(foto da net)
Cabala
Originalmente, uma organização baseada nas leis orais e no misticismo judaico sobre a natureza de Deus, a criação do Universo, a origem e o destino da alma e o papel dos seres humanos. Consiste em práticas devotas, místicas e mágicas que só são ensinadas a um grupo restrito de pessoas , por isso, a Cabala é vista como uma ramificação esotérica do Judaísmo. Nos últimos anos sofreu uma renovação, incorporando vários elementos do espiritualismo da nova era, o que atraiu muitas celebridades e desagradou à maioria dos judeus.
Madonna aconselhou o Governo Britânico a usar um fluído místico da Cabala na limpeza de desperdício radioactivo. A cantora, juntamente com o marido, Guy Ritchie, abordou o primeiro-ministro, o Departamento do Comércio e Indústria e os Combustíveis Nucleares Britânicos com esta ideia inovadora. Madonna acredita que a « água da Cabala pode ter poderes curativos mágicos através da meditação e da consciência da partilha».
AMORES PROÍBIDOS é este o título da canção de Madonna (na foto durante um concerto em Itália). A cantora é uma das seguidores da Cabala.
Revista ÙNICA 16 de Setembro de 2006
Jornal Expresso
quarta-feira, 27 de junho de 2007
MADONNA
Nicole kidman
Condóminos travam anúncio de Nicole Kidman
Numa curta estadia em Roma, onde se encontrava a fazer um anúncio para a « Sky Itália TV», a actriz Nicole Kidman viu-se confrontada com uma situação pitoresca. Os moradores do edifício histórico situado no nº 41 da Via Vespucci, onde decorriam as filmagens, impediram a equipa de Kidman de continuar a trabalhar, por quererem ser recompensados pelo desassossego provocado no condomínio. Os moradores exigiam 25 mil euros, bem mais do que tinha sido proposto inicialmente (6.000 ). E, enquanto Kidman aguardava calmamente o desfecho da situação no interior de uma carrinha de filmagens estacionada na rua, conseguiram o que queriam. E o anúncio lá acabou por se fazer…
Revista Única , 16 de Setembro de 2006
quinta-feira, 31 de maio de 2007
O Comboio mais alto do mundo
Recorde do Tibete para a China Ocidental
Em Julho de 2006 os chineses
começaram a testar o comboio que liga a capital do Tibete, Lhasa, a Golud, na
província de Qinghai, numa distância de 1100 quilómetros, metade dos quais
cobertos de gelo. No seu ponto mais elevado, a linha ficará a 5 mil metros de
altitide, mais 250 metros do que a que liga Lima a Huancayo, no Peru, e que
detinha, até agora, o recorde de altitude.
O governo chinês anunciou
que esta obra se destina a quebrar o isolamento das suas províncias ocidentais
e também a desenvolver o Tibete. Mas os tibetanos, desconfiados, receiam que a
nova ligação se destine, antes a levar-lhes os minerais e mesmo a transportar
para ali soldados chineses, sempre que haja protestos a favor da independência.
Fonte: Revista Visão
Texto/Autor: Eugene Hoshiko
Foto da net
© Carlos Coelho
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Simon Bolívar
Disse ele...
“A arte de vencer aprende-se com as derrotas”“Do heroísmo para o ridículo
não há mais de um passo”
“Custa mais manter o
equilíbrio da liberdade do que suportar o peso da tirania”
“É difícil ser justo com
quem nos ofendeu”
“ Ai do país em que apenas
um exerce todos os poderes; é um país de escravos”
SIMON BOLÍVAR (1783-1830).
Nascido numa família aristocrática de Caracas, liderou a invasão da Venezuela
em 1813, sendo proclamado O Libertador. Antes, viajou pela Europa e Estados
Unidos e aderiu à maçonaria. Morreu só.
Fonte: Revista Sábado de 17 de Maio de 2007
Foto da net
© Carlos Coelho
segunda-feira, 14 de maio de 2007
KYLIE MINOGUE
Há muito que Kylie Minogue é uma das divas da comunidade homossexual. Agora, o produtor Calvin Harris “ofereceu-lhe” o que considera ser uma “ grande música pop gay”. Em declarações à MTV britânica, o escocês revelou que a música já está gravada e descreveu-a da seguinte forma: “Soa a 500 homens a dançar em tronco nu. É uma canção suja, suada e um bocado errada. É uma grande música pop gay, claro”. Harris aproveitou também para desmentir a existência de qualquer caso amoroso com a cantora Australiana, brincando com os boatos: “Somos apenas amigos e essa história é completamente falsa. A diferença de altura é enorme e não iria resultar.”
In Jornal Correio da Manhã de Sábado 5 de Maio de 2007.
Toby Melville / Reuters
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Britney spears
Renasceu 20 minutos
Depois de quase três anos a dar que falar aos tablóides sensacionalistas pelas diatribes da sua vida pessoal e um mês depois de deixar uma clínica de reabilitação e de ter assinado os papeis para o divórcio, Britney Spears, a nova rainha da música pop, reapareceu nos palcos.
Umas canções após escândalos
A ex-musa dos adolescentes, dada nos últimos tempos à vida boémia, ao álcool, às drogas e aos escândalos, deu um show surpresa no Sul da Califórnia, no Oeste dos Estados Unidos. A cantora só se apresentou durante 20 minutos, num palco da rede House of Blues, em San Diego, interpretando alguns dos seus maiores sucessos musicais, uma espécie de renascimento artístico mas em doses pequenas. Após ter afirmado ser o Anticristo, ter rapado a cabeça e picado o ponto nas discotecas da moda; após os filhos, os amores e os desamores, Britney Spears voltou ao que a popularizou: as canções de letra fácil e ritmo certinho. É para durar?.
In Jornal DESTAK de 5ª feira 3 de Maio de 2007.
Nuno Trinta de Sá
terça-feira, 8 de maio de 2007
NÚMEROS
METROS de altitude são ultrapassados pelas montanhas do Kilimanjaro, Monte Quénia e Rowenzori, insólitas pela presença de glaciares em plena Àfrica Equatorial.
1968
Ano em que o “rato” de computador foi criado por Douglas Engelbart, resultado de um projecto que durou cinco anos.
Quilómetros é quanto tem Plutão de diâmetro. Fica a 5.914 biliões de quilómetros do Sol.
1926
Ano em que o primeiro foguete com sistema de propelente líquido foi lançado, em Auburn, Massachussets- EUA.
A tecnologia que mais tarde possibilitou a ida do homem ao espaço.
4,5
Biliões de anos é o tempo da existência do material original procedente da formação do cometa Temple 1.
11
Anos e 314 dias é o tempo que o Planeta Júpiter demora para completar uma volta em redor do Sol. Assim, um homem de 100 anos, se tivesse nascido em Júpiter, teria apenas 9 anos de idade.
In Revista Plenitude de Outubro de 2005.
(FOTOS TIRADAS DA NET)
segunda-feira, 7 de maio de 2007
MADONNA CONSERVADORA?
IN REVISTA ÚNICA JORNAL EXPRESSO Nº1792 DE 3 DE MARÇO 2007
sexta-feira, 4 de maio de 2007
NICOLE KIDMAN
Nicole procura um milionário
in Jornal Destak de 4ª feira 2 de Maio de 2007
sábado, 28 de abril de 2007
Aranhas
Aranhas macho são românticas
Quando fazem amor, algumas
aranhas-macho arrancam o seu órgão sexual para aumentar as probabilidades de
que o acto resulte na construção de uma família.
Estes seres altruístas
partem o órgão enquanto fazem sexo com a cara-metade, para que este continue a
injectar o esperma dentro da parceira, já muito tempo depois de os corpos se
terem separado. Até agora, aquele comportamento estranho do macho nunca tinha
sido compreendido pela ciência.
Quando tudo acaba, será uma
boa ideia ir para outras paragens, já que muitas aranhas-fêmea acham romântico
devorar (engolir) o parceiro no final destes momentos de loucura.
Fonte: Revista Nova Gente
Texto/autor: Desconhecido
Foto da Net
terça-feira, 17 de abril de 2007
Britney Spears
(foto a net)
Careca Valiosa
Depois de espantar
os seus fãs com um
radical corte capilar,
as madeixas de Britney
Spears já estão a ser´
leiloadas na Internet.
Se por acaso estiver inte-
ressado é só abrir os
cordões à bolsa...
Revista Plenitude
Mariah Carey tem novo Herói
A cantora, que eternizou
"Hero", vive uma intensa
relação amorosa, mas
não menciona o nome do
escolhido. Numa entrevista
á revista americana
"People", para além de se
mostrar "arrependida" pelo
casamento que manteve
com Tommy Motolla, Carey
afirmou também que
pretende ter filhos, sim,
"mas da maneira certa,
com o marido certo e
com a vida familiar
correcta" .
Revista Plenitude
quarta-feira, 11 de abril de 2007
O Tuga
Condições da neve:
-Neuchatel, 12cm, mole;
-Lausanne, 18cm, escorregadia;
-Schaffhausen, 15cm, consistente.
Por baixo alguém escreveu:
Sebastião da Silva, 20 cm, rija.
mikii
terça-feira, 10 de abril de 2007
O Paraíso no Índico
E então aqui vai: Praias de areia branca, águas mornas e azuis, muitos coqueiros e um clima tropical, um verdadeiro paraíso na terra…
O PARAÍSO DO ÍNDICO
A ilha principal dá o nome ao país. Rodeada de recifes de coral, a beleza natural da ilha Maurícia surpreende a cada olhar.
Conhecida pelos árabes desde o século X e descoberta pelos Portugueses em 1505, a ilha Maurícia foi colonizada pelos Holandeses no século XVIII.
Os Franceses reclamaram a posse da ilha, que depois foi cedida aos Ingleses. É independente desde 1968 e hoje tem uma grande mistura de raças e uma cultura predominantemente hindu. A diversidade está nas gentes, na gastronomia e nas tradições.
Sai-se da cidade e pode-se ir até à vila de Pamplemousses, a 12 quilómetros da distância, e perca-se num fantástico jardim botânico cheio de charcos com nenúfares gigantes e árvores muito particulares, como a Talipot, uma palmeira que floresce aos 60 anos e morre de seguida.
PRAIA E DIVERSÃO
Ao lado fica a Sugar Beach, outra praia onde se pode aproveitar para relaxar. Le Coco Beach, em Belle Maré, é uma praia cheia de actividade, onde se pode apreciar a paisagem ou aventurar-nos num dos desportos aquáticos. Pode-se aproveitar bem as inúmeras ofertas desta magnífica ilha!
À noite há sempre programas nos resorts, como espectáculos de música, de moda ou até jogos. A diversão está sempre assegurada pelos bares da cidade. Quanto à gastronomia, não se pode deixar de provar o marisco e os frutos do mar.
segunda-feira, 2 de abril de 2007
O Império Romano 1
Europa Mediterrânea – Acontecimentos
Logo ao terminar a Segunda Guerra Púnica com a derrota de Cartago (202 a.C.), o estado romano começou a aplicar uma decisiva política de expansão. No Norte da Itália, os povos celtas e as tribos lígures que haviam apoiado Aníbal foram rapidamente vencidos e submetidos e em seus territórios foram fundadas colónias de direito romano ou latino. Às colónias mais antigas, como Cremona e Piacenza, que foram reforçadas (190 a.C.), se somaram outras novas, como Módena e Parma (183 a. C.), Aquiléia (181 a.C.) e Luna (177 a. C.). Com o troço da Via Emília entre Piacenza e Rímini e a construção da Via Postúmia entre Gênova e Aquiléia melhorou-se o sistema viário, eixo da romanização.
(Foto, Mapa temático da
ampliação do Império Romano no transcurso do século I a. C.)
Por outro lado, a leste,
Roma tropeçou com o poderoso estado da macedónia, encabeçado por Filipe V, que
já durante a Segunda Guerra Púnica havia procurado ajudar Aníbal várias vezes,
com a intensão de limitar os alvos expansionistas de Roma. Em 197 a. C., em
Cinoscéfalos (Tessália), o cônsul Tito Quíncio Flaminino, com o apoio da
Liga Etólia, Rodes e Pérgamo, se sublevou, tendo uma vitória decisiva. Filipe V
teve que renunciar às conquistas anteriores, pagar uma pesada indenização de
guerra e entregar a frota.
Em Corinto, um ano mais tarde, por ocasião dos Jogos Ístmicos, Flaminino proclamou a liberdade de toda Grécia. A situação agravou-se com a subida ao trono macedónio de Perseu, filho de Filipe V, que sentia animosidade pelos romanos. A guerra foi inevitável e terminou em Pidna (168 a. C.), com a vitória do cônsul Lúcio Emílio Paulo. Vinte anos depois, por causa de uma rebelião capitaneada por um tal Andrisco, Roma interveio novamente e a macedônia foi convertida em província romana. Em 146 a. C., depois da rebelião da Liga Aquéia, a Grécia foi incorporada a esta província.
(Foto, Baixo-relevo com cena
de um combate de gladiadores. Na escola de gladiadores de Cápua começou a
guerra servil, conhecida também como rebelião dos escravos.)
Naquele período, os povos ibéricos das duas províncias de Espanha (Citerior e Posterior, criadas pelo senado romano em 197 a. C.,) revoltaram-se, aproveitando as campanhas militares de Roma na África e Grécia. Os lusitanos, guiados por Viriato, um audaz chefe militar, derrotam várias vezes os generais romanos, até que em 140 a. C. obtiveram a paz e o seu reconhecimento como aliados do povo romano. Mas o assassinato à traição de Viriato (138 a.C.) obrigou-os a renderem-se. Por outro lado, os celtiberos, que que se fortaleceram na cidade de Numância, foram derrotados definitivamente em 133 a. C. por Cipião Emiliano, depois de um longo assédio. Mas as guerras e conquistas da primeira metade do século II a. C. causaram transtornos graves no estado romano. A invasão de Aníbal e a longa permanência no serviço militar de muitos pequenos proprietários de terras arruinaram a agricultura italiana, provocando, por um lado, a expansão do latifúndio e, por outro, o êxodo para Roma de grandes massas de camponeses. Além disso, a grande afluência de escravos, que na sua maioria trabalhavam nos latifúndios em condições sub-humanas, logo causou graves desordens públicas que, amiúde, desembocaram em rebeliões declaradas, como a que explodiu na Sicília, encabeçada pelo sírio Êunoo. Tibério Semprônio Graco fez uma primeira tentativa de solucionar a situação caótica e em 133 a. C. propôs uma reforma agrária. A reforma, que não suprimiu a propriedade privada e procurou favorecer a classe dos pequenos proprietários, chocou com a tenaz resistência da oligarquia romana e acabou degenerando em desordens, durante as quais Tibério Graco e muitos dos seus seguidores encontraram a morte.
(Foto, Mosaico com cena da
distribuição do trigo para a plebe (Óstia, Piazzalle delle Corporazioni). As guerras
de conquista do século II a. C. foram
nefastas para a agricultura itálica (Museu Nacional Romano, Roma).
Dez anos depois, Caio Semprônio Graco procurou completar o trabalho que o seu irmão tinha começado, mas envolvendo-o com uma série de iniciativas de maior envergadura para as quais pretendia contar com a aprovação de uma parte da plebe, dos patrícios e dos itálicos. Foi precisamente o projecto de concessão de cidadania aos itálicos que desencadeou a reação do senado, que conseguiu isolar politicamente Graco. Em 121 a. C., durante os violentos choques entre as facções opostas, caio Graco e uns 3000 seguidores perderam a vida.
(Foto, escultura em mármore
da cabeça de Caio Mário (157-86 a. C. conservada nos Museus do Vaticano, em
Roma, Mário um chefe militar hábil,
realizou em 107 a. C. uma reforma profunda do exército, recrutou pela primeira
vez na história os pobres e os Itálicos.)
A guerra contra Jugurta na África e a invasão dos povos bárbaros – teutões e cimbros – que se tinham deslocado desde Jutlândia até ao sul de Gália e norte de Itália puseram em primeiro plano a figura de Caio Mário, representante do partido popular e hábil chefe militar. Ele foi o artífice de uma reforma do exército (c. 107 a. C.) que teve consequências importantes; com efeito, recrutou também os pobres e os itálicos, aos quais concedeu um pagamento e o direito a uma parte dos despojos de guerra. Desta forma, produziu-se uma transformação radical na composição do exército, que se tornou profissional, mais vinculado ao chefe, que o recrutava e o mantinha economicamente, do que às instituições do estado.
(Foto, estela funerária de
Flávio Basso (Museo della Civiltá Romana, Roma). Entre os romanos a escultura
gozava de uma grande popularidade.)
Por não se solucionar o problema da concessão de cidadania aos itálicos, que já havia sido abordado na época dos Gracos sem nenhum êxito, em 91 a. C. explodiu um confronto armado (guerra social) ente Roma e os seus antigos aliados (socci). Estes formaram uma liga cuja capital estava perto da cidade de Corfínio, nos actuais Abruzos, rebatizada com o nome de Itálica. Após sofrer numerosas derrotas Roma aplicou uma política de concessões diferenciadas de cidadania, que debilitou a união de seus adversários. A guerra terminou em 89 a.C. Em linhas gerais, os povos itálicos conseguiram os direitos que pediam. Em 82 a. C., após uma inflamada e sangrenta guerra civil, primeiro contra Caio Mário e, depois da sua morte, contra seus seguidores, subiu ao poder Lúcio Cornélio Sila, que se fez nomear ditador vitalício e desencadeou uma feroz repressão contra os partidários de Mário. Para isso valeu-se de umas listas de proscrição nas quais apareciam os nomes daqueles que deviam ser condenados á morte, cujos bens seriam confiscados. No terreno político procurou reforçar o poder do senado e diminuir o dos tribunos da plebe e o dos patrícios. Além disso estabeleceu limites mínimos de idade para acesso a várias magistraturas e a hierarquia com que deviam ser preenchidos os lugares. Em 79 a. C. Sila abdicou e retirou-se para Cumas, onde morreu no ano seguinte.
(Foto,
cabeça de Cneu Pompeu Magno, valente general romano, (106- 48 a.C.), numa cópia
da época Claudia (Museu Arqueológico de Veneza.)
Os anos imediatamente
posteriores caracterizaram-se por duas graves tentativas de rebelião. A primeira
aconteceu em Hispânia, onde os lusitanos se revoltaram novamente, encabeçados
por Quinto Sertório, um general partidário de Mário, que após uma série de
êxitos contra os exércitos romanos apoderou-se de grande parte da Península
Ibérica. Roma enviou Cneu Pompeu para combate-lo, um jovem procônsul que já se
tinha distinguido ao serviço de Sila. Pompeu aproveitou as desavenças surgidas
entre os rebeldes e viu-se favorecido pelo assassinato de Sertório às mãos de Perpena,
outro chefe dos rebeldes. Com grandes dificuldades, em 71 a. C. conseguiu
restabelecer a ordem. A segunda rebelião (guerra servil) foi encabeçada
por um grupo de escravos que treinavam na escola de gladiadores de Cápua, aos
quais em pouco tempo uniram milhares de escravos fugitivos. Guiados por Espártaco,
durante mais de dois anos venceram os exércitos romanos e saquearam a Itália,
até que o comando das operações recaiu em Marco Licínio Crasso. Este foi limitando
o campo de acção dos rebeldes e conseguiu derrota-los em Apúlia. Espártaco foi
morto na batalha e aproximadamente 6000 dos seus companheiros foram crucificados
ao longo da Via Ápia. Os sobreviventes dirigiram-se para o norte e foram
aniquilados pelo exército de Pompeu, que voltava da Hispânia. Aproveitando o
descontentamento de boa parte da população, romana, Lúcio Sérgio Catilina,
um patrício que tinha sido lugar-tenente de Sila e por duas vezes havia tentado
ser cônsul, sem o conseguir, organizou em 62 a. C. uma conspiração que, mal
organizada, foi frustrada pelo cônsul e famoso orador Marco Túlio Cícero.
Muitos dos conjurados foram detidos e julgados de forma sumária. Catilina, que
se tinha unido na Etrúria a um exército de revoltosos, morreu na batalha de
Pistóia (62 a. C.)
Em 60 a. C. os três homens
mais poderosos de Roma – Crasso, César e Pompeu –
assinaram um acordo particular de aliança (o primeiro triunvirato).
Graças a ele, César chegou a cônsul e, no ano seguinte, obteve o governo da
Gália Cisalpina e da Gália Narbonense, e permaneceu cinco anos no cargo. Esta circunstância
permitiu-lhe ocupar o único posto de comando militar que o podia levar a tomar
o poder. Em Luca, em 56 a. C., numa nova reunião, César viu prorrogado por três
anos o seu mandato sobre a Gália, enquanto que Pompeu e Crasso corresponderam
respectivamente a Hispânia, a Síria e a África. A morte de Crasso em mãos dos
partos, na batalha de carras, agudizou a rivalidade entre césar e Pompeu. Em 49
a. C. Pompeu conseguiu que o Senado lhe desse poderes extraordinários ,
enquanto que a posição política de César tornou-se cada vez mais precária. Vendo
que todas as tentativas de pacto com Pompeu e o Senado era inútil, César
decidiu atravessar o rio Rubicão, fronteira entre a Gália Cisalpina e a Itália,
e marchar para Roma (49 a. C.). Pompeu e a maioria dos senadores, surpreendidos
por esta jogada, fugiram para a Grécia, para depois dirigirem-se ao Oriente. O choque
final teve lugar em Farsália, Tessália, em 48 a. C. Pompeu, vencido, buscou
refúgio no Egipto, na corte do muito jovem Ptolomeu XII, que o mandou matar.
César voltou a Roma e empreendeu algumas reformas, mas despertou suspeitas de
pretender a restauração da monarquia. Em 15 de março de 44 a. C. (idos de
Março) caiu vítima de uma conjura urdida por elementos republicanos,
chefiados por Bruto, seu filho adotivo.
Os anos seguintes foram
marcados pelos confrontos entre os dois sucessores de César, Marco António
e Caio Otávio, também filho adoptivo de César e que com a adopção havia
passado a chamar-se Caio Júlio César Otaviano. Ambos chegaram a um
primeiro acordo em Bolonha, onde em companhia de Marco Emílio Lépido
formaram um triunvirato que oficialmente propunha a reorganização do Estado. Após
terem derrotado em Filipos os assassinos de César, os triunviratos repartiram
os territórios do Estado Romano. Otaviano ficou com a Itália e a Hispânia,
Lépido com a África e marco António com a Gália e o Oriente. Cedo Lépido foi
afastado e, a partir de 36 a. C.
Otaviano e Marco António governaram, respectivamente, o Ocidente e o
Oriente. A intenção de António de criar no Oriente, coma ajuda da Rainha egípcia
Cleópatra, uma monarquia de modelo helenístico foi habilmente explorada com
fins propagandistas por Otaviano, que se proclamou único defensor dos antigos
costumes romanos.
Conseguiu assim que o senado declarasse guerra a Cleópatra e em 31 a. C., nas águas do Actium, a frota Otaviano venceu Marco Antônio e Cleópatra, que se suicidaram para não serem capturados.
(Foto, columbário dos
libertos da casa Júlio-Cláudia (primeira metade do século I), Vigna Codino,
Roma.)
Octaviano, depois de tomar as rédeas do poder romano em 27 a. C., devolveu ao senado e ao povo os poderes especiais que lhe haviam concedido. Seu poder, na aparência igual ao de qualquer outro magistrado, na realidade era superior, graças ao seu prestígio pessoal. À medida que os anos foram passado, Otaviano foi acumulando cargos, convertendo-se no único árbitro da situação (prínceps), ainda que, formalmente, tenha continuado a respeitar os princípios republicanos. Para que seu poder também tivesse um aspecto religioso, foi-lhe outorgado o título de Augusto e desempenhou certas funções sacerdotais, como a de pontífice máximo.
(Foto, estátua de mármore do
Imperador Augusto (Museus do Vaticano, Roma.)
Augusto conquistou a parte
setentrional da Península Ibérica e criou a nova província da Lusitânia. Ampliou
o território da província Hispânia Citerior, que passou a chamar-se Terraconense,
e, juntamente com a Lusitânia, ficou sob o seu controle. Em troca, a Espanha
Ulterior, com o novo nome de Bética (Andaluzia), ficou sob o controlo do
senado. Estas províncias, nas quais se fundaram novas colônias, estavam
subdivididas em assembleias jurídicas (conventtus) qua abarcavam
numerosas comunidades urbanas onde se desenvolveu um culto autônomo ao
imperador.
Para assegurar o transito
pelos Alpes e prevendo futuras campanhas militares para expansão até á Europa
Central, entre 25 e 9 a. C., Augusto dominou vários povos alpinos que, graças
ao escarpado da região, conseguiram manter-se independentes. Tibério e Druso,
enteados de Augusto, distinguiram-se nesta campanha. Na política interna, Augusto
empreendeu a reorganização do exército, convertido em permanente, da frota, que
atracou nos portos de Ravena e cabo Miseno, da burocracia e das emissões
monetárias. Além do fisco, do tesouro pessoal do Imperador (distinto do erário)
e do tesouro do Estado, em 6 d.C. foi criado o Erário militar para aliviar o
passivo originado pelos gastos militares. Além disso, Augusto promulgou uma
série de disposições para proteger a moralidade dos costumes, como a lei sobre
o adultério, e par estimular o crescimento demográfico, como os impostos que
taxavam os solteiros, viúvos, divorciados e casais sem filhos, ao lado da
facilidades e honras para aqueles que tinha três filhos ou mais. Por último,
fez uma nova organização da cidade de Roma, dividida em 14 distritos, e da
Itália, cujo território foi dividido em 11 regiões.
Em 14 d. C. Augusto morreu
sem deixar herdeiros, já que todos os sucessores por ele designados
desapareceram um atrás do outro. Tibério, da família dos cláudios e
filho do primeiro casamento de Lívia, sua terceira esposa, foi seu sucessor. No
princípio, Tibério seguiu uma trajectória política moderada, procurando conter
os gastos e reforçar as fronteiras do Império, mas depois devido a algumas
dificuldades na administração do Estado e à reduzida aprovação que encontrou
entre os seus súditos – foi acusado de ter matado o seu sobrinho Germânico em
19 d. C. – foi endurecendo a sua postura. Vários anos depois, em 27, talvez
devido aos atentados contra a sua vida, exilou-se na Ilha de Capri. O afastamento
voluntário do Imperador aumentou em Roma o poder do Cônsul e prefeito do
pretório Sejano, que em 31 tentou tomar o poder com um golpe de estado. Tibério
descobriu a conspiração e fez com que Sejano fosse executado.
Em 37 Tibério morreu e foi aclamado o seu sucessor o jovem filho de Germânico, Caio César, chamado Calígula. Ele tratou de abandonar a forma de principado criada por Augusto para instaurar, através do terror, uma monarquia absoluta do tipo oriental.
(Foto, pessoas surpreendidas
num porão durante a trágica destruição de Pompeia pela erupção do Vesúvio em 79
a. C.)
Em 41, de pois de quatro
anos de reinado, morreu juntamente com a esposa e a única filha, ás mãos dos
pretorianos, que proclamaram Cláudio, irmão de Germânico, como Imperador. Claúdio
ampliou e reforçou o domínio de Roma e concedeu a cidadania romana aos membros
mais importantes das populações das províncias. Para facilitar a administração
do Império, concentrou o aparelho burocrático imperial em vários departamentos,
nele colocou os seus fiéis libertos, o que lhe valeu a má vontade da
aristocracia. Também se deve a ele uma intensa política de obras públicas, ás
vezes de grande envergadura, como a construção do porto de Óstia e a secagem do
lago Fucino. Em 48 mandou executar a sua terceira esposa Messalina, acusada de
adultério e de conspirar contra ele, e casou-se com Agripina, que o convenceu a
adoptar seu filho Nero. Cláudio morreu repentinamente em 54, talvez assassinado
por sua mulher, que convenceu os pretorianos a reconhecer Nero como Imperador.
Nos primeiros anos do seu reinado, o jovem imperador foi assistido por sua mãe
e prestigiosos conselheiros, como o filósofo Sêneca e o chefe dos pretorianos,
Afrânio Burro. A sua política era moderada e conciliadora com os senadores. O assassinato
de sua mãe em 59, organizado por ele mesmo, coincidiu com profundas mudanças na
política económica, como a revalorização das moedas de prata em relação às de
Ouro para favorecer as classes inferiores, e coma tentativa de instaurar a
monarquia absoluta. Em 64, um violento incêndio, que destruiu grande parte de
Roma, serviu de pretexto para ser desencadeada a primeira perseguição contra os
cristãos.
Nos anos seguintes, Nero esmagou duas tentativas de conspiração, em consequência das quais se suicidaram intelectuais como Sêneca, Lucano e Petrônio. Em 68, na Hispânia, Galba e Otão, governadores das províncias Terraconense e Lusitânia, respectivamente, se sublevaram e marcharam sobre Roma com as suas legiões.
(Foto,
um denário com o busto de Tibério (34-47 d. C.)
Nero, após uma tentativa frustrada
de fuga, fez com que um escravo o matasse. Entre 68 e 69 sucederam-se três
imperadores (Galba, Otão e Vitélio), até que Flávio Vespasiano, chefe das
tropas que estavam a lutar na palestina contra a rebelião judia, tomou o poder.
Aplicou uma rígida política de saneamento financeiro do estado, mas também
impulsionou obras públicas grandiosas, como o Anfiteatro Flávio, que depois
seria chamado Coliseu. Com a sua morte, em 79, sucedeu-lhe o filho Tito.
Durante o seu reinado aconteceram duas grandes calamidades: a erupção do
Vesúvio, que destruiu as cidades de Pompeia, Herculano e Estábias (79), e um
grande incendio seguido de uma epidemia, que assolaram Roma (80).
Seutônio: Vida dos doze
Césares
O historiador Suetônio fez um retrato
particular de Augusto que contrasta singularmente com as representações
oficiais: «Prestava pouca atenção á comida e tinha gostos corriqueiros. Agradava-lhe
sobretudo o pão de qualidade comum, os peixes, o queijo de leite de vaca feito
á mão, os figos tenros ou não […] Por sua natureza era muito moderado no beber.
Cornélio Nepote conta-nos que no acampamento de Módena não acontecia de beber
mais de três vezes a cada refeição […] ele gostava muito de vinho rético, mas
nunca o bebia durante o dia.
Se tinha sede, em vez de
beber, tomava pão empapado em água fresca, ou uma rodela de pepino, ou uma
folha de alface, ou alguma fruta de suco ácido e vinhoso. Depois de comer descansava
um pouco sem desnudar-se ou descalçar-se, destapando as pernas e protegendo os
olhos com as mãos; depois de cear retirava-se para o seu leito de trabalho,
onde ficava até tarde a despachar todos os assuntos daquele dia, ou grande parte
deles. Depois ia para o seu dormitório e não dormia mais de sete horas, e
frequentemente nem sequer seguidamente, porque acontecia despertar três ou
quatro vezes […] Equilibrava-se mal com a bacia, o músculo e a perna esquerda,
de modo que, às vezes, coxeava e curava-se com banhos de lama e areia. Todos os
anos, periodicamente, padecia de várias doenças. Geralmente sentia-se mal nos
dias anteriores ao seu aniversário; e no começo da primavera inchava-lhe a
barriga, enquanto que quando soprava o siroco sentia a cabeça pesada […] no inverno protegia-se do frio agasalhava-se
com uma toga e quatro túnicas; além dos calções e meias grossas, vestia uma
camisa e um colete de lã.
No verão dormia com as portas
da alcova abertas, e ás vezes também dormia no peristilo, junto ao jorro de uma
fonte ou obrigava alguém para o abanar. Não podia suportar o sol, nem no
Inverno e nunca saia ao exterior sem chapéu, nem sequer no pátio da sua casa.
Seutônio, Vida dos doze
Césares, Vol. II, pp. 76-78 e 81-82.
Texto/Autor: Elisabetta Bovo
/Alfredo Buonopane
Fotos da Enciclopédia
domingo, 1 de abril de 2007
Rosas
Estão entre as flores mais antigas a serem cultivadas e, nos dias de hoje, assumem diferentes significados, segundo a cor que as suas pétalas apresentam. No entanto, estiveram e continuam a estar sempre ligadas ao amor.Cuidados
As roseiras necessitam de
estar expostas a pelo menos seis horas de luz solar directa. O local deve ser
arejado, para evitar o surgimento de fungos, especialmente em regiões chuvosas.
No inverno, recomenda-se que a rega seja efectuada uma vez por semana, podendo
ser suspensa na época de maior pluviosidade. No verão, devem ser regadas duas
vezes. E em qualquer uma destas situações, a terra deve ficar ligeiramente seca
entre regas.
As roseiras desenvolvem-se
em qualquer tipo de solo, mas uma terra mais argilosa e rica em húmus é mais
indicada. Podem plantar-se em qualquer altura do ano, mas as estações ideais
são o Outono e a Primavera.
Até á primeira floração
regue diariamente com moderação. Efectue a primeira poda um ano após o plantio
e, depois, repita o processo todos os anos, no Inverno. Adube a terra duas a
três vezes por ano.
Os insectos e os fungos são
os maiores inimigos das roseiras. Pulgões, ácaros, formigas e fungos como o
mofo e o míldio são frequentes. Mas se fizer inspecções periódicas, é possível
identificar qualquer ameaça no início e combatê-la. Quanto menos químicos usar,
melhor, por isso deixe que a natureza a ajude: as joaninhas são óptimas predadoras
de pulgões e a hortelã, quando plantada nos canteiros, afasta as formigas.
Fonte: Revista Correio
Mulher
Texto/Autor: Desconhecido
Fotos da net
sábado, 31 de março de 2007
A Princesa da Torre
No castelo de Bragança
existe uma “Torre da Princesa”, rodeada de lendas. Nada de estranho em terras
transmontanas.
As origens do castelo de
Bragança confundem-se com as da própria nacionalidade. Embora se saiba pouco
sobre a primitiva cerca defensiva, há informações segundo as quais D. Afonso
Henriques encarregou o cunhado, Fernão Mendes, de fundar uma povoação no
Outeiro de Benquerença, povoação denominada «Bragança» já por D. Sancho II, em
1253. Sofreu alterações pelos séculos seguintes: no reinado de D. Dinis, depois
já durante D. João I, a cidade sofreu uma grande campanha de construção de
edifícios militares e as feições do castelo alteraram-se. Voltariam a mudar
muitas vezes, em parte devido ao facto de o castelo se situar perto da
fronteira e, portanto, numa região mais vulnerável. Desde 1936 funciona lá um
museu militar, o que terá tornado a paisagem mais domesticada…
Mesmo assim, encontrando-se
a uma altitude de 700 metros, nos horizontes perdidos e rochosos de Trás-os-Montes,
não é difícil imaginarmos que este conjunto – onde alguns historiadores de arte
detectaram influências inglesas – prestou-se bem a ambientes de lendas e
histórias de fantasmas.
Mesmo quendo, como na lenda
da Torre da Princesa, o «fantasma» não é mais do que o disfarce pueril de um
tio zangado com a sobrinha apaixonada, e que decidiu interpretar o papel do
cavaleiro escolhido pela princesa, supostamente morto. Há muitos anos que o
cavaleiro partira e a princesa, fiel ao juramento que lhe fizera, decidira não
aceitar a corte de mais ninguém. De acordo com a lenda, o rei que habitaria a
fortaleza reagiu em desespero de causa: decidiu que o cavaleiro, em espírito,
apareceria á sua amada, a dizer-lhe que, tendo ele morrido em terras distantes,
a moça ficaria desobrigada do juramento, podendo dar a mão a quem quisesse… O
pior foi quando um raio de luz, muito oportuno, descobriu o embuste e expôs um
rei (mal) disfarçado e envergonhado, que só teve tempo de fugir. A princesa,
pobre dela, continuaria à espera do seu cavaleiro.
A partir de então a princesa
nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida na
torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa e aquelas duas
portas ficaram a ser conhecidas pela Porta da Traição e a Porta do Sol.
Fonte: Jornal Expresso
Texto/autor: Nair Alexandra
Foto da net
sexta-feira, 30 de março de 2007
Paralititan Stromeri
Descoberta gigante
Joshua Smith, 31 anos,
doutorado da Universidade de Pensilvânia, EUA, tinha apenas dois dias para
procurar fósseis, num oásis do interior desértico do Egipto, que no passado foi
um paraíso costeiro. Mas precisou de apena alguns minutos para fazer uma das
descobertas mais surpreendentes dos últimos anos: desenterrou do areal o
esqueleto do segundo maior dinossauro alguma vez identificado.
Smith, juntamente com um
colega, Matthew Lamanna, tinha acabado de sair do carro, quando reparou num
osso meio escondido na areia. «Ninguém pensou, por um segundo, que tínhamos
encontrado alguma coisa de importante. Mas de facto, foi isso que aconteceu», contou
o explorador acidental.
O esqueleto foi baptizado
com o nome de Paralititan Stromeri (que significa gigante dos mares). Trata-se
de um dinossauro com cerca de 27 a 30 metros e com perto de 70 toneladas de
peso. Ou seja: o equivalente a quatro elefantes em cima uns dos outros.
Fonte:
Revista Visão 7 de Junho de 2001
Foto
da net
quinta-feira, 29 de março de 2007
Aligátor -do-Mississipi
Nome científico: Alligator mississippiensis
Ordem:
Crocodylia (crocodilianos)
Família:
Alligtoridae
Aligátores e crocodilos são
parecidos, mas não são da mesma família: os aligátores têm o «apelido»
Alligatoridae enquanto o dos crocodilos é Crocodilidae. Os aligátores vivem nos
lagos, pântanos e cursos de água lentos do Sudoeste dos Estados Unidos da América,
desde a carolina do Norte ao Texas, sendo também conhecidos por aligátores-
americanos.
Os machos adultos medem
cerca de quatro metros e meio de comprimento, enquanto as fêmeas não
ultrapassam os três metros. De pele cinzenta ou negra, coberta por escamas e
placas córneas, têm fortes garras, a cabeça larga e achatada, assim como a
cauda, e o focinho arredondado. Os aligátores têm muitos dentes (sessenta a
setenta) e bem afiados, que lhes servem para capturar e estraçalhar as suas
presas. São grandes devoradores, mas nos meses mais frios não comem. No
Inverno, hibernam em tocas construídas por eles e sobrevivem à custa das
reservas de gordura que acumularam durante o Verão.
Estudos em cativeiros revelaram que começam a perder o apetite se a temperatura for inferior a 27º C e que deixam de se alimentar quando desce abaixo dos 23ºC. normalmente, não atacam os humanos e só o fazem para «defender» o território ou as crias, não para comer. Para esse efeito, os aligátores (juvenis) preferem os invertebrados (insectos e crustáceos), peixes e anfíbios, mas quando chegam a adultos alargam os seus gostos a serpentes, tartarugas, mamíferos, aves e cadáveres.
Esta é uma espécie ovípara e
é a fêmea que constrói um ninho de lama e vegetação apodrecida, num local
abrigado próximo da margem, onde deposita vinte a sessenta ovos, cujo período
de incubação é de cerca de 65 dias. A mãe guarda o ninho e depois da eclosão
acompanha as crias durante um a três anos. Contudo, apesar da sua protecção
atenta, os juvenis são muitas vezes caçados por guaxinins, aves, grandes peixes
ou outros aligátores adultos.
O aligátor não mastiga a
presa, engole-a inteira ou em grandes bocados de carne.
Fonte: Revista Notícias
Magazine
Texto/autor: Jardim
Zoológico
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quarta-feira, 28 de março de 2007
Crenças Alternativas
“De tão pessoais e únicas
crenças resulta o efeito perverso de não serem facilmente partilháveis, de não
se conseguirem construir como referenciais minimamente estáveis e os de
pertenças e interacções sociais.”
De há uns anos para cá
tornou-se moda um conjunto de formas de estar, de algum modo “alternativas”, em
que se mistura, a maioria das vezes atabalhoadamente, uma simpática psicologia
positiva e simplificada, resquícios fisiológicos orientais, práticas antigas de
cariz divinatório e mais umas coisitas entre o místico e o mágico.
No conjunto, a ideia é tão
boa como outra qualquer e serve, no essencial, para as pessoas que lhe concedem
centralidade viverem o melhor que podem, acreditando que umas quantas práticas
lhes fazem bem e qua o acesso a uns tantos conhecimentos lhes garante aquele
patamar de originalidade que as torna especiais.
Sendo dado que o facto de
nos sentirmos detentores de uma qualquer verdade nos fortalece a auto-estima e
o amor-próprio, em princípio nada há a opor e essas novas convicções que têm a
particularidade de serem á medida e personalizadas, já que cada um escolhe o
que lhe faz mais sentido.
De tão pessoais e únicas
crenças resulta, entretanto, o efeito perverso de não serem facilmente
partilháveis, de não se conseguirem construir como referenciais minimamente
estáveis e organizadores de pertenças e interacções sociais. Ou seja, corre-se
o risco de aumentar a incomunicabilidade e de usar retalhos de conhecimentos
curiosos para distanciar os outros que não têm o mesmo tipo de
‘esclarecimentos’ e ‘iluminação’. E nas fés auto-erigidas há sempre elementos
incompreensíveis, já que espelham personalidades, desejos e medos únicos e
intransmissíveis.
O agradável de crenças e
referências antigas e organizadas é que nos ajudam a distinguir os próximos dos
distantes, implicam-nos na partilha do que há em comum, estabelecem-nos
pertenças e enquadram-nos em redes em que não estamos sozinhos.
Não sendo a solução para
todos os problemas e acarretando os seus próprios disfuncionamentos, ter uma
religião, um clube, um grupo, uma cor ou uma nação é uma escolha de contacto,
que a história do mundo mostra ter inegáveis vantagens.
Crenças individualizadas e
fragmentadas, por seu turno, se destacam originalidades e idiossincrasias
interessantes, também isolam os seus autores e põem a nu, com excessiva
facilidade, confusões e angústias fundamentais. Sendo as pessoas o que são,
quer dizer, seres de origem e vocação social, que muito mais facilmente
descobrem o bem-estar no encontro com o outro do que numa zona de solidão
altiva e hermética, dava jeito que não se exagerasse na elegia da originalidade
e dos caminhos alternativos.
Fonte: Revista Caras
/Psicologia
Texto/autor: Por Isabel Leal
/ Professora de Psicologia Clínica no ISPA
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