quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

TOP 3 Ciência

1- DIETA HUMANA

Pensa-se que a alimentação teve um papel-chave na evolução humana. Uma equipa do Instituto Max Plank testou essa hipótese, usando ratinhos. Durante duas semanas, alimentou um grupo com a dieta dos chimpanzés e outro com comida da cantina do Instituto ou com fast food. No final, os fígados dos ratinhos exibiam diferenças genéticas iguais às existentes entre humanos e chimpanzés. Mas, no cérebro, não houve alterações.

(foto da net)

2- GENOMA DE LABORATÓRIO

Pela primeira vez, uma equipa de cientistas sintetizou artificialmente o genoma de um organismo-a bactéria Mycoplasma genitalium.A façanha é um passo importante para a criação de vida artifícial. A ideia é criar, em laboratório, microorganismos que possam ser usados para produzir biocombustíveis, sequestrar carbono ou limpar lixo tóxico.


3- CALÇADO ANCESTRAL

Os humanos já usavam calçado há 40 mil anos.Cientistas chegarama essa conclusão, depois de terem analisado os ossos dos pés de um esqueleto ancestral encontrado na gruta de Tianyuan (China). É que os sapatos alteram a forma dos dedos dos pés. E os dedos do homem de Tianyuan são semelhantes aos dos esquimós do Alasca, indicando que ele usaria regularmente calçado.

in Revista Visão

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O Enigma Gandhi

(foto da net)
Há 60 anos, o Mahatma foi morto a tiro em Deli, e a morte violenta fez ressaltar os seus ideais pacifistas.

Lançar um breve olhar a uma foto de Mohandas Gandhi (conhecido por Mahatma, "grande alma" em sânscrito) faz-nos de imediato pensar nos estranhos mecanismos que desenvolvem a força e comandam o poder.
Aquele homem franzino de cabeça calva e óculos redondos, enrolado em panos e frequentemente arrimado a um varapau, tornou-se uma das figuras mais conhecidas e respeitadas da História, inspiradora de pelo menos 5 mil livros de análise. Mais do que pela independência política da sua Índia natal,ele lutou pela interdepêndencia anglo-indiana voluntariamente assumida e fundada no amor.Defendeu que o uso da força não-violenta é a forma mais eficaz e digna de combater por uma causa. Recorria ao jejum pessoal para fazer vergar os opositores. Vestia-se com khadi, roupas simples de fabrico caseiro. Incorrupto e incorruptível, sempre recusou recompensas materiais ou cargos públicos. A certa altura decidiu ir viver para um ashram, uma comunidade religiosa hindu auto-suficiente. Era vegetariano e durante a maior parte da vida praticou o celibato, embora fosse casado desde os 13 anos com a inteligente mas submissa Kasthurba.
Nem todos saberão que era licenciado em Direito por Londres, que na juventude usara fato com colarinhos duros e que conhecia bem o Ocidente. Como se compreende, a Inglaterra imperial detestava-o e Churchill referia-se a ele como a « uma espécie de faquir seminú». Travaram uma luta de gigantes e venceu o mais forte. O seminú.
Alguns livros recentes, aparecidos na onda comercial do 60º aniversário da morte de Mahatma, apontam facetas consideradas bizarras da sua personalidade. Entre essas irreverências é apaontado o facto de ter comparecido de Khadi a uma recepção de Jorge V, no Palácio de Buckingham. Quando os jornalistas lhe perguntaram se tinha intenção de o fazer, respondeu que o rei haveria de vestir o suficiente para os dois.
Diz-se ainda que Kasthurba haveria de ser vitimada pela pneumonia por ele não ter consentido que lhe fossem administrados antibióticos. Que dormia com jovens às quais não tocava, só para testar o seu próprio auto-controlo. Que escreveu sobre as qualidades dos excrementos humanos na adubagem das terras. Que recomendou aos ingleses que combatessem Hitler de forma não-violenta, ou seja, com armas diferentes das do tresloucado ditador. Afinal, manifestações próprias de um espírito inquieto na incessante busca da natureza e da paz.
Mas o «pai» da moderna Índia será sempre recordado como o homem corajoso que além de ter lutado e obtido a independência, travou ainda uma das maiores batalhas pelos direitos humanos na África do Sul, onde viveu na juventude. Sonhou depois com um subcontinente unido onde convivessem hindus e muçulmanos, e aí falhou, pois o Raj britânico haveria de cindir-se em dois estados: a Índia e o Paquistão. Embora religioso, não era tradicionalista, tendo sabido extrair o melhor de cada uma das filosofias da vida que estudara, com relevo para o hinduísmo em que foi criado, para o ramo Krishna que o orientou, para o cristianismo (apreciava sobretudo o Sermão da Montanha) e para os príncipios básicos da teosofia de Annie Besant e Madame Blavatsky. Se estas últimas leituras lhe conferiram, aos olhos «politicamente correctos», uma tonalidade marginal, elas atestam uma personalidade livre de preconceitos. Foi ainda em liberdade de consciência que este filho de uma nação conservadora esgrimiu pelos direitos dos párias e pela igualdade das mulheres.
Antes de morrer teve tempo para pedir que não fizessem mal ao assassíno mas a justiça ignorou o apelo do mais incomum dos líderes e fez enforcar o autor dos disparos, um radical hindu que não perdoou a Ghandhi o facto de este ter ordenado o pagamento de dívidas ao Paquistão.

Por Luís Almeida Martins in Visão de 24 de janeiro de 2008

França pára testes nucleares


A França disse adeus há 12 anos aos testes nucleares, passando-os para os sofisticados laboratórios onde é possível criar os rebentamentos e os efeitos. Mas a despedida foi bombástica, despedaçando as entranhas dos atóis de Mururoa e Frangataufa, parte do seu pequeno império ultramarino da Polinésia. O chão tremeu, abalado por uma explosão equivalente a 120 mil toneladas de explosivos convencionais ou seis bombas como a lançada em Hiroxima, em 1945. A imagem de Paris também, com manifestações de protesto principalmente na Austrália, Nova Zelândia e outros estados do Pacífico. Desde 1992 que nenhum país, com excepção da China, realizara ensaios nucleares. Vasos de guerra franceses abalroaram barcos de organização ambientalista Greenpeace que tinham estado sem licença no perímetro dos ensaios. No fim, o Presidente Jacques Chirac disse que o teste tinha sido o último e que os próximos seriam por computador. A França arrumava o seu passado bombista depois de 193 explosões no Pacífico Sul, incluindo várias atmosféricas entre 1966 e 1974. Dotava-se de um sistema suficientemente eficaz para dissuadir ataques contra si, os amigos ou os interesses. Nos anos a seguir substituiu os silos terrestes por esquadras de submarinos equipados com mísseis M-51, de oito mil quilómetros de alcançe, capazes de levar até seis ogivas nucleares. mas deixava um atol sem alma e quase sem vida. E essencialmente maus exemplos.

in Jornal Publico de 29 de Janeiro de 2008

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Escrito na Pedra

"Os historiadores são como surdos que passam a vida a responder a perguntas que ninguém lhes fez."
Leon Tolstoi (escritor russo 1828-1910)
"Irmãos comecemos, pois até agora pouco pouco ou nada fizemos."
São Francisco de Assis (santo italiano 1181-1226)
"Os grandes artistas, sobretudo na literatura, sempre pensaram com o coração."
Douglas Sirk, realizador alemão (1897-1987)
"A inveja é a base da democracia."
Bertrand Russell (matemático e filósofo britânico (1872-1970)
"Ganhar uma guerra é tão desastroso como perder uma guerra."
Agatha Christie, escritora britânica (1890-1976)
"A inovação é o que distingue o líder do seguidor."
Steve Jobs, co-fundador e CEO da Apple Inc. (1955-)
"Como se pode governar um país que tem 246 espécies de queijo?"
Charles de Gaulle ( general e estadista françês (1890-1970)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Urgência em África

(foto da net)

Morrem 26 mil crianças por dia


Relatório da Unicef alerta para causas evitáveis


INFÂNCIA O relatório "A situação Mundial da Infância 2008: A Sobrevivência Infantil", da Unicef, revela dados impressionantes: mais de 26 mil crianças com menos de cinco anos morrem diáriamente em todo o Mundo, a maioria das quais por causas evitáveis. O documento, apresentado ontem em genebra, reúne dados da Unicef, da OMS e do Banco Mundial e assinala que apesar destes valores trágicos "o numero anual de mortes de crianças foi reduzido para metade, de cerca de 20 milhões em 1960 para 9,7 milhões em 2006".
O relatório refere que " mais de 80 por cento de todas as mortes de menores de cinco anos em 2006 ocorreram na África subsariana e no Sul da Ásia". A mortalidade nesta faixa etária está pior na Serra Leoa, com 270 mortes por cada 1000 nados-vivos, seguida de Angola, com 260 mortes e do Afeganistão, com 257.
Entre os factores agravantes da mortalidade estão causas neo-mortais (36%), pneumonias (19%), diarreias (17%), malária (8%). O relatório sublinha que , desde 1990, houve 61 países que reduziram a taxa de mortalidade infantil 50 por cento. E aponta casos exemplares: Maldivas, Timor-Leste, Nepal, Cabo Verde, Moçambique, etc. O documento refere a importância de medidas simples e de baixo custo, como o aleitamento materno, a imunização ou os suplementos de vitamina A. E aponta para o papel dos conflitos armados na deslocação de pessoas e insegurança alimentar.


PORTUGAL entre a HOLANDA e a SUÍÇA


A estatística publicada no relatório da Unicef coloca Portugal no pelotão dos 22 melhores do Mundo no ano que respeita à mortalidade infantil antes dos cinco anos, um indicador crítico do bem-estar infantil. Entre a Holanda e a Suíça, o nosso país encontra-se em 167º. do ranking que é liderado pela Suécia, em 189º lugar.

in Jornal O metro de 23/ 01/08 Editado por celia.pedroso@metroportugal.com


Anne Frank

Faltou um mês para dois anos, entre 1942 e 1944, tinha Anne 13 - 15. Foi acoitada, com a família, num sótão que deixou os seus pensamentos de criança para a posteridade. Fê-lo, naquele que viria a ser um dos diários mais lidos do mundo, senão mesmo o mais lido. O Diário de Anne Frank, onde nos fala do que "via" na rua. Via um castanheiro grande e robusto, o melhor dos confidentes, sempre ali, ao pé, de pé, a suavizar-lhe a solidão.


Árvore de Anne Frank escapa à serra eléctrica


As ávores morrem de pé. Com dignidade. Mesmo que tenham entre 150 e 170 anos, 27 toneladas e um fungo letal que lhe corrói os " ossos ". É o caso do Castanheiro de Anne Frank, bem no centro de Amesterdão - a árvore que a jovem Holandesa judia mirava, quando escondida, durante 25 meses, num sótão, com a família, para fugir à insanidade nazi (1939-45).
Podem aqueles troncos ser história? História? Podem. E assim o entendeu um grupo de empenhados cidadãos Holandeses, que , depois de a hipótese ser aventada em 2007, mobilizou esforços nacionais e internacionais para impedir a morte da árvore, com recurso à serra eléctrica.
Espécie de meu - dela- pé de laranja lima, ao qual tudo se desabafa, mas numa versão real e trágica (Anne acabaria por morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha), o castanheiro foi salvo in extremis. Ao contrário da sua menina, cujos dias alegrava, e que acabaria por morrer vítima de tifo.
Mantê-la viva durante, pelo menos, mais cinco, dez, 15 anos, no máximo, vai custar caro, mas não têm preço as palavras: «Quase todas as manhãs vou ao sótão tirar a poeira dos meus pulmões. Do meu lugar fovorito no chão, olho para o céu azul e o castanheiro desfolhado, em cujos galhos brilham pequenas gotas de chuva, como prata, vejo ainda gaivotas e outros pássaros que deslizam no vento. Enquanto isto existir, e quero viver para ver, estes raios de sol o céu azul - enquanto isto durar, não poderei ser infeliz.»
Custar caro significa o quê? Isto a sair dos bolsos da Fundação de Apoio à Árvore de Anne Frank: 50 mil euros para uma estrutura metal que manterá a árvore de pé; 20 mil euros para os cuidados necessários e outros dez mil anuais para a manutenção. Entretanto, várias amostras do castanheiro foram já retiradas, por forma a deixa-las crescer numa espécie de berçário, para o caso de ser imperiosa a substituição.
Concomitantemente, vão ser testados alguns medicamentos susceptíveis de matar o agente causador da infecção, que a deixou parcialmente podre.
Para este desfecho foi necessária a arbritagem legal. de um lado, ecologistas e guardadores de memórias, ecologistas ciosos; do outro, o proprietário, em cujo jardim a árvore se agigantou, temendo a queda e eventuais danos humanos e materiais; no meio, o doutro magistrado. Que, sensibilizado, decidiu: salvar-se!
Peter Dejong -AP
in Diário de Notícias 24/01/08

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Jennifer Lopez

(foto da net)

A cantora de origem portoriquenha JENNIFER LOPEZ considerou que " é duro andar durante dois anos todos os dias nas primeiras páginas dos jornais sensacionalistas", porque, "chegamos a esquecer-nos de quem realmente somos".
Em declarações à revista Bazaar deste mês, Jennifer confessa-se "muito protectora" em tudo o que diga respeito à sua vida privada, porque acha que estar contínuamente exposta ao escrutínio público " é muito destrutivo".
Jennifer, que se encontra grávida, refere que o seu marido Marc Anthony também defende essa privacidade. " Ele fez-me ver que se pode ser um artista, ter credibilidade e êxito sem que a vida fique exposta as vinte e quatro horas do dia".
Embora saiba que o filho que espera será objecto do interesse dos meios de comunicação social
quer reserva em relação á sua vida. No entanto, foi num concerto com Anthony, que ambos escolheram anunciar publicamente que iriam ser pais. Isto depois de, apesar de Lopez ter sido fotografada com sinais evidentes de gravidez, a notícia ter sido insistentemente desmentida.
A cantora entnde que o público queira ter informações sobre a sua vida privada, mas afirma que "os outros também têm de compreender que esta é a minha primeira gravidez". Trata-se da minha experiência pessoal e da do meu marido e queremos que seja só nossa durante algum tempo", explicou.


in Jornal DN de 11 de Janeiro de 2008

Britney Spears

(foto da net)
( In)confidência. Britney Spears zangou-se com PHIL McGRAW, depois de o mediático terapeuta ter revelado pormenores da visita que lhe fez quando estava internada, após ter ameaçado suicidar-se. " Britney necessita de intervenção medica urgente". disse McGraw no seu programa. " Foi convidado a título pessoal " a ajudar Britney", e não quer fazer desta questão um espectáculo mediático", respondeu o porta-voz da cantora.



in Jornal DN 11 de Janeiro de 2008

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A Rainha e a Corte

(foto da net)
ARETHA FRANKLIN é das figuras que vale a pena estudar com método. Por exemplo, abordando a obra por partes: O Gospel de Gospel Greats e as baladas de Love Songs são dois casos. Live At The Fillmore West mostra o pleno no Palco. Respect- The Very Best é uma colecção sem verbos de encher e Amazing Grace - Complete Recordings um capítulo incontornável na história dos espirituais.

ARETHA FRANKLIN,65 anosde vida, mais de 40 de carreira, 17 Grammies conquistados. Jewels In The Crow-All Star Duets with The Queen,felizmente não há, ao longo das 16 canções desta colectânea feliz, quem perca o sentido da realidade.
Estas jóias confirmam aquilo que já se sabia: que o registo vibrante de miss Franklin continua a ser uma maravilha da Natureza, agora ajudada pela experiência e pela alma de interprete.

in revista Sábado nº 193 de Janeiro de 2008