Esta lenda passou-se no ano de
1166, no tempo em que Évora ainda se chamava de Yeborath estava dominada pelos
mouros, para grande desgosto de D. Afonso Henriques. O rei queria salvar a
cidade das mãos dos árabes, porque este era um óptimo ponto estratégico para
conquistar o resto de Portugal aos mouros.
Geraldo Geraldes, um cavaleiro
nobre mas também bandido salteador, era o chefe de um bando de foras da lei que
moravam num pequeno castelo nos arredores de Yeborath. Conhecido também pelo
Sem Pavor, Geraldo Geraldes decidiu conquistar Évora para resgatar a sua honra
e o perdão para os seus homens. Disfarçado de trovador (assim se chamavam os
poetas da altura) rondou a cidade e traçou a sua estratégia de ataque à torre
principal do castelo que era vigiada por um velho mouro e pela sua filha. Numa
noite, o Sem Pavor subiu sozinho à torre e matou os dois mouros, apoderando-se
em silêncio da chave das portas da cidade. Reuniu os seus homens a atacou a
cidade adormecida numa noite sem lua.
(Praça Geraldo Geraldes)
A cidade, surpreendida,
rendeu-se ao poder cristão. No dia seguinte, D. Afonso Henriques ficou
surpreendido com a grande novidade e tão feliz que devolveu a Geraldo Geraldes
as chaves da cidade, bem como a espada que ganhara, nomeando-o governador
eterno de Évora. Ainda hoje, a cidade ostenta no brasão do claustro da Sé, a
figura heróica de Geraldo Geraldes e das duas cabeças dos mouros decepadas,
para além de lhe dedicar a praça mais emblemática e central da cidade de Évora.
Fonte: Revista Correio Domingo
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