quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Mais Saúde com… - 1

*Livre de impurezas*

Sente que o organismo está cheio de líquidos indesejáveis, consequência dos disparates que andou a fazer nos últimos tempos? Tome nota da seguinte tisana desintoxicante que para além de eliminar as impurezas da pele activa as funções do fígado.

Ingredientes: Folhas de uma alcachofra e uma rodela de limão.
Preparação: Lave as folhas da alcachofra e acrescente-as a uma chávena de água a ferver; deixe cozer por alguns minutos, apague o lume e deixe repousar. Coe o preparado e sirva acompanhado com uma rodela de limão.
Tratamento: Tome em jejum, pois as propriedades diuréticas terão mais efeito. Beba durante 15 dias.

Fonte: Revista Maria
Texto/Autor: Dr. Custódio César (nutricionista)
Foto da net
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Berlioz



Luís Heitor Berlioz, nasceu um Côte St. André, a 11 de Dezembro de 1803. Como em Côte St. André não havia piano, o pequeno e simpático Berlioz limitava-se a tocar guitarra. Aos doze anos já compunha músicas de notável inspiração e cujos temas ele aproveitou mais tarde. A família enviou-o para Paris, desejosa de vê-lo seguir estudos capazes de lhe garantirem um futuro próspero. Mas todo o seu entusiasmo era pelo teatro e música. Assim, escreveu em 1828 as Oito Cenas do Fausto, e, dois anos depois, a Sinfonia Fantástica. Neste mesmo ano de 1830 alcançou um prémio, que o devia encorajar. Teve uma ambição suprema: conquistar Paris, a grande cidade do Pensamento e da Arte. O publico Parisiense, que mostrara interesse pelas primeiras obras do jovem compositor, manifestou-lhe depois certa frieza. Trabalhando sempre, Berlioz resolveu buscar o amparo e a glória fora da França, e ei-lo percorrendo a Alemanha, a Áustria e a Rússia. Os Russos compreenderam-no melhor que os franceses. Dotado de grande impressionabilidade, chegou a perder a fé na sua própria arte: duvidou mesmo do seu talento e de tudo quanto escreveu.
A vida sentimental de Berlioz foi um rosário de tristezas. Muito novo, sentiu que a actriz inglesa Harriett Smithson lhe enchia de amor a alma. Harriett veio a corresponder a este afecto sincero por meio de casamento.
Berlioz depressa compreendeu que se enganara, porque Harriett não era o anjo que ele havia fantasiado. Por isso abandonou-a por causa de uma insignificante cantora espanhola, Maria Recio. A morte porém, roubou-lhe tudo. O pai, a mãe, as irmãs, Harriett Smithson, Maria Recio e um filho. Ficou mergulhado na sua dor imensa. Tinham desaparecido para sempre as afeições que mais o poderiam prender à vida, e, no seu angustioso isolamento, principiou a pensar na Morte e a desejá-la. E a Morte chegou: em 8 de Março de 1869 Berlioz obteve o descanso final.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Foto do Almanaque
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Austrália - Queensland

Queensland, entre o mar e a floresta


A norte de Sydney, entre paisagens de águas infestadas de crocodilos e de sonhos apenas possíveis na Grande Barreira de Coral, fica a mais antiga floresta tropical do mundo.

Cidade de Queensland

O EXTREMO NORTE de Queensland, um dos estados mais intocados da Austrália envolto na mais antiga floresta tropical do mundo e pela Grande Barreira de Coral, é um privilégio ao alcance de muitos – o que poderia retirar-lhe algum do encanto que as férias proporcionam – mas a excelência com que a natureza nos brinda é tal que a experiência só pode ser considerada luxuosa. Há inconvenientes em tanto exotismo, caso das medusas que interditam meses a fio os banhos em várias praias, como perigos tão sérios que as autoridades estabelecem um «risco medusa» (stinger risk) cujo índice é afixado diariamente em areias como Cow Bay. 

Praias Cow Bay

Ou um outro perigo permanece ao longo de todo o ano, ao contrário das alforrecas de mau feitio, que são mais assíduas de Novembro a Abril. São os crocodilos de água salgada, maiores (podem atingir seis metros) e mais agressivos do que os seus primos de água doce, e que todos os anos fazem vítimas mortais.
Ultrapassada essa frustração ao primeiro impulso de mergulhar nas águas para os quais o calor nos empurra, é obrigatório visitar a Grande Barreira de Coral, Património da Humanidade formado por milhares de milhões de pólipos que criam um recorte único de 2900 recifes individuais e de mais novecentas ilhas, ao longo de 2600 quilómetros ao largo da costa de Queensland. É uma maravilha tão grande que pode ser avistada dos aviões de rotas comerciais que voam a onze mil metros de altitude.

Grande Barreira de Coral

A Barreira é uma oferta interminável de encantos e motiva uma extensa gama de meios de visita, pelo que há dezenas de barcos a largar da marina de Cairns, com escolhas possíveis entre barcos de borracha a motor ou super iates, com cambiantes de nível a condizer: incursões em recifes garridos povoados por tubarões, dugongos, mantas, tartarugas, golfinhos… ou cruzeiros ruidosos. De um modo mais exclusivo ou popular, a Grande Barreira de Coral recebe todos os anos mais de dois milhões de visitantes e o seu contributo para a economia do país é da ordem dos 2,7 milhões de euros.

Dugongo

Viajar da costa para o interior leva o visitante ao extremo do privilégio quando se adentra – ou paira sobre – a mais antiga floresta tropical do mundo, também ela classificada como Património da Humanidade pela UNESCO: com 135 milhões de anos, é considerada um dos mais activos palcos das principais etapas da evolução do planeta e abriga uma biodiversidade única e espantosamente rica.
O Skyrail conduz-nos por 7,5 quilómetros de floresta e terras riquíssimas, território dos tjapukai, povo aborígene que, como todos os outros do país, sofreu quase até à extinção com a colonização e hoje vive um período em que pelo menos alguns aspectos das suas culturas, tradições e direitos são protegidos pela Constituição australiana. No contracto com a realidade da natureza e com os homens que a integram enriquece-se o viajante que procura o luxo das experiências autênticas.

Skyrail

No regresso pelo pitoresco Kuranda Scenic Railway pode o olhar deleitar-se com a paisagem tornada acessível com o trabalho do homem, que construiu as ferrovias a golpe de picareta e suor, materializando numa maravilha da técnica o engenho dos pioneiros que o construíram em 1891 para escoar os produtos – sobretudo ouro e estanho – que quase levaram ao desaparecimento os outros povos da floresta. 

Kuranda Scenic Railway

O estado de Queensland, prolonga-se para sul, para Atherton Tableland, onde o verde luxuriante da floresta dá lugar a um planalto fértil de origem vulcânica, onde as vilas e aldeias evocam reminiscências alpinas, devido à altitude, às temperaturas amenas e aos lagos que pontilham a paisagem e acolhem gado e homens. 

Florestas de Kuranda

Pelo meio, entre Cairns e Atherton Tableland, o viajante pode perder-se na sofisticação de Port Douglas ou no desfiladeiro de Mossman, paragens obrigatórias num percurso que inclui plantações de cana, selva e praias. Sempre as praias.

Fonte: Revista Notícias Sábado
Texto/Autor: Revista Volta ao Mundo
Fotos da Net
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domingo, 19 de fevereiro de 2017

O maior avião do mundo



Voar foi desde a antiguidade um dos maiores sonhos do homem, como o atestam lendas da mitologia, nomeadamente a de Dédalo e do seu filho Ícaro, o jovem que quis chegar tão alto que derreteu as suas asas de cera e penas com o calor do sol. Visionários, como Leonardo DaVinci, Bartolomeu de Gusmão e Júlio Verne, imaginaram aeronaves mais ou menos realistas, algumas das quais levantaram mesmo voo, mas só ao virar do século XIX para o século XX o irmãos Wright conseguiram tornar realidade esse sonho milenar. Nos últimos 100 anos, contudo, a aviação não parou de fazer progressos, que quase parecem pôr em causa as leis da Física. É o caso do superjumbo Airbus A380, que fez o seu voo inaugural no dia 8 de Novembro do ano 2005 , e que era até essa data o maior avião do mundo.

Fonte: Revista Caras
Texto/Autor: desconhecido
Foto da net
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sábado, 18 de fevereiro de 2017

O Barão de Forrester

O Barão de Forrester

Barão de Forrester

Um dos maiores paladinos do Vinho do Porto

Foi no Pego do Cachão que morreu tragado pelas Águas do Douro

No dia 12 de Maio de 1861 morreu afogado no rio Douro, no lugar do Cachão, com 52 anos incompletos, o Barão de Forrester – José James Forrester -, escritor, artista e viticultor escocês, que tanto se distinguiu na propaganda do Douro e dos vinhos do Porto.

Mapa Barão de Forrester

Camilo Castelo Branco descreve assim, magistralmente, em algumas linhas, o desastre que tanto impressionou o País: « No dia 12, um alegre domingo, saíram todos, o Barão de Forrester e vários amigos, do «Vesúvio», na intensão de jantarem na Régua. O Douro tinha engrossado com a chuva de dois dias e a rapidez da corrente era caudalosa. Aproando ao ponto do «Cachão», formidável sorvedouro em que a onda referve e redemoinha vertiginosamente, o barco fez um corcovo, estalou, abriu um golpe e mergulhou no declive da catadupa. O Barão sofrera a pancada do mastro, quando se lançava à corrente, nadando. Ainda fez algum esforço para apegar à margem; mas, fatigado de bracejar no teso da corrente ou aturdido pelo golpe, estrebuchou alguns segundos na agonia e desapareceu.»

Cachão da Valeira

Este desastre, pelas circunstâncias em que se deu e ainda pelo facto de apenas ter vitimado o Barão de Forrester, foi durante muitos anos motivo de estranhas e singulares versões, tanto mais que o seu cadáver nunca apareceu. Admitiram-se ou bordaram-se lendas e fantasias à volta do sinistro do Cachão da Valeira  e chegou-se mesmo a admitir um crime; mas nada se averiguou…

Convento da Serra do Pilar antes do cerco do Porto de 1832 – gravura do Barão de Forrester tirada da rampa da Corticeira – á direita ficava a Capela do Senhor do Carvalhinho, erguida pelos Padres Jesuítas e por eles mantida até 1761 quando foram expulsos. Serviu de quartel da marinha de D. Pedro durante o cerco e, a partir de 1840, foi a primeira fábrica de cerâmica do Carvalhinho, donde lhe veio a marca. Mais acima ainda se vê um pouco da Muralha Fernandina. Por baixo do convento encontra-se a Capela do Senhor d’Além e a Ponte das Barcas.

O Barão de Forrester, comerciante e viticultor, foi uma figura destaque no Porto de há um século; dedicou o melhor de sua inteligência e actividade ao Douro, procurando por todas as formas acreditar o famoso Vinho do Porto; e de 1843 a 1860 publicou trinta trabalhos, escrevendo-os e ilustrando-os com desenhos, muitos deles excelentes cópias do natural.
Os seus opúsculos «A crise comercial explica-se» e «A verdadeira causa da crise comercial no Porto» contribuíram grandemente para debelar o pânico e estimular as energias dos durienses que ficaram com as vinhas devastadas em 1859; e, seguindo os conselhos e alvitres que lhes sugeriu, conseguiram, em breve espaço de tempo, restabelecer o crédito da Praça do Porto.

Feira de S. Miguel, pintura do Barão de Forrester datada de 1835

Ficaram famosos os mapas que levantou: «O País Vinhateiro do Alto Douro», publicado em legendas em português e inglês e mandado reeditar pela Câmara dos Comuns da Grã-Bretanha, e o «Douro Português e o País Adjacente», de grandes dimensões, que aquela mesma Câmara mandou incorporar no «Blue Book».
As marcas que lançou nos mercados nacionais e estrangeiros conquistaram grande prestígio, tal o cuidado que pôs no trato e cultivo das excelentes vinhas que possuía no Douro e no fabrico de vinhos generosos da sua lavra.História da Pousada Barão Forrester

História da Pousada Barão Forrester

José James era popularíssimo no Porto e no Douro, tanto entre colónia inglesa como na melhor sociedade, destacando-se pela elegância do trajar e pelos requintes de uma educação esmerada. Afável, atencioso, escritor, artista e grande negociante de vinhos licorosos – os vinhos que ele próprio tratava - , usufruía bem justificado renome, tendo ficado famosas as reuniões que dava na sua casa apalaçada da Ramada Alta.

A Gravura do Barão de Forrester 1835

Camilo publicou em 1884 uma tremenda «charge» aos saraus do Barão de Forrester, metendo impiedosamente a ridículo os portuenses e convidados que lhe frequentavam a casa. Desforçava-se, certamente de, de qualquer pretensa injúria dos amigos do Barão, pois este, quando o opúsculo apareceu, já era morto há 23 anos. E no rodopio da bordoada não escapou ninguém e até os mortos levaram para o seu tabaco, e com a mesma crueldade com que tratou a gente da Assembleia Portuense, os de «Palheiro», como ele os classificou.

Pousada

O folheto provocou ruidoso escândalo, mas não diminuiu o prestígio da memória do Barão nem daqueles que reunia à sua volta, tanto mais que, das mazelas apontadas e acerbamente criticadas, a maior era a de gostarem e abusarem de libações do magnífico Vinho do Porto.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da Net /http://portoarc.blogspot.pt
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Há quarenta e um anos sem varíola


A vacinação em massa permitiu pela primeira vez na história da humanidade a erradicação completa de uma doença.
Em 1966, a Organização Mundial de Saúde lançou o Programa de Erradicação, Global da Varíola, uma iniciativa que permitiu organizar campanhas de vacinação em todos os lugares do Mundo. Em poucos anos equipas especialmente formadas para o efeito vacinaram todas as pessoas, do interior das aldeias recônditas dos continentes africanos, asiático e sul-americano até às multidões de peregrinos que acorriam a Meca, dos soldados europeus às populações nómadas do Afeganistão. Valeu a pena: 


em 1950 contavam-se cinquenta milhões de pessoas infectadas, dispersas pelos cinco continentes, em 1973 havia trinta mil, confinadas a cinco países: Somália, Botswana, Paquistão, Bangladesh e Etiópia, onde se registou o último caso, em 1976. Da varíola, uma doença transmissível de pessoa para pessoa e altamente letal, restam agora os stocks de vírus, que se encontram guardados a sete chaves em dois laboratórios de alta segurança. Neste ano de 2017 celebram-se trinta e seis anos de erradicação oficial da doença. Estamos todos de parabéns!

Fonte: Revista Notícias Magazine
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da net
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

À Mesa

Kava-kava


Da família das pimentas, produz um efeito calmante, relaxa os músculos, reduz consideravelmente a ansiedade quanto ao desempenho sexual e estimula os órgãos genitais. É também muito recomendado para os casos de ejaculação precoce.

Wasabi


É um tempero em pasta utilizado na culinária japonesa que, pelo seu gosto picante, o torna num condimento afrodisíaco. O rabanete japonês é também bastante popular, não somente para ser utilizado na arte da cozinha, muitas pessoas usam-no mesmo durante o sexo.

Óleo de girassol


Acredita-se que as sementes desta planta rica em vitamina E são capazes de curar pessoas que sofrem de infertilidade. Se colocadas na beira da janela numa casa onde haja mulher grávida, o filho será segundo uma lenda húngara, um homem viril.

Maracujá


Conhecido mundialmente como a fruta da paixão ‘o maracujá tem um grande poder afrodisíaco, por possuir uma vasta variedade de vitaminas, de sais minerais e de um potente vermífugo identificado nas suas sementes. A combinação de todos os nutrientes dá-lhe poder antioxidante.

Tomilho


É uma planta que desde a Antiguidade tem efeitos terapêuticos. Desde então, o seu aroma passou a ser considerado afrodisíaco. Uma tradição recomenda que basta amassar alguns ramos de tomilho e aspirar o perfume para que a energia fique recuperada.

Vinho

Uma pequena dose aumenta a concentração de hormonas na corrente sanguínea, provocando um aumento da líbido e por ser rico em polifenóis, substância responsável pelo relaxamento do organismo, tem um efeito desinibidor. Contudo é preciso beber com moderação.

Alcaçuz


Na antiga China usava-se esta planta para aumentar o impulso sexual. Segundo pesquisadores americanos que realizaram um estudo sobre como aromas estimulam a excitação sexual, ficou provado que o alcaçuz aumenta em 13% o fluxo sanguíneo do órgão genital masculino.

Uvas

Nas orgias gregas e romanas, esta fruta nunca faltava porque a sua ingestão predispõe os amantes para o envolvimento e para o romance. As uvas de casca branca, por serem ricas em frutose, vitaminas C e B e glucose, são aquelas que mais estimulam e aceleram a energia sexual.

Gengibre


Excitante e digestivo estimula a imunidade e produz um afluxo de sangue aos órgãos genitais, aumentando o desejo sexual. Uma lenda conta que Madame Du Barry, cortesã francesa Luís XV, misturava gengibre com gemas de ovos para induzir os seus amantes.

Kiwi


Além de ser um formidável antioxidante e de o seu consumo combater a infertilidade masculina, esta é a fruta ideal para quem quiser que o seu apetite sexual seja despertado ao rubro. A vitamina C estimula as glândulas responsáveis pelo impulso sexual, fomenta a líbido e diminui o ‘stress’.

Aipo


Planta apiácea rica em selénio e vitamina B, formidável estimulante da glândula pituitária, que por sua vez, excita todas as outras glândulas produtoras de hormonas sexuais. Excelente para os músculos e forte ajuda para a liquefacção sanguínea, os romanos dedicavam o aipo a Plutão – deus do sexo e do inferno.

Marmelo


Devido á sua cor, fragância e alta concentração de sementes, os gregos dedicaram este fruto a Afrodite. Muitas cerimónias de casamento incluem o consumo de um marmelo para dar sorte e desejar prazer aos recém-casados. Não é á toa que se costuma dizer ‘estão na marmelada’ quando alguém está a namorar.

Abacate


Os azetecas chamavam-lhe ‘ahuacati’ (testículo) pela semelhança existente entre a sua forma e esta parte do corpo. Cozinhavam o fruto com cebola e as mulheres só tinham permissão de provar a iguaria em noites especiais, aquelas em que o marido chamava ‘noite de amor’.

Codorniz


Além de conter vitaminas, cobre, ferro e magnésio, nutrientes essenciais para uma boa formação hormonal, a codorniz, segundo a lenda secular consegue ter diversas relações sexuais num curto espaço de tempo e transmite esse espírito aos seus ovos.

Pau de cabinda


Esta planta secular em tradição é um autêntico afrodisíaco 100% natural, os seus efeitos são diversos e comprovados mundialmente, combate a impotência, origina erecções fortes e duradoiras, estimula o orgasmo feminino e aumenta para o dobro o apetite sexual.

Fonte: Revista Maria
Texto/Autor: Botica da Saúde (Dr.Custódio César, Nutricionista)
Fotos da net
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Cartas de amor de grandes mulheres

Cartas de amor de grandes mulheres. Para que os homens não esqueçam.

Catarina de Aragão (1485-1536)


Meu senhor e adorado esposo: enalteço-me a vós. A hora da minha morte aproxima-se rapidamente e, sendo este o caso, o amor terno que vos devo força-me com poucas palavras, a lembrar-vos da saúde e salvaguarda da vossa alma, que devereis preferir a todas as palavras e que colocais à frente do cuidado e afecto de vosso próprio corpo, através do qual me haveis causado muita miséria e a vós muitos cuidados. Da minha parte, perdoo-vos a todos, sim, eu desejo e rezo devotadamente a Deus para que Ele também vos perdoe. De resto, entrego-vos Mary, nossa filha, suplicando que sejais um bom pai para ela, tal como outrora desejei. Também vos imploro, em nome das minhas criadas, que lhes entregueis dotes do matrimónio, o que não será muito, sendo elas apenas três. Para todos os meus outros criados, solicito mais um ano de pagamento do que lhes é devido, para que não fiquem privados de recursos. Por último, prometo eu que os meus olhos vos desejam mais do que a qualquer outra coisa.

Catarina de Aragão
Para Henrique VIII, de quem foi a primeira mulher pouco antes de morrer.

Abigail Adams (1744-1818)



A enorme distância entre nós faz que o tempo me pareça muito longo. Parece que já passou um mês desde que me deixaste. A grande ansiedade que sinto pelo meu país, por ti e pela tua família torna o dia entediante e a noite desagradável. As pedras e areias movediças aparecem por todo o lado. O caminho que podes tomar ou tomarás está no seio do futuro. A incerteza e a expectativa deixam na mente uma grande esfera de acção. Alguma vez um Reino ou um Estado reconquistou a sua liberdade tendo sido invadido sem se derramar sangue? Não consigo pensar em tal coisa sem sentir aversão. No entanto, é-nos dito que os infortúnios de Esparta foram ocasionados pela grande solicitude que tinham pela tranquilidade presente, e com um excessivo amor pela paz negligenciaram os meios para garantirem que tal fosse certa e duradoura. Era seu dever terem reflectido. Diz Polibuis que, como não há nada mais desejável ou vantajoso do que a paz, quando encontrada na justiça e na honra, também não há nada mais vergonhoso e, ao mesmo tempo, mais pernicioso, quando é obtida por más medidas e comprada com o custo da liberdade (…). Quero tanto saber notícias tuas. Espero com impaciência ter-te na fase de acção. Talvez o primeiro de Setembro, ou o mês de Setembro, sejam de tão grande importância para a Grã-Bretanha como os Idos de Março o foram para César. Desejo-te também todo o Estado como bênção privada, e que a sabedoria, que é vantajosa tanto para a instrução como para a edificação, te conduza neste dia difícil. O pequeno floco de lã lembra-se do papá e, carinhosamente, deseja vê-lo. Assim como a tua mais afectuosa.

Abigail Adams
Para o marido, John Adams, primeiro Vice-Presidente dos Estados Unidos em 1789 e segundo Presidente do mesmo país em 1797.
Mãe de John Quincy Adams, sexto presidente dos EUA.

Mary Wollstonecraft (1759-1797)



Fico contente por descobrir que outras pessoas possam estar irracionalmente tão bem como eu; (…) não estou chateada contigo, meu amor, pois acho que é uma prova de estupidez, e também um afecto turvo, o que vai dar ao mesmo quando o temperamento é governado por uma esquadra e uma bússola. Não há nada de pitoresco na igualdade recta e as paixões dão sempre elegância às acções. A lembrança faz que o meu coração esteja ligado a ti; mas não está ligado ao teu lado que ganha dinheiro. Não posso estar seriamente desagradada com o empenho que aumenta a minha auto-estima, ou antes, deveria esperá-lo da tua parte. Não. Tenho o teu rosto honesto diante de mim – descontraído pela ternura, um pouco – pouco magoada pelos meus caprichos. E os teus olhos, a cintilar com simpatia. Sinto os teus lábios mais macios do que o macio e repouso a minha face na tua, esquecendo-me do mundo. Não deixarei a cor do amor de fora da pintura – o brilho rosado; e o desejo espalhou-o pelas minhas próprias bochechas, acredito, pois sinto-as a arder, enquanto uma lágrima deliciosa treme no meu olho, que será toda tua, se uma grande emoção direccionada para o pai da natureza, que me fez desta forma aberta à felicidade, não deu mais calor ao sentimento que divide. Devo fazer uma pausa. Preciso dizer-te que fico tranquila depois de te escrever? Não sei porquê, mas tenho mais confiança no teu afecto quando estás ausente do que quando estás presente; além disso, acho que deves amar-me, porque, deixa-me dizê-lo com a sinceridade do meu coração, acredito merecer o teu carinho, porque sou verdadeira e tenho um grau de sensibilidade que consegues ver e apreciar. Sinceramente tua.

Mary Wollstonecraft
Escritora, Primeira feminista a reivindicar direitos para as mulheres, para  Gilbert Imlay, Soldado Americano, empresário e reconhecido mulherengo, que a deixou ainda antes do nascimento da filha em comum.

Imperatriz Josefina (1763-1814)



Milhares e milhares de agradecimentos carinhosos por não te teres esquecido de mim. O meu filho trouxe-me agora a tua carta. Li-a com excitação, e no entanto gastei muito tempo com ela; pois não havia nela uma palavra que não me fizesse chorar. Mas essas lágrimas eram tão doces. Encontrei novamente o meu coração, e como ele sempre será, há sentimentos que vivem por si mesmos e que só podem terminar juntamente com ele. Ficaria eu em desespero se a minha carta te tivesse desagradado; não me lembro exactamente das expressões que usei, mas conheço cada sentimento doloroso que me ditou as palavras, fruto do desapontamento de não ter recebido notícias tuas. Escrevi-ta aquando da minha partida de Malmaison e desde então quantas vezes não desejei ter-te escrito mais vezes! Mas entendo os motivos por detrás do teu silêncio, e temia que uma carta tua me pudesse deixar triste. A que te envio foi revitalizadora para mim. Fica contente; tão contente quanto mereces; é todo o meu coração que fala contigo. Tu também me deste a minha dose de alegria, uma partilha sentida vivamente; para mim, nada iguala uma demonstração da lembrança. Adeus meu amigo; agradeço-te com tanto carinho quanto o amor que sinto por ti.

Marie-Joseph Tascher de La Pagerie
Para Napoleão Bonaparte, coroado Imperador de França em 1804, com quem se casara em 1796.

Clara Wieck Schumann (1819-1896)



Desejas apenas um simples «sim»? Uma palavra tão pequena – mas tão importante. Não deve um coração tão cheio de amor indiscritível como o meu proferir esta pequena palavra com toda a sua força? Eu faço-o e a minha mais profunda alma sussurra-te sempre. As tristezas do meu coração, as muitas lágrimas, poderei descrevê-las perante ti – oh, não! Talvez o destino ordene que nos vejamos mais cedo e nessa altura – atua intensão parece-me arriscada e, no entanto, um coração apaixonado não tem os perigos em consideração. Mas mais uma vez digo-te «sim». Tornará Deus o dia do meu décimo oitavo aniversário num dia infortúnio? Oh , não! Isso seria demasiado horrível. Para além disso, sinto há muito que «tem de ser», nada no mundo poderá convencer-me a afastar-me do que acho correcto, e hei-de mostrar ao meu pai que o mais jovem dos corações também pode ser constante no seu propósito. A tua Clara.

Clara Wieck Schumann
Reputada Pianista, para o futuro marido, o compositor Robert Schumann, que acabara de a pedir em casamento.

Rainha Vitória (1819-1901)



Escreveste-me numa das tuas cartas acerca da nossa estada em Windsor, mas, querido Alberto, não compreendeste, de todo, o problema. Esqueceste-te. Meu querido amor, que sou a soberana, e esse facto não pode parar ou esperar pelo que for. O parlamento está em funções e quase todos os dias ocorre algo que pode requerer a minha presença. É-me portanto impossível ausentar-me de Londres, pelo que dois ou três dias já são tempo demais para me ausentar. Não descanso por um momento se não estou presente, e se não oiço e vejo o que se está a passar, e toda a gente, incluindo as minhas tias (que muito sabem destas coisas), diz que devo voltar após o segundo dia, pois, porque devo estar rodeada da minha corte, não a posso deixar sozinha. Este é também o meu verdadeiro desejo. Relativamente ao Brasão: não tens direitos enquanto príncipe inglês, e o tio Leopold não tem direito se dividir o Brasão inglês, mas a Soberana tem o poder de o permitir por Ordem Real: isto foi feito ao meu tio Leopold pelo príncipe regente e eu fá-lo-ei novamente por ti. Mas só pode ser feito por Ordem Real. Irei, então, sem demora, mandar gravar um selo para ti… Li nos jornais que tu, querido Alberto, recebeste muitas Ordens; e que a rainha de Espanha te enviará o Tosão de Ouro… Adeus, queridíssimo Alberto, e pensa bastante na tua fiel Vitória R.

Rainha Vitória
Para o marido, Alberto, Príncipe Consorte.


Imperatriz Alexandra da Rússia (1872-1918)


Querido amor, os meus telegramas não podem ser muito calorosos, pois passam por muitas mãos militares – mas lerás todo o meu amor e desejo nas entrelinhas. Meu doce, de se alguma forma não o sentires, deverás chamar o Feodorov – e fica de olho nos Fredericks. As minhas orações mais sérias irão seguir-te dia e noite. Recomendo-te à protecção de nosso Senhor – possa Ele guardar-te, conduzir-te e trazer-te de regresso em segurança e são. Abençoo-te e amo-te, como raramente alguma vez um homem foi amado – e beijo todos os sítios amados e aperto-te com ternura de encontro ao meu coração. Para sempre tua. Da tua velhinha esposazinha. A imagem ficará esta noite debaixo da minha almofada, antes de ta dar com a minha bênção fervorosa.

Imperatriz Alexandra da Rússia
Para o marido, O Czar NicolauII da Rússia

Ofélia Queiroz (1900-1991



Fernando, há já quatro dias que não me aparece e nem ao menos se digna escrever-me. Sempre a mesma forma de proceder. Vejo que não faço nada de si, porque compreendo perfeitamente que é para me aborrecer que assim procede, que me terá mesmo chamado parva algumas vezes. Como o Fernando não tem motivos para acabar, procede então da forma que procede. Pois bem, eu assim não estou resolvida a continuar. Não sou o seu ideal, compreendo-o claramente, unicamente o que lastimo é que só quase ao fim de um ano o senhor o tenha compreendido. Porque se gostasse de mim não procedia como procede, pois que não teria coragem. Os feitios contrafazem-se. O essencial é gostar-se. Está a sua vontade feita. Desejo-lhe felicidades.

Ofélia Queiroz
Para o namorado Fernando Pessoa.

Claire Clairmont (1798-1879)



Pediste-me que te escrevesse pouco e tenho tanto para dizer. Também me fizeste acreditar que era uma fantasia que me levava a estimar o afecto que tenho por ti. Não pode ser uma fantasia, porque foste ao longo do último ano, o objecto acerca do qual todos os momentos solitários me levaram a meditar. Não espero que me ames, não sou merecedora do teu amor. Sinto que és superior, no entanto, para minha surpresa, mais para minha alegria, traíste paixões que acreditava já não viverem no teu peito. Tenho eu de viver com sofrimento o querer da felicidade? Devo rejeitá-la quando me é oferecida? Posso parecer-te imprudente, imoral; as minhas opiniões detestáveis, a minha teoria depravada; mas pelo menos o tempo há-de mostrar que amo carinhosamente e com afecto, que sou incapaz de algo que se aproxime da vingança ou da malícia; asseguro-te, o teu futuro será meu e tudo o que fizeres ou disseres não será por mim questionado. Tens alguma objecção ao plano que se segue? Na quinta-feira à noite podemos sair juntos da cidade por algum caminho ou correio com a distância de dez ou vinte milhas. Aí seremos livres ou desconhecidos; podemos voltar cedo, na manhã seguinte. Arranjei aqui as coisas para que não seja levantada a mínima suspeita. Reza para que aí aconteça o mesmo. Permites que, por dois momentos, eu me acomode aí contigo? Não ficarei um único instante depois de me dizeres para partir. É que é possível dizer e fazer num curto espaço de tempo, num encontro, o que não é possível escrevendo. Faz o que quiseres, ou vai onde quiseres, recusa ver-me e comporta-te com maldade, nunca hei-de esquecer-te. Vou sempre lembrar a tua ternura e a estranha originalidade do teu rosto. Tendo tu sido visto uma vez, não mais és esquecido. Talvez esta seja a última vez que te escrevo. Mais uma vez, então, deixa-me assegurar-te que não sou ingrata. Agiste honradamente em todas as coisas e só me irrita a estranheza da minha maneira de ser e que, até agora, algo como a minha timidez não me tenha permitido expressá-lo pessoalmente.

Claire Clairmont
Para Lord Byron, de quem Claire teve uma filha, numa altura em que Byron já não estava interessado na relação.

Fonte: Revista Notícias Magazine
Texto: Do Livro (Cartas de Amor de Grandes Mulheres)
Autor: Ursula Doyle
Fotos da Net
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