quarta-feira, 14 de março de 2007

Medusa-de-Pintas

Nome comum: Medusa-de-pintas

Nome Científico: Phyllorhiza punctata

Habitat do pacífico: Oceano Pacífico

Onde encontrar no Pacífico: Habitat do pacífico

Estatuto de Conservação: não atribuído, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.

Como ajudar? Evita poluir as praias, assim estarás a proteger as espécies marinhas.

Mais conhecidas por alforrecas, as medusas são do mesmo grupo das anémonas e dos corais. Enquanto os corais e as anémonas têm os tentáculos virados para cima, as medusas têm-nos virados para baixo, fazendo lembrar um chapéu-de-chuva. As medusas pairam nos oceanos, movimentando-se calmamente ao sabor da corrente. Para fazerem estes movimentos delicados, abrem e fecham a parte do corpo em forma de disco. Acredita que este disco pode ter sessenta centímetros de diâmetro? Aliás, esta impressionante medusa pode pesar até dez quilogramas! A medusa-de-pintas surpreende pelas pintas que apresenta no corpo!

O corpo azulado salpicado de pintas brancas torna-a muito fácil de reconhecer! O que é mais engraçado é que estas pintas são, na verdade, algas muito pequenas que vivem no corpo da medusa. Para se alimentar a medusa-de-pintas usa os seus oito braços, curtos e grossos, que têm várias «bocas» armadas com pequenos arpões, que servem para capturar pequenos organismos que vivem na água. Estas estruturas, que têm um nome muito esquisito, nematocistos, são pequenas cápsulas que contém um dardo que dispara contra uma presa ou mesmo contra um agressor! Por isso, quando se mergulha perto das medusas tem que se ter sempre muito cuidado!

As medusas são o alimento favorito de muitas tartarugas marinhas. Mas há um problema, os sacos de plástico à deriva são confundidos com medusas por estes animais, que acabam por ingeridos, pondo a sua vida em risco.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/Autor: Oceanário

Fotos da net

terça-feira, 13 de março de 2007

Tatuagens

 Misérias e grandeza da tatuagem

(Homem maori tatuado. Crédito: Thomas Chambers a partir de arte original de Sydney Parkinson, século 18/Wikimedia Commons)

O tempo, no seu longo e vertiginoso rodar, não conseguiu banir por completo, mesmo entre os povos de maior civilização, certas usanças e crenças dos nossos mais remotos antepassados.

A responsabilidade deste facto cabe em maior quinhão, como pretende Lombroso ao atavismo e á tradição que ele magistralmente define como outra espécie ou género de atavismo histórico.

No número dessas baldas perduráveis conta-se a tatuagem.

Vinda, presumivelmente, do paleolítico inferior, do período denominado mousteriano, ela constitui, por isso um dos múltiplos e dos mais resistentes elos desta grossa cadeia que jungue certos hábitos da época presente aos das mais antigas eras.

Como um imperturbável viandante, audacioso e resoluto, a tatuagem conseguiu, apesar de perseguida pelas religiões, pelas leis e pelo preconceito social, galgar, com serenidade e pertinácia, todas as barreiras que lhe opuseram as idades e as civilizações.

A tatuagem na antiguidade

(Nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia realizavam rituais religiosos que incluíam a confecção de figuras colorizadas definitivas sob a pele.)

Servindo quase sempre a vaidade, se a vemos muitas vezes, rastejando pelos antros e ruelas da amargura, dando o braço ao vício, ao crime e á ignomínia, também a encontramos, a cada passo, altaneira e triunfante, pondo os seus préstimos ao serviço do amor, da mística, do patriotismo e de todos os mais elevados e belos sentimentos. Por esta razão entra nos templos, ornamentando os braços das vestais; desenhando o instrumento do suplício de Cristo, patenteia-se nos braços e nas mãos dos pagãos, convertidos ao cristianismo pelos Apóstolos; adorna o corpo dos sacerdotes romanos, na pele, de cada um dos quais, mostra o símbolo de Deus a que ele rende culto.

(Crédito: Christina Enrich, H2Fotografie)

E, nessas épocas da velha Roma dos Césares e do antigo Egipto dos Faraós, ainda mais alto se vê erguer o prestígio, a honra e a grandeza da tatuagem: os imperadores ostentaram-na, sobranceira ao seu «braçarium», em emblemas com o desenho duma águia, que define e sintetiza todo o poder Imperial Romano. Da sua passagem gloriosa pelo Egipto colhe-se notícia na «Biblioteca das Colunas», sobre as margens do Lago Meris, conhecida também por «Tesouro dos Remédios da Alma».

Nesta vetusta biblioteca, a mais velha das que a História faz referência, pois remonta ao ano 2188 a.C., se pode ir conhecer o ensinamento de que Osimandias, o Faraó promotor da conquista dos Bactros, vindos da Ásia, em sinal de regozijo por este feito e em acção de graças aos deuses, fez gravar nas carnes do seu peito o desenho do «Ocaso do Sol», símbolo de Osíris.

A tatuagem de Eduardo VII

Igual aura e destino lhe têm proporcionado, algumas vezes, estas últimas dezenas de anos, que continuaram a abrir-lhe as portas dos paços reais e dos palácios imperiais.

Assim, a princesa Maria, enamorada do principe Valdemar, da Dinamarca, oficial da marinha de guerra, saiu um dia do palácio vestida com o fato da sua criada particular, para mandar tatuar na pele do seu braço uma âncora, em homenagem ao seu futuro marido.

Para ninguém é também estranho que o rei Eduardo VII, quando Príncipe de Gales, viajou pelos lugares santos, e aí, sensibilizado e cativado pelos olhos negros aveludados e meigos da filha de um tatuador, pagou ao pai para lhe gravar no braço esquerdo o símbolo da religião cristã. Parece, até, que este facto lhe deu uma certa satisfação, segundo o afirma Gabriel de Charmes, no artigo «Viagens na Síria», publicado no número de Junho de 1881 da «Revue des Deux Mondes», corroborando-o com esta certidão passada ao tatuador:

«Ceci est le certificat de Francis souwan. A grave la croix de jerusalem sur le bras de S. A. Le prince de Galles. La satisfaction de Sa Magesté a éprouvée de cette opération prouve qu’elle peut être recommandée. Signé: Vanne, Courrier de la suite de S. A. Le prince de Galles. Jerusalem, le 2 Avril 1862».

Este gesto do monarca rapidamente se divulgou. Então, a tatuagem espalha-se profusamente entre a gente e a corte Inglesa. Além do Duque de Saxe-Coburgo Gotha e do seu cunhado grão-duque Alexis, tatuaram-se o sobrinho daquele, duque de York, muitos lords, damas e a fina flor aristocrática.

 

Pela leitura e ilustrações das revistas e jornais ingleses fez-se ideia nítida e perfeita da autêntica epidemia de tatuagem, que assolou a pele do povo da Grã-Bretanha, para solenizar a coroação do rei Jorge VI.

(Sutherland Macdonald)

Durante o reinado do seu avô, um professor Williams especialista em tatuação, tornou-se notável e rico pois estipulava para as suas tatuagens o preço mínimo de 50 libras; posteriormente, um outro artista londrino, de nome Macdonald, montou um escritório e uma oficina de tatuador na Jeremyn-street, que foi largamente visitada e utilizada pela gente mais distinta e celebre da corte. Este tatuador conseguiu também amealhar uma boa fortuna.

As epidemias da tatuagem

Estas epidemias e endemias da tatuagem, originadas por acontecimentos de natureza patriótica ou de natureza política e outros, são vulgares dentro das fronteiras de alguns países, alastrando, mesmo, pelo mundo civilizado.

No decurso da chamada Grande Guerra, desde 1914 a 1918, houve nas trincheiras milhares de tatuações. Indivíduos pertencentes às mais diversas classes sociais, que, no geral, não costumavam ser portadores desses desenhos dérmicos, resolveram deixar-se tatuar. Assim foi com médicos, advogados, empregados comerciais e de escritório, operários, etc.

Entre nós, durante os agitados tempos das lutas e da implementação do regime liberal, bem como no período da propaganda da Républica e nos primeiros anos após a sua proclamação, registou-se um notável acréscimo da tatuagem, apresentada em emblemas políticos, respectivamente, coroas reais, barretes frígios, figuras e bustos da república, bandeiras, etc.

E por estar estudado e averiguado, desde há muito, este recrudescimento dos desenhos da derme, sempre que aparece uma nova mística ou que um novo regime se interpõe na mancha política de uma nação, não deve surpreender-nos que os nazis se tivessem tatuado á farta com o símbolo sectário da cruz suástica.

«Morte aos reis»

E inconveniente destas ideias extravagantes são as surpresas que o futuro reserva, por vezes, aos portadores desses desenhos, que os colocam em sérios embaraços. É que esses símbolos num dado momento podem tornar-se altamente comprometedores e prejudiciais.

Assim aconteceu a muitos combatentes da outra guerra, assim está sucedendo aos nazis, mas com piores consequências. Já assim tinha acontecido, certo dia. Aquele general Bernardotte, que Napoleão sentou no trono da Suécia, com nome de Carlos XIV. De uma vez, sentindo-se gravemente doente, recusou com toda a sua energia a deixar-se sangrar, apesar do seu médico assistente lhe preconizar essa intervenção cirúrgica como única esperança de salvatério. Por fim julgando-se perdido e continuando a ser assediado pela insistente teimosia do clínico, conformou-se a consentiu, embora contrariado e mal disposto. Impôs, porém, uma condição: o médico prestaria juramento prévio de que a ninguém contaria o que ia observar no seu régio braço.

Assim foi. E … porque o cirurgião cumpriu religiosamente o seu juramento revelam os livros – não o médico – Esse segredo: al levantar-lhe a manga da camisa, o clínico viu, com surpresa e espanto, que o monarca, na região do sangradouro, tinha tatuado um barrete frígio e sobre ele, esta curiosa legenda: «Morte aos reis».

Beethoven tinha dedicado a sua famosa 3ª sinfonia – a «Heroica» - a Napoleão, em cujos feitos inspirara o seu trabalho. Ao saber, porém, que Napoleão, tomado de cega cobiça do mando, se fizera coroar Imperador, tirou-lhe a dedicatória e pôs-lhe este título: «Grande Sinfonia heroica, composta para festejar a memória de um grande homem».

Fonte: Revista Ver e Crer nº6 Outubro 1945

Texto/Autor: Dr. Rodolfo Xavier da Silva

Fotos da Net

segunda-feira, 12 de março de 2007

Ben Nicholson

(1894-1982), 1936

Ben Nicholson nasce na Grã-Bretanha em 1894. Depois de uma série de viagens por França, Itália e Nova Iorque, casa com uma artista chamada Winifred Roberts e passa a viver entre Inglaterra, Estados Unidos da América e Suíça.

Mais tarde, conhece uma escultora chamada Barbara Hepworth e divorcia-se, para poder casar-se com ela. Na década de 1930 faz muitas viagens a paris e conhece muitos artistas importantes como Picasso, Braque, Hans Arp e Mondrian.

(Pintura, Vermelho Cádmio, Limão e Cerúleo)

Por influência do pai que também era artista, as suas pinturas iniciais eram naturezas mortas (que quer dizer, pintura de algo que não se mexe), mas ficou muito conhecido pelas suas obras abstratas, inspiradas no construtivismo e no cubismo.

 Esta obra, intitulada Pintura, Vermelho Cádmio, Limão e Cerúleo, é um excelente exemplo da pintura abstracta de Ben Nicholson.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/autor: desconhecido

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domingo, 11 de março de 2007

Alface Roxa

 


Ganhe energia!

Este legume, tão utilizado na confecção de saladas e sopas, contém inúmeros benefícios para o organismo. A sua cor verde escura denuncia a riqueza em clorofila, um pigmento que actua como reconstituinte em anemias e estados de convalescença, alivia a prisão de ventre e elimina parasitas do intestino.

Rico em Betacarotenos

A alface roxa contém um elevado conteúdo destes nutrientes, que ajudam a proteger as mucosas do aparelho respiratório, um pormenor especialmente importante para pessoas que sofram de asma ou de alergias.

Essencial para Futuras mães

Este alimento é rico em ácido fólico, muito importante para mulheres que estão na fase de gestação ou que desejam engravidar. Esta vitamina intervém na multiplicação celular e previne a espinha bífida e outras malformações do feto.

Na dieta dos mais pequenos

Devido ao sabor e à textura, este tipo de alface é facilmente apreciado pelas crianças. Por isso, inclua-a na dieta deles, uma vez que aumenta as defesas e fortalece os ossos.

Fonte: Revista Maria

Texto/autor: Dr. Custódio César, nutricionista

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sábado, 10 de março de 2007

Malta

Pode correr-se o risco de se ficar esmagado pelo gozo de gozar em gozo. O calão permite-se quando está em causa o melhor da vida. Isto é, uma capital excêntrica com nome de mulher e rainha – Victória -, águas semi-virgens do Mediterrâneo e terra de cavaleiros do templo. Uma das três ilhas do arquipélago de Malta, o lugar imaginado da utopia. Se numa noite de verão o viajante subir à Cidadela de Gozo, verá divisar-se, entre as nuvens de pó que se erguem na planície, a figura mística do quinto cavaleiro. Como um mensageiro de Deus ou um anjo (ou uma alma penada), este virá montado num possante corcel, oculto por um longo manto e a dobra espessa do turbante.

Quando o vento acalmar e a investida e as patas empinadas lhe estiverem a dois palmos do nariz, o viajante fará uma vénia e subirá para o dorso musculado do corcel, levantando do chão apenas pelo sopro vulcânico da terra.

Antes de o sol nascer, e no tempo de um pestanejar, acordará deitado num tapete de Damasco e diante dos seus olhos pasmados terá no lugar de ouro, incenso e mirra, ou de um burro, uma vaca e um charolês, a sublime visão de Malta. É neste clima épico que se pronuncia a fantasia. Diz-se que os malteses herdaram o melhor dos ingleses, o que está patente na arquitectura das casas, na pontualidade, na gastronomia – as tartes são um prato recorrente – ou na língua que usam como mãe. Mais recentemente, as noções de aculturação estendem-se ao futebol e as ruas de Gozo e Malta encheram-se de sósias de David Beckham. Assim, rapaz que preze a virilidade usa patilhas com madeixas, muda de penteado dia sim, dia não e sonha em ter uma namorada de nome Victória, uma rainha ocidental com voz de cotovia. Talvez isso explique a metamorfose das raparigas, que se juntam aos grupinhos para ensaiar temas da pop inglesa vestidas como as Doce nos seus tempos áureos, como se o seu futuro sentimental e a hipótese de constituir família dependessem do talento para as cantigas.

(Grand Harbour em 1801)

Depois há as senhoras de meia-idade e as avós com caras – e bigodes – de lobo mau, que olham de lado estes excessos, pesarosas de as filhas e netinhas trocarem promissora carreira no convento por um espectáculo tão deprimente. Tudo se passa na rua e o momento é risível. Mas, se pergunto a Maria – uma das muitas Marias da terra – se se importa com os maneirismos da neta, só comenta que gostava mais de vê-la na igreja a ajudar o padre-cura na missa ou a cursar catequese. Parece medieval, mas é o que é. Os tempos mudam, porém. Os filhos e netos malteses preferem hoje imaginar-se nos palcos de concertos de música, nos estádios de futebol – onde nunca lograram sucesso – ou nas salas de cinema com o cabedal de Brad Pitt e os penteados de David Beckham.

O fervor religioso foram busca-lo aos italianos, os únicos que os superam na proporção de igrejas por habitante.

(Plano da cidade de Valeta, 1680)

Dos turcos consta que a herança está no poder de encaixe… das bebidas pesadas. E se numa noite de verão o viajante se deita à varanda depois de um dia inteiro de romaria, ocorre-lhe pensar que a religião é o ópio do povo e o povo, é quem mais ordena, e o que lhe apetece, afinal, é demolhar as papilas num Lavagulin ou fumar ervas por um cachimbo de água. Um daqueles cachimbos de essências lúbricas dos souks do Cairo que depois de fumados deixam um homem santo. E nada é impossível de conseguir se até um reluzente disco de vinil dos Abba lhe foi dado comprar no mercado de Gharb, em Victória, ou um escafandro untado de um verdete falso posto à pressa nessa manhã e que o hábil vendedor o tentou convencer ter sido pertença de um marujo de Drake. Onde andaria o Drake quando Malta era potência do Mediterrâneo e vespeiro onde todos procuravam assentar o ferrão? Ainda se fosse de algum corsário fariseu a soldo de Filipe II… De resto, para animar em Malta não faltarão pretextos: das rotas esotéricas do glorioso Corto Maltese, aos trilhos dos cavaleiros da Grã Ordem, das farras olímpicas possíveis em qualquer taverna de estrada e a qualquer hora aos mais selectos restos de paleta mediterrânica, como o impagável Sultan, um grego cipriota rendido aos ares malteses, com tabanca posta nos areais de Comino.

 Nota Histórica              

(Cerco Otomano a Valeta em 1565)

Malta é habitada desde cerca de 5200 a.C., durante o Neolítico. Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 a.C. Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que baptizaram a ilha principal Malat, o que significa refúgio seguro. Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 a.C., desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Ciclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do Sul da Itália. Por volta do ano 1000ª.C. as ilhas eram uma colónia fenícia. Em 736 a.C. foram ocupados pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 a.C.), e depois dos romanos (218 a. C.), quando recebeu o nome de Melita. Segundo a lenda nos Actos dos Apóstolos, no ano 60 da era Cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão dos seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje. Com a divisão do Império Romano em 395 d.C., a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram o seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A Influência árabe pode ser encontrada na moderna língua maltesa, uma língua fortemente romanizada que deriva do árabe vernáculo.

As Ilhas que fazem parte da União                 

(Vista geral da cidadela de Victoria)

A República de Malta é composta por um arquipélago de cinco ilhas muito próximas, situadas a 93 km do sul da Ilha da Sicília, a Sudoeste da Itália, e a 290km ao Norte da Líbia, na África. Está situada no centro do Mediterrâneo. As cinco ilhas do arquipélago maltês são: Malta, Gozo, Comino, e duas ilhas desabitadas, Cominatto e Filfla, as quais, no total, têm uma superfície de 316km2 e abrigam uma população estimada em 400 214 habitantes. A República de Malta passou a fazer parte da EU – União Europeia – a partir de 2004.

A terra de Corto Maltese

Entre os ilustres nativos malteses, o herói da banda desenhada. Corto (Maltese) mantém a sua popularidade intacta. O viajante deve munir-se de notas biográficas de Hugo Pratt (‘O desejo de ser inútil’, edições Relógio d’água) e fazer-se ás estradas, cavernas, grutas, rochedos, mares…

Muitas missas e festas

O Arquipélago maltês é um dos lugares com mais religiosos praticantes por metro quadrado. Recomenda-se ao visitante ateu ou beato que assista pelo menos a uma missa, e se for em época de festas, que acompanhe o corso ou a romaria.

Fonte: Revista Domingo

Texto: Tiago Salazar

Fotos da net: Alma de Viajante

sexta-feira, 9 de março de 2007

William James Sidis

A trágica história do "homem mais inteligente de todos os tempos"

William James Sidis, que já foi chamado de "o humano mais inteligente de todos os tempos", nasceu em Nova York, em 1898. O QI de um humano mediano é de 90 a 110 pontos. O de um adulto superdotado (6% da população) é de 111 a 120 pontos. Sidis possuía um QI de 250 a 300.

Sidis começou a ler antes de completar dois anos de idade, escreveu livros de Anatomia e Astronomia entre os 4 e os 8 anos, idade na qual já falava oito idiomas. Aos 11 anos, ingressou na Universidade de Harvard, onde se formou em matemática aos 16. No entanto, ele não deixou nenhum legado extraordinário nem para a ciência nem para a humanidade em geral.

 A verdade é que as ambições dos seus pais, que constantemente o submetiam a exames para medir sua inteligência, resultaram num cotidiano torturante.

Sidis passou a vida adulta em isolamento quase absoluto, num pequeno apartamento em Boston, que somente abandonava para visitar  países, ou ir a reuniões políticas, o único ambiente social do qual eventualmente participava. Foi em uma dessas reuniões que conheceu Martha Foley, ativista irlandesa que pouco se importava com a sua reputação de gênio superdotado.  Os dois chegaram a ser presos juntos durante um protesto no Dia do Trabalho, em 1919.

(Foto, William James Sidis e Martha Foley)

O seu pai, Boris Sidis, assumiu um compromisso com o magistrado local para manter William fora da prisão, e internou-o no seu sanatório em Nova Hampshire durante um ano, subsequentemente levando-o à Califórnia, onde passou outro ano em internamento. Enquanto ficou no sanatório, os seus pais tentaram "reformar" a sua visão política, ameaçando transferi-lo definitivamente para um asilo. Willian  declarou-se  socialista!

Mas a ligação entre Sidis e Foley acabou após ambos se terem  mudado para Nova York. Pouco depois, ela casou-se com outro homem. Em seguida, Sidis, ficou cada vez mais recluso, deixando de ver o seu pai e de frequentar eventos políticos.

Além das 40 línguas que falava, o gênio também escreveu vários artigos sobre história, governo, política, economia, antropologia, filologia, entre outros. Segundo Abraham Sperling, diretor do Instituto de Teste de Aptidões de Nova Iorque, William "tinha facilmente um QI entre 250 e 300 pontos”.

Ele passou os últimos anos de vida a trabalhar anonimamente como contador, trocou de emprego quando era reconhecido como ex-criança-prodígio. Morreu a 17 de julho de 1944, aos 46 anos de idade, de uma embolia cerebral. Da mesma maneira, que o seu pai faleceu em 1923, aos 56 anos.  Atualmente, o seu corpo está sepultado no Cemitério do Sul, em Nova Hampshire nos Estados Unidos.

 Uma semana depois, quando as autoridades descobriram o corpo, encontram um único pertence mais pessoal em sua carteira: uma foto amassada de Martha Foley.

(Foto,William James Sidis quando se formou em Harvard, 1916)

Pseudônimo(s): John W. Shattuck, Frank Folupa,  Parker Greene,  Jacob Marmor

Nacionalidade        Estados Unidos estadunidense

Alma mater: Universidade Rice Harvard Law School, Universidade Harvard

Ocupação: Matemático, Antropólogo, Historiador, Linguista, Inventor, Escritor, Médico, Psicólogo, Advogado, Ativista pela paz.

Empregador:  Universidade Rice

Magnum opus: The Animate and the Inanimate (1925), The Tribes and the States (c.1935)

Fonte: https://super.abril.com.br/

Texto/autor: desconhecido

Fotos da Net



quinta-feira, 8 de março de 2007

Estradas Romanas

 Por que os romanos antigos construíram tantas estradas retas?

Nem todos devem ter notado, mas quando olhamos mais de perto descobrimos que a maioria das antigas estradas romanas são retas. Algumas dessas estradas têm curvas ou curvas, mas a maioria das estradas na Europa construídas por romanos antigos são retas e há uma razão para isso.

Os romanos antigos não construíam estradas que deveriam ser usadas por pessoas comuns.

A Via Munita, eram estradas construídas regularmente, pavimentadas com blocos retangulares de pedra local ou com blocos poligonais de lava. Estes tipos de estradas foram construídas para serem usadas por unidades do exército e funcionários do governo. Apenas pessoas com um passe especial foram autorizadas a usá-las. O motivo era a necessidade de velocidade. Quando os exércitos tiveram que ser movidos ou os funcionários tiveram que lidar com emergências, a velocidade era de grande importância.

Todos os outros tiveram que processar usar rastros de terra locais. Colinas e vales íngremes não afetaram a retidão da Via Munita. Estradas romanas antigas foram direto para as encostas e o homem marchando era esperado seguir a estrada e descansar no topo da colina antes de seguir em frente.

A partir de aproximadamente 450 a.C., as Leis das Doze Tabelas especificaram que uma estrada deve ter 2 metros de largura, onde reta e 16 pés onde curvada. As práticas reais da lei ocasionalmente variavam a partir deste padrão.

No auge do desenvolvimento de Roma, nada menos que 29 grandes rodovias militares irradiaram da capital, e as 113 províncias do falecido Império foram interligadas por 372 grandes estradas.

O todo compreendeu mais de 400.000 quilômetros de estradas, das quais mais de 80.500 quilômetros foram pavimentadas em pedra. Muitas estradas romanas sobreviveram por milênios. Os romanos antigos certamente sabiam como construir edifícios e estradas que duravam muito tempo.

Fonte:https://fatocuriosos.club/por-que-os-romanos-antigos-construiramtantasestradasretas/?fbclid=IwAR0epSBj03odwMEtx66aBEFnjZtkpymgkiuiHQzFWBbWsV0TB99mFpa

Texto: ancientpages 

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quarta-feira, 7 de março de 2007

Maria da Fonte

Pela Santa Liberdade – A Maria da Fonte foi grito de revolta do povo e arma de arremesso na luta pelo poder.

Uma boa medida para defender a saúde pública acendeu o rastilho de uma revolta que, a partir do Minho, incendiou todo o Norte de Portugal, fez cair sucessivos governos e deu origem a uma guerra civil que só acabou com a intervenção de exércitos estrangeiros. Os ódios políticos chegaram a por em causa a honra de D. Maria II, acusada em alguns jornais – em Portugal e Inglaterra – de ser amante do ministro Costa Cabral.

(Maria da Fonte)

O temido jornalista e líder revolucionário Rodrigues Sampaio traçou a fronteira entre oposição e canalhice: “O paço dos nossos reis é um foco de corrupção política, mas não é de corrupção moral.”

Em Abril de 1846 Lisboa assustou-se com as notícias de um levantamento popular no Minho. Os incidentes tinham começado a 19 de março, no Lugar de Santo André de Frades, concelho de Póvoa do Lanhoso. Quando o pároco se preparava para fazer o funeral a uma mulher no cemitério local – em obediência ao decreto de 26 de Novembro do ano anterior, conhecido como “lei da saúde”, que proibia os enterros nas igrejas, para evitar focos de epidemias -, um grupo de mulheres armadas de chuços e foices roçadoras obrigou-o a cumprir a tradição, sepultando a morta no interior do templo.

Nos dias seguintes, outros funerais foram interrompidos da mesma maneira até que o administrador de Póvoa de Lanhoso mandou prender três mulheres da aldeia de Fonte de Arcada, onde morava a que fora apontada como a cabecilha das desordens: uma tal Maria da Fonte. Quando as três detidas estavam a ser levadas para a sede do concelho, saiu ao caminho um grupo de vizinhas que pôs em fuga os polícias e libertou-as.

(Costa Cabral)

Ao longo do mês de Abril, os distúrbios multiplicaram-se. Os funcionários do fisco que andavam pela região a fazer inquéritos para determinar o imposto a pagar pelos moradores tornaram-se no alvo preferido dos bandos armados. Quando as notícias chegaram ao Porto e a Lisboa, davam conta de uma rebelião que se estendia do Minho a Trás-os -Montes, chefiada por Maria da Fonte, que encabeçava as insurrectas armada com duas pistolas.

A revolta das minhotas foi o pretexto ideal para juntar os inimigos do Governo autoritário de Costa Cabral, chefe do partido cartista, que representava a direita moderada. Não por acaso, os chefes das guerrilhas que fizeram frente às tropas enviadas pelo Governo eram padres, como Casimiro José Vieira (imortalizado pelo seu seguidor e cronista Camilo Castelo Branco), saudosistas do absolutismo do Rei D. Miguel.

(D. Maria II)

Aos miguelistas juntaram-se os setembristas (a esquerda radical do regime) e até cartistas descontentes, numa aliança contranatura cimentada pela oposição a Costa Cabral. Este, a 20 de Abril de 1846, pediu e obteve suspensão das garantias constitucionais e enviou ao Porto o seu irmão José, ministro da Justiça, com plenos poderes para esmagar a revolta.

O rei do Norte, como lhe chamavam os adversários, lançou uma campanha repressiva, mas falhou o objectivo. A situação agravou-se em todo o país e a Rainha D. Maria II acabou por ser obrigada a demitir o Governo e a mandar os Cabrais para o Exílio em Espanha (20 de Maio).

(Tropas dirigidas por José Cabral aplicam vergastadas a um popular durante a Patuleia)

As disputas entre os novos senhores do poder – os Duques de Palmela, Terceira e Saldanha – não tardaram. Ingovernável, o país mergulhou na Guerra Civil que ficou conhecida como Patuleia) da “pata ao léu”, pés nus dos camponeses), entre Outubro de 1846 e Junho de 1847. Os revoltosos chegaram a dominar todo o Norte de Portugal e só depuseram as armas depois da intervenção militar espanhola e inglesa. Costa Cabral regressou ao poder pouco depois, o que deu origem a nova instabilidade política que só terminou em 1851, com a Regeneração.

(Póvoa de Lanhoso oferece estátua a Maria da Fonte)

A Maria da Fonte ficaria na memória pela lenda e por várias evocações artísticas. A maestro Ângelo Frondoni compôs uma marcha, a Maria da Fonte ou a do Minho, que viria a ser o hino do Partido Progressista (que reuniu os herdeiros do setembrismo e da patuleia). O refrão cantava: Eia avante, portugueses/Eia avante não temer / Pela santa Liberdade/ Triunfar ou perecer!

Fonte: Revista Notícias Sábado

Texto/autor: João Ferreira

Fotos da Net



terça-feira, 6 de março de 2007

"Doenças da Moda"

Doenças da “Moda”!

Aposte nos alimentos certos e previna-se

Foi, recentemente, lançado um programa de aconselhamento nutricional, denominado Ecoclinic, que tem por objectivo ensinar a comer melhor e partilhar dicas de alimentação que possam ser implementadas em casa ou quando se come fora. Dar alternativas aos diabéticos, que têm de evitar o açúcar e ajudar os hipertensos a fugirem ao sal escondido nos alimentos, são apenas duas das inúmeras vantagens deste programa. Conheça outras…

Problemas do Coração – Dicas para um músculo saudável!

Existem dois conselhos muito importantes para reduzir o risco de sofrer de doenças cardiovasculares (colesterol elevado, enfarte, trombose e hipertensão):

1 Diminuir ao máximo o consumo das fontes alimentares de gorduras saturadas e de colesterol, como carne de vaca ou de porco, ovos, manteiga, queijos e gelados.

2 Substituir as gorduras saturadas de origem animal (manteiga, toucinho, etc.) por óleos vegetais polinsaturados, como o azeite, os de girassol, soja e grainha da uva.

Além desses conselhos simples, recomenda-se a quem deseja ter o coração saudável;

1 Comer, pelo menos, três peças de fruta por dia;

2 Ingerir diariamente, no mínimo, um prato de salada fresca temperada com azeite;

3 Preferir a massa e o pão integrais ao pão branco e massas refinadas;

4 Reduzir o sal, o açúcar, o tabaco e o café;

5 Fazer uma marcha de 40 minutos, três vezes por semana.

Próstata -Tomate alivia o incómodo

A hipertrofia da próstata caracteriza-se por um crescimento excessivo do órgão em questão e, normalmente, afecta os homens com mais de 50 anos. Quando o seu tamanho é superior ao normal, comprime a uretra, que atravessa o interior da glândula, e dificulta a micção. Certos alimentos podem atrasar ou aliviar a hipertrofia desta glândula, como o tomate, a soja e os alimentos ricos em zinco e selénio. Existem outros alimentos que irritam as vias urinárias e as agravam, tais como as especiarias e o café.

Boa Memória – Ingira Cereais Integrais

As pessoas que diariamente, realizam um trabalho intelectual intenso, apresentam maior necessidade de certos nutrientes. Os alimentos que melhor satisfazem essas necessidades são os cereais integrais (especialmente a aveia) e os frutos secos e oleaginosos (nozes e amêndoas). Inclua-os na alimentação e tenha uma memória de “elefante”.

Stress e Depressão – Frutas Secos contra Nervos

As vitaminas do grupo B são as que mais influem no bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso no seu conjunto. A carência de vitamina B1, por exemplo, produz irritabilidade nervosa e depressão, e a B6, nervosismo e fadiga. Por isso, é aconselhável ingerir frutos secos, tais como a amêndoa e a noz, entre outros.

Menopausa – Alie-se à Soja

A menopausa e as perturbações menstruais são caracterizadas por uma grande retenção de líquidos e mudanças de humor. Embora sejam de causas orgânicas ou de tipo hormonal, uma alimentação sã pode contribuir para evitá-las. A soja e os seus derivados, assim como outras leguminosas, contém substâncias chamadas fitoestrogénios, que podem ajudar a regular o ciclo ou a atenuar os sintomas da menopausa. Por outro lado, uma alimentação artificial, á base de produtos refinados, agrava.

Osteoporose – Evite perda de Cálcio

Convém recordar que na prevenção da osteoporose, é tão importante ingerir muito cálcio como evitar que ele se perca com a urina. O excesso de proteínas e de sal, como aconteceu no tipo de alimentação ocidental, e o consumo de café favorecem a perda urinária de cálcio.

Diabetes – Dieta para toda a vida!

Para evitar as complicações desta patologia, é preciso seguir um tratamento dietético adequado, com um controlo frequente do nível da glucose no sangue. As pessoas diabéticas devem ser muito constantes e cuidadosas no que respeita á alimentação durante toda a vida. Os nutrientes, cujo consumo se recomenda que seja aumentado (leguminosas, verduras, cereais integrais, fruta e abacate), contribuem significativamente para o controlo da diabetes e para evitar as complicações inerentes á doença. O ideal é requerer uma planificação feita por um especialista. Por outro lado, convém reduzir ou eliminar o consumo de açúcares, bolos refinados, mel, gordura saturada, chocolate e marisco.

Fonte: Revista Maria

Texto/autor: Desconhecido

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