A árvore do Universo
Na mitologia da Europa Stentrional, Yggdrasil, um freixo gigantesco,
é o suporte dos nove mundos existentes e o símbolo da vida, do tempo e do
próprio Universo. Esta árvore cósmica, cujo nome significa “Terrível” ou
“Cavalo de odin” – o deus supremo – sustenta-se em três raízes. Por baixo da
primeira, a da Humaninade, situa-se o poço do destino que seguravam o fio da
vida nas suas mãos: Verdani, o Ser (o presente) era uma jovem donzela; Skuld, O
Destino (o futuro) uma mulher adulta, por vezes uma mãe, enquanto Urda, a
Necessidade (o passado) era representada por uma mulher velha e feia.
Sob a segunda raiz fica o poço da sabedoria, cuja água torna
possível o conhecimento, enquanto debaixo da terceira raiz se encontra o poço
de veneno, de onde nascem os rios de Niftheim, o escuro o frio reino dos
mortos. Aí se oculta o dragão Nidhogg, que roí constantemente as raízes da
árvore do Universo, na esperança de a destruir e, dessa forma, derrotar os
deuses.
No tronco de Yggdrasil, quatro veados comem os rebentos verdes,
também disputados pela cabra Heidrun.
Yggdrasil, certamente não sobriveria se não fosse todos os dias
borrifada pelas Nornas com água do poço do destino. Mas nem todos os animais
representam uma ameaça: no cimo, vigilante, com um falcão pousado sobre a
cabeça, senta-se uma águia gigante, cujo bater de asas faz soprar os ventos
pelo Mundo; e correndo para cima e para baixo, o esquilo Ratatosk que actua
como mensageiro entre os vários seres e mundos que a árvore alberga.
Dispostos em Três camadas ficam os nove mundos unidos por Yggdrasil:
aos três reinos dos deuses e dos elfos sucedem-se, ligados por uma ponte de
arco-íris, os mundos dos humsnos, dos gnomos e dos elfos negros, enquanto no
nível inferior se encontram os reinos dos mortos, do frio e do fogo.
Fonte: Revista Domingo Magazine Correio da Manhã
Texto: Manuel Rosado
Fotos da net
CarlosCoelho