Entende-se por paranóia o
conjunto de perturbações de carácter que pode traduzir-se em orgulho excessivo,
na desconfiança em susceptibilidades fora de controlo, na falsidade do
julgamento e em interpretações erróneas. Estas disfunções podem provocar
reacções agressivas e fazer com que o individuo atinja um estado delirante. Nestes
casos, o doente pode desenvolver um delírio paranóico de interpretação, de
perseguição ou de reivindicação. Antigamente designava-se por este termo um
delírio crónico de interpretação sistematizada, com conservação aparente da
clareza e da lógica do pensamento.
A paranóia crónica pode
resultar de lesões cerebrais, do abuso de anfetaminas ou do consumo excessivo
de álcool. A esquizofrenia ou a doença maníaco-depressiva são também outra das
causas. Pode também manifestar-se em pessoas desconfiadas e sensitivas que
parecem emocionalmente frias e se melindram facilmente.
Já a paranóia aguda – uma
crise com duração inferior a seis meses – pode surgir em indivíduos com
perturbações prévias da personalidade e que sofrem alterações radicais no seu
meio ambiente. Nestes indivíduos, se existe uma personalidade vulnerável e
predisposta a um factor de intenso stress, o resultado pode ser uma ruptura
psicótica mais ou menos transitória.
Fonte: Revista Nova Gente
(Dicionário de Saúde)
Foto da net
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