Fonte: Revista Domingo Magazine Correio da Manhã
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Conseguiu o que a maioria dos mortais nem sonha atingir. Admite que, olhando para trás, já não se deixa impressionar pelo seu currículo e é com a mesma ausência de falsas modéstias que reconhece ser um veterano em quase tudo. É por isto tudo que, ao fim de dois anos de interlúdio e sem grande aparato – seria necessário? – Regressa com o álbum intitulado Divórcio.
EGO: Não lhe bastou o ocorrido na sua vida privada para dar este nome ao novo disco?
Júlio Iglésias: O título do disco, nada tem a ver com o meu divórcio nem com nenhum outro! É apenas uma metáfora. Como compreenderá, a vida está cheia de pequenos conflitos, separações, enfim, divórcios que não são necessariamente maritais. (Perspectivas da sala de jantar)
EGO: Mas não haverá um segundo sentido?
Júlio Iglésias: Tudo o que faço é profundamente equacionado. Baptizei o disco com este nome porque é, reconheço, um pouco provocatório. Sabia que haveriam de fazer este tipo de perguntas sobre ele.
EGO: E, mais uma vez, as suas expectativas não saíram logradas.
Júlio Iglésias: Sim, mas o mais importante é que este disco diverte-me. Até porque tenho vindo a receber os melhores elogios dos últimos anos.
(...e um dos muitos quartos espalhados pela mansão)
EGO: Vendeu milhões de discos, deu milhares de concertos e recebeu inúmeros prémios. Posto isto, a vida continua igual?
Júlio Iglésias: É a mesma que cantei em La Vida Sigue Igual: Há sempre uma razão para viver, algo pelo qual vale a pena lutar, mas mudou substancialmente. A minha essência continua a mesma, mas o ambiente que me rodeia é totalmente diferente de quando escrevi essa canção.
(a grandiosa piscina exterior onde não faltam espreguiçadeiras de pedra)
EGO: Sessenta anos não são demais?
Júlio Iglésias: Gardel disse que 20 anos não eram demais, mas comparando-os com os meus, torna-se um número ridículo. Quando tinha 33 anos, intitulei um disco com essa idade, por pensar que esse seria o meio da minha vida. Agora caminho em direcção ao dobro e sinto que ainda há tanto para fazer.
EGO: Tornou-se um melhor pai com a idade?
Júlio Iglésias: Penso ser um pai mais profissional, que diz mais vezes "sim" e menos "não". Sou igualmente um pai menos culpado e mais consciente, mas nem por isso com mais amor pelos mais velhos; o amor e as preocupações são sempre iguais para todos, sem previlégios.
(mais uma divisão onde sobressai a claridade dos sofás em contraste com as paredes em tom castanho)
EGO: O orgulho de pai também é repartido da mesma forma?
Júlio Iglésias: Tenho três filhos mais velhos com bastante sucesso, que eles próprios construíram. Tinham, claro, as portas abertas, mas souberam-nas aproveitar. Tenho também quatro crianças bem mais novas, às quais desejo tanto ou mais sucesso ainda. Tenho um orgulho gigantesco de todas elas.
EGO: Como é o avô Júlio Iglésias?
Júlio Iglésias: A verdade é que não desempenho um grande papel a esse nível. Não porque não o deseje, apenas porque mal tenho tempo. A minha filha Chábeli toma muito bem conta do Alejandro. Não é suposto os avós educarem os netos, só servimos para consentirmos tudo deles e estraga-los com mimos. Gosto muito de ser avô.
A reputação femeeira do artista – que também o foi, ultrapassou as fronteiras europeias e não houve país, por mais longínquo, que não reclamasse a sua passagem.
Atribui-se-lhe, amiúde, a paternidade de mais de três milhares de rebentos. Isto multiplicando em gerações daria em números redondos 300 mil herdeiros do seu afã cobridor. Porém a história do italiano esteve vai-não-vai para tomar outro rumo.
As evidências precoces de nato sedutor – antes de completar 14 anos já se engalfinhara, de uma maneira ou de outra, com todo o mulherio que mexesse na cidade de Veneza – obrigaram os pais a medidas drásticas. Sem ligar a ais nem uis de amantes em desespero de causa, que se perdia um bonito homem, que votá-lo aos altares seria um desperdício, fazerem orelhas moucas e enfiam o rapaz num seminário, na esperança de o senhor o devolver aos bons caminhos. Não contou a família que nas redondezas houvesse um mosteiro de novas donzelas…
Expulso do seminário por conduta indecorosa, experimenta um rol de ofícios. Para nomear alguns: amanuense, soldado do exército veneziano, espião, violinista, director de casas de jogos, tratador de fêmeas em desespero de causa, sapateiro, vendilhão e alquimista.
Ocupa-se entretanto da intriga palaciana, regendo-se pela cartilha d’’’O Príncipe’’
de Maquiavel, enquanto cita aos ouvidos das suas amantes as poesias hipnóticas de Ovídio. Decerto valendo-se das artes mágicas, corteja às três e sete de enfiada, entre elas uma vetusca, que ficará para a história como a Madame de Pompadour.
Esta, aliás, será a mais duradoura das suas investidas, que, por regra, não iam além das semanas. Podendo, contudo, repetir-se a proeza quando alguma donzela insistia com mais jeitinho, já que, por mais afadigado, o homem nunca descurou o ofício que lhe deu fama, nem fez, tão pouco por amansar as suas incontinências de líbido. Na corte de Luís XV, o monarca francês ícone de Iluminismo, Casanova ficará conhecido por “arranca-corações”, um título recuperado pelo escritor Boris Vian, que o perfila como o amante mais exímio de todos os tempos, dotado de membro infatigável, corpo comunicativo e doce palavra.
C@rlos@lmeida
Fonte:Revista Tv Mais
Texto: Tiago Salazar
Ilustração: Pedro Machado
(Fotos da Net)
Esta é a 16ª cria do flamingo grande a nascer no Jardim Zoológico de São Diego. De recordar que é a maior espécie de flamingos existentes, podendo atingir mais de um metro e meio de altura. Veremos até onde chega a cria...
Vestígios de novos dinossauros
Quando já se estava à espera de conhecer tudo sobre os dinossauros, eis que surge mais uma espécie destes mamíferos. No Chile foram encontrados vestígios de dinossauros herbívoros de pescoço longo que percorreram a Terra há 70 milhões de anos. Diz-se que esta espécie é diferente das outras já encontradas.
Rainha com máscara de gás
A obra de arte intitula-se Selo de Destruição Massiva e é da autoria de James Cauty. Inspirado na Guerra do Iraque, o artista já foi processado pelo Correio Real por, alegadamente, ter plagiado uma colecção de selos com o perfil da rainha.
Fonte: Revista Mulher Moderna nº 746