quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Francisco Bores


Francisco Bores Lopez nasce em 1898 em Madrid, onde frequenta a escola de Cecilio Pla, na qual conheceu Manuel Ángeles Ortiz, Cossío e Peiñado, com quem parte para Paris em 1925.

Nesse ano torna-se um nome consagrado, participando com uma sala individual na Exposição dos Artistas Ibéricos. Depois de fazer parte, desde 1923, do movimento ultraísta, forma, com Cossío e Hernando Viñes, o grupo da Escola de Paris.


Em 1940 muda-se para San Juan de Luz na companhia de Matisse. Em 1949 o MOMA adquire-lhe um quadro e em 1966 André Malraux nomeia-o Oficial da Ordem das Artes e Letras. No entanto, a Espanha só o reconhece em 1971, quando lhe faz a sua primeira retrospectiva em Madrid, um ano antes da sua morte, ocorrida em Paris.
 

Bores , um dos representantes da pintura espanhola do século XX, respeitado e condecorado em França durante muito tempo ignorado em Espanha. Inicialmente usuário de um léxico neoclássico, em Paris face a um novo conjunto de preocupações e pesquisas, enforma-se como um sintetizador das linguagens cubistas de Picasso e Matisse, cujos léxicos absorve.


Cria então uma linguagem própria, estruturada sobre um jogo cromático e temático claramente otimista e alegre. No convívio com a modernidade, Bores, detentor de uma sensibilidaede poética, tenta libertar o cubismo dos seus esquemas demasiado rígidos. Depois de uma viagem ao Midi, inicia o seu período “pintura-fruta”, como ele próprio o intitulava, conjugando o vigor construtivista com o desfrute sensorial da cor.
Fonte: Revista Caras
Por C@rlos@lmeida
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