Tem uma beleza exótica e um talento especial para encarnar heroínas trágicas. Depois de “O Último Imperador”, o telefone do agente da actriz não mais parou de tocar…
Foi em 1987, aquando da estreia mundial de O Último Imperador, que Joan Chen começou a dar nas vistas. Com John Lone, actor americano de descendência chinesa, na pele de Pu Yi, último Imperador da China, o realizador Bertolucci confiou a Joan Chen, nascida em Xangai e considerada aos 18 anos a melhor actriz chinesa, o principal papel feminino. Ao talento de Joan acrescia a beleza natural da jovem, então com 26 anos.Com efeito, o verdadeiro retrato de Wan Jung, recriado pela actriz, faz-nos penetrar na alma de uma mulher lindíssima, ligada a um trágico destino.
Para compor a personagem da imperatriz, a actriz estudou a fundo a figura de Wan Jung. Por fora, o figurinista britânico James Acheson criou as vestes sumptuosas (“fabricadas” na China) que realçam a figura delicada da actriz, transformando-a ao mesmo tempo na sensual imperatriz.
O Último Imperador foi o segundo filme internacional na carreira de Joan Chen. O primeiro chamou-se Taipan; conta-se que a actriz foi directamente abordada na rua pelo produtor-mor, Dino de Laurentiis, que a convidou para fazer o papel de May-May. Em terras de Hollywood – a actriz colheu, obviamente; Los Angeles para viver – a carreira de Joan Chen tem conhecido altos e baixos.
Em Televisão, Twin Peaks foi a série de culto que contou com a sua enigmática presença. Miami Vice conta-se entre as produções de televisão pelas quais a actriz teve uma passagem episódica.
No filme em Terra Selvagem, de e com Steven Seagal, a actriz dá replica ao popular actor especialista em fitas de acção e golpes de artes marciais. De Joan Chen, o que fica mesmo, num filme deste género, é a intensidade da presença. Realçada pela intensidade de um olhar a transbordar de Ásia por todos os ângulos.
Fonte: Revista TV GUIA de 17 de Maio de 1997
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