A Química do Post-it
O mais famoso inovador bloco de recados o mundo é um exemplo de como
um fracasso na investigação em química se pode tornar um sucesso e passar a
fazer parte da nossa vida quotidiana.
Estão espalhados por todo o lado, colados em portas, nos
computadores, nos frigoríficos, nos livros, e deixaram de ser apenas
quadradinhos de papel amarelo para ganharem muitas formas e muitas cores: são
os “Post-it”, os papelinhos que colam e descolam.
A sua história começa em 1968 com uma empresa química que encorajava
os seus funcionários a utilizarem 15% do seu tempo de trabalho para testarem
ideias inovadoras. Um dos funcionários, um engenheiro químico que trabalhava
com polímetros, tentou produzir uma cola mais forte do que as existentes
alterando as proporções na mistura de reagentes.
O que obteve foi um novo polímero adesivo que se organizava em
pequenas esferas sobre uma superfície – em vez de a cobrir uniforme-mente – e
que estava longe de ser uma cola forte: colava, mas descolava com a mesma
facilidade! E voltava a colar… e a descolar! Era interessante, era diferente… e
completamente inútil. Quem é que quer colar a asa de uma caneca com uma cola
que cola… e descola?
A cola falhada ficou sem uma aplicação realmente útil durante anos,
até alguém sugerir o uso em marcadores de livros. Mas o sucesso não foi
imediato, porque ninguém estava disposto a pagar por um montinho de papéis
amarelo canário de utilidade duvidosa. Em 1977, a empresa decidiu então
distribuir o produto gratuitamente, porta a porta na cidade americana de
Richmond, durante um ano.
O pequeno bilhete amarelo foi um sucesso; com mais de
90% dos utilizadores a afirmar que comprariam o produto. Em 1980, o Post-it
“amarelinho” foi oficialmente lançado nos Estados Unidos e, hoje em dia, é um
dos materiais de escritório mais vendido no mundo.
Um fracasso da química que veio facilitar o nosso dia-a-dia!
Fonte: www.aquimicadascoisas.org/ (adaptado)
Fotos da net
CarlosCoelho