terça-feira, 3 de maio de 2016

Boa Sorte "Skywalk"



Uma passadeira em vidro na reserva Índia de Hualapai, com vista para o Grnd Canyon. Lá em baixo está o Rio Colorado e os visitantes têm a sensação de estar a flutuar. Uma vista panorâmica com forma de ferradura, para dar sorte.

 
Nesta ponte de vidro, podem aterrar 71 Boeing 747. Podem soprar ventos de 161 quilómetros por hora e pode até acontecer um tremor de terra num raio de 80 quilómetros, que a nova ponte sobre o Grand Canyon, nos Estados Unidos, não cede. Inaugurada recentemente, foi construída para ser um feito da engenharia. E tem o apoio da tribo indígena Hualapai, que ali vive e quer partilhar a paisagem, a troco, claro, de parte da receita das visitas.
 
É um passeio pelo céu - daí o nome "Skywalk", com o qual foi baptizada. Erguendo-se a 1220 metros do chão e afastada 20 metros da montanha, oferece uma visão extraordinária deste que já é um dos pontos turísticos mais procurados nos Estados Unidos. Os índios Hualapai, proprietários da reserva onde se situam aquelas terras, esperam, segundo a BBC, atrair milhares de visitantes a uma área marcada por uma elevada taxa de desemprego. "Quando temos tanta pobreza e desemprego, devemos fazer alguma coisa, temos obrigação disso", disse à Associated Press, Sheri Yellowhawk acrescentando: "Pareceu-nos uma boa ideia", Mas nem todos confiam no sucesso do projecto, que começou a ser pensado em Março de 2004: alguns membros da tribo defendem que a construção da ponte é uma profanação de solo sagrado e há ambientalistas preocupados com a poluição da zona. "Quando essa ponte ficou pronta foi como se me estivessem a apunhalar", disse à BBC Dolores Honga, uma anciã da tribo. Apesar de poder suportar o peso de 800 pessoas, para a sua inauguração só foram convidadas 120.
 
A mais célebre é a do antigo astronauta Edwin "Buzz" Aldrin, habituado a ficar no vazio, não deve ter estranhado a sensação de não ter chão debaixo dos pés. É que a estrutura da ponte - que não é verdadeiramente uma ponte, não ligando duas margens, mas uma passadeira, em forma de "u", toda feita em vidro. O que, para além de obrigar a uma limpeza constante, obriga ao uso de calçado especial - que não risque o vidro - por parte dos visitantes. Paga por David Jin, um homem de negócios de Las Vegas, a Skywalk foi oferecida à tribo indígena, que partilhará a vista e da receita das visitas. Uma coisa é certa: para permitir que os turistas apreciem a paisagem, a plataforma foi construída a 1220 metros do chão, dando maior amplitude a paisagem.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Jeff Topping/ Reuters

Foto da net
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© Carlos Coelho