No passado 18 de Dezembro de 1865
Os EUA afirmavam-se um país livre, mas viviam uma liberdade que excluía pela cor. Foi a guerra da Secessão, entre o Norte industrial, que exigia mão de obra livre e barata, e o Sul, assente numa economia agrária esclavagista, a acelarar a abolição.
Antes do inicio do conflito, o Presidente Abraham Lincoln até defendia apenas que a escravatura não se alargasse a novos territórios. Mas vários estados do Sul temiam que a balança de equilíbris internos pendesse para os estados livres. E tomaram a iniciativa de se separar da União.
Durante o conflito fez caminho a ideia da emancipação. Foram anuladas as leis que puniam os fugitivos e autorizada a entrada de escravos libertos no Exército.
Mas só em Janeiro de 1865, três meses antes da rendição sulista, a Câmara dos Representantes aprovou com os dois terços de votos necessários a 13ª emenda à Constituição.
A 2 de Dezembro, o Alabama torna-se o 27.º estado a ratificá-la: chegava-se à maioria de dois terços de estados. E a 18 de Dezembro a emenda foi oficialmente adoptada. "Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito à sua jurisdição, escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como pinição de um crime pelo qual o réu tenha sido condenado", dizia a sua primeira secção.
A Constituição proibia a escravatura, a discriminação racial continuaria a fazer caminho.
Fonte: Jornal de Notícias P2
Autor/Texto: J.M.R.
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