Corrida contra a morte
Reza a história que Magdalena
Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu na manhã quente de 6 de Julho de 1907 na
Cidade do México.
Aos 17 anos sofreu um terrível
acidente foi perfurada por um corrimão de ferro, num autocarro – qua a obrigou
a usar cintas ortopédicas durante dois anos. Forçada a viver deitada, começou a
pintar.
(Esquerda: Diego Rivera no seu estúdio. Direita: Frida Kahlo no Jardim da sua casa.)
Recuperada, ‘foi atrás’ de
Diego Rivera – o mais famoso pintor mexicano do século XX, por quem nutria uma
grande admiração desde os seus tempos de menina – para que este lhe desse uma
opinião sobre os seus primeiros trabalhos. Nessa altura, vivia a chamada ‘fase
masculina’, ou seja, tinha especial aptidão para se vestir como se fosse homem.
Mas, ao conhecer Diego, mudou. Rauda Jamis (‘Frida’) recorda que depois de ter
encontrado Diego, trocou o trajo masculino pela imagem típica da mulher
mexicana, usando saiotes, rendas, vestidos coloridos…”.
(Frida Kahlo na sua pintura no estúdio, Retrato de Meu Pai.)
Segundo Le Clézio (‘Diego & Frida’), Diego Rivera era “um homem provocador, inquietante, mentiroso, violento, vingador e terrivelmente sedutor na sua imensa fealdade…”. Mesmo assim, Frida apaixonou-se por ele e, contra a vontade da mãe, casou com o pintor, vinte e um ano mais velho que ela, em 1929.
Ele era mulherengo, infiel
e um péssimo marido. Mas o amor de Frida por este homem venceu todos os
obstáculos. Casaram, perderam um filho, divorciaram-se e voltaram a casar. Eles
partilhavam a paixão pela pintura. A vida de Frida Kahlo fou pautada pela dor e
pela doença.
( Esquerda : Frida Kahlo no seu quarto. Direita: Frida Kahlo e Dr. Juan Farill fotografado na sua casa.)
Nunca recuperou do acidente que teve e o seu estado físico foi-se
agravando. No entanto era uma mulher bonita, apesar das suas deficiências e,
principalmente, determinada. Passou uma longa temporada nos EUA, ao lado de
Diego e, em 1939, deslocou-se para Paris onde inaugurou uma exposição. Nessa
altura, a Europa aplaudiu esta artista ‘Exótica’ e Frida conheceu Picasso,
Breton, Duchamp e Kandinsky, entre outros. Farta das infidelidades, decidiu
viver as suas próprias aventuras amorosas.
A primeira ocorreu com Leon Trotski, quando este se refugiou em sua casa no México. Seguiram-se outros casos, como o fotógrafo Nickolas Muray. Mas foi ao lado de Diego que, aos 47 anos de idade, morreu. Entre os vários escritos de Diego encontra-se este: “Frida é o único exemplo na história da arte de alguém que arranca o seu próprio seio e o próprio coração para dizer a verdade biológica que sente neles”.
Fonte: Revista Correio da Manhã Domingo Magazine
Texto: Sofia Rato
Fotos da Net
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