100 anos a passar despercebido
A camuflagem era quase
perfeita. No entanto foram as pequenas manchas no pêlo, em forma de nuvens, que
chamaram á atenção dos investigadores do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). “É incrível que nunca ninguém tenha
reparado. Há centenas de anos que andamos a observar este animal e nunca nos
apercebemos que é único:” A análise ao DNA do leopardo nebuloso das ilhas
do Bornéu e de Samatra revelou 40 diferenças em comparação com os seus
familiares do Sudeste da Ásia continental. As suficientes para o incluírem numa
nova espécie animal: neofelis diardi.
Apesar do novo nome de
baptismo, a designação “nebuloso”, adoptada devido às manchas parecidas com
nuvens, irá manter-se.
O pêlo cinzento-escuro e com
duas listas nas costas, também o distingue do leopardo nebuloso, com nuvens
maiores e de tom amarelado. Os peritos acreditam que a população desta nova
espécie divergiu do seu ramo principal há 1,4 milhões de anos, conclusões
apoiadas pelos testes genéticos que incidiram nos diferentes padrões, formas e
coloração de pêlo.
A nova descoberta reforçou
ainda mais a ideia de que o Coração do Bornéu, uma área com mais de 200 mil
quilómetros quadrados de floresta tropical, é um verdadeiro paraíso animal por
desvendar. Calcula-se que existam entre cinco e 11 mil exemplares do neofelis diardi nesta região, enquanto
em Sumatra o número pode variar entre três e sete mil espécimes.
Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Sónia Ramalho
Fotos da Net
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