terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fofos de Belas

O segredo dos “fofos” de Belas


Muito pouca gente do país desconhece os “fofos”, uns docinhos confeccionados em Belas, no concelho de Sintra. Quem não teve já contacto com o seu sabor, agradável e um pouco diferente da doçaria em geral? A verdade, contudo, é que são poucos os habitantes da região onde os “fofos” nasceram que sabem, de fonte segura, a data em que eles vieram ao mundo.
Ao olhar-se a frontaria do pequeno edifício onde diariamente são confeccionadas centenas e centenas de “fofos”, localizada á entrada da histórica e quase esquecida vila de Belas, que tem muito para contar no que se refere à sua história, vê-se que a casa foi fundada, como estabelecimento doceiro, em 1850, há, portanto, cento e sessenta e um anos. Será essa a verdade?




Belas tem muitas coisas interessantes para contar e cada uma das suas pedras é um bocadinho de história. Foi sede de concelho até 24 de Outubro de 1855, altura em que passou a simples freguesia da região de Sintra. Habitada por gentes da fidalguia, com vastos haveres, criou a sua própria culinária e a sua sofisticada doçaria. E foi assim que nasceram os “fofos”, os “bolos da ilha”, também denominados bolos de canela, igualmente apetitosos, e os “cocos”, de óptimo sabor.



A “certidão de nascimento” passada pelo estabelecimento, a acreditarmos na fachada do edifício, data de 1850, mas será essa a verdade? Os actuais proprietários têm razões seguras para darem mais uns bons anitos de vida aos “fofos”, os docinhos que orgulham Belas. E baseiam-se basicamente nisto: Quando veio a República, em 1910, foi criado o “Diário do Governo” e teve de ser dada uma data aos estabelecimentos, para uma espécie de “alvará”, ou coisa parecida. Como não existiam documentos que justificassem a abertura da casa os meus familiares de então deram o ano de 1850. Mas a verdade é que a casa é muito mais antiga”.




Sobre os bolos de então:



“A casa foi sempre aqui e fabricava-se o “pão-de-ló”, o pão saloio, entre outros bolos. No princípio a responsável pelo fabrico da doçaria foi a minha bisavó, que se chamava Ana da Fonseca, depois veio a minha avó Josefa Maria da Silva, a seguir a minha mãe, Ester da Silva, depois eu, que me chamo Liberdade, e agora é o meu filho, que se chama Hélio. As pessoas passaram, os anos correram, mas os “fofos” continuam iguais a si próprios”.

O Segredo dos “fofos”



D. Liberdade é categórica: os “fofos” não têm qualquer segredo, tiveram, têm e terão apenas “sorte”. Tivemos a sorte de os fazer bem, é apenas isso que acontece desde sempre, nós aprendemos a fazer os “fofos”, tanto eu como a minha mãe, a minha avó e a minha bisavó, quando éramos pequeninas e o meu filho começou a ajudar-me também ainda em pequenino. E hoje é ele o responsável pela casa e a “sorte”, graças a Deus, continua a acompanhar-nos”.
Voltámos a perguntar à D. Liberdade se não nos estava a esconder qualquer segredo, porque a verdade é que só existem “fofos” em Belas e Portugal inteiro gosta de os saborear. A sua resposta foi segura:
“Já lhe disse que o segredo dos “fofos” é a sorte, e estou a dizer-lhe toda a verdade. Aliás o mesmo acontece com os nossos “bolos da ilha” e com os “bolos de coco.” O segredo de todos eles é a… sorte”.




As receitas destes bolos encontram-se no Blog:
http://mikii4066.blogspot.com/



C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Domingo Magazine de 26/08/2001
Texto: Inácio de Passos


Fotos da net e do texto

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O edifício mais alto do mundo

A torre que vemos na foto ainda é virtual, mas em breve deixará de o ser. Este é o projecto daquele que será o edifício mais alto do mundo. Será na cidade sul-coreana de Pusan e terá 465,5 metros de altura. A construção vai demorar cinco anos e ficará pronta em 2005.



C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Maria nº1152 06/12/2000

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escrito na Pedra

“A fama é como um rio, que mantém à superfície as coisas leves e infladas, e arrasta para o fundo as coisas pesadas e sólidas.”


Francis Bacon, Político e Filósofo britânico (1561-1626)





C@rlos@lmeida
(Foto da net)


Provérbios


"Quem começa com decisão tem meio caminho andado."

"Cantar andando se encurta caminho."

"Os amantes, como as moscas,desaparecem no mau tempo."

"Mais vale o exemplo que a doutrina."

"Quem não olha adiante, atrás fica."

"Olhos que não sabem chorar, não sabem ver."

"De amigo que não ralha, não se dá migalha."

"Do indigente, ninguém é parente."

"Jura de homem, é riso de cão."

"Não há sabado sem sol, domingo sem missa, nem segunda com preguiça."


Fotos da Net
© Carlos Coelho

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Natureza a seu favor

Combater o Colesterol





Se ultrapassar certos limites, pode produzir graves alterações cardiovasculares, portanto torna-se necessário seguir uma dieta equilibrada. Além disso existem plantas que ajudam a manter os níveis do colesterol no sangue normais.
Beba três chávenas por dia de uma destas infusões:
Ferva, durante 10 minutos, 20g de folha de alcachofra; 25g de bétula para um litro de água.
Infusão de 100g de dente-de-leão num litro de água fervida, 10 minutos: 3 copos por dia.
Durante quinze dias tome dois copos diários de vinho de alecrim (40g para um litro de vinho. Deixe macerar quatro dias e filtre).
A lecitina de soja dissolve as gorduras, favorecendo a sua assimilação. Três colheres de sopa por dia, sendo a primeira em jejum.




C@rlos@lmeida
Fonte: Revista GUIA

Curiosidades









C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Ana

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Michel Giliberti

Michel Giliberti nasceu na Tunísia em 1950. O seu pai tomava conta do Cinema L’Olympia, em Menzel Bourguiba, pelo que passou toda a sua infância como espectador privilegiado dos filmes de culto dos anos 50. Precoce, desde os dois anos que desenha e depois de abandonar África, com 11 anos apenas, inicia no ano seguinte a sua produção a óleo. Com 15 anos, uma obra sua apresentada num concurso para alunos de Toulon é consagrada e exposta no museu da cidade. Desenvolve em paralelo, uma paixão pela música e pela poesia, formas mais aptas de comunicar as suas emoções, tendo mesmo sido autor de três álbuns como autor e compositor. De pequena estatura (que lhe valeu ser alcunhado pelos amigos de “sempre pequeno”), Giliberti acabou, no entanto, por encontrar na pintura uma forma de materializar a imagem da perfeição. Galardoado com vários prémios, vive hoje na Normandia, onde tenta cultivar, sem êxito as árvores da sua infância.








Giliberti é um daqueles artistas que por alguma razão, tentam superar as suas próprias condicionantes na procura de um espaço ou de uma forma harmónica, e tem necessidade de a comunicar utilizando como veículo qualquer forma de expressão. Enquanto manipulador de uma gramática plástica, constrói um léxico com o qual surfa entre os extractos de invisíveis espaços de harmonia que se renovam incessantemente no contexto, mas não no modo nem na significação mais profunda, que é a dada materialização dos seus anseios. O olhar tece poses e posturas, enquanto a pintura serve de espaço a enredos contaminados pelo desejo errante que se inscreve numa cenografia pulsional. Astúcias não faltam para endeusar os afetos que cegam a paixão. Desenhador exímio, Giliberti move-se no universo compositivo do surrealismo, de um mundo próximo da psicanálise, onde se passeia, por mero acaso, com os seus fantasmas, entre dor e prazer ou o prazer da dor. Uma realidade virtual na qual o humano toca o fantástico.
O corpo aparece aqui como matéria de luxo dos sentidos, recorrente das obras do Renascimento e, sobretudo da genialidade de um Michelangelo. Não é o corpo do varão, mas sim o da pintura do Quattrocento que ressuscita agora.













“Hicham”. Óleo sobre tela (89x130cm) datado de 1997. Pintado num estilo naturalista, quase gráfico, evoca, em simultâneo, a plástica dos cartazes executados a aerógrafo e joga com a decomposição das formas, com a ruptura dos corpos e a sua desmaterialização, para transportar para um universo onírico e sensual o realismo dos sujeitos representados.







O corpo nesta pintura movimenta-se e ganha velocidade no fluido da cor e na força abstracta dos cortes operados na figura, para libertar a pulsão animal do instinto, mas aqui a pintura não é uma pintura simbolista, apesar das fórmulas e artifícios que escondem aos olhos mais atentos a sua essência. Para lá do mundo surreal, reflexo da realidade virtual do nosso mundo frio e desencantado, onde se questiona o porvir do homem e dos elementos estéticos e poéticos que transformam a sua pintura numa pintura global, “à maneira” dos humanistas, a referência da obra de Giliberti é outra.
Aquela que podemos encontrar no comentário que Fernando Pessoa fez à obra de António Botto, da qual dizia que nem positivamente nem negativamente nela é sugerida qualquer metafísica, mas apenas apontada a preferência do esteta pelo ideal helénico de celebrar a beleza física e o prazer do corpo masculino, neste caso numa versão sensual e andrógina mais próxima dos estereótipos que moldam a transição do milénio.














“En Verre et Contre Soi”. Óleo sobre tela (116x81cm) pintado em 1997. Com os pintores do Renascimento e do Barroco, que utilizavam frequentemente os temas religiosos ou mitológicos como suporte para pesquisar as potencialidades expressivas do corpo humano desnudo, também Giliberti procura em qualquer contexto essa possibilidade, aqui idealizando plasticamente o corpo perfeito, jogando na conceptualidade de um surrealismo para, de certa forma, diminuir esse apelo essencial do corpo por si só.







C@rlos@lmeida
Fonte: Revista Caras
por Júlio Quaresma

Chelsea

Chelsea – A Zona mais chique de Londres



Chelsea ficou ainda mais popular pelo facto da princesa Diana ter frequentado os cafés e as lojas das redondezas, uma vez que viveu a dois passos desta zona londrina, no Palácio de Kensington. Foi ainda nesta área que decorreram as filmagens de “Notting Hill” com Julia Roberts e Hugh Grant.





Chelsea é considerada uma das zonas mais bonitas da cosmopolita capital britânica. Dos pontos de interesse turístico, destaca-se a Chelsea Old Church, uma igreja datada de 1290, embora se fale na existência de um templo normando construído no mesmo local em 1157. Referência ainda para o Chelsea Physic Garden, o mais antigo jardim botânico do país, que merece certamente uma visita.





C@rlos@lmeida

Fonte: Revista Caras

Fotos: Eduardo Mota

Atlas 2000/Círculo de Leitores

Hollywood em chamas

As actrizes da Meca do Cinema são acusadas de serem uma má influência para as jovens por fumarem nos filmes em que participam. Quatro em cada dez actrizes fumam nos filmes.


Fumar um cigarro continua a transmitir uma imagem errada. Antes visto como um sinal de sofisticação e charme, hoje é tido como a semente do mal, que provoca rugas nos olhos e na boca das mulheres e tinge-lhes as feições de uma cor estranha.
Apesar de todas as histórias de terror (como o cancro) e dos avisos a favor da saúde, as actrizes mais famosas dos nossos dias continuam a não desperdiçar uma oportunidade para uma “passazinha”. São os casos de Uma Thurman, de 30 anos que o fez de forma distinta em “Pulp Fiction”, ou de Sharon Stone, de 42, que acentuou a sua imagem independente e dura, tal como fez Rita Hayworth no clássico “Gilda”. E não podemos esquecer Katharine ou Audrey Hepburn, que nunca alcançariam a aura mística sem a nuvem de fumo sobre as suas cabeças, ou sem a elegante boquilha nas suas mãos.



Provavelmente, a última grande deusa do cinema que dificilmente era vista sem um cigarro entre os lábios foi a inesquecível Marlene Dietrich, cuja voz testemunhava a grande ingestão de nicotina. Ninguém, na altura, pensou na grande influência que estas mulheres exerciam em milhares de impressionáveis jovens.
Mas algo mudou. Investigadores da escola de saúde pública de Harvard, em Boston, concluíram que as dez actrizes mais famosas da década de 90 fumaram em 44% dos filmes. A mensagem que passa é a de que o cigarro reduz o stress, mas, medicamente falando, o efeito é o oposto. O estudo inclui 50 filmes, feitos entre 1993 e 1997, em que o acto de fumar, explícito ou não, ocorreu. Em foco estiveram Gwyneth Paltrow, Demi Moore, Cameron Diaz, entre outras.



As estatísticas mostram que as mulheres começam a fumar mais cedo do que os homens, por isso, as actrizes são quase obrigadas a reduzir o consumo de tabaco e, mesmo, a se recusarem a fumar em frente às câmaras… pela saúde da audiência feminina!






C@rlos@lmeida
Fonte: Revista TVMais
Texto e Fotos: Sipa Press/Feriaque

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mulheres Famosas da História

Grace Kelly – 1929 – 1982



De actriz a Princesa
Nasceu nos Estados Unidos em 1929 e seguiu as suas ambições como actriz. Tornou-se famosa em filmes como Alta Sociedade, ou Para Sempre, pelo qual ganhou o Óscar de melhor actriz. Mas o seu destino estava longe de Hollywood. Em 1956 rumou ao Mónaco, onde casou com Rainier e viveu idolatrada pelos súbditos até ao dia da sua morte, num acidente trágico.



Eva Péron – 1919 – 1952




A “mãe” dos descamisados
Foi a mulher mais popular da Argentina. Casada com Juan Péron, eleito presidente em 1946, ficou conhecida pela sua elegância e pelo carisma que permitiu-lhe conquistar o coração do povo argentino. Conhecida como Evita, lutou pelos descamisados e pelos direitos das mulheres. A sua morte deixou a nação em lágrimas.
Eva Péron passou de actriz de segunda a Santa.



Jacqueline Kennedy – 1929 – 1994




A Dama da América
Subiu ao “estrelato” ao lado de John F. Kennedy, mas foi ela quem marcou uma época. Com a sua classe e estilo únicos, tornou-se numa das mulheres mais imitadas de sempre. Enquanto primeira-dama, fascinou o mundo, enquanto viúva do presidente, comoveu-o. Casou pela segunda vez e, sete anos depois, voltou a ficar viúva. Morreu em 1994, em Nova Iorque.



Amália – 1920 – 1999




A Força do fado
Nasceu em Lisboa em 1920, mas o país revelou-se muito pequeno para o seu talento. Partiu para divulgar o fado pelo mundo, mas voltou sempre a Portugal, que nunca deixou de a idolatrar. Foi a actriz de teatro, cinema, fez espectáculos e recebeu honras e prémios. Em 1994 deu o último espectáculo, no Teatro S. Carlos. A Notícia da sua morte em 1999, deixou o país mais pobre.



Diana de Gales – 1961 – 1997




Sozinha na multidão
O dia 31 de Agosto de 1997 ficará para sempre como o dia em que morreu a princesa do povo. Idolatrada por multidões, perseguida dia-a-dia por fotógrafos, Diana viveu rodeada de pessoas, mas foi sempre uma mulher só. Sem o amor do marido e incompreendida pelos que lhe eram mais próximos, dedicou-se ao povo que sempre a adorou e chorou a sua morte.
Nunca outra mulher mereceu tanta atenção do mundo inteiro.



C@rlos@lmeida
(Fotos da Net)

Robert A.Heinlein


“Pode ter-se a paz.
Ou a liberdade. Mas não
contem em ter ambas
ao mesmo tempo.”




Robert A. Heinlein
(1907-1988), Escritor
Norte-americano
C@rlos@lmeida

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Natalie Wood

Rever uma atriz deslumbrante, que marcou as décadas de 50 e 60 com algumas obras de culto. Fez tudo cedo de mais ao longo da vida: o cinema aos 5 anos, o casamento aos 19 e a morte aos 43. Mas a sua imagem permanece para sempre na memória de todos.






Filha de um cenógrafo e de uma bailarina (ambos emigrantes russos, radicados em São Francisco), Natalie Wood nasceu, em 1938, com o nome de Natasha Gurdin. O apelido artístico corria-lhe no sangue e a primeira vez que pisou, a sério, um “plateau” tinha 5 anos de idade. A fita intitulava-se Terra de Felicidade, e o futuro avizinhava-se dourado para este talento precoce que emergia em Hollywood.




Com 8 anos estreou-se, oficialmente em Amanhã Viveremos, e trocava réplicas com um génio consagrado: Orson Welles. Nos dez anos seguintes, Natalie Wood não parou de trabalhar ao lado de grandes estrelas do cinema americano de então como poe exemplo, Gene Tierney (Um Fantasma Apaixonado) ; John Wayne (Miracle on 34th Street); James Stewart (Cautela Com Os Fiscais); Fred MacMurray (Convite ao Amor); Jane Wyman (The Blue Veil); Bette Davis (A Estrela), e Anne Baxter (One Desire).




Em 1955, Fúria de Viver Obra prima de Nicholas Ray, que se tornaria no emblema de uma geração, consagrou-a definitivamente. No ano seguinte, foi a vez de outro filme de culto para cinéfilos do mundo inteiro, A Desaparecida, de John Ford e, finalmente teria o seu primeiro papel de adulta em Fúria de Amar. Natalie Wood era assim, uma das jovens atrizes mais populares dos anos 50 e a representante de uma nova geração de heroínas.




A década seguinte não ficaria atrás, e não podia ter arrancado de melhor maneira: Esplendor na Relva , no papel de uma torturada adolescente, seguido do mítico West Side Story, e por dois filmes em que contracenou com Robert Redford, O Estranho Mundo de Daisy Clover e A Flor à Beira do Pântano. Uma época ímpar na carreira de Natalie Wood que, entretanto, atravessou períodos de instabilidade pessoal. Recorde-se que a atriz casara com Robert Wagner em 1957, tendo o casamento durado até 1962. O casal voltaria a unir-se em 1967, e só a morte da atriz em 1981 os separou.




Mikii



(Fotos da Net)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Estratégias que aliviam a tensão


Muita burocracia, um chefe intolerante, prazos “para ontem”, duas horas de transportes de manhã e outas tantas à tarde, as greves intermináveis dos mesmos… Enfim, uma infinidade de contratempos de o deixar com os cabelos em pé e um stress incontornável. Olhe que esses problemas não são só seus! Há mais uns quantos milhões de trabalhadores que os enfrentam diariamente. Se essa contestação não o alivia, só tem três soluções: sonhar, mesmo de olhos abertos, com o totoloto que só sai aos outros; enfiar a casquinha de ovo do Calimero e viver tímido e sofrido… ou tornear a situação que, convenhamos, é o mais difícil.
De facto, se responder às agressões do quotidiano com uma pitada de humor e graça, vai ver que os fardos também parecem mais leves. Talvez as estratégias que apresento a seguir possam ajudar a aliviar a tensão laboral.




Fórmulas a seguir




Relaxe
Quanto mais se trabalha, mais se produz, certo? Mas também deve concordar que “ depressa e bem não faz ninguém”. Há momentos em que é necessário fazer uma pausa, seja com o kitkat , seja para tomar um cafezinho. Relaxa e clareia as ideias.




Cultive a Intuição
Ninguém questiona o valor da racionalidade, mas a verdade é que a intuição é mais preciosa a cada dia que passa. É como se fosse um sexto sentido que pode funcionar como uma arma poderosa em momentos importantes e decisivos da sua vida profissional ou particular.



Pratique o bem
Se acredita em valores como a generosidade, tolerância e honestidade, pratique-os no seu local de trabalho. De nada adianta ser uma pessoa má. Se cultivar estes valores ou esforçar-se por isso, será mais fácil tornear os problemas e até soluciona-los.



Seja Feliz
Ainda há muitos empresários e líderes que acreditam que uma postura menos rígida e mais relaxada não condizem com os objectivos da empresa ou com as funções que desempenham. Nada mais falso. Um comportamento deste tipo só afasta os colegas e subordinados. Ouse ser feliz, você e o seu ambiente profissional só lucram com isso.








A Lei das Prioridades




Há que saber identificar e escalar as prioridades. Um comunicado embaraçoso, um telefonema importante, uma conversa inadiável… Se resolver logo isso, relaxa e o dia sai-lhe mais produtivo.




Ouça Antes de Reagir
Imagine que alguém põe em causa o seu desempenho. Oiça, primeiro, os argumentos da outra parte. A seguir, faça uma rápida avaliação mental da acusação. Existirá de facto, um fundo de verdade nessa avaliação? Se aprender algo com esse comentário, tanto melhor. Se não existir fundamentos no que ouve, não estrague o seu dia.





Maldita Burocracia
Quem pertence à classe dos trabalhadores tem de lidar com regras e normas que parecem desafiar a lógica. De nada vale revoltar-se, só se cansará mais!




Não Queira Agradar a Todos
É praticamente impossível. Por mais que lhe custe desapontar os colegas, nalguns casos isso será inevitável. Por exemplo, se for chefe e tiver três pessoas a disputarem a sua atenção, das duas uma: ou dá dois berros (o que não convém) ou respira fundo, pede desculpa e, em tom decisivo, segue a lei das prioridades.



Evite as Intrigas
Ninguém gosta de ser acusado de intriguista, nem mesmo quem o é. Imagine quantas tarefas poderia ir adiantando se virasse as costas às intrigas no local de trabalho. O melhor é não se envolver muito em quezílias que só poderão prejudicar.



Não Dramatize!
Não desfie as pedras do rosário a qualquer hora e em qualquer lugar. Estar sempre a repetir a mesma coisa, a queixar-se do trabalho, do trânsito e das injustiças por tudo e por nada, só reforça e adensa os aspectos negativos. Se pensar de forma positiva, tudo será mais fácil.



Mikii
Fonte: Revista Mulher Moderna nº 580

sábado, 9 de julho de 2011

Psoríase



Pode surgir em qualquer idade e não tem cura. Afecta homens e mulheres e cerca de dois por cento dos portugueses sofre deste problema. Na maioria dos casos existe uma predisposição genética, mas há algumas excepções.
No entanto, não se sabe o que motiva o seu aparecimento.
A psoríase
É uma doença inflamatória da pele, crónica recorrente, que se caracteriza pelo aparecimento de áreas avermelhadas e cobertas de escamas secas e prateadas. Só em casos muito raros é considerada uma doença grave, mas pode afectar psicologicamente a pessoa que dela padece. As desagradáveis lesões que provoca na pele podem levar o indivíduo a sofrer de problemas emocionais.



O que o origina


Para melhor se compreender esta patologia é necessário perceber como é feita a renovação da pele. Ou seja, a pele está em constante renovação. À medida que na camada interna da epiderme se vão formando células novas, que são impelidas para fora, as células mortas vão-se soltando. Este é o processo normal para qualquer pele. Mas na psoríase as coisas não se passam bem assim. A formação das células é tão célere, que estas vão-se acumulando, formando escamas de uma coloração prateada.
A Nível da derme também ocorrem alterações. Novos vasos sanguíneos são formados para alimentar essas células precoces da epiderme. Daí a vermelhidão da pele, característica da psoríase.


Como são as lesões


As lesões, em forma de pápulas e placas escamosas, causadas por esta doença surgem em diversas zonas do corpo. Inicialmente parecem no couro cabeludo, pescoço, atrás das orelhas, cotovelos, joelhos, á volta das unhas das mãos e dos pés embora possam surgir em outras zonas.
A psoríase pode manifestar-se de uma forma ligeira, surgindo apenas uma ou duas lesões no corpo, ou de forma bem mais intensa, atingindo o corpo todo. Por sua vez as lesões possuem tamanhos muito diferentes, podendo medir apenas poucos centímetros ou atingir uma parte muito grande da pele. E em determinadas situações pode mesmo acontecer uma junção de placas, de forma a abranger grande parte da epiderme.


Predisposição genética



A psoríase costuma aparecer pela primeira vez entre os 15 e os 30 anos, embora possa manifestar-se durante qualquer idade. Pensa-se que exista uma certa predisposição hereditária.



Na maioria dos casos, as pessoas com antecedentes familiares de psoríase têm mais probabilidades de vir a sofrer desta doença. Alguns especialistas defendem mesmo que quanto mais cedo se manifesta, mais ligada está à herança familiar. Outros acreditam que uma pessoa tem cerca de 25 por cento de hipóteses de vir a sofrer da doença, caso o pai sofra desta patologia e aumenta para 75 por cento se ambos os progenitores foram afectados.
Porém, em determinadas situações - o que acontece geralmente em pessoas com mais de 40 anos - a psoríase não está ligada a factores genéticos e os especialistas não conseguiram ainda
encontrar uma explicação para estes casos em que a doença surge pela primeira vez num indivíduo que não tem antecedentes familiares com da doença.
Também se sabe que as pessoas de pele branca são mais vulneráveis e a raça branca é mais afectada do que as outras.


Comportamento imprevisível


A Psoríase varia de pessoa para pessoa, surgindo em alguns casos de forma brutal e noutros de um modo ligeiro. Aliás o mesmo paciente pode sofrer um episódio marcado por grandes lesões e outro com pequenas marcas. E a duração desses episódios também é variável. Trata-se de uma doença de comportamento imprevisível e a sua evolução pode caracterizar-se por permanência, melhoria ou desaparecimento das lesões. Neste último caso, as lesões podem desaparecer durante meses ou mesmo anos.


Embora seja uma doença que possa suscitar muitas dúvidas, sabe-se, pelo menos, que não é contagiosa nem dolorosa, embora alguns pacientes refiram um certo ardor (que na maioria dos casos é de sintoma psicológico). Na verdade, o grande problema desta patologia tem a ver com as complicações emocionais que desencadeia no individuo por causa do aspecto das lesões.



Outras formas da doença



Existem situações esporádicas em que o corpo fica todo vermelho e coberto de escamas, a que se dá o nome de eritrodermia. A psoríase pustulosa é outra forma grave da doença e caracteriza-se pelo aparecimento de escamas nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Outra situação que pode suceder é o paciente desenvolver artrite psoriática (doença muito semelhante à artrite reumatóide), muito incapacitante, que pode ir desde as deformações nas mãos a lesões graves na coluna vertebral.
A psoríase nas unhas pode assemelhar-se a uma micose, com os mesmos sinais, desde descamação, engrossamento, descoloração e separação entre unha e carne, etc.



O que pode desencadear um episódio



Apesar de haver ainda muita coisa por descobrir, principalmente saber o que motiva o seu aparecimento, é ponto assente que a psoríase é uma reacção cutânea a determinados estímulos. Por exemplo, o calor e o sol são benéficos para a maioria dos pacientes, enquanto para outros pode agravar a doença. A reacção a alguns medicamentos, infecções e stress são situações que podem originar episódios de psoríase. Por outro lado, estudos efectuados relacionaram a doença com falta de cálcio.



Tratamentos possíveis



A psoríase não tem cura, pelo que existe alguma subjectividade quando se fala nos tratamentos para esta doença. Por exemplo, a única coisa que podemos esperar é a melhoria dos sintomas. Mesmo assim o tratamento a efectuar depende também da zona afectada. Se se tratar de áreas pequenas, a aplicação de uma pomada pode ter um bom resultado. Outro medicamento que se tem revelado promissor é um derivado da vitamina D, que retarda o desenvolvimento das células novas.



Quando as situações são mais graves é aconselhada a foto quimioterapia, através do qual a pele é exposta aos raios ultravioleta A. Mas esta parte do tratamento só é efectuado após a administração de psoraleno (um medicamento oral que intensifica a capacidade curativa da luz).
Outro método administrado aos casos mais graves são os medicamentos antineoplásicos, que atrasa a produção das células novas.
Por último, o etretinato, um antipsoriático de administração oral derivado da vitamina A tem-se mostrado benéfico no tratamento da psoríase.

Tudo o que agrava as lesões

Como lemos anteriormente, esta doença comporta-se de forma imprevisível e as lesões tão depressa surgem como também desaparecem. Mas se há factores que podem desencadear a doença e que desconhecemos, outros há que podem agravar as lesões, como os que a seguir refiro:



Se em algumas pessoas o sol pode ter efeito benéfico, causando algumas melhorias, em outras as lesões podem agravar-se;



As infecções sobretudo na garganta;



Golpes ou simplesmente fricções, nas zonas afectadas;



Pressões emocionais ou stress;



O frio. As lesões tendem a agravar no inverno;



Algumas alterações hormonais. Por exemplo a puberdade e a menopausa são períodos complicados;



Alguns medicamentos.

Mikii
Fonte: Revista Mulher Moderna nº 580
(Fotos da Net)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Realeza

Isabel II




Na sua vida pessoal sempre primou pela discrição, mas mesmo assim não consegue evitar os escândalos da família real Inglesa. Cumprindo o papel da matriarca tenta a todo o custo abafar os boatos e notícias provocadas pelas polémicas ligações afectivas dos seus filhos. Carlos e Diana, carlos e Camila, e mais recentemente o facto de o filho de Eduardo e a nora Sophia não viverem na mesma casa tendo dado origem a muita tinta nos jornais.



Diana Spencer







A sua história nada teve de encantada. O casamento com o príncipe Carlos e a sua simpatia tornaram-na uma das mulheres mais populares e queridas das últimas décadas. Mas o sonho dos primeiros anos na família real tornou-se um pesadelo, tendo passado por momentos muito difíceis, quer durante a separação e mesmo anteriormente, chegando a confessar publicamente que sofria de bulimia. Em Agosto de 1997, o mundo ficou chocado quando acordou com a notícia da morte da Princesa do Povo ou "rainha dos corações".


Isabel



A rainha-mãe de Inglaterra tem uma verdadeira obsessão pela sua imagem e qualidade de vida, gastando "rios de dinheiro" em roupas, acessórios e restaurantes. Para servi-la tem ao seu dispor, um elevado número de empregados, entre mordomos e cozinheiros, sempre disponíveis que vem acrescer as despesas reais. O problema consiste na enorme dívida contraida pela rainha, cerca de 96 mil contos que em muito ultrapassa o rendimento anual de 15 mil contos que lhe é atribuído. Esta é sem dúvida mais uma razão para a família real britânica ser uma das mais polémicas da Europa.


Victoria




A princesa da Suécia foi vítima da doença mais popular entre as adolescentes: anorexia. Este problema parece ter surgido como consequência de um desgosto amoroso, quando se separou de Danie Persson Cllert, um membro das famílias mais ricas daquele país. Depois de um intenso tratamento médico, Victoria recuperou totalmente é agora considerada uma das caras mais bonitas da nobreza europeia.


Stéphanie



Rebelde e defensora da sua liberdade, a princesa ficou muito cedo marcada pela tragédia, com a morte da sua mãe Grace Kelly. O estilo de vida que adoptou em nada se assemelha ao da princesinha dos contos de fadas. Experimentou o mundo da música quando ainda na adolescência decidiu ser cantora, passou pelo mundo da moda e dos perfumes, casou com o seu guarda-costas, do qual teve dois filhos e, ultimamente, com mais uma filha, divide o seu tempo entre as obrigações de mãe e o trabalho num restaurante. Apesar de tudo isto continua a cumprir as obrigações oficiais, aparecendo ao lado do pai em alguns eventos.




Mikii


Fonte: Revista Mulher Moderna nº 524 /2000


(Fotos da Net)

sexta-feira, 3 de junho de 2011




“As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado.”



Machado de Assis, Escritor Brasileiro (1839-1908)




Mikii


(Foto da net)

Charles Darwin

Aniversário.
O naturalista inglês Charles Darwin nasceu há 200 anos em Shrewsbury, na Inglaterra. A viagem que fez à volta do mundo no famoso navio “Beagle” acabaria por mudar a sua vida e repercutir-se profundamente na ciência. Mas não se livrou de polémica.

Ideia de evolução abriu caminho à biologia moderna





Quando embarcou, em 1931, como naturalista, no HMS Beagle, para uma viagem que devia durar dois anos, Charles Darwin não sabia que isso iria mudar a sua vida e muito menos revolucionar a história da ciência e a forma como a humanidade se vê a si própria e à vida.
Agora que se comemorou 200 anos sobre o nascimento de Charles Darwin, o legado do naturista inglês continua actual e vivo, nos caminhos trilhados pela biologia molecular e genética, mas também na biotecnologia e na própria biologia da evolução. Foram as suas ideias que abriram este caminho.






Em vez de dois anos, Charles Darwin esteve cinco anos em viagem à volta do mundo. Um percurso que, por circunstâncias da geografia, teve a sua primeira e última escala em território Português. A primeira, à ida, na ilha de São Vicente, em Cabo Verde, hoje independente. A última, no regresso, na Terceira, nos Açores. Entre ambas as paragens, o jovem Darwin teve o privilégio de observar a diversidade de espécies no Brasil, tropeçou em fósseis de animais gigantes, que o puseram a pensar na razão porque eles se teriam extinguido e, claro, passou mais de um mês nas ilhas Galápagos, onde se cruzou com tartarugas e pássaros e se horrorizou com o aspecto das iguanas.





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Durante estes cinco anos no Beagle, o naturalista atento e curioso coleccionou 1529 espécies, que levou de regresso ao seu país, acondicionadas em garrafas com álcool, levou tartarugas vivas, 3907 espécimes secos, 368 páginas de notas sobre zoologia, mais1383 de geologia e um diário com 770 páginas. Teve tempo ainda para ler Princípios da Geologia, de Charles Lyell’s, que o familiarizou com os processos geológicos mudavam naturalmente a face da Terra, contra a Scientific American.







Darwin regressou a Inglaterra em 1836 e nos anos seguintes, publicar um livro sobre a viagem e desenvolveu o essencial da sua teoria da evolução, embora só tenha publicado On The Origin of Species (A Origem das Espécies) em 1959, depois de saber que um outro naturalista inglês, Russel Wallace, estava a desenvolver uma ideia idêntica.











On the Origin of Species (cujos 150 anos de publicação também se comemoram este ano) defendia a origem comum de toda a vida actual num organismo ancestral. A selecção natural dos mais aptos era uma das suas ideias centrais. O livro granjeou adeptos e causou polémica. Até hoje pela voz dos criacionistas, a polémica continua. Mas o que a ciência demonstrou de muitas maneiras neste século e meio foi que Darwin tinha razão. Na verdade, não há biologia sem evolução.












Estudos

Depois de uma infância traquinas, durante a qual preferia o campo e coleccionar bichos em vez da escola (rezam as crónicas que era um aluno medíocre), Darwin entra para Medicina em 1825, por pressão do pai. Sai pouco depois desgostoso com as autópsias e as cirurgias. Vai então estudar Teologia para Cambridge, e aí conhece John Henslow, qua acabaria por ser decisivo para a sua carreira de naturalista.

Casamento

Casa-se em 1939 com a prima Emma Wedgood e instala-se com a família (terá dez filhos) numa quinta em Downe, 30 quilómetros a norte de Londres. Passa o resto da vida a estudar, a escrever, a fazer experiências e a corresponder-se com os pares.
São conhecidas mais de 25 mil cartas de e para Darwin, incluindo com o naturalista açoriano Arruda Furtado.

Registo Permanente












Darwin era um excelente observador e anotava exaustivamente o que via. A exposição reproduz vários documentos escritos pela mão do cientista, mas a atenção vai para dois blocos onde estão inscritos igual número de momentos importantes para o legado do cientista.
Em cima, a página onde refere a passagem por terras portuguesas, e, em baixo o seu desenho da “árvore da vida”. O bloco em cima é tão valioso que está guardado numa caixa inviolável e só pode ser aberto com duas chaves em simultâneo, uma das quais manejadas pelo responsável britânico.


Charles Darwin, a grande exposição











Reconstituição.











Pela primeira vez pode-se ver como seria Darwin aos 18 anos. O modelo foi feito em Paris, no estúdio de Elisabeth Daynès, e refaz como seria o futuro cientista. Sobre a mão está um escaravelho, bicho que dominava a curiosidade do jovem.











A entrada da exposição A Evolução de Darwin é inesperada porque se faz pelo passadiço de bombordo de uma réplica da proa de um navio que lembra o famoso Beagle, aquele onde o cientista confirmou a paixão pela história natural que já vinha desde a adolescência. É o início de uma viagem histórica, conceptual e de associação de ideias segundo pretende o comissário do evento, o biólogo José Feijó.
Logo em seguida, o visitante depara-se com o enquadramento da época em que o cientista viveu, no qual dominava o fascínio pelos mistérios da natureza, e uma bíblia arménia, aberta na página do Génesis, antevê a polémica que as teorias expostas por Darwin iriam provocar junto da comunidade científica e da sociedade em geral. Seguem-se ilustrações reais que já denunciam preocupações científicas e mitológicas – uma hidra de sete cabeças exemplifica-as – testemunhando que a biologia contemporânea começa ali. A recriação de um gabinete de Curiosidades naturais dinamarquês, á semelhança do que o rei D. José fez (e que foi pilhado por Junot) mostra a desorganização de conhecimentos com que Darwin se confronta ao dedicar a vida à ciência.
São 1300m2 onde, após se recriar o passado, se explica como o cientista trabalhou durante décadas e qual foi o contributo até ao presente, através de muita interactividade e exemplos práticos do legado. Um vídeo de seis minutos explica a evolução uma escada do ADN e um escorrega do RNA divertirá as crianças, depoimentos de cientistas contemporâneos confirmam as teorias e um filme biógrafa Darwin. No fim na inevitável loja, os visitantes encontram lembranças e o catálogo à venda.













O que se sabia á época e o apoio ao trabalho do cientista

Vários painéis fazem o enquadramento histórico do conhecimento científico com que Darwin se depara. “Deus criou, Lineu ordenou“ explica como Lineu definiu o sistema seguido até hoje, baseado na procura de organização divina para entender a lógica de Deus ao criar a Natureza. Pela primeira vez coloca os homens junto a outros mamíferos – vampiros, por exemplo. É o conceito de espécie de Buffon desenvolve (ver imagens abaixo), Lemarck debate e que, com a extrema ajuda de Henslow, Darwin descobre a vocação. “ Sem Henslow, não havia Darwin”, disse-se.


Espécies.

“ Agarre-se no esqueleto do homem, dobre-se para a frente, estique-se a espinha, juntem-se as falanges, acrescentem-se três costelas e temos um cavalo.” É a frase de Buffon que questiona a independência da criação sem ascendência comum.














A adaptação e as diferenças

Três exemplos de observação de Darwin durante a viagem do Beagle. As tartarugas (em cima) que encontraram no chão o seu alimento têm uma carapaça diferente das que têm que elevar o pescoço para comer – a aba junto ao pescoço levantada. As iguanas (à esquerda) adaptam a sua cor à do local onde vivem e se o solo é claro não são escuras como as que vivem neste tipo de chão. Pode ver-se que as aves e os caranguejos ainda não se adaptaram ao seu meio devido às cores bem diferentes do habitat. A observação (mais á esquerda) das carapaças do tatu e do gliptodonte confirmam uma ascendência comum apesar do seu tamanho tão diferente.























A Reprodução do veleiro "Beagle"
























(O camarote e também gabinete de Darwin)













O modelo à escala realizado por três portugueses reconstrói como seria o navio onde Darwin percorreu o mundo durante cinco anos e recolheu as espécies - que ia enviando para Inglaterra - dos locais tão diferentes por onde passava. O seu gabinete situava-se na popa e era atravessado ao meio por um terceiro mastro, colocado para poder cumprir o objectivo de cartografar o globo para a Marinha inglesa. Para dormir, os três membros que partilhavam o espaço esticavam redes. darwin, mais alto que eles, retirava uma gaveta da cómoda para ai enfiar os pés.













Criacionistas, Huckabee e as presidenciais












(Caricatura de Charles Darwin)












A ideia da evolução, e do ser humano visto à luz desta ideia revolucionária, granjeou de imediato muitos detractores das ideias de darwin. A igreja opôs-se na época à ideia de seres humanos e macacos partilharem um mesmo ascendente comum.Darwin chegou a ser caricaturado na época como metade humano, metade macaco. Há sectores conservadores ainda hoje avessos ás ideias de Darwin. Nomeadamente nos Estados Unidos da América, onde recentemente, nas primárias para as presidenciais, o candidato Mike Huckabee, um antigo pastor, chegou a defender a ideia do criacionismo.























(Darwin, imagem do sábio, no fim da vida)











Mikii
Fonte: Jornal de Notícias
12 e 13 De Fevereiro de 2009
Por Filomena Naves
João Céu e Silva,
Natacha Cardoso