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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Introdução ao Feng Shui


O Feng Shui é uma arte milenar chinesa usada em residências e locais de trabalho, com o intuito de os harmonizar com técnicas próprias. Hoje em dia, muitas empresas de renome mundial fazem uso do Feng Shui.

O que é o Feng Shui?


Trata-se de uma arte que, aos poucos, se está a transformar numa ciência. Praticada na China há cerca de cinco mil anos (alguns investigadores falam em três mil), o Feng Shui foi apresentado ao mundo ocidental praticamente no final do milénio, como um tipo novo de ciência do ano 2000.
Antídoto, ou talvez receita de sabedoria ambiental, o Feng Shui substituiu cientificamente a boa e velha intuição. Hoje em dia é encarado como um bálsamo pronto para ajudar as pessoas a preservarem o seu bem-estar físico e mental. Sim, porque o mundo moderno não nos regala apenas com as vantagens da tecnologia; também nos faz mergulhar num mar turbulento, repleto de preocupações de todos os tipos.
Os franceses, apesar de tão conservadores, já vêem o Feng Shui uma verdadeira ciência do meio ambiente. Os Norte-Americanos também adoptaram o Feng Shui, não apenas nas suas casas, mas também no ambiente de trabalho. Sabe-se que muitas empresas de grandes dimensões, como a Coca-Cola e a McDonald’s, por exemplo, já estão a fazer uso dos ensinamentos tauistas chineses nos seus edifícios funcionais, a fim de conseguirem um maior rendimento dos seus empregados. Para se ter uma ideia da força do Feng Shui, em Taiwan não existe uma só empresa que não seja montada e decorada segundo os preceitos dessa técnica milenar chinesa.
Os chineses sempre estiveram atentos à interacção entre o ser humano e a natureza. Por isso, são o povo que melhor entende a necessidade primordial de harmonia e equilíbrio como elementos essenciais de uma vida longa, com saúde, e abundante em riquezas materiais.

A Origem da expressão Feng Shui


A tradução literal de Feng Shui é «vento e água», nomes simples, no entanto com um significado que vai muito além do que imaginamos. O vento faz-nos lembrar o ar, elemento vital, sem o qual morreríamos. E a água remete-nos para o mais precioso líquido, sem o qual também não poderíamos viver por muito tempo. Na verdade nada é tão vital para nós como o ar e a água.
O nome original do Feng Shui parece ter sido Kun Yue (ou Cun Yi ou Cun Yu). Ninguém, até hoje sabe ao certo.
Um investigador Chinês diz que o nome foi modificado porque certas disciplinas populares do Fang Shih (tais como o Feng Qiao) estabeleceram um modelo para os praticantes. E Feng Shui era bastante mais fácil de pronunciar.
Os chineses interpretam o Feng Shui como sendo a ciência da terra, mas não através do seu significado literal. Em português, poderíamos dizer geomancia, desta vez pelo significado literal: profecia da terra – uma técnica divinatória que não tem quase nada a ver com o Feng Shui.

Hoje em dia, devemos muito ao grande sábio Leo Tsé, que codificou esses ensinamentos – isto há cerca de três mil anos. Assim sendo temos acesso a muitos recursos para viver melhor. Estes são bem conhecidos até pelos ocidentais: a acupunctura, o Tai Chi Chuan, a fitoterapia, entre outros. Ultimamente, também o Feng Shui. Tudo isso tem origem na religião e na filosofia tauistas da China de há milhares de anos.


O Feng Shui faz uso de análises meteorológicas, geológicas e, é claro, astrológica, com o objectivo de amenizar a falta de energia positiva em alguns ambientes e de os deixar em condições propícias à vida. Sim, porque à medida que a energia é correctamente distribuída pelos objectos que bloqueiam as vibrações nefastas e que o espaço é utilizado de forma adequada, pode-se ter uma energia a fluir positivamente. Graças a isso, consegue-se tirar melhor proveito do caminho, com rectidão.
Como já foi dito, Feng significa vento e Shui água. Juntos, esses elementos constituem os fluxos de energia que transitam pela natureza.
De um lado temos a água proveniente das chuvas, dos lagos e dos rios que converge para o mar. Do outro temos o ar que causa agitação no mar, originário das correntes cósmicas e telúricas.
Juntos, actuam no sentido de gerar o bem ou o mal. Isso vai depender da geologia, do sítio e da força com que invadem os ambientes. Por outro lado, são imprescindíveis em qualquer lugar.
O verdadeiro trabalho de um consultor de Feng Shui é administrar correctamente esses dois elementos (o vento e a água) de qualquer lugar.
Para quem começa a interagir nos seus preceitos, isso significa a aceitação e a reverência perante uma totalidade infinitas vezes maior que aquela de que fazemos parte.
O Feng Shui chegou recentemente a Portugal, e em boa hora. Foi o momento certo, pois quem vive nas grandes cidades já não consegue ter harmonia, paz e sossego, porque convive diariamente com problemas de todos os tipos, como a poluição visual e sonora, a droga a tensão, a ansiedade e a falta de perspectivas. Desta maneira, acabamos por nos deixar envolver por uma gama de energias negativas, e esse processo torna-se um ciclo prejudicial ao bem-estar de qualquer pessoa.

O Chi e o Feng Shui


Chi é a mesma coisa que «o sopro vital». Por outras palavras, é a energia activa que dá vida a tudo, que está no ar, que respiramos constantemente. É a energia vital que nos liga à origem de tudo. Está presente nos ventos e nas águas, circula, sem que a possamos ver, pelos meridianos da acupunctura, propicia colheitas fartas, enfim é a energia que, se bem compreendida e administrada pelo homem, pode garanti-lhe longevidade, saúde e bem-estar físico e emocional.
Todas as artes marciais chinesas assentam no príncipio da circulação do Chi.
Matéria-prima do Feng Shui, o Chi, como todas as coisas presentes no nosso mundo, está em situação oposta ao Sha, o sopro daninho, prejudicial, que faz mal e pode provocar até a morte prematura.
Enquanto o Chi circula a horas em que a luz é ascendente, ou seja, durante o dia, o Cha tem características invernais, ou seja, corresponde ao decrescer da luz do dia. Não é por acaso que os exercícios de Tai Chi Chuan e a meditação são feitos às primeiras horas da manhã. Vale a pena dizer que o Chi pode ser activado a qualquer momento do dia por meio de uma meditação silenciosa.


Fonte: Revista Esperança
Fotos da Revista
©CarlosCoelho