Serviam mais para impressionar
do que para morder os dentes de sabre do tigre que os ostentava. Investigadores
australianos concluíram, a partir da análise do crânio do felino extinto, que a
força da mordida dele equivalia apenas a um terço da que tem um tigre moderno
quando fecha a boca. Smilodon, ou Esmilodonte popularmente conhecido como
Tigre-dentes-de-sabre, é um felino extinto, pertencente à subfamília Machairodontinae.
Apesar de comum, esta
nomenclatura é incorrecta, porque o Smilodon não é um antecessor do tigre, nem
lhe está directamente associado. O Smilodon surgiu no Plioceno (três milhões de
anos atrás), sendo provavelmente um descendente do dente de sabre mais antigo
Megantereon, e viveu na América do Norte e América do Sul até há dez mil anos.
Era estritamente carnívoro, e
os seus dentes caninos superiores podiam medir até vinte centímetros de
comprimento. Possuía uma articulação especial da mandíbula que a permitia abrir
num ângulo de até 95°. Esta capacidade permitia ao animal, que possuía patas
dianteiras extremamente musculosas para imobilizar a presa, morder na garganta
da sua vítima que rompia rapidamente os vasos sanguíneos e fechava a traqueia,
acelerando a morte e evitando cuidadosamente uma mordida na coluna, o que faria
com que os caninos se partissem ao chocarem-se contra ossos. Por outro lado, os
incisivos destes animais encontravam-se projectados para a frente, para
permitir-lhes cortar a carne de suas presas já mortas sem lesionar os seus
caninos, o que fazia com que estes felinos apresentassem uma face mais comprida
do que as espécies modernas do mesmo porte. Há evidências de que os Smilodon
tivessem um comportamento de grupo, semelhante ao dos leões, dado que
exemplares fósseis apresentam fracturas consolidadas, evidenciando que possam
ter partilhado de presas abatidas por outros exemplares da espécie até se
curarem de suas lesões.
Fonte: Revista Domingo Magazine
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