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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

John Lennon

Era um fazedor de sonhos. Perseguindo-os, fundou a maior banda “rock” de sempre. Foi polémico e revolucionário.
Morreu aos 40 anos, às mãos de um fã, mas as reais motivações do seu assassínio ainda permanecem obscuras.


John Winston Lennon nasceu em Liverpool, a 9 de Outubro de 1940, filho de Julia – uma doméstica com paixão pela música – e de Alfred – um comissário de bordo naval. Aos seis anos, com a separação dos pais, foi viver com a tia materna, Mimi. Teve uma infância feliz, mas atrágica morte da sua mãe (atropelada por um carro) viria amargurar os seus 17 anos.

Dela, John herdou a veia artística, escrevendo histórias e poemas traçando desenhos. Encorajado pela mãe, pediu à tia uma guitarra, fundou a banda Quarry Men e frequentou a Faculdade de Artes, onde conheceu Cynthia Powell, com quem viria a partilhar oito anos da sua vida. Os dois tornaram-se inseparáveis até Lennon ajudar a escrever a história dos Beatles. Cynthia engravidou e o casal “deu o nó” em 1962. Julian (assim baptizado em memória da mãe do músico) nascia a 8 de Abril de 1963, mas John tornar-se-ia um pai ausente.


O fim dos Beatles

Com a fama, veio a droga e o divórcio do cantor. Entretanto Lennon envolveu-se com Yoko Ono e os desentendimentos no seio da banda aumentaram; o poeta devolveu o título de Sir, rumou a Nova Iorque e casou-se com a artista plástica nipónica.
Em 1971, os Beatles separavam-se oficialmente. A irreverência de Lennon granjeara-lhe uma legião de fãs. Chegara a declarar que os Beatles eram mais famosos do que Cristo. À sua carreira a solo, no entanto, faltava o génio e a inspiração colectiva dos Fab Four, acabando por gravar álbuns criativos, mas sem o impacto dos trabalhos dos Beatles. Foi nesta fase, porém, que se acentuou a veia política de Lennon, lutando pela paz e gravando temas imortais como Imagine e Woman.


A 8 de Dezembro de 1980, ao regressar acasa com Yoko Ono, depois de cumprir alguns afazeres profissionais, e ansioso por desfrutar da companhia do pequeno filho de ambos, Sean, foi alvejado com sete tiros. Mark Chapman – que viajara do Hawai até Manhattan, intalou-se no Hotel Sheraton e comprara uma pistola de calibre 38 – culpava John Lennon pela “vida desgraçada” que dizia ter.
Os verdadeiros motivos da sua morte continuam, contudo, por esclarecer. Os serviços secretos britânicos e americanos falam de alegadas ligações do músico ao IRA e ao partido de extrema-esquerda Worker’s Revolucionary Party; a posição de Lennon contra a guerra do Vietname desagradava ao FBI e ao, então, presidente Nixon. Os ficheiros sobre investigação permanecem numa cave, em Washington, sob a classificação de Top Secret.


O homem e o mito

A vida do lendário músico foi alvo de ódios e paixões. No livro The Lives of John Lennon, Albert Goldman acusa o músico de ser violento, um falso principe da paz; em resposta, o filme de Andrew Solt, Imagine: John Lennon, tenta repor a verdade do mito. Julia Baird, irmã do cantor, contudo, fala do homem e do irmão que recorda com ternura: Não penso nele como um Beatle. As minhas melhores recordações de John são como irmão. Quem me dera que ele nunca tivesse visto uma guitarra! Isso foi a destruição de muitas coisas; das relações familiares e do próprio John. Preferia ser pobre e tê-lo connosco.”


Fonte: Revista VIP
Texto: Maria João Fialho Gouveia

CarlosCoelho