Almeida Garrett, que
conforme nos diz o seu biógrafo Gomes de Amorim, tinha o gosto das mudanças,
pelo que não parava por muito tempo na mesma casa, foi, em 1836, morar para o
pátio do Pimenta 13 – A, ali ao, ainda hoje pacato e aristocrático sítio de Santa
Catarina. A residência era pequena, mas bonita, e muito ao gosto de Garrett,
pois dispunha de um jardinzito de que ele próprio tratava com o maior cuidado.
Que contraste entre o Garrett requintadamente elegante, poeta e dramaturgo,
homem de Estado e diplomata, e o Garrett, jardineiro, talvez de socos e
avental, largo sombreiro de palha e regador na mão…
Naquela casa decorreram
serenamente os primeiros anos da sua ligação com D. Adelaide Pastor e ali
nasceu, em 1837, o seu primeiro filho. O falecimento deste, em 1839, levou
Garrett a mudar-se para a rua da Conceição de Cima, à Cotovia, mas em 1844
voltou ao Pátio do Pimenta, desta vez para a casa com o número 13 – F, e vindo
da rua do Alecrim.
Fonte: Almanaque Diário de
Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Foto da Net𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð
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