Uma teoria provada nos anos 70 foi pelo buraco abaixo. Quem ficou a
ganhar foi John Perskill, que ganhou a aposta contra o guru da Física, Stephen
Hawking.
Durante quase 30 anos, Stephen Hawking e John Preskill, ambos
físicos, mantiveram em aberto uma aposta referente aos buracos negros do
Universo. O primeiro afirmava que tudo o que entrava num buraco negro se perdia
para sempre. Já o segundo, insistia que essa perda seria impossível. Stephen
Hawking foi obrigado a dar o braço a torcer e diz que os buracos emitem
radiações que permitem descobrir o seu conteúdo. Esta nova teoria foi adiantada
pela revista New Scientist, e defendida por Hawking na Conferência sobre Relatividade Geral e
Gravidade, que decorreu em Dublin, Irlanda.
A maioria dos cientistas acreditavam até agora que tudo o que um
buraco negro engole nunca mais volta a ser visto. Em 1976 o professor de
Matemática demonstrou, segundo as regras da física quântica, que os buracos são
capazes de difundir energia. Apesar de – acreditava então – não terem fim. E
calculou que quando se formam começam a evaporar-se. É neste processo que
propagam e perdem energia e matéria.
Com esta “teoria da radiação de Hawking”, o matemático da
Universidade Britânica de Cambridge resolveu um dos principais enigmas da
física. Que é conhecido como o “paradoxo da informação”, e se refere ao futuro
da matéria que entra no buraco negro. Três décadas depois, Stephen Hawking
sustenta que os buracos negros não têm um horizonte bem definido que proteja o
seu conteúdo do mundo exterior. Os novos buracos de Hawking já não são aqueles
que engoliam tudo, mas os que emitem uma radiação permanente durante um longo
período de tempo. E finalmente, abrem-se para revelar toda a informação que
contém.
O que é um buraco negro?
Os buracos negros resultam da morte de estrelas com uma grande
massa. Ao chegarem ao fim da vida, o que acontece por terem consumido todo o
seu “combustível”, essas estrelas entram um colapso sobre si próprias e
tornam-se buracos negros.
Quem é Stephen Hawking
O físico nasceu a 8 de Janeiro de 1942, e é considerado um dos mais
brilhantes desde Einstein. O cientista inglês, professor na Universidade de
Cambridge, ensina matemática. A mesma cadeira que era leccionada por Isaac
Newton. Incapaz de falar, e paralisado devido a uma doença degenerativa
incurável, conhecida como Doença de Gehring, comunica através de três dedos.
Estes accionam um grande número de vocábulos registados e armazenados na
memória de um computador especial fixado na cadeira de rodas por ele concebida.
Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Lurdes de Matos
Fotos da net
CarlosCoelho