi aí que aos 12 anos, encontrou companheiros para formar a sua primeira banda, The Hectics, que faziam covers de Cliff Richard e Little Richard. Quando fez 17 anos, a família mudou-se para Inglaterra, e Farrokh, que era já tratado por Freddie, candidatou-se ao Curso de Arte e Design Gráfico, em Londres. Era um jovem tímido quando, no final da década de 60, passou por várias bandas, nomeadamente Ibex, Wreckage e Sour Milk Sea, que terminaram antes de encontrarem o seu caminho.



Enquanto trabalhava no aeroporto de Heathrow, aumentava o seu interesse pela música, mas só em 1970 daria o passo certeiro. Tim Staffell era seu colega de quarto quando fundou a banda Smile, com Brian May e Roger Taylor. Freddie há muito acompanhava o trajecto da banda, participando e assistindo aos ensaios, por isso, quando Tim deixou a banda, sabia que o lugar seria seu.O carisma do novo vocalista, que rebaptizou a banda, rapidamente o tornou líder incontestado, mas só 1971 encontrariam o baixista ideal para o quarteto: John Deacon. Nasceram os Queen.


A banda ficará par a história da música por conseguir conquistar audiência em espectáculos de massas, onde dezenas de milhares de pessoas respondiam em uníssono a temas que se transformaram em hinos internacionais. Já o lado teatral da banda e a transformação do tímido vocalista em animal de palco quando acendiam as luzes fizeram o resto. “ Eu sou uma prostituta musical”, admitiu uma vez Freddie Mercury, revelando que nem sempre fez a música que mais lhe inspirava a alma.



Apaixonado por homens e mulheres

Foi no inicio da década de 70 que o jovem cantor, que entretanto adotara o nome de Freddie Mercury, conheceu Mary Austin. Apesar de nunca casarem, estava sinceramente apaixonado pela jovem a quem dedicou vários temas, nomeadamente o belíssimo Love of my life. Só quando descobriu uma crescente atração por pessoas do mesmo sexo preferiu terminar a relação, que de imediato se transformou numa bela e honesta amizade. O cantor considerava que Mary era a sua única amiga e foi a sua confidente ao longo dos anos de estrondoso sucesso que se seguiram. “Todos os meus amantes me perguntavam porque não podiam substituir a Mary, mas era simplesmente impossível. É a minha única amiga e para mim, era a minha mulher. Para mim foi um casamento”, explicou já depois do início do sucesso.


O primeiro álbum da banda, intitulado Queen, caracterizava-se por sonoridades bastante pesadas. Queen II, de onde se destaca Seven Seas of Rhye, apresentava já o som mais melódico de Freddie. Foi o terceiro álbum, Sheer Heart Attack, em 1974, que tornou os Queen conhecidos do outro lado do Atlântico. Aquela que é considerada por muitos a sua obra prima foi lançada no ano seguinte. A Night at the Opera vendeu mais de um milhão de cópias e criou um novo estilo: o rock arte que, para além de temas muito complexos, conta com uma superprodução em videoclips e concertos. A day at the Races volta a ser dirigido pela guitarra de Brian may e pela bateria de Roger Taylor, mas inclui Somebody to Love, um dos melhores exercícios vocais de Freddie. Em 1977, News of the World trouxe os grandes êxitos We Will Rock You e We Are The Champions e enche estádios. Os anos 80 trouxeram a electrónica à banda, nomeadamente com o êxito Another One Bites The Dust. Mas, à medida que o sucesso internacional aumentava, Freddie começava a divorciar-se do rock, apostando numa carreira a solo, o que começou a motivar discussões e ameaças constantes entre o grupo.


Apesar de tudo nunca se separaram. Lançaram em 1984 o álbum The Works e fizeram várias digressões internacionais, passando pela América Latina e por África. Nesse mesmo ano, o concerto no Rock in Rio ficou na história da música. A actuação de 1985 no Live Aid, em favor das vítimas da fome em África, perante 72000 espectadores, foi mesmo considerada a maior performance ao vivo na história da música rock.
Nesse ano, depois de ter uma relação com a actriz Barbara Valentin conheceu o cabeleireiro Jim Hutton, que foi o seu companheiro até ao fim.
A digressão do álbum A Kind of magic foi a mais lucrativa da banda, mas o concerto de dia 9 de Agosto 1986, em Inglaterra, que juntou 140 mil fãs, foi quase uma despedida dos palcos. É que pouco depois, Freddie Mercury descobre um caroço no ombro e a biopsia revela-lhe que é seropositivo.

O início do fim

Freddie terá revelado apenas às pessoas mais próximas que tinha HIV, então demonizado pela esmagadora maioria das pessoas. Jim Hutton, o seu companheiro, também soube que era seropositivo em 1990, mas acabou por morrer de cancro, há dois anos.


Apesar de muitos acharem que Freddie Mercury era homossexual, na realidade sentiu-se atraído por várias mulheres ao longo da sua vida. E, apesar da sua exuberância em palco, nunca assumiu publicamente a homossexualidade, que havia sido legalizada no Reino Unido apenas anos antes, em 1967.


Alguns grupos defendem que o cantor devia ter tornado publico que era seropositivo, para poder participar nas campanhas de informação e conseguir angariar fundos para a investigação, mas a verdade é que, apesar de ser muito extrovertido em palco, Freddie Mercury sempre foi muito discreto e particularmente tímido.
Nos últimos anos, dedicou-se a concretizar alguns sonhos artísticos. Lançou o álbum Barcelona, com a cantora de ópera Monserrat caballé, que adorava desde sempre, e The Miracle, com a banda.


O álbum Innuendo foi a preparação da despedida. The Show Must Go On, These Are The Days Of Our Lives, Innuendo e I’m Going Slightly Mad davam já indícios de que seria o último.
A progressiva degradação física do cantor havia já lançado suspeitas de que estava muito doente, quando finalmente decidiu partilhar a verdade com os fãs. ”Resolvi confirmar ao público as suspeitas que a imprensa tem levantado há algumas semanas: eu tenho sida e tenho lutado contra esta doença há alguns anos. Espero que daqui para a frente todos se consciencializem e se unam para enfrentar este terrível mal”. Morreu menos de 24 horas depois de fazer o comunicado, dia 24 de Novembro de 1991, de uma broncopneumonia.


O funeral foi privado, de acordo com os princípios zoroástricos e, tal como havia desejado, foi cremado e as suas cinzas foram dispersadas em local incerto. Por não haver um túmulo, os locais que marcaram a sua vida, nomeadamente a sua casa, transformaram-se em memorial e ainda hoje são visitados por milhares de fãs. Fiel a quem amava, deixou grande parte dos royalties e a mansão a Mary Austin, com quem havia casado, pelo menos ideologicamente. “ Se tivesse sido minha mulher teria tudo para ela”, justificou, dividindo o resto da fortuna entre a família e o companheiro.
Com o apoio de Jim Hutton e da amiga de sempre, passou as ultimas semanas na sua casa, em Kensington.


Ao perceber que o processo era irreversível, decidiu deixar de tomar a medicação, para acelerar o fim. “ Eu não tenho a mínima vontade de viver até aos 70 anos, acho que seria enfadonho”, disse em tempos. O destino fez-lhe a vontade.

Fonte: Revista VIP
Texto: Elizabete Agostinho
Fotos da Net

CarlosCoelho

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Júlio Iglésias

Estávamos em Novembro de 2003 e Júlio Iglésias dava uma das suas grandes entrevistas á Revista EGO. Actualmente o cantor tem 72 anos.

Aos 60 anos, este galã colocou à venda o seu paraíso na República Dominicana, um dos muitos que detém pelo Mundo. Para além disso, falou-nos da família com notório deleite e da sua vida regrada actual.


Conseguiu o que a maioria dos mortais nem sonha atingir. Admite que, olhando para trás, já não se deixa impressionar pelo seu currículo e é com a mesma ausência de falsas modéstias que reconhece ser um veterano em quase tudo. É por isto tudo que, ao fim de dois anos de interlúdio e sem grande aparato – seria necessário? – Regressa com o álbum intitulado Divórcio.


EGO: Não lhe bastou o ocorrido na sua vida privada para dar este nome ao novo disco?

Júlio Iglésias: O título do disco, nada tem a ver com o meu divórcio nem com nenhum outro! É apenas uma metáfora. Como compreenderá, a vida está cheia de pequenos conflitos, separações, enfim, divórcios que não são necessariamente maritais.
(Perspectivas da sala de jantar)




EGO: Mas não haverá um segundo sentido?

Júlio Iglésias: Tudo o que faço é profundamente equacionado. Baptizei o disco com este nome porque é, reconheço, um pouco provocatório. Sabia que haveriam de fazer este tipo de perguntas sobre ele.



(... da sala de estar...)



EGO: E, mais uma vez, as suas expectativas não saíram logradas.

Júlio Iglésias: Sim, mas o mais importante é que este disco diverte-me. Até porque tenho vindo a receber os melhores elogios dos últimos anos.



(...e um dos muitos quartos espalhados pela mansão)



EGO: Vendeu milhões de discos, deu milhares de concertos e recebeu inúmeros prémios. Posto isto, a vida continua igual?

Júlio Iglésias: É a mesma que cantei em La Vida Sigue Igual: Há sempre uma razão para viver, algo pelo qual vale a pena lutar, mas mudou substancialmente. A minha essência continua a mesma, mas o ambiente que me rodeia é totalmente diferente de quando escrevi essa canção.


(a grandiosa piscina exterior onde não faltam espreguiçadeiras de pedra)



EGO: Sessenta anos não são demais?

Júlio Iglésias: Gardel disse que 20 anos não eram demais, mas comparando-os com os meus, torna-se um número ridículo. Quando tinha 33 anos, intitulei um disco com essa idade, por pensar que esse seria o meio da minha vida. Agora caminho em direcção ao dobro e sinto que ainda há tanto para fazer.



EGO: Nesta altura, o que pede da vida?

Júlio Iglésias: Coisas muito rotineiras, como beber mais e melhor vinho, partilha-lo com os amigos e, acima de tudo, ver os meus filhos crescerem e os mais velhos a continuarem o sucesso que têm tido até esta altura.



(Pormenor da sumptuosa sala de estar onde predominam os azuis)



EGO: Tornou-se um melhor pai com a idade?


Júlio Iglésias: Penso ser um pai mais profissional, que diz mais vezes "sim" e menos "não". Sou igualmente um pai menos culpado e mais consciente, mas nem por isso com mais amor pelos mais velhos; o amor e as preocupações são sempre iguais para todos, sem previlégios.



(mais uma divisão onde sobressai a claridade dos sofás em contraste com as paredes em tom castanho)


EGO: O orgulho de pai também é repartido da mesma forma?

Júlio Iglésias: Tenho três filhos mais velhos com bastante sucesso, que eles próprios construíram. Tinham, claro, as portas abertas, mas souberam-nas aproveitar. Tenho também quatro crianças bem mais novas, às quais desejo tanto ou mais sucesso ainda. Tenho um orgulho gigantesco de todas elas.



(Um dos quartos pronto para receber os habituais convidados)


EGO: Como é o avô Júlio Iglésias?

Júlio Iglésias: A verdade é que não desempenho um grande papel a esse nível. Não porque não o deseje, apenas porque mal tenho tempo. A minha filha Chábeli toma muito bem conta do Alejandro. Não é suposto os avós educarem os netos, só servimos para consentirmos tudo deles e estraga-los com mimos. Gosto muito de ser avô.



EGO: Há alguns dias, disse-se que poderia ter um irmão, fruto da relação entre o seu pai e Ronna…

Júlio Iglésias: Se o meu pai me dissesse algum dia que eu tinha um irmão, dir-lhe-ia sem hesitar: “Pai, o que fizeste?”. Não me imagino com um novo irmão, mas do meu pai, contudo, posso esperar quase tudo!



EGO: Como se sente com 60 anos?

Júlio Iglésias: (risos) Tenho menos objecções à vida e menos vergonha na cara, mas não o posso descrever pormenorizadamente. Para tal, teria de me dar uma boa garrafa de vinho e deixar o gravador ligado durante a noite certa.


EGO: E o que nos revelaria?

Júlio Iglésias: Descobriria que eu não sou muito sensato, que não sou um cantor excepcional, que me considero com algum estilo, mas, acima de tudo, um grande profissional.


EGO: Foi tudo isso que fez com que Miranda se apaixonasse?

Júlio Iglésias: A Miranda é a mulher por quem eu sempre esperei. Estou muito apaixonado; ela é a mulher da minha vida, mas não quer casar comigo. Imploro-lhe todas as manhãs, mas é escusado. Foi amor à primeira vista, mas estamos mais apaixonados a cada dia que passa. Ela cuida muito bem de mim, vive para mim e para os nossos filhos, é a mulher perfeita que faz sonhar qualquer homem.



EGO: Fez de si um homem feliz?

Júlio Iglésias: Sem qualquer margem para dúvidas. Gozei grandes momentos na vida, também tive os meus tempos menos felizes, mas ela criou ao meu redor todo um ambiente de paz, tudo aquilo que sempre quis e nunca tive. Não posso ser injusto com nada nem com ninguém: a vida tratou-me muito bem e é nesses momentos de reflexão que penso ser um homem de muita sorte e alegria.

C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Ego 07/Novembro/2003
Queen International
Amalia J. Enriques
Fotos: Revista Ego

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Beto

Fez no passado dia 23 um ano que , morreu o cantor Português Beto com 43 anos de idade. Nascido em Peniche em 1967, morreu em Torres Vedras, vítima de acidente vascular cerebral.
Beto fundou em 1992 o grupoTanimaria, que actuava habitualmente no bar Xafarix, em Lisboa. Em 2000 foi convidado a gravar um disco com a cantora Rita Guerra, que deu origem ao álbum Desencontros, apresentado por ambos em digressão por todo o país.

O cantor chegou a representar Portugal no Festival da OTI, em 1998, na Costa Rica, com o tema Quem Espera (Desespera), tendo alcançado o terceiro lugar. Só em 2003 Beto lançou o seu primeiro álbum a solo, intitulado Olhar em Frente, que a Associação Fonográfica Portuguesa certificou como disco de Prata. Já em 2005 lançou o álbum influências, que em seis meses dosi discos de Platina com mais de 30 mil cópias vendidas. Nos anos seguites lançou Porto de Abrigo e Por Minha Conta e Risco. Em 2009 saiu a compilação O melhor de Beto.


Mikii

(Foto da Net)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mick Jagger

Campeão do Rock

Os 55 anos de Jagger

Apesar de se portar como um jovem, Mick Jagger é um veterano do Rock. Vocalista e elemento preponderante de uma das bandas mais longevas da história da música moderna, tem todos os motivos para estar orgulhoso.

Darford, uma pequena localidade do Kent, assistiu, em 1943, ao nascimento de duas crianças que viriam a formar a banda mais famosa do mundo: Os Rolling Stones. Em Julho, 26, nascia Mick Jagger. Cinco meses mais tarde, a 18 de Dezembro, era a vez de Keith Richard.
Separados por cinco meses, na maternidade, Mick e Keith acabariam por se encontrar na escola primária com seis anos.

Mas antes de descobrirem a paixão pela música, seria necessário esperar até 1960 e por um amigo comum, Dick Taylor. Na época, a nota era dada pelos blues. Daí a primeira banda que integraram se chamar Little Boy Blue & The Blue Boys.
Nos primeiros tempos, as dificuldades eram muitas, o reportório limitava-se a algumas versões dos êxitos de Chuck Berry. A formação da banda também se alterava, mas dois anos foram suficientes para Mick se impor como o mais regular vocalista. Nesta época data também a primeira recusa de uma editora, no caso a EMI.
Com a saída de Dick Taylor, o conjunto adopta o nome pelo qual se tornou mundialmente conhecido, com a curiosidade do termo ser proveniente de uma canção do não menos famoso Muddy Waters.

Junho de 1962 marcaria a viragem. Os Blue Inc são convidados para um programa de rádio e Mick é deixado de fora. Aproveitando a ausência da banda do Marquee Club, Jagger faz subir ao palco a novíssima Brian Jones and Mick Jagger & The Rolling’ Stones. E agradam ao público.
Claro que levou ainda algum tempo a acertar a formação final, mas a bola de neve começou a crescer, apesar de alguns críticos afirmarem que a banda não ia longe se continuasse com aquele vocalista com “lábios que pareciam pneus de camião”.

Clubes, rádio e televisão seguiram-se à edição do primeiro single com os temas “Come on”, novamente “Chuck Berry”, e “I Want to be Loved”. O segundo trabalho discográfico, com os temas “I Wanna be your man”, da dupla Lennon /McCartney já conseguiu subir ao top 20.
Depois da primeira digressão, ainda limitada ao Reino Unido, seria editado o terceiro single, “Not fade Away”, que registou um terceiro lugar na tabela. A juventude rendia-se.

Muitos anos mais tarde

Sobre os Rolling Stones já se escreveram milhares de páginas e não é neste espaço que se consegue dissecar uma carreira de 25 anos. Até porque, como a crítica internacional referiu, os Rolling Stones foram com o disco de 1977, “Bridges to Babylon, o melhor regresso do ano.



Quero, assim, reforçar um pouco a nota sobre a “alma” do grupo: Mick Jagger. A sua figura personifica a pop. Avô, continua a mostrar em palco os maneirismos que o imortalizaram junto de várias gerações. A banda está agora nos Estados Unidos, para uma imensa série de espectáculos, e existe uma certa unanimidade quando se diz que eles ainda marcam o passo para todas as bandas rock do Mundo. Originais, Mick Jagger e os Stone acabam por ser o único modelo a seguir. È que a atitude de Jagger não se pode aprender. E quando se tem a sua capacidade de dominar um palco e uma audiência, isso nunca se perde.

Mikii
Fonte: Revista TV 7 Dias 24 de Janeiro de 1998
Texto: Basílio Lourenço
(Fotos da Net)