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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Charlotte Brontë

 


Charlotte Brontë (Thornton, 21 de Abril de 1816 — Haworth, 31 de Março de 1855) foi uma escritora e poetisa inglesa, a mais velha das três irmãs Brontë que chegaram à idade adulta e cujos romances são dos mais conhecidos da literatura inglesa. Nasceu em Thornton, oeste de Bradford, West Yorkshire, Reino Unido no dia 21 de abril de 1816. Escreveu o seu romance mais conhecido, Jane Eyre com o pseudônimo Currer Bell.

Este minimanuscrito data de 1830 e, como se percebe na imagem, foi escrito pelo romancista inglesa Charlotte Bronte, autora de Jane Eyre. Uma preciosidade adquirida por mais de 800 mil euros pelo Musée des Lettres et Manuscrits de Paris. São quatro mil palavras escritas em 19 páginas da Young Men’s Magazine, a última de uma série de três revistas escritas à mão por Bronte e pelo irmão, Branwell, durante a sua adolescência, e que incluíam artigos, histórias e cartas. Tudo em miniatura.

Fonte: Revista Caras /wikipedia

Fotos: Net

© Carlos Coelho

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Thomas Tusser



Thomas Tusser

Thomas Tusser nasceu,  em 19 de Outubro de 1524, Inglaterra Reino Unido, e faleceu a 3 de maio de 1580, Londres Reino Unido. Foi um poeta e fazendeiro inglês, mais conhecido por seu poema instrucional Quinhentos pontos de bom cultivo , uma versão ampliada de seu título original, A Hundreth Good Pointes of Husbandrie , publicado pela primeira vez em 1557.

Início da vida


St Mary and All Saints' church

Tusser nasceu em Rivenhall , Essex, em cerca de 1524, filho de William e Isabella Tusser. Desde muito cedo, tornou-se corista na capela colegio de São Nicolau em Wallingford Castle , Wallingford, Oxfordshire . Ele parece ter sido pressionado para o serviço na Capela do Rei, cujos coros geralmente eram depois colocados pelo rei em uma das fundações reais em Oxford ou Cambridge. Mas Tusser entrou no coro da catedral de St. Paul e de lá foi para o Eton College. Ele deixou um relato singular das suas privações em Wallingford e das gravidades de Nicholas Udall em Eton.


Ruinas do castelo Wallingford Caste

Ele foi também eleito para o King's College, Cambridge, em 1543, uma data que estabelece o limite mais antigo de seu ano de nascimento, pois ele seria inelegível aos dezanove anos. Do King's College, mudou-se para Trinity Hall, Cambridge.  


King's College, Universidade de Cambridge

Ao deixar Cambridge, ele foi a tribunal a serviço de William Paget, 1º Barão Paget de Beaudesart, como músico. Após dez anos de vida na corte, ele casou-se e estabeleceu-se como agricultor em Cattawade, Suffolk , perto do rio Stour .

Carreira literária

Lá ele escreveu A Hundreth Good Pointes of Husbandrie , um longo poema em dísticos rimados que registrava o ano no país. Este trabalho foi impresso pela primeira vez em Londres em 1557 pelo editor Richard Tottel e foi reimpresso com frequência. Tottel publicou uma edição ampliada Five Hundreth Pointes de Good Husbandrie em 1573. Tusser inclui uma mistura caseira de instruções e observações sobre agricultura e costumes do país, que oferecem uma visão da vida em Tudor Inglaterra, e seu trabalho regista muitos termos e provérbios impressos pela primeira vez. Tempo. Neste trabalho, ele também apresenta dez características que o queijo perfeito deve ter:

Poeta Gourmet

Os 9 requisitos de um queijo perfeito

Em ‘Quinhentos Pontos para ser um bom marido’, obra de 1573, Thomas Tusser, agricultor e poeta da Inglaterra Tudor e autor de vários ‘best sellers’ no seu tempo, explica como deve ser um queijo em perfeitas condições.

Cor: “ Não deve ser como Giezi (personagem bíblico, criado de Eliseu), branco de morte, como um leproso.”
Sabor: “ Nem como a esposa de Lot, puro sal. ”
Buracos: “ Nem como Argos (gigante mítico), cheio de olhos. ”
Forma: “ Nem como Tom Piper (personagem popular da época), fofo e inchado. ”
Textura: “ Não deve ser rijo como Crispin. ”
Qualidade: “ Nem pobre, como Lázaro. ”
Tacto: “ Nem peludo, como Esaú” (irmão de Jacob)
Humidade: “ Nem como Maria Madalena, desfeito em choro. ”
Composição: “ Nem como os bispos, de leite queimado. “

Ele nunca ficou muito tempo no mesmo lugar. Pela saúde da sua esposa, ele mudou-se para Ipswich. Após a morte dela, ele casou-se novamente e cultivou por algum tempo em West Dereham. Tornou-se cantor na Catedral de Norwich , onde encontrou um bom patrono no reitor, John Salisbury.


West Dereham
Mais tarde na vida

Após outra experiência na agricultura em Fairstead, Essex, mudou-se mais uma vez para Londres, onde foi levado por causa da praga de 1572 a 1573 para encontrar refúgio em Trinity Hall, e matriculou-se como servo da faculdade em 1573. 


Fairstead

Na época rente à sua morte, ele possuía uma pequena propriedade em Chesterton , Cambridgeshire, e isso prova que ele não estava, como às vezes foi afirmado, em qualquer tipo de pobreza, mas tinha, de certa forma, a economia que precisava. Thomas Fuller diz que ele "negociava em geral bois, ovelhas, laticínios, grãos de todos os tipos, sem lucro"; que ele "espalhou seu pão com todo tipo de manteiga, mas ninguém gostava dele".

Morte

Tusser morreu em 3 de maio de 1580, com cerca de 55 anos. Uma inscrição incorreta em Manningtree, Essex, afirma que ele tinha 65 anos.
De acordo com a Pesquisa de Londres de John Stow , Cheape Ward, Thomas Tusser foi enterrado na igreja agora perdida de St Mildred, nas Aves. A inscrição na sua tumba era a seguinte:


St. Mildred, Poultry


"Aqui Jaz Thomas Tusser, vestido com a terra,
Isso em algum momento fez as afirmações de Husbandrie;
Por ele, então você aprende mais; aqui learne devemos,
Quando tudo está terminado, dormimos e transformamos em pó:
E, no entanto, através de Cristo, para o céu, esperamos ir;
Quem ler seus livros achará que sua fé era assim. "

O editor de Stow adiciona o seguinte epigrama em Tusser a partir de um volume chamado The More the Merrier (1608), de 'HP':

Ad Tusserum
"Tusser, eles dizem, quando você estava vivo,
Que tu, ensinando parcimônia, nunca poderás prosperar.
Então, como a pedra de amolar, muitos homens não costumam
Para afiar os outros, quando eles mesmos são bruscos. "

Fonte: Revista Domingo Magazine /Correio da Manhã
Fotos da Net
© Carlos Coelho

domingo, 10 de maio de 2020

Jorge Amado



O Capitão da areia

Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no sul do estado da Bahia. Foi o primeiro dos quatro filhos do fazendeiro de cacau João amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Uma epidemia de varíola levou a família para Ilhéus, onde Jorge passou a maior parte da sua infância. Desde cedo, mostrou interesse e talento para as letras e com 10 anos criou um jornal chamado A Luneta que distribuía pelos vizinhos e familiares. Fez os estudos secundários no Colégio António Vieira e no Ginásio Ipiranga, em salvador. Aqui foi director de A Pátria, o jornal da escola, mas não demorou muito a fundar outro, que fazia concorrência ao primeiro e ao qual deu o título A Folha. Dos jornais escolares para os «verdadeiros» foi um saltinho e com 15 anos Jorge Amado já era jornalista do Diário da Bahia. Apesar de ter começado a trabalhar muito cedo, nunca deixou de estudar. O Curso de Direito levou-o ao Rio de Janeiro, cidade maravilhosa onde se envolveu mais profundamente com a escrita e com a política. Acabou o curso, mas nunca exerceu a profissão de advogado.


Preferiu escrever livros e lutar pelos direitos dos mais desfavorecidos. Em 1931, publicou o seu primeiro romance, O País do carnaval, a que se seguiu Cacau, em 1933. Estes seriam os primeiros dos muitos livros que escreveu durante uma longa vida cheia de prémios literários, doutoramentos honoris causa e outras distinções. Nos seus livros, cheios de humor, poesia, vida e personagens marcantes, estava a sua terra, as gentes do povo, os ricos e os pobres, as justiças e as injustiças. Tiveram tanto sucesso que foram traduzidos em várias línguas e muitos deles foram adaptados ao cinema e à televisão. Algumas das mais famosas novelas que passaram em Portugal partiram dos seus romances.


Depois de alguns anos conturbados em que esteve preso e exilado fora do Brasil, por pertencer ao partido Comunista Brasileiro, em representação do qual chegou a ser eleito membro da Assembleia Nacional constituinte do Brasil, pelo PCB, dedicou-se em 1955 inteiramente à escrita e pôs a actividade política em banho-maria. Casado em segundas núpcias com a escritora Zélia Gattai, com quem teve três dos seus quatro filhos, viveu uma vida feliz que terminou aos 88 anos, na cidade do seu coração: Salvador da Bahia.

Fonte: Revista Terra do Nunca
Texto: Maria Tapadinhas
Fotos da Net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

As casas de Garrett


Almeida Garrett, que conforme nos diz o seu biógrafo Gomes de Amorim, tinha o gosto das mudanças, pelo que não parava por muito tempo na mesma casa, foi, em 1836, morar para o pátio do Pimenta 13 – A, ali ao, ainda hoje pacato e aristocrático sítio de Santa Catarina. A residência era pequena, mas bonita, e muito ao gosto de Garrett, pois dispunha de um jardinzito de que ele próprio tratava com o maior cuidado. Que contraste entre o Garrett requintadamente elegante, poeta e dramaturgo, homem de Estado e diplomata, e o Garrett, jardineiro, talvez de socos e avental, largo sombreiro de palha e regador na mão…

Naquela casa decorreram serenamente os primeiros anos da sua ligação com D. Adelaide Pastor e ali nasceu, em 1837, o seu primeiro filho. O falecimento deste, em 1839, levou Garrett a mudar-se para a rua da Conceição de Cima, à Cotovia, mas em 1844 voltou ao Pátio do Pimenta, desta vez para a casa com o número 13 – F, e vindo da rua do Alecrim.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Foto da Net
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa é um dos maiores poetas portugueses e o mais original de todos porque não foi só um poeta, foi muitos. Criou várias personagens – os heterónimos – a quem deu um nome, uma biografia, uma personalidade, e que, sendo ele, eram outros, escrevendo outras poesias, outras histórias, outros ensaios, diferentes dos seus.


Fernando António Nogueira Pessoa faria ontem 121 anos. Nasceu a  13 de Junho em 1888, em Lisboa. Aos cinco anos o pai morreu e quando a mãe voltou a casar, com o cônsul de Portugal em Durban (na África do Sul), a família mudou-se para aquela cidade, onde pessoa viveu dos 8 aos 17 anos, fazendo a maioria dos seus estudos em inglês, língua em que foram escritos os seus primeiros poemas. Desde cedo, revelou-se um jovem reservado, vivia num mundo só dele, mas esse era um mundo cheio de imaginação. Aos 17 anos voltou para Lisboa e nunca mais de lá saiu. Entrou no Curso Superior de Letras, mas logo o abandonou, sem acabar o primeiro ano. Preferia estudar sozinho na Biblioteca Nacional.
Entre 1910 e 1935, data da sua morte, não parou de escrever: sobretudo poesia, mas também prosa, ensaio, crítica literária. Milhares e milhares de folhas manuscritas e dactilografadas. Pouco foi editado enquanto foi vivo, mas muitos escritos seus foram publicados em revistas com as quais colaborava. A sua profissão era tradutor ou «correspondente estrangeiro em casas comerciais», como diria uma nota autobiográfica, acrescentando que «ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação». E foi a esta vocação que dedicou toda a sua vida, que se confunde com a sua obra.


Nunca se casou, a única namorada que se lhe conheceu foi Ofélia, a quem escrevia muitas cartas de amor, e viveu grande parte da vida adulta com a família numa casa em Campo de Ourique, que é hoje a Casa Fernando Pessoa. Interessava-se por astrologia e até fazia horóscopos e cartas astrais, era frequentador de cafés e participava em várias tertúlias literárias – grupos de artistas e escritores que se juntavam para trocar ideias -, mas mantinha-se um homem discreto e talvez por isso o seu génio só foi completamente conhecido e reconhecido depois da sua morte. Segundo Richard Zenith, que escreveu uma pequena biografia de Pessoa, o poeta escreveu sob dezenas de nomes, uma prática que começou na infância, tendo chamado heterónimos aos mais importantes destes «outros eu», dotando-os de biografias, características físicas, personalidades e actividades literárias próprias. Algumas das suas maiores obras em português foram atribuídas aos três principais heterónimos poéticos – Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos – e ao «semi-heterónimo» Bernardo Soares.
Fernando Pessoa morreu em Lisboa, com apenas 47 anos, mas inscreveu o seu nome no grupo dos imortais da literatura portuguesa.
«O primeiro poema de Fernando pessoa foi escrito com sete anos. Tinha como título À minha querida mamã e dizia assim: «Ó terras de Portugal/ Ó terras onde eu nasci/ por muito que goste delas/ Inda gosto mais de ti.»

Fonte: Revista Terra do Nunca
Foto da net

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Rosa Lobato de Faria

Rosa Lobato de Faria (1932-2010) A Escritora tardia 

Foi a televisão que lhe desenhou a imagem. Primeiro, de mulher bonita a dizer poemas na perfeição nos históricos programas de David Mourão-Ferreira Hospital das Letras e Imagens da Poesia Europeia; depois , de autora de canções de sucesso e de actriz de telenovelas, séries dramáticas e sitcoms. 
Só tardiamente, na década de 1990, tiraria da gaveta e reuniria num volume os poemas que vinha acomulando em segredo e começaria a escrever e a publicar romances de enfiada, alguns deles inequivocamente bons. 
Colaborou ainda em projectos literários a diversas mãos, escreveu peças de teatro e entrou em filmes de João Botelho, Lauro antónio e Monique Rutler. esta dispersão por malas artes sem fim impediria a sacralização da imagem de escritora «séria» a que tinha mais direito do que os outros que dela desfrutam. 
Ambiguidades à parte, o fulgor dos seus olhos claros, esse, continua a iluminar as noites televisivas da memória a preto-e-branco.

Fonte: Revista Visão 4 de Fevereiro de 2010
Foto da Net




sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Aquilino Ribeiro

(foto da net)

Aquilino Ribeiro nasce a 13 de Setembro de 1885 em Carregal de Tabosa, concelho de Sernancelhe. Aos 10 anos, vai residir com os pais para Soutosa,onde faz a instrução primária. Transita depois para Lamego e Viseu, onde chega a frequentar o seminário, abandonando-o por falta de vocação.
Em 1906 muda-se para Lisboa e, em pleno período de agitação republicana, começa a escrever os primeiros artigos em jornais. Em 1907, devido à explosão de uma bomba é preso. Mas consegue evadir-se e, entre 1908 e 1914, divide a sua residência entre Paris e Berlim.
Em 1914, com a eclosão da I Grande Guerra, volta a Portugal. Em 1918 publica o primeiro romance, A Vida Sinuosa, que dedica à memória do seu pai, Joaquim Francisco Ribeiro.
A convite de Raul Proença, entra em 1919 para a Biblioteca Nacional. A partir desse ano, escreve incessantemente: Terras de Demo (1919), O Romance da Raposa (1924), Andam Faunos Pelos Bosques (1926), A Batalha Sem Fim (1931) e muitos outros títulos.
Envolvido em revoltas contra a ditadura militar, no Porto e em Viseu, exila-se por duas (1927 e 1928) vezes em Paris, onde casa por segunda vez ( aprimeira mulher falecera). A partir de 1935 o seu labor literário torna~se mais fecundo: Volfrâmio (1944), O Arcanjo Negro (1947), O Malhadinhas (1949), A Casa Grande de Romarigães (1957), Quando os Lobos Uivam (1958), este último apreendido pela cencura e protexto para um processo em tribunal. Entretanto, viaja: Brasil; Londres; Paris.
Em 1963, durante as comemorações do 50º aniversário do seu primeiro livro - promovidas pela Sociedade Portuguesa de Escritores, então presidida por Ferreira de Castro - adoece inesperadamente.
Morre a 7 de Maio de 1963, no Hospital da CUF, com 78 anos.
Obras:
Contos

- A Filha do Jardineiro (1907)
- Jardim das Tormentas (1913)
- Valeroso Milagre (1919)
- Estrada de Santiago, onde se inclui O Malhadinhas (1922)
- Quando o Gavião Cai a Pena (1935)
- Arca de Noé I, II e III (todos de 1963)
- Sonhos de uma Noite de Natal (1934)

Romances e Novelas

- A Via Sinuosa (1918)
- Terras do Demo (1919)
- Filhas da Babilónia (1920)
- Andam Faunos pelos Bosques (1926)
- O Homem que matou o Diabo (1930)
- A Batalha sem Fim (1932)
- As Três mulheres de Sansão (1932)
- Maria Benigna (1933)
- Aventura Maravilhosa (1936)
- S. Bonaboião, Anacoreta e mártir (1937)
- Mónica (1939)
- O Servo de Deus e a Casa Roubda (1941)
- Volfrâmio (1943)
- Lápides Partidas (1945)
- Caminhos Errados (1947)
- O Arcanjo Negro (1947)
- Cinco Réis de Gente (1948)
- A Casa Grande de Romarigães (1957)
- Quando os Lobos Uivam (1958)
- Casa do Escorpião (1963)
- O Romance da Raposa (1959)
Fonte: Biblioteca / Centro de Recursos
E. S. C. - Projecto Leituras Acordadas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Miguel Torga

(foto da net)


Miguel Torga (pseudónimo de Adolfo Correia Rocha) nasceu em S. Martinho de Anta (12.08.1907) e morreu em Coimbra (17.01.1995).
É autor de uma obra extensa e diversificada, compreendendo poesia, diário, ficção (contos e romances), teatro, ensaios e textos doutrinários.
Em 1934, ao publicar o ensaio intitulado A terceira voz, o médico Adolfo Rocha adopta expressamente o nome de Miguel Torga.
Associando o fitónimo "torga"- evocativo de resistência e de pertinaz ligação à terra, propriedades de um pequeno arbusto do mesmo nome- a"Miguel" -nome de escritores ibéricos (Miguel Cervantes e Miguel de Unamuno), de artista visionário a genial (Miguel Ângelo) e de Arcanjo com forte motivação semântica ("Quem com Deus"), o poeta (então, com apenas 27 anos) escolheum programa ético e estético centrado no confessionismo e na busca da autenticidade.
NaConstância do seu projecto Cívico e artístico, Miguel Torga revela-se um caso raro de perseverança na ligação à terra em que nasceu: a Trás-os-Montes e a Portugal, por inteiro. Históricamente situado numa encruzilhada onde tradição e modernidade se afrotam, o escritor aparece sistematicamente do lado do progresso, tanto em termos estéticos como em termos cívicos.
Nessa medida o encontramos claramente alinhado pelo Modernismo, no que a palavra pressupõe de representação livre e criativa de ideias e emoções. Do mesmo modo que o encontramos apostado no combate por uma democracia respeitadora da história e construtora de um futuro responsável.
Mas é justamente esse nível que se pode assinalar a principal "contradição" do seu ideário. É que, contra as expectativas de alguns, Miguel Torga, que havia contestado vigorosa e repetidamente a "Ordem" do Estado Novo, viria a revelar-se um crítico do Portugal democrático: terciarizado, amnésico, consumista e europeu, Nesse registo de resistência (tantas vezes glosado ao longo do Diário) Torga acaba assim por se integrar definitivamente na linhagem dos poetas e pensadores portugueses de Melancolia, onde se contam nomes como Sá de Miranda, Camões, Oliveira Martins, Antero, Teixeira de Pascoais ou Fernando Pessoa.

Excerto do texto de
José Augusto Cardoso Bernardes in

quinta-feira, 22 de março de 2007

Condessa de Ségur

Esta é a história de uma menina russa que teve de fugir com a família para França, onde casou com um Conde encantado. Não foram felizes para sempre, mas tiveram oito filhos e vinte netos e foi por eles que a menina se tornou uma grande escritora.

Sofia Rostopchine, mais conhecida como condessa de Ségur, nasceu a 1 de Agosto de 1799, em São Petersburgo, na Rússia. A sua família era muito rica e poderosa. A mãe tinha sido dama de companhia da czarina Catarina II e o seu pai Tenente-General e depois Ministro dos Negócios Estrangeiros do Czar Paulo I, que foi padrinho de Sofia.

A sua infância foi passada no palácio da família, rodeada de criados. Como qualquer menina da alta nobreza, teve uma educação muito cuidada e com apenas seis anos já falava cinco línguas. Quando Sofia tinha 13 anos, a mãe, que mais parecia uma madrasta má, obrigou-a a converter-se ao catolicismo, contra sua vontade. Pouco depois, quando o imperador Napoleão invadiu a Rússia, o pai de Sofia mandou incendiar Moscovo, obrigando á retirada das tropas invasoras. Mas a população da cidade ficou furiosa e isso fez que caísse em desgraça, mesmo junto ao Czar. Foi por isso que a família Rostopchine saiu do seu país, primeiro para a Polónia, depois para a Alemanha, passando por Itália, até chegar a França, onde se fixou em 1817. Sofia nunca mais voltaria à terra natal.

(Castelo em Nouettes em Aube)

Dosi anos depois com 20 anos, casou com o Conde Eugéne de Ségur, tornando-se Condessa de Ségur. Durante a viagem de lua-de-mel, sofia viu um castelo cor-de-rosa no campo, em Nouettes á Aube, e apaixonou-se por ele. O pai ofereceu-lho e foi lá que Sofia passou a maior parte da sua vida. Ao contrário dos contos de fadas, sofia e Eugène não foram felizes para sempre. O Conde passava a maior parte do tempo em Paris e Sofia ficava em Nouettes, sozinha.

Valeram-lhe os oito filhos que teve, que eram os amores da sua vida e lhe deram vinte netos e netas.

Rodeada de crianças, a condessa começou a contar muitas histórias, todas partindo de coisas que tinha vivido e que transformava em fantasia, sempre com uma lição de moral.

Os eus protagonistas, como Sofia dos desastres de Sofia, podiam ser muito malcomportados, mas á medida que a história avançava percebiam onde é que estava o bem e o mal e corrigiam-se. Aos 58 anos, publicou o primeiro de mais de vinte livros infantis e juvenis, que alcançaram sucesso não só em França como em todo o mundo. Adoentada e passando por dificuldades financeiras devido à morte do marido, vendeu o seu querido castelo e mudou-se para Paris, em 1872, onde morreu, nos braços do filho mais velho, em 1874, com 75 anos.

Sofia Rostopchine, condessa de Ségur, tinha um temperamento um pouco instável e ás vezes ficava tão nervosa que não conseguia falar, por isso tornou-se célebre a ardósia onde escrevia para comunicar com os seus filhos e os criados.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/Autor: Desconhecido

Fotos da Net