quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vida marinha

Censo dos organismos mais pequenos


O projecto tem 10 anos e os resultados finais são revelados em Outubro, mas os investigadores dos Censo Internacional de Micróbios Marinhos revelaram já uma novidade: o número de seres catalogados é muito maior do que se julgava possível.

Ou, na definição do líder do projecto, Mitch Sogin, é “um extraordinário mundo novo de diversidade e abundância”. Foram estudados 1.200 locais recolhidas mais de 18000 sequências de ADN e calcula-se que haja no fundo do mar mil milhões de espécies.

Uma das surpresas dos investigadores foi a descoberta de um “tapete microbiano” no fundo do mar, ao largo da costa do Chile, mais  ou menos do tamanho da Grécia.


 


 Fonte: Revista Sábado 22 de Abril 2010

Texto/Autor: Ana Paula Gouveia

Fotos da net



terça-feira, 20 de abril de 2010

Vítima de Cancro Cerebral

Foi entre tratamentos de radioterapia e uma biopsia que Elena Desserich comemorou o sexto aniversário: Os pais conseguiram fazer um almoço em família. A troca de prendas foi no quarto de hospital. A criança recebeu uma guitarra da tia e uma máquina fotográfica digital dos avós.
Pouco tempo antes tinha-lhe sido diagnosticado um cancro cerebral. Os médicos deram-lhe 135 dias de vida, mas ela aguentou 255 – morreu em 2007. 
Quando fez 6 anos, Elena já conhecia o alfabeto de A a E, e sabia escrever algumas palavras como “mãe”, “pai”, “obrigada”, “sede”, “fome” e “orgulho”. A irmã também a ensinara a escrever alguns palavrões para ela poder expressar a raiva nos momentos mais difíceis. 
Os pais incentivaram-na a comunicar por bilhetes, quando começou a ficar com a boca paralisada. Foi com surpresa que, depois de Elena morrer, começaram a encontrar recados por toda a casa. “É difícil descobri-los porque estão em sítios mais incríveis, mas esperemos que nunca acabem”, desabafou o pai, Keith Desserich, ao canal norte-americano NBC. 
Os pais decidiram não abrir os recados que Elena deixou dentro de envelopes selados. “Assim temos o conforto de pensar queainda há uns especiais”, contou a mãe, Brooke.


Não encontravam nenhuma nota há seis meses. Mas há duas semanas descobriram mais três, durante as limpezas a um armário onde Elena guardava os trabalhos manuais. O livro agora publicado nos Estados Unidos, Notes left Behind (recados deixados para trás), contém várias das mensagens e excertos do diário onde os pais descrevem os últimos diasde Elena.


Na primeira página contam os seus últimos desejos, como ir a um restaurante comer esparguete à bolonhesa e passear por uma rua com lojas de vestidos de noiva. “ Ela pede-me para a levar às lojas onde sempre pensei levá-la quando fosse pedida em casamento. Agora questiono-me se algum dia chegará tão longe”, escreve a mãe. 
Outro dos seus desejos era celebrar o Natal, por isso, os pais montaram a árvore logo em Novembro, apesar de terem por regra só o fazerem a 15 de Dezembro. O diário não regista só os bons momentos. O quotidiano da miúda desenrola-se, sobretudo nos corredores de uma ala pediátrica de oncologia. “A Elena desenvolveu um medo de luvas azuis. 
Estou a pensar comprar um pacote de luvas transparentes para os médicos da ala dela só para acalmar a sua ansiedade”. Assim, entre desenhos cheios de amor e histórias felizes, os pais narram a perda de movimentos, da capacidade de andar, de mexer o lado direito do corpo ou de falar: Agora convidam qualquer um a enviar recados à Elena através do Twitter.



Elena escreveu mensagens curtas, como “amo-vos, mãe e pai” e fez desenhos da família e corações recortados.
Os pais encontraram bilhetes em gavetas das meias, em livros, entre CDS, em malas de viagem e em armários.
Nunca os contaram, mas as centenas de papéis enchem três grandes caixas.
Costumam ser os pais a deixar bilhetes aos filhos quando têm uma doença fatal. Mas uma miúda de 6 anos deixou notas para a família encontrar quando ela morresse.

Revista Sábado 23 de Dezembro de 2009
Fonte: Ioli Campos
Fotos da Net





quarta-feira, 7 de abril de 2010

Abba


Os Abba vão entrar no US Rock and Roll Hall of Fame, uma homenagem apenas concedida a músicos e bandas que marcaram decisivamente a história da música popular e que se tenham estreado em disco há pelo menos 25 anos. 
A cerimónia foi no dia 15 de Março de 2010, no hotel Waldorf Astoria, em Nova Iorque. Com a banda sueca, que conquistou recentemente novos fãs graças ao filme Mamma Mia, vão também dar entrada no Hall of fame os Genesis de Peter Gabriel e Phil Collins, os britânicos Hollies, os Stooges, que tiveram como vocalista Iggy Pop, e o cantor jamaicano de raggae Jimmy Cliff.
Fundados em 1972, os Abba editaram o seu primeiro disco, Ring Ring, logo no ano seguinte. Ao longo dos seus dez anos de carreira venderam 350 milhões de discos.
Comentando esta distinção, um dos fundadores dos Abba, Benny Anderson, afirmou à edição on-line da revista Rolling Stone: "Nunca pensei que pudesse acontecer; sendo um estrangeiro do Pólo Norte; isto é realmente muito bom".
Entre 1973 e 1981, os Abba editaram oito discos, do já referido Ring Ring a The Visitors (1981). O seu primeiro grande sucesso internacional foi Waterloo, o tema com o qual venceram, em 1974, o Festival Eurovisão da Canção.

Fonte: Jornal Público P2 17 de Dezembro de 2009
Foto da Net