domingo, 19 de abril de 2020

Tio Patinhas


O pato mais rico do mundo



Criado por um dos cartoonistas mais importantes da Disney, Carl Barks, O Tio Patinhas nasceu no ano de 1867 em Glasgow, na escócia. Rapaz pobre o seu trabalho de estreia foi aos 10 anos de idade como engraxador, onde ganhou a sua primeira moeda de 10 centavos. Essa moeda, mais tarde viria a tornar-se na sua famosa moedinha número 1, o seu amuleto da sorte.
Três anos depois, partiu para a América, onde tem a sorte de encontrar uma pedra dourada – a sua rampa para a fortuna. Em 1902, chega a Patópolis. E apesar das desavenças com os irmãos Metralha, os seus maiores inimigos, e com o Presidente Roosevelt, consegue derrubar o velho Forte de Patópolis e erguer a famosa caixa-forte. 


Nos anos seguintes, aquele que viria a ser o pato mais rico do mundo viaja pelo mundo fora para fazer aumentar a sua fortuna.
Quando em 1930 volta a Patópolis, já perdeu a conta ao dinheiro que tem em seu poder. No entanto, tornara-se também num pato duro e hostil, acabando por ser abandonado pela própria família. Em 1942 aposenta-se e troca o seu império por uma mansão. Passados cinco anos reencontra-se com Donald, Huguinho, Zezinho, e Luizinho, seus sobrinhos. Fazem as pazes e a partir daí vivem juntos grandes aventuras sempre acompanhadas de muitos cifrões.


Fonte: Revista Domingo Magazine /Correio da Manhã
Fotos da net
© Carlos Coelho

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Convento de Nossa Senhora do Desterro (Monchique)



O Convento de Nossa Senhora do Desterro é um antigo convento dos frades da Terceira Ordem Regular de São Francisco, localizado no concelho de Monchique, no distrito de Faro, em Portugal. Foi fundado em 1631, e apresenta uma arquitetura no estilo Manuelino. O edifício foi gravemente danificado pelo Sismo de 1755, tendo depois sido reconstruído. Posteriormente foi expropriado e dividido em várias parcelas, tendo sido algum tempo depois abandonado, chegando a um avançado estado de ruína. O complexo do Convento incluía igualmente uma magnólia monumental, que foi classificada em 1947, mas que acabou por morrer em 2016.




O convento está situado no alto de um cerro, junto à vila de Monchique, possuindo acesso por um arruamento denominado de Caminho do Convento. O convento situa-se num local arborizado, de onde se desfruta de um amplo panorama sobre a vila de Monchique.

Arquitetura e composição




O edifício do convento foi construído no estilo Manuelino. Tem uma forma de quadrilátero, cuja zona oriental era ocupada pelo primeiro átrio, onde foi instalado um brasão de armas da família Silva, e pela nave da igreja e capela-mor. O átrio era denominado de portaria, sendo utilizado, segundo uma tradição local, para oferecer alimento aos pobres da vila.
A face Norte era composta por uma antiga sacristia e uma capela, enquanto que a área Sul era formada por outras celas, e a fachada da igreja com a sua torre. O lado poente consistia na frente da mesma capela e por diversas celas, sendo também aí situado o refeitório e outra entrada do convento. 


Junto aos lados do refeitório situavam-se as mesas para os frades, enquanto que ao fundo existia uma mesa mais pequena, provavelmente para o superior do convento e outros membros importantes. A parede por detrás desta mesa estava decorada com um painel de azulejos, representando o quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci.


No canto esquerdo da sala, junto à entrada, estava situado um púlpito para a leitura, enquanto que no lado direito localizava-se a cozinha. No espaço central do edifício situava-se o claustro, rodeado por uma arcada com corredor, decorado como painéis de azulejos representando cruzes da Via Sacra. Na face Sul do claustro estava a entrada para a casa mortuária. O convento estava dedicado a Nossa Senhora do Desterro, cuja imagem foi guardada na Ermida de São Sebastião.


O complexo do convento incluía igualmente uma quinta, onde se situa a Fonte dos Passarinhos, que já esteve decorada com azulejos representando aves. 


Nesta quinta também estava situada uma magnólia, que de acordo com a tradição, foi levada da Índia pelo fundador do convento, e que foi classificada como de Interesse Público em 1947. A árvore, que chegou a ser a maior magnólia da Europa, foi considerada um dos ex-Libris do concelho de Monchique. 


Na altura do seu falecimento, tinha um tronco com 5,58 m de perímetro à altura de 1,30 m, uma copa com cerca de 30 m de diâmetro, e uma altura de 27 m, tendo a sua idade sido calculada em mais de 200 anos.



História

o convento foi fundado no ano de 1631 por Pero da Silva, que ocupou depois a função de Vice-Rei da Índia. O convento pertencia à Franciscanos Terceiros. A sua criação está ligada a uma lenda, na qual dois mareantes que estavam em perigo no oceano fizeram uma promessa de construir uma igreja na primeira povoação em território português que vissem à chegada. Segundo a mesma lenda, um dos navegantes trazia consigo uma pequena imagem de Nossa Senhora em marfim, oriunda da Índia, que após o seu falecimento foi venerada como relíquia pelos frades do convento. Durante uma tempestade em 1834, um dos frades teria levado a imagem dentro do hábito, tendo sido entregue a uma senhora para a guardar.




O edifício foi destruído pelo Sismo de 1755, tendo sido depois reconstruído. Foi encerrado em 1834, no âmbito do processo de extinção das ordens religiosas em Portugal, tendo sido nacionalizado e vendido em hasta pública em 1842. Foi vendido em frações a vários proprietários, passando a ter uma utilização residencial. Posteriormente o complexo foi abandonado, tendo chegado a um avançado estado de ruína.


Em 1911, João Ribeiro Cristino da Silva relatou, num artigo da revista O Occidente, que a igreja do convento já se encontrava parcialmente arruinada. 


Em 1915 terá sido feita a primeira referência à magnólia, no Boletim Trimestral da Associação Protetora da Árvore, onde foi relatado que «a soberba Magnólia de Monchique que representa a melhor árvore, do género, de que por enquanto temos conhecimento.». Em 1947, a magnólia foi classificada como de Interesse Público pelo Diário do Governo n.º 105, Série II, de 8 de Maio.
Durante a Década de 1970, o convento, então já em ruínas, foi ocupado por várias pessoas de baixos recursos, incluindo um casal que assinou um contrato com os proprietários para o arrendamento do edifício. Em 1983, a autarquia iniciou o processo para a aquisição dos terrenos do convento, tendo dois anos depois conseguido já obter várias partes do edifício. Em 2003, foi aberto o concurso público internacional para a realização de obras de recuperação no edifício do convento, e em 2004 o projeto foi autorizado pelo Instituto Português do Património Arquitetónico, no valor de cerca de cinco milhões de Euros. Em 2007, as antigas instalações do convento estavam ocupadas por uma família de sete indivíduos, que tinham montado estruturas para animais domésticos no claustro.
A magnólia morreu em 2016, após um período de doença de cerca de dez anos. Em Março de 2017, a autarquia organizou uma iniciativa em sua memória, no âmbito do Dia da Árvore, que incluiu a plantação de dez magnólias por crianças, seis no local da antiga árvore, duas na Escola EB 23 Manuel do Nascimento e outras duas na Quinta da Vila, junto às Piscinas Municipais. Em 29 de Abril desse ano, a Vicentina - Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste organizou uma peça teatral no convento, no âmbito do programa Momentos Fantásticos com o Património – Sítios com história. Também em 2017, a autarquia de Monchique estava a preparar a aquisição do convento, devido ao seu valor histórico e ao estado de ruína em que se encontrava. Este processo foi complicado devido ao grande número de proprietários, tendo o presidente da Câmara Municipal, Rui André, explicado que a autarquia estava a propor a compra das partes cujos donos eram conhecidos, enquanto que as restantes porções seriam expropriadas. O fim destas obras seria reabilitar o edifício, de forma a garantir a segurança dos visitantes, e a possibilitar a organização de eventos culturais ou religiosos na antiga igreja. O passo seguinte seria a instalação de um ou hotel ou pousada de luxo que aproveitaria parcialmente o convento e os terrenos em redor. O projeto aprovado em 2004 incluía a instalação de 28 camas em 24 quartos, dois dos quais em suite e outros dois preparados para mobilidade reduzida. No piso térreo seriam instaladas uma receção, um espaço para o culto religioso e outro para a sacristia, duas salas de estar de dimensões diferentes, sendo a maior ligada à sala para refeições para hóspedes, uma cozinha, instalações sanitárias e uma sala de refeições para funcionários. No primeiro andar estaria a entrada principal, uma receção com sala de estar, um escritório para a administração, treze quartos duplos, uma suite e um quarto para deficientes, e um espaço para vários serviços. O segundo andar seria ocupado por sete quartos, uma sala de estar com bar, e a copa de piso. Os terrenos em redor do convento também seriam recuperados, incluindo os tanques e a emblemática Fonte dos Passarinhos, e seria instalada uma piscina, um espaço técnico e instalações sanitárias. Nesta altura, também tinha sido criada uma petição pública para a recuperação do convento e alojar a família residente no seu interior, mas falhou em obter apoio suficiente para este empreendimento.


Durante o Incêndio de Monchique de 2018, o edifício esteve ameaçado pelas chamas, tendo sido salvo devido à intervenção dos filhos do casal, apesar da imprensa ter anunciado que o convento tinha sido destruído.

Foto: net
© Carlos Coelho

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Novo Coronavírus


O que se sabe

Surgiu na China e alastrou a outros países


Este novo vírus que está a deixar o mundo em alerta, debilita o sistema imunitário e pode causar infeções potencialmente mortais.



A pneumonia viral que começou na cidade de Wuhan, na China, no final do ano passado e que conta com mais de 140 casos de infeção, colocou as autoridades em alerta. A Organização Mundial de Saúde já avisou que o vírus pode alastrar-se a outros países e apesar das autoridades continuarem a garantir que as possibilidades de transmissão de humano para humano são muito limitadas, com três casos confirmados fora da China – Tailândia Coreia do Sul e Japão -, isso tornou-se motivo para preocupação, o que pode significar que um surto internacional da doença está próximo.

Atenção aos sintomas



Esta pneumonia é causada pelo chamado coronavírus, um grupo de vírus que causam infeções respiratórias em seres humanos e animais e são transmitidos por via aérea (através da tosse ou espirros) ou contacto físico. Alguns destes vírus resultam apenas numa constipação, enquanto outros podem gerar doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia atípica. Os sinais clínicos relatados pelos doentes são febre, dificuldades respiratórias e dores musculares e as autoridades de saúde já avisaram que todos os cidadãos devem estar atentos a estes sintomas.

Como se prevenir

Em Portugal, a Direcção Geral de Saúde emitiu um comunicado com cuidados para quem viajar para a zona asiática.
- Lavar frequentemente as mãos;
-Evitar contacto com animais e pessoas com infecções respiratórias agudas;
- Tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
- Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir.

Fonte: Revista Maria
Foto: net
© Carlos Coelho

terça-feira, 12 de junho de 2018

Ciência

Sapos anunciam sismos?


O Êxodo de sapos da região de Abruzzo, em Itália, onde a terra tremeu destruindo boa parte da cidade de Áquila, leva os cientistas a reforçarem a ideia de que os animais têm formas de predizer a ocorrência de tremores de terra. Até agora, estudos com várias espécies (cães, vacas, raposas e até peixes) registam algum tipo de comportamento estranho antes dos abalos, mas uma investigadora britânica deu conta do sumiço dos sapos de uma colónia que estudava, cinco dias antes do sismo – 96por cento dos machos fugiram cinco dias antes e três dias antes do abalo não restava nenhum.

Fonte: Revista Notícias Sábado

Autor: LM.

Fotos da Net

©CarlosCoelho

sábado, 5 de maio de 2018

Shakespeare

Shakespeare existiu!

 


Escreveu William Shakespeare as obras que lhe são atribuídas? Ou pior ainda: Shakespeare existiu? Mark Twain, Henry James ou Freud, entre outros, chegaram a pôr em dúvida que tivesse havido um só autor para todas as obras de Shakespeare. Se os cépticos continuam a fazer-se ouvir, há quem os desminta com base na investigação histórica. É o caso do norte-americano James Shapiro, Professor da Universidade de Columbia, que considera que as dúvidas sobre a existência do autor, filho de um comerciante, que só surgiram dois séculos após a sua morte, mas não sã do que a prova de preconceito cultural e snobismo.

Fonte: Revista Notícias Sábado

Autor: J.A.S

Foto da Net

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sexta-feira, 2 de março de 2018

Morte

Morrer Islâmico

No médio Oriente é difícil morrer sozinho. O Médico, em viagem, descobre uma cultura feita de rituais diferentes, rigorosos e sem pressas.

 

(Cemitério muçulmano de Sidi el Mezri em Monastir Tunísia)

A morte é parte da vida. Uma parte da vida tão difícil de aceitar quanto mais sofisticada é a cultura e que se morre. Se alguns povos celebram a morte como um renascimento, outros são os que a choram perpetuamente inumando as suas vidas em roupa negra e cemitérios solitários. Hábitos e culturas diferentes. Nascemos a gritar no meio de muita gente. Todos se preparam para nos receber em festa. Quando morremos, muitas vezes fazemo-lo sozinhos, sem que ninguém se aperceba em silêncio.

No médio Oriente é difícil morrer sozinho. Só existe um tipo de família: aquela em que todos partilham o mesmo chão, a mesma refeição, o mesmo quotidiano, o mesmo tempo. Quando o fim se anuncia, há sempre tempo. Tempo para pegar numa mão, para beijar uma face. Tempo para trocar as últimas palavras de afecto. Tempo para começar a construção da memória, essa vida eterna que nos assiste.

A morte anuncia-se discretamente e tudo deve ser executado segundo esta regra. O ritmo acelera. Há pouco tempo para preparar o enterro. Todo o processo será feito com rigor mas rapidamente. Inicia-se a lavagem do corpo. Homens lavam mulheres e mulheres lavam mulheres. Crianças com menos de oito anos de idade podem ser lavadas por ambos os sexos. Depois de colocar o corpo num estrado elevado, circula-se à sua volte três, cinco ou sete vezes queimando incenso. É chegado o momento de lavar o corpo três vezes. Se estiver limpo não é necessário lavar outra vez. No entanto, se o corpo ainda não estiver conforme o estabelecido deve continuar a ser lavado sempre em número ímpar de vezes. Se à sexta lavagem já estiver pronto, uma sétima lavagem será executada.

A água deve ser fria, a não ser que o tempo não o permita ou o corpo demasiado sujo. Pode-se perfumar as partes do corpo que contactam com o chão durante a prostração.

O corpo correctamente lavado deve ser correctamente vestido. A escolha do vestuário é criteriosa. As roupas devem ser do próprio mas, se não existir roupa digna, é da responsabilidade do seu representante legal providenciar o traje. O cadáver só está autorizado a vestir aquilo que lhe era permitido em vida. Seda pura tingida com açafrão ou bordados com ouro são estritamente proibidos aos homens. São igualmente proibidos versos do Corão no vestido, roupa excessivamente cara ou escolhida em vida para o efeito. Deseja-se roupa branca, a estrear ou usada, simples. A oração pode ser feita em casa, na mesquita ou no cemitério, mas obedece a uma fórmula obriga ao seu reinício. O corpo é colocado diante dos crentes com a cabeça do lado direito. Uma pessoa falecida deve ser sempre acompanhada até ao local do seu enterro. Se o cortejo se fizer a pé, toda a gente segue à frente do caixão. Uma mulher só é autorizada a seguir atrás do caixão caso se trate do seu marido e apenas se se souber comportar dignamente. Chorar é permitido, mas manifestações exaltadas são completamente interditas. Disse o profeta Maomé: «Aquele que bate na sua cara, rasga a sua roupa ou chora os seus mortos como no tempo dos dias da ignorância não é um de nós.»

Fonte: Revista Única (Expresso)

Texto: Luís Mieiro

Fotos da Net

©CarlosCoelho

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Henrique VIII de Inglaterra

 O Rei Tirano


Obcecado por ter um filho varão, o monarca casou-se seis vezes, decapitou duas rainhas, rompeu com a Igreja Católica e fundou a sua própria religião.

Nomeação: Henrique tornou-se rei por acaso. A coroa pertencia ao seu irmão mais velho, Artur, que morreu precocemente, o que levou Henrique a ser nomeado e a casar-se com a cunhada.

Amor: O Rei Inglês teve seis mulheres e várias amantes. No entanto, o seu grande amor foi Ana Bolena, que o levou a divorciar-se da sua primeira mulher Catarina, e, consequentemente, a romper com a Igreja Católica. Porém, quando Ana o desiludiu por não lhe dar o tão esperado filho varão, ele mandou enforca-la.

Guerra: O segundo rei da dinastia Tudor procurou sempre a honra da guerra e na década de 50 invadiu a França.

Religião: Depois de romper com a Igreja Católica, devido ao seu divórcio, Henrique perseguiu o clero e fundou a Igreja Anglicana.

Físico: Henrique VIII recebeu o cognome de O Gordo. Quando morreu, a sua cintura tinha 137centímetros.

Sucessão: Apesar de ter um filho varão, Eduardo, foram as suas duas primeiras filhas, Maria I e Isabel I, que subiram ao trono.

1491 – Nasce Henrique, filho de Henrique VII e Elizabete de York.

1499 – O irmão mais velho de Henrique, Artur, Casa-se com Catarina de Aragão.

1502 – Artur morre.

1503 – Catarina de Aragão fica noiva de Henrique.

1509 – Henrique sobe ao trono após a morte do pai.

1525-1533 – O rei pede o divórcio, mas é recusado pelo Papa.

1533 – Henrique anula o seu casamento e é excomungado.

1534 – Henrique cria a Igreja Anglicana.

1536 – O rei apodera-se das propriedades da Igreja.

1547 – Henrique morre aos 55 anos.

As mulheres de Henrique VIII

Catarina de Aragão – (1509-1533)

Esteve grávida seis vezes, mas apenas Mary sobreviveu.

Ana Bolena (1533-1536)

Teve uma filha, Isabel, e abortou duas vezes.

Jane Saymour (1536-1537)

Deu o tão esperado varão a Henrique VIII Eduardo, mas morreu duas semanas após o parto.

Ana de Cleves (Jan a Jul. de 1540)

O casamento nunca chegou a ser consumado.

Catarina Howard (1540-1542)

Trinta anos mais nova do que o rei inglês, era estéril e foi enforcada por adultério.

Catarina Parr (1543-1547)

Cuidou de Henrique na velhice e morreu um ano depois dele.

 

Fonte: Revista Maria

Texto: Mónica Santos/Ronnie V.

Fotos da net

© Carlos Coelho

terça-feira, 7 de março de 2017

Índia

 Índia - Em busca do Império Vijayanagara


Tesouro incalculável, as ruínas da antiga Cidade de Hampi são dos destinos mais procurados do estado de Karnataka, no sul da Índia. Os seus 35º templos são a memória do esplendor de Vijayanagara, o maior império depois do mongol.



Já contávamos encontrar grandes surpresas na Índia. No entanto, Hampi, o imponente complexo de Templos históricos do sul do estado de Karnataka, superou as espectativas. Aqui não afloram vãs nostalgias daquele poderio distante ou da magnificência das suas construções, cenários de uma vida de ostentação e requinte. Pelo contrário, tudo é mais uma recordação imortalizada do distante esplendor indiano. Sentimos isso ao lado dos brâmanes e das belas mulheres de sari, cuja pele dourada contrasta com os tons turquesa brilhantes das fúchsias, os vermelhos e os azuis, como há mil anos. 


Frequentado principalmente por viajantes nacionais, o local é uma espécie de espelho no qual a grandeza desses tempos idos, do místico e do sagrado, dos ritos e histórias de séculos perdidos, fazem reviver pedras e pintura como se tudo estivesse a acontecer aqui e agora. “Like the painting, right? “, Pergunta Suri, o guia, que esconde um sorriso malicioso a cada paragem. 


Nestes templos, as origens reconstroem-se no presente. Os trajes antigos, as jóias falsas das adolescentes, as inúmeras vacas deambulantes e um elefante que entrega bênçãos de água parecem cenas tiradas dos quadros e estátuas de 1300.


Elefante santifica família

Partindo de Bangalore, a capital do Sul. Famosa por dominar o mercado mundial de software, em concorrência com a China e Estados Unidos, o encontro com o parque arqueológico exige que se percorra um caminho que se contorce ao ritmo do mudra (dança com as mãos). 

    
A estrada segue a sua melodia em cada aldeia por onde passamos, enquanto nos campos entre aldeias predominam os verdes dos campos de arroz, em plena época de colheita. Há também mulheres e meninas que caminham pelos bordos destes ressaltos em busca de um rio ou canal para lavar as roupas que levam á cabeça, em grandes tinas coloridas.

Hemakuta Hill 

Algumas horas depois, chegamos ao espectacular Royal Orchid, o hotel de cinco estrelas que nos introduzirá no esplendor asiático, nas massagens ayuevédicas e nos alimentos afrodisíacos, dando inicio a um turbilhão de contrastes difícil de acomodar na mente. The Sacred Center . O Centro Sagrado
The Sacred Center . O Centro Sagrado

Perto dali, a cidade vizinha de Hospet é a passagem intermédia para chegar ao destino: lá vamos nós, evitando as ultimas vacas a toque de buzina, uma habilidade demonstrada por Suri, também nosso motorista. Conduzirá o grupo durante vários dias para percorrer Karnataka, o diamante em bruto do sul da Índia, de Hampi é a estrela.

Virupaksha Temple ou Templo Pampapati

Meca turística da região e Património da Humanidade consagrado pela UNESCO na década de 1980, a reserva tem grande valor para arqueólogos e arquitectos de todo o mundo. Ainda hoje é preservada e estudada pelo Archaeological Survey of Índia. Hampi foi a capital de quase toda a Índia austral, onde se fundou um dos reinos mais ricos da terra, o Império Vijayanagara, recordando entre outras coisas pelos seus comerciantes de diamantes.

Krishna Temple

Os seus 350 templos em ruínas, 83 deles recuperados e visitáveis, foram esculpidos até ao inimaginável, ornamentando-se cantos, ângulos, tetos e lugares que vemos apenas com o auxílio de uma lanterna, dando vida a cenas de dançarinos e músicos, de sexo e espiritualidade, de animais míticos e deuses virtuosos de mãos múltiplas. 

Lakshmi Narasimha Templo

Situa-se a sul de Hampi. Num único bloco de pedra com cerca de 6.7 m de altura foi esculpida a estátua de Narasimha. Narasimha (significa nas línguas locais meio-homem, meio leão-leão) é esta é uma das dez encarnações de Vishnu. A estátua foi recentemente restaurada. 

Em frente ao tempo está o famoso carro de pedra (Stone Charriot ou Kallina Ratha), um símbolo da perfeição artística do Império Vijayanagara. Não é um carro, como um nome sugere, mas sim um santuário construído em forma de um carro.


Stone Charriot ou Kallina Ratha

Todos vivem esculpidos na rocha. Não muito longe, logo que amanhece desperta um mundo que flutua entre o comércio e a vida religiosa quotidiana. Montam-se ali as tendas dos feirantes e arranca a venda de tecidos, alimentos e pós sagrados, bem como sabão e champô para quem quiser banhar no Rio Tungabhadra. Suri conta que por detrás da torre de Virupaksha, ao longe, o rio fornece imagens menos turísticas, mais rurais, onde os habitantes locais rezam e lavam as suas roupas. “Eu quero estar allí agora que nace el sol.

The King's Balance 

Esta estrutura, o Tulapurushandana, fica a sudoeste do templo Vittala. É composto por dois pilares esculpidos em granito, unidos por uma trave horizontal também de granito.

Podemos fazer muito bonitas imágenes”, explica em portunhol Fernando Quevedo, conhecido fotógrafo de O Globo e intrépido perseguidor de leões na savana africana. Claro que o seguimos. Em poucos minutos chegamos à costa e imediatamente somos surpreendidos por um desses rituais de que tanto tínhamos ouvido falar: algumas mães dão banho aos filhos, enquanto um elefante santifica com água da sua tromba a família de um bebé recém-nascido. Longos saris estão estendidos nas escadas e anciãos com metade do corpo debaixo de água agradecem aos céus, rodeados de templos que depressa ficam sob a fúria do sol escaldante. Uma autêntica porta aberta para a Índia milenária.



Ramachandra Temple ou Hazara Rama Temple 

O templo fica num pátio rectangular, com entradas viradas para o leste. Encontram-se vários relevos nas paredes internas e externas. O Templo pode ter sido exclusivamente para uso real.

O fim do Imperio Vijayanagara

Também chamada “Cidade da Vitória”, Hampi deu três gerações de chefes hindus durante dois séculos. No seu Centro Sagrado erguem-se os templos de Krishna e Achyuta Raya, assim como pinturas, gravuras, esculturas e estátuas sagradas. 


Lotus Mahal - (Palácio da Rainha)

Era um palácio para a rainha, que tem, entre outras coisas, tubos com água corrente. a sua construção foi posterior ao período Vijayanagara, mostrando esta estrutura influências islâmicas.

Uma destas chama especialmente a atenção: é Narasimha, divindade sulista de mãos virtuosas, a reencarnação do deus Vishnu em homem-leão. A ele e aos outros dois deuses centrais do hinduísmo, Brahma e Shiva, não pouparão honrarias os sacerdotes, brâmanes e pagadores de promessas. 


Pushkarani 

Também chamado Stepped Bath, ou Queen's Bath, era um projecto desenhado para banhos. Estes poços submersos foram criados para proporcionar alívio do calor durante o dia. Teria sido coberto quando a cidade era ocupada. 

Ali perto, no Centro Real, ergue-se o templo de Hazara Rama, os estábulos de pedra onde a rainha recolhia os elefantes., a piscina para festas e o seu incrível palácio. Mas é o templo Vitthala e o seu Palácio da Música que nos deixam fascinados. 


Elephant stables - Estábulo dos Elefantes

Este quadro mostra  a posição de soldados e comerciantes, uma amostra da prosperidade do Império

Era um conjunto de grandes estábulos, para abrigar os elefantes cerimoniais da casa real. a área na frente deles era um ponto de parada para os elefantes e para as tropas. esta estrutura mostra também a influência islâmica nas suas cúpulas e pórticos arqueados. o quartel dos guardas estavam localizados ao lado do estábulo dos elefantes.

Vittala Temple

Situado a nordeste de Hampi, em frente à vila de Anegondi, é um dos principais monumentos da cidade. É dedicado a Vittala, acredita-se que data do século 16. Uma das características notáveis do Templo Vittala são os pilares musicais. Cada um dos pilares que sustentam o telhado do templo principal é suportado por um pilar que representa um instrumento musical.

Pilares de Pedra no Templo de Vittala 

“Cada uma das colunas que aqui vêem foi construída com uma nota musical, do dó ao si. Think at the time… quando cada canto deste templo, iluminado pelas estrelas, soava segundo os golpes que os mestres da música davam com pequenos ferros em cada coluna. É nem mais nem menos que o triunfo da beleza, da arte e da mente, há séculos e séculos atrás.”, Pode ler-se. É uma maravilha musical esculpida à mão.

Mas tudo tem um fim, e o Império Vijayanagara e dos seus palácios foi em 1565. Apesar do seu grande poderio (o maior depois dos mongóis), os sultões muçulmanos do Decão aliaram-se e venceram-nos na batalha de Talikota, recorrendo a uma antiga prática de conquista e subjugação: a destruição imediata dos santuários e templos que hoje percorremos. Apesar de estarem em ruinas são muito visitados. 

Este Templo dedicado as Senhor Shiva foi construido muitos metros abaixo do nível do solo. Por esta razão, o Templo está alagado muitas vezes, limitando assim a entrada para as áreas interiores.


Underground Shiva Temple

Os vizinhos do Norte do país, os feirantes de Hospet e das aldeias limítrofes também rezam aqui como num templo activo. Descalçam-se como fazem em casa e dão inicio a manifestações com ofertas de frutas, juntando as mãos, fazendo movimentos circulares, inclinações e alguns cânticos, até que o ritual hindu lhes chegue à alma. Alguns sacerdotes distribuem água e cada um bebe-a na palma da sua mão, enquanto o fumo do sândalo em incenso vai subindo pelas colunas esculpidas e penetra nas pequenas cavidades dos deuses de pedra. O mundo aparente e o real, o que alimenta o corpo e a alma, são aqui a mesma coisa. A Índia sagrada mantém-se viva.

Fonte: Jornal Buenos Aires /http://ferias-paratodos.blogspot.pt
Texto/Autor: Paul Donadio/ http://ferias-paratodos.blogspot.pt
Tradutora: Aida Macedo
Fotos: Wikipedia /http://ferias-paratodos.blogspot.pt
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