terça-feira, 10 de maio de 2016

10 Incriveis factos sobre a civilização Maia

Porque caiu a civilização Maia?

A civilização Maia se concentrava na América Central e do Sul, e era a única a ter uma linguagem escrita na época pré-colombiana. Os Maias também são conhecidos pela sua arte, arquitectura, matemática e sistema astronómico. Existem várias concepções erradas sobre esta incrível civilização, então confira esta lista para descobrir várias curiosidades sobre os Maias!
Entre 700 e 800 d.C., uma mudança radical no regime das chuvas pode ter ajudado à queda da civilização Maia, na América Central, e da dinastia Tang, na China. A Conclusão é da Revista Nature, segundo a qual outras causas também deverão ter contribuído para o fim das duas importantes culturas.

1 - Mistério Antigo


 

O fim da civilização Maia ainda é um mistério muito debatido. Durante os séculos 8 e 9, as grandes cidades Maias foram entrando em declínio e depois foram abandonadas, deixando para trás uma arquitectura incrível e sinais da civilização. Algumas teorias acreditam que isso aconteceu devido à superpopulação, invasão de estrangeiros, revoltas da população e até problemas com as rotas usadas para trocas comerciais.
Outras teorias, entretanto, afirmam que o declínio pode ter ocorrido devido a desastres ambientais, como doenças e mudanças climáticas. Existem evidências que a população excedeu a capacidade de seu solo, acabando com o potencial da sua agricultura e caça. Actualmente, alguns estudiosos acreditam que uma seca de mais de dois séculos possa ter acabado com a civilização.
 
2 – A vida Continua
 

 

Ao contrário do que é muito divulgado, os Maias não têm um calendário, e sim vários calendários – e nenhum deles afirma que o mundo iria acabar em 2012. O que ocorre é que a mitologia Maia acredita que o mundo está na sua quarta “criação”. A última criação acabou em 12.19.19.17.19, na linguagem de um de seus calendários, esta sequência iria-se repetir no dia 20 de Dezembro de 2012. Esta data será, entretanto, marcada pelo fim de um ciclo e o início de outro, para os Maias, e não o fim do mundo, como o ano novo para a civilização ocidental.

3 – O último estado Maia

 
A cidade de Tayasal foi o último reino Maia, e acabou apenas em 1697, quando padres espanhóis entraram em contacto com o rei Maia e dominaram a população do local.
4 – Saunas
 
Uma espécie de sauna era um importante elemento de purificação para os Maias. Essas “saunas” eram construídas com paredes e tecto de pedras, com uma pequena abertura no topo. A água entrava por este buraco e entrava em contacto com as rochas quentes, produzindo vapor para retirar impurezas do corpo, segundo a crença da civilização.
5 - Quadras de desportos
 
O jogo mesoamericano era um desporto com associação com rituais, jogado por até 3 mil anos antes da chegada de Colombo na América. O desporto sofreu várias modificações com o tempo, e uma versão do jogo, chamada de Ulama, ainda é jogada em alguns lugares pela população Maia actual.
As quadras de desportos eram utilizadas como uma área para rituais religiosos e culturais e para os jogos. A quadra era feita em formato da letra “I” maiúscula, e o jogo era realizado com uma bola mais ou menos do tamanho de uma bola de vólei, feita de borracha (extraída de vegetais) e bem pesada. A decapitação é muito associada com o jogo, e há especulações que cabeças decepadas e caveiras eram utilizadas como bolas no jogo.
6 – O Uso de analgésicos
 
Mesmo na época pré-colombiana, o conhecimento médico dos Maias permitia que eles utilizassem plantas como analgésicos. Plantas alucinogénias utilizadas em rituais religiosos eram também usadas com este propósito.
7 – Sacrifícios humanos
 
A tradição Maia sempre teve o costume de realizar sacrifícios de sangue por motivos religiosos e médicos, e muitos Maias ainda realizam este tipo de sacrifícios. Mas não se preocupe, hoje em dia o sangue humano foi substituído pelo de animais para realizar as tradições ritualísticas de seus ancestrais.
8 – As Habilidades médicas
 
A saúde na sociedade Maia era uma mistura entre ciência, religião, mente e corpo. Poucos cidadãos estudavam a medicina a fundo e praticavam feitiçarias, de modo a curar, ver o futuro e controlar eventos naturais. A medicina tinha uma forte relação com a religião, mas as práticas médicas dos Maias eram muito avançadas. Sabe-se que os médicos realizavam suturas com cabelos humanos, cuidavam de fracturas, e até faziam próteses dentárias.
9 – A Infância Maia
 
A civilização Maia desejava características físicas específicas de seus filhos, e faziam intervenções para alcançar este padrão. Quando a criança ainda era pequena, blocos de madeira eram empurrados contra sua testa para que ela ficasse mais achatada. Outra intervenção era feita para deixar as crianças vesgas. Objectos eram balançados na frente de recém-nascidos, até que eles ficassem estrábicos.
Outra curiosidade é que os Maias davam os nomes de seus filhos de acordo com o dia em que eles nasciam. Cada dia do ano tinha um nome feminino e um masculino, e esta era uma tradição seguida fielmente pelos pais.
10 – Alguns Maias ainda vivem na sua região original
 
Actualmente, mais de sete milhões de Maias vivem nas suas regiões originais, e muitos ainda mantêm muito de sua cultura ancestral. Alguns estão integrados com a cultura dos países onde vivem, mas muitos ainda utilizam a linguagem Maia como idioma principal.
As maiores populações dos Maias modernos habitam os estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo, Tabasco e Chiapas. Na América Central, eles costumam ser encontrados em Belize, Guatemala e nas regiões oeste de Honduras e El Salvador.
Fonte: Listverse /hypescience
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segunda-feira, 9 de maio de 2016

D. Pedro I

D. Pedro I



D. Pedro I

“ Eu fico!”

Um Dia Brasileiro

Nove de Janeiro de 1822, Palácio do Governo, Rio de Janeiro. O príncipe regente D. Pedro, pressionado, de um lado pelas cortes a regressar a Lisboa e, de outro, pelos patriotas brasileiros que dele necessitavam para legitimar a independência, exclamou: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto: diga ao povo que fico!”D. Pedro I
 
D. Pedro I
 Foi neste momento, que o espírito brasileiro sintetizou como “Dia do Fico”, que se deu um passo irreversível no processo de independência do Brasil. Antes do ano terminar já D. Pedro teria sido coroado Imperador.

Aos 9 anos de idade, em 1808, tinha D. Pedro chegado a terras brasileiras. Vinha com sua avó, a Rainha D. Maria I, já enlouquecida, seu pai, o futuro D. João VI, acompanhados por quase toda a corte portuguesa, fugindo das invasões francesas.

Estabelecida a corte no Rio de Janeiro, assim elevada a capital do reino, o Brasil começou a libertar-se da condição colonial: os portos e mercados são abertos às nações estrangeiras, pondo fim ao monopólio comercial de Portugal; é concedida liberdade para o estabelecimento de indústrias; os serviços da administração central são reconstituídos no Brasil a todos os níveis, da economia à justiça e do ensino às artes.

(Um monumento ao proclamador da Independência fora idealizado em 1824 pelo Senado da Câmara, mas sua execução foi suspensa após a abdicação do primeiro Imperador do Brasil em 1831. No concurso de projetos, aberto pela Academia Imperial de Belas Artes em 1855, saiu vencedor o secretário da Academia, João Maximiano Mafra. O terceiro colocado no concurso, Luiz Rochet foi em seguida encarregado de executar o monumento em Paris. D. Pedro II inaugurou o monumento em 30 de março de 1862. Erguido no centro da praça Tiradentes é, na verdade, obra da concepção plástica do escultor francês. É um bem cultural excepcional sob diversos pontos de vista. Foi o primeiro monumento cívico da cidade; uma das maiores peças de arte de bronze das Américas daquele tempo e é obra introdutora da escultura romântica no Brasil. A escultura vigorosa e movimentada de d. Pedro se apresenta sobre cavalo, acenando com a carta constitucional de 1824. Na base as notáveis alegorias dinâmicas de quatro rios brasileiros (Amazonas, Paraná, Madeira e São Francisco) são representadas por grupos escultóricos com indígenas, animais selvagens e plantas nativas. No friso do pedestal estão os escudos das vinte províncias do Brasil. Na face principal, junto das armas brasileiras, lê-se: “a d. Pedro Primeiro gratidão dos brasileiros”. O embasamento de granito carioca tem 3,30m de altura, o pedestal de bronze mede 6,40m até o alto da cornija e a estátua eqüestre tem 6,00m de altura.)
Esta onda de progresso será traduzida pela elevação do Brasil à categoria de reino, o Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves, criado por carta de Lei de Dezembro de 1815. Por esta altura, já havia quatro anos que os franceses tinham deixado o nosso País mas D. João, quando em 1816 ocupa o trono, não faz planos para regressar a Portugal; nem quando, no ano seguinte, estoira uma revolta antiportuguesa, independentista e republicana, em Pernambuco. Sua majestade mostra intenção de regressar. Será necessária a revolução Liberal de 1820 em Portugal, reivindicando uma Constituição e o regresso do Rei, para o trazer de volta a Lisboa, após nomear seu filho D. Pedro regente do Brasil.

A revolução tinha sido bem acolhida no Brasil, mas as eleições para as Cortes Constituintes tinham acabado com tal disposição ao estabelecerem um desequilíbrio de 100 deputados de Portugal para 69 de além-atlântico. Para agravar a situação foi restabelecido o monopólio comercial português, única maneira de fazer face à concorrência inglesa nos mercados brasileiros. Os benefícios concedidos anteriormente foram anulados, o direito do rei a nomear regente questionado e finalmente, D. Pedro intimado a voltar para Portugal, a fim de completar a sua educação democrática pois, como disse o deputado Fernandes Tomás “Sabemos que o príncipe tem talentos e desejos, o que lhe falta são estudos (…) Deve ver por seus olhos a diferente glória que é ser o chefe de um povo ou o tirano de um povo escravo. Mas se ele voltar iludido, o Congresso é superior e pode dizer-lhe: Vai-te!”

D. Pedro não foi, porque não veio. Ficou, e os brasileiros celebrá-lo-ão para sempre.

 
O grito do Ipiranga A partir daí o processo independentista no Brasil acelerou-se em definitivo: o governo foi remodelado com políticos partidários da separação e as tropas portuguesas estacionadas no Rio mandadas regressar. Institui-se o “Cumpra-se”, por outras palavras, nenhuma lei das Cortes portuguesas entrava em vigor no Brasil sem a autorização do regente que, a partir de 13 de Maio assumiu o título de “Protector e Defensor Perpétuo do Brasil”.
A 7 de Setembro de 1822, quando D. Pedro se encontrava junto ao Rio Ipiranga, recebeu cartas de sua mulher, a princesa Leopoldina, e do Ministro José Bonifácio, que lhe deram conhecimento de dois decretos das Cortes portuguesas, impondo novo governo do Brasil, de acordo com os interesses da metrópole e estabelecendo processos criminais para todos os que tivessem desobedecido a ordens anteriores. Dirigindo-se à sua escolta, D. Pedro lançou o famoso ‘grito de Ipiranga’, que marca a independência ou morte. Estamos separados de Portugal”, disse convicto.

Aclamado formalmente Imperador do Brasil em 12 de Outubro e coroado a 1 de Dezembro, o seu reinado duraria menos de nove anos. De espírito aventureiro e voluntarioso não assistiu passivamente à usurpação do trono de Portugal, por seu irmão D. Miguel, nem a hostilidade que, no Brasil, crescia contra si, a qual o levou a abdicar em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, de seis anos: “Não querem mais saber de mim porque sou português… Meu filho tem sobre mim a vantagem de ser brasileiro”. D. Pedro II seria um Imperador moderno.

Fonte: Revista Correio da Manhã Domingo
Texto de: Manuel Rosado

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domingo, 8 de maio de 2016

A lenda do Croco ou açafrão


A Primavera vai em breve bater à porta, trazendo consigo o acordar da natureza. Estão de volta os pássaros, e as flores e outras plantas começam a despertar da sua letargia hibernal. Uma das primeiras flores de bolbo da estação é o croco. É a lenda desta pequena flor que vos vou contar.
Segundo essa lenda, Croco era um jovem pastor de espírito nobre e requintado. Um dia, ele viu a linda ninfa Smilax e ficou loucamente apaixonado por ela.
Impressionados com a intensidade desse amor, os deuses tornaram-no imortal, transformando-o numa flor, que a partir daí ficou a chamar-se croco. Para que os dois apaixonados pudessem ficar juntos para sempre, Smilax foi transformada numa árvore de folha persistente, o teixo.
O croco também se encontra associado ao Dia dos Namorados, pois a lenda conta-nos que na mensagem de adeus que São Valentim escreveu a Agostina, a filha cega do carcereiro, ele tinha embrulhado uma flor de açafrão (croco), uma das plantas medicinais que costumava usar para fins terapêuticos. Quando Agostina abriu a mensagem, recuperou imediatamente a vista e a primeira flor que viu foi o açafrão.
Fonte: Net
Texto: Dulce Rodrigues (escritora)
Foto da Net
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sábado, 7 de maio de 2016

Evita Perón

 
A vida de Evita Perón dava uma verdadeira novela: a história da menina pobre que conquistou o coração de um grande político. Uma vida de amor e ódio. E de profanação, que se iniciou após a sua morte trágica aos 33 anos.
Eva Maria Duarte nasceu a 7 de Maio de 1919, na cidade de Los Toldos. Se fosse viva teria 97 anos.
Morreu vítima de cancro no útero, aos 33 anos, a 26 de Julho de 1952. Aos 15 anos, deixou a sua casa para ir para Buenos Aires. Falhou nas artes de palco, mas acertou ao apostar num programa de rádio. Aqui revelou todo o talento de comunicadora, que lhe permitiu conhecer Juan Domingo Perón, em 1944. Um militar rico, que desempenhava o cargo de ministro. O casamento aconteceu a 10 de Dezembro. Em 1946 foi eleito presidente, e de imediato Eva começou a actuar junto dos desfavorecidos. A dedicação ao povo fez com que a tratassem carinhosamente por Evita.
 
Perón cumpre, Evita designa
Foi a primeira feminista da América Latina, e em 1947 conseguiu que fosse aprovado o sufrágio feminino. Criou o Partido Peronista Feminino, do qual era presidente. Em 1950, começou a revelar sintomas de grande debilidade física. Foi-lhe diagnosticado cancro no útero, lutando até à morte. Ficou presa à cama a 2 de Novembro de 1951, no dia das primeiras eleições em que as mulheres votaram, sendo-lhe levada a urna até ao seu quarto. Levantou-se no dia do seu aniversário, a 7 de Maio, para saudar, pela última vez, os seus descamisados – a forma meiga e carinhosa como tratava os pobres e deserdados da Argentina.
De Eva a Evita
 
Foi um verdadeiro tormento para os inimigos de Perón, e uma santa para o povo argentino. Ao longo da vida, várias foram as transformações que sofreu, tanto física como psicologicamente. De simples jovem provinciana, passou a mulher elegante e determinada. Os ricos e poderosos de Buenos Aires sempre fizeram questão de lembrar-lhe as origens humildes. Mas para o povo, foi uma heroína e passou facilmente de Eva Duarte, uma mulher anónima, a Evita Perón, a primeira-dama. E sempre querida até à morte.
 

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Lurdes de Matos
Fotos da Net
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© Carlos Coelho 

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Rainha Santa Isabel

Este ano vai ser possível venerar a mão, praticamente intacta, da Rainha Santa Isabel, no túmulo que está sepultado no Mosteiro de Santa Clara a Nova, em Coimbra, ou como também é conhecido no Convento da Rainha Santa
 
Só com ordem do bispo é que a mão intacta da Rainha Santa pode ser mostrada e, para isso, é necessário uma ocasião especial.
Este ano, de 1 a 13 de Julho, os fiéis, ou simplesmente os curiosos, podem ver a mão da rainha, beijada durante séculos pela família real portuguesa.
O motivo de correr a cortina e deixar à vista a mão é porque se comemora, este ano, os 500 anos da beatificação da Rainha Santa.
 
Quase 300 anos depois da sua morte, dizem os autos oficiais da primeira abertura do túmulo em 1612, que o corpo estava "mui são, inteiro e sem corrupção, de maneira a que a cabeça estava com os cabelos inteiros, louros e sãos, de maneira que pegando por eles estavam fixos. A testa e todo o rosto coberto pela mesma carne, muito alba e bem proporcionada, com nariz, orelhas, olhos e boca, sem corrupção".
Aquando desta abertura provocada pelo processo de canonização, médicos, professores da Universidade de Coimbra e entidades religiosas levantaram a mão para testemunhar o inédito.
O túmulo passou a ser visitado pelos membros da família real em cada deslocação que faziam a Coimbra, para beijar a mão da rainha.
Um túmulo, conta António Rebelo, presidente da Confraria da Rainha Santa, difícil de abrir porque "sempre que alguém da família real vinha a Coimbra trazia uma das chaves, porque o túmulo tinha três chaves: uma confiada ao bispo de Coimbra, outra à abadessa e outra ao rei".
Em 1852, D.ª Maria, rainha de Portugal, visitou o túmulo e decidiu mandar trocar as mortalhas da rainha que é santa. Quando o fizeram "despiram o corpo com receio que os ossos se desconjuntassem, mas nada aconteceu. O corpo estava íntegro, as carnes bem consolidadas, os ossos muito bem colocados", explica.
Nos anos 30, já com a república e sem expectativas de se voltar à monarquia, o corpo que permanecia intacto foi mandado isolar, deixando apenas à vista a mão direita. "Nós apenas removemos uma cortina que deixa ver a mão, porque dizem os antigos que nunca foi exposta sequer às pessoas da família real seus descendentes mais do que a mão para a beijarem", acrescenta.
Já este ano, nas duas primeiras semanas de Julho, a mão da Rainha Santa Isabel volta a poder ser vista. "Admirar olhando por um óculo de vidro poderão ver a mão direita, a mão benfazeja da rainha Santa, que era a mão que praticava as boas acções pelas quais ela ficou conhecida ao longo da história".
Uma mão seca pelo tempo, mas ainda com carne ligada às ossadas, que é descoberta, com autorização do bispo, apenas em ocasiões especiais.
Este ano é o Ano Santo da Misericórdia e comemoram-se os 500 anos da beatificação da Rainha Santa Isabel.
As últimas descobertas da mão aconteceram em 2012 aquando da celebração dos 400 anos da primeira abertura do túmulo; em 2000 porque foi ano de jubileu e em 1996, nos 300 anos da sagração da igreja da Rainha Santa.
A rainha que ficou conhecida como pacificadora; uma mulher culta dedicada à arte, à arquitectura e à liturgia, mas sobretudo notabilizada pela acção sócio caritativa, sendo considerada a rainha amiga dos pobres.
A Confraria da Rainha Santa Isabel espera que milhares de pessoas passem pelo Mosteiro de Santa Clara a Nova, para ver a mão praticamente intacta da Rainha Santa Isabel, que morreu há 679 anos, entre 1 e 13 de Julho deste ano.
 
(Túmulo antigo mandado construir pela Rainha Santa onde esteve sepultada muito tempo. Hoje o seu corpo incorrupto encontra-se num túmulo relicário de prata e cristal no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.)
 
A festa de Coimbra e da Rainha Santa celebra-se no dia 4 de Julho, dia em que morreu D. Isabel.
Santa Isabel de Portugal era filha do rei D. Pere III, de Aragão, e D. Constança, de Navarra, e casou-se com o rei D Dinis, em 1282. Terá nascido em 1269(?) e morreu a 4 Julho de 1336 em Estremoz. Recebeu o nome da tia-avó, Santa Isabel da Hungria.
O episódio sobejamente conhecido sobre a Rainha é o milagre das rosas. Todavia, este milagre foi originalmente atribuído à sua tia-avó Santa Isabel da Hungria. Provavelmente por corrupção da lenda original, e pelo facto de as duas rainhas possuírem o mesmo nome e a mesma bondade perdura a ideia do milagre. Foi canonizada em 1626 pelo Papa Urbano VIII.
Fonte: © Agência Ecclesia
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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Castor e Pólux

Irmãos inseparáveis

 
Castor e Pólux, os semideuses venerados tanto na Grécia como em Roma, eram inseparáveis desde o nascimento, apesar de um ser filho de um deus e o outro de um mortal. A mãe de ambos, Leda, mulher de Tíndaro, Rei de Esparta, foi violada por Zeus que se aproximou dela transformado-a em cisne. Em resultado dessa violação, Leda pôs dois ovos e de cada um nasceram duas crianças: Castor e Pólux, Helena e Clinemnestra. A paternidade das crianças ficou assim dividida: Pólux e Helena seriam filhos de Zeus, enquanto Clinemnestra e Castor teriam Tíndaro por pai.
Castor e Pólux cresceram juntos, como irmãos gémeos. Ambos partilhavam o gosto pelos combates e jogos, distinguindo-se Castor como domador de cavalos e Pólux como pugilista. Tinham grande amizade por dois primos, Idas e Linceu mas, chegados à idade adulta, começaram a ficar desavindos por desejarem as mesmas mulheres. Mais tarde tornaram-se mesmo inimigos, por motivo da partilha de uma manada que os quatro tinham roubado. Na luta que então travaram, Castor foi morto e Pólux, apesar de ferido, matou os seus primos. Pólux enterrou Castor e ergueu-lhe um monumento mas a tristeza era tão grande que pensou em suicidar-se. No entanto, por ser filho de Zeus era imortal, tendo que viver no Olimpo, enquanto o irmão ficaria para sempre no Hades, o Mundo Inferior.
A pedido de Pólux, Zeus permitiu que os gémeos ficassem juntos, em dias alternados, no Olimpo e no Hades. Os dois irmãos puderam assim, viver juntos para sempre, compartilhando o mundo um do outro.
Fonte: Revista Domingo Magazine
Texto: Manuel Rosado
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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Insolação

Insolação
 
Trata-se de um problema de saúde que se caracteriza pelo aumento da circulação sanguínea devido à exposição excessiva ao calor, o que provoca também cefaleias, náuseas, dores musculares e, por vezes febre. A insolação pode ocorrer depois de um longo período de sobreaquecimento, durante o qual não se ingeriu fluidos e sal suficientes, ou também depois de um esforço físico excessivo. As crianças e idosos são os grupos de maior risco para a insolação.
Durante o processo de insolação, o doente pode estar acordado ou inconsciente. Se estiver acordado pode sentir-se cansado, confuso e até com delírios. Já o doente inconsciente pode estar em choque, com pulsação rápida e ritmo de respiração elevado. O risco de convulsões torna-se uma realidade. Se o sobreaquecimento for lento e demorado, resultado de uma desidratação grave, a pele fica seca. Já no caso do sobreaquecimento ter ocorrido de forma mais rápida, como por exemplo resultado de um esforço físico, a pele apresenta-se transpirada. A desidratação e a queimadura da pele são então os sintomas mais frequentes da insolação. Estes ocorrem porque quando a exposição ao sol é muito prolongada, a pele acaba por “queimar”, o que faz com que as suas células sejam destruídas, bem como o liquido que as circunda. O tratamento imediato da insolação faz-se através de oxigénio inspirado por uma máscara e pela administração de uma composição salina em forma de medicamento. O doente com insolação deve ser arrefecido activamente através de ventilação e da aplicação de água em spray. Contudo, a consulta a um médico é essencial, principalmente por causa do risco de convulsões.

Fonte: Dicionário de Saúde
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terça-feira, 3 de maio de 2016

Boa Sorte "Skywalk"



Uma passadeira em vidro na reserva Índia de Hualapai, com vista para o Grnd Canyon. Lá em baixo está o Rio Colorado e os visitantes têm a sensação de estar a flutuar. Uma vista panorâmica com forma de ferradura, para dar sorte.

 
Nesta ponte de vidro, podem aterrar 71 Boeing 747. Podem soprar ventos de 161 quilómetros por hora e pode até acontecer um tremor de terra num raio de 80 quilómetros, que a nova ponte sobre o Grand Canyon, nos Estados Unidos, não cede. Inaugurada recentemente, foi construída para ser um feito da engenharia. E tem o apoio da tribo indígena Hualapai, que ali vive e quer partilhar a paisagem, a troco, claro, de parte da receita das visitas.
 
É um passeio pelo céu - daí o nome "Skywalk", com o qual foi baptizada. Erguendo-se a 1220 metros do chão e afastada 20 metros da montanha, oferece uma visão extraordinária deste que já é um dos pontos turísticos mais procurados nos Estados Unidos. Os índios Hualapai, proprietários da reserva onde se situam aquelas terras, esperam, segundo a BBC, atrair milhares de visitantes a uma área marcada por uma elevada taxa de desemprego. "Quando temos tanta pobreza e desemprego, devemos fazer alguma coisa, temos obrigação disso", disse à Associated Press, Sheri Yellowhawk acrescentando: "Pareceu-nos uma boa ideia", Mas nem todos confiam no sucesso do projecto, que começou a ser pensado em Março de 2004: alguns membros da tribo defendem que a construção da ponte é uma profanação de solo sagrado e há ambientalistas preocupados com a poluição da zona. "Quando essa ponte ficou pronta foi como se me estivessem a apunhalar", disse à BBC Dolores Honga, uma anciã da tribo. Apesar de poder suportar o peso de 800 pessoas, para a sua inauguração só foram convidadas 120.
 
A mais célebre é a do antigo astronauta Edwin "Buzz" Aldrin, habituado a ficar no vazio, não deve ter estranhado a sensação de não ter chão debaixo dos pés. É que a estrutura da ponte - que não é verdadeiramente uma ponte, não ligando duas margens, mas uma passadeira, em forma de "u", toda feita em vidro. O que, para além de obrigar a uma limpeza constante, obriga ao uso de calçado especial - que não risque o vidro - por parte dos visitantes. Paga por David Jin, um homem de negócios de Las Vegas, a Skywalk foi oferecida à tribo indígena, que partilhará a vista e da receita das visitas. Uma coisa é certa: para permitir que os turistas apreciem a paisagem, a plataforma foi construída a 1220 metros do chão, dando maior amplitude a paisagem.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Jeff Topping/ Reuters

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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Descoberta nova espécie de Leopardo

100 anos a passar despercebido
 
A camuflagem era quase perfeita. No entanto foram as pequenas manchas no pêlo, em forma de nuvens, que chamaram á atenção dos investigadores do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). “É incrível que nunca ninguém tenha reparado. Há centenas de anos que andamos a observar este animal e nunca nos apercebemos que é único:” A análise ao DNA do leopardo nebuloso das ilhas do Bornéu e de Samatra revelou 40 diferenças em comparação com os seus familiares do Sudeste da Ásia continental. As suficientes para o incluírem numa nova espécie animal: neofelis diardi.
 
Apesar do novo nome de baptismo, a designação “nebuloso”, adoptada devido às manchas parecidas com nuvens, irá manter-se.
O pêlo cinzento-escuro e com duas listas nas costas, também o distingue do leopardo nebuloso, com nuvens maiores e de tom amarelado. Os peritos acreditam que a população desta nova espécie divergiu do seu ramo principal há 1,4 milhões de anos, conclusões apoiadas pelos testes genéticos que incidiram nos diferentes padrões, formas e coloração de pêlo.
 
A nova descoberta reforçou ainda mais a ideia de que o Coração do Bornéu, uma área com mais de 200 mil quilómetros quadrados de floresta tropical, é um verdadeiro paraíso animal por desvendar. Calcula-se que existam entre cinco e 11 mil exemplares do neofelis diardi nesta região, enquanto em Sumatra o número pode variar entre três e sete mil espécimes.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Sónia Ramalho

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sábado, 30 de abril de 2016

Monstros do fundo dos Oceanos

Panamá, 1923

 
Mitchell Hedges pescou um animal marinho de 9,5metros de comprimento e 2581 quilos. O escritor e aventureiro inglês descobriu este peixe-serra de dentes afiados no Panamá. Foi classificado como um dos maiores peixes de origem primitiva jamais vistos.
O objectivo de Hedges era encontrar espécies aparentemente desaparecidas que poderiam acrescentar algo à ciência. E fazer disso entretenimento. Muitas das suas histórias estão compiladas nos seus livros, como ‘ Batalhas com Peixes Gigantes’. E estes ‘monstros’ continuam a existir? Segundo os especialistas, não só existem como aparecem com maior frequência. Desde 1998, foram descobertas novas espécies devido às profundas alterações climáticas.

Fonte: Revista Domingo
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sexta-feira, 29 de abril de 2016

O "Fóssil vivo"


Um tubarão-cobre, espécie quase nunca vista – pelo facto de habitar a mais de 600 metros de profundidade – foi capturado e filmado pelos funcionários do Parque de Awashima, em Numazu, a sul de Tóqui. Tudo graças ao aviso de um pescador, que distinguiu nas águas a fascinante e estranha criatura, já considerada uma preciosidade um “fóssil vivo”.


Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Reuters
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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Domingos Sequeira

Foi após a morte do pintor que A Adoração dos Magos veio para Portugal. Pintou-o em Itália, onde se exilou em 1826


Filho de um barqueiro e nascido no seio de uma família pobre, em 1768, Domingos Sequeira foi educado na Casa Pia, onde frequentou o curso de Desenho e Figura. Gozando da proteção aristocrática e de uma bolsa da rainha D. Maria I, o artista vai para Roma aperfeiçoar o seu traço. Fica na cidade sete anos, durante os quais trabalha com mestres italianos e viaja por Itália. Vai enviando para Lisboa alguns dos seus trabalhos, provando assim os seus progressos.

Quando decide voltar a Portugal, em 1795, Sequeira acredita que será reconhecido, o que não acontece. As encomendas são escassas e geralmente mal pagas. Retira-se para a Cartuxa de Laveiras, em Caxias, entre 1795 e 1801. Nesta altura pinta sobretudo temas religiosos.

D. João VI atribui-lhe o estatuto de pintor régio em 1802, com prestígio e salário à altura. É co-director de pintura do Palácio Nacional da Ajuda. Dá aulas às princesas e na Academia do Porto. Mantém o título de pintor oficial após a ocupação francesa em 1808. É acusado de colaboracionismo. Mais tarde, pinta temas caros ao rei e à aliança anglo-portuguesa. Entre 1811 e 1816 trabalha numa baixela que será oferecida a Lord Wellington.

Aproveitando o liberalismo, e o aparecimento (e necessidade) de novos rostos, pinta retractos e alegorias políticas. As convulsões políticas em Portugal levam-no a exilar-se. Passa, por duas vezes, por Paris, mas Roma é, de novo, o seu destino, em 1826. É na actual capital italiana, reconhecido pelos seus pares, que pinta uma série de quatro pinturas religiosas, consideradas o melhor da sua produção artística. Destas, sobressai o quadro A Adoração dos Magos, que estava actualmente nas mãos dos descendentes do duque de Palmela.

Sequeira pintou estes quadros para uma exposição em Roma. Após a sua morte, e encontrando--se a família em má situação económica, empenha o quadro. Nos anos 40 do século XIX é adquirida pelo primeiro duque de Palmela, Pedro de Sousa Holstein, e assim chegou a Portugal. O actual proprietário é um dos seus descendentes.
Domingos Sequeira, que hoje dá nome a uma rua na freguesia de Campo de Ourique, na capital, morreu a 8 de Março de 1837, em Roma. Dias antes de chegar a notícia de que tinha sido agraciado com o título de director honorário da Academia Real de Belas-Artes de Lisboa.


Fonte: Jornal Diário de Notícias
Foto da Net

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© Carlos Coelho