A vila de Salir no Algarve,
deve o seu nome à filha do governador de Castalar, Aben-Fabília, que fugiu
quando viu o seu castelo ameaçado pelo exército de D. Afonso III. Antes de
fugir, o governador enterrou todo o seu ouro, pensando vir mais tarde
resgatá-lo. Quando os cristãos tomaram o castelo encontraram-no vazio, à
excepção da linda filha do governador que rezava com fervor e que tinha
preferido ficar no castelo, e morrer, a “salir”. De um monte vizinho,
Aben-Fabília avistou a filha cativa dos cristãos e com a mão direita desenhou
no espaço o signo de Saimão, enquanto proferia umas palavras misteriosas. Nesse
momento, o cavaleiro D. Gonçalo Peres, que falava com a moura, viu-a
transformar-se numa estátua de pedra. A notícia da Moura encantada espalhou-se
pelo castelo e um dia a estátua desapareceu. Em memória deste estranho fenómeno
ficou aquela terra conhecida por Salir, em homenagem, pela coragem de uma jovem
moura. Ainda hoje no algarve se diz que em certas noites a moura encantada
aparece no castelo de Salir
(É o
mais importante monumento de Salir. Construído em taipa no séc. XII pelos
berberes Almoádas, restam-lhe hoje alguns torreões, parte da muralha, no
chamado “muro da sabedoria” e parte das casas que ai foram construídas.)
Fonte: Revista Domingo Magazine
Fotos da Net
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