segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Império do Luxo (Capitulo I)

Diamantes quase eternos


Existe no nosso planeta um território sem fronteiras. É um espaço cujo limite será o infinito povoado por cidadãos, que evoluem noutra dimensão apenas através de gostos exóticos e exclusivos. Chama-se Império do Luxo.


Desde a criação do Homem, que se verificou uma luta pelo direito à diferença. Se politicamente os esforços vão no sentido inverso, socialmente constata-se que o acesso a um estilo de vida mais restrito, a aquisição de bens especiais e a vaidade humana, são realidades indestrutíveis. Diferente entre iguais, é o objectivo próprio da ambição individual de cada ser. A pensar nesta mesma filosofia, nasceram personalidades cuja vida foi dedicada a proporcionar aos outros o acesso àquilo que só muito dinheiro consegue garantir.


Num universo repleto de marcas, de ideias consumistas e de autênticos ícones sociais, iremos descobrir ao longo de 10 capítulos, quem inventou, encontrou, promoveu e fabricou, os mais apelativos produtos de aparato e ostentação, que conhecemos através dos rótulos, com que sonhamos. E se tudo começou com a fricção de duas pedras, que originaram o fogo, a nossa história também se pode iniciar da mesma forma, mas apenas com uma: o diamante!

Erotismo



A imagem feminina como se pode apreciar através de Isabeli Fontana está permanentemente associada a jóias, quase transmitindo a ideia de que tudo quanto é belo será raro… e caro!

São mundialmente conhecidas, marcas que comercializam jóias de excepção: Tiffany’s, Van Cleef & Arpels, Cartier, Boucheron, Fred, Harry Winston e tantos outros joalheiros, cujas criações ofuscam tanto pelo trabalho de lapidação, como pela imaginação que constitui o seu design, sempre diferente e permanentemente capaz de surpreender pela originalidade, qualidade e meticulosidade aplicadas na sua elaboração. Por detrás desta enorme visibilidade, esconde-se uma empresa que explora o famoso minério, desde a África do Sul até á Rússia: De Beers!


Criada e controlada pela família Oppenheimer, esta multinacional com escritórios espalhados pelo Mundo inteiro, tem a sua sede em Juanesburgo, onde o Harry, Frederick, bisneto do fundador, gere este império avaliado em biliões de dólares, que sozinho representa metade das erxportações de toda a África do Sul.(Harry e Nicky Uma sucessão quase dinástica na família Oppenheimer)


(Harry e Nicky Uma sucessão quase dinástica na família Oppenheimer)

Responsável por cerca de 85 por cento da extracção mundial de diamantes, a De Beers pode ser considerada monopolista no mercado do “brilho”. De origem Holandesa, a família Oppenheimer prima pela descrição e por um comportamento quase tímido. Deve salientar-se que nesta esfera, os negócios se tratam com enorme confidencialidade, embora transpirem alguns números. Em 1977 por exemplo, a De Beers pagou á União Soviética o montante de 500 milhões de dólares, pelos direitos exclusivos da comercialização de diamantes retirados do subsolo soviético.
A dinastia Oppenheimer, e a sua megaempresa, mantêm-se com enorme destaque na liderança internacional do mercado de pedras preciosas, criando uma dependência absoluta, aos seus compradores finais, ou seja a joalharia mundial.

Bailes, guerras e comunicação


Talvez o leitor não saiba que os colares, anéis, pulseiras, brincos ou coroas, elaborados com diamantes de diversos tipos e origens, partilham a sua matéria prima com simples cabos eléctricos, que recorrem ao diamante industrial, específico de determinadas minas, para obter melhor qualidade de transmissão.
As guerrilhas africanas, assim como as suas eternas lutas pelo podes, são financiadas, com alguma regularidade, pelo nobre minério, que não é aparentemente tão inocente como aparenta, quando colocado em volta de um pescoço de Hollywood, de uma aristocrata austríaca, ou de um modelo da casa Cartier. Para além do fascínio que reconhecidamente exerce sobre as mulheres, esta simples pedra, responsável por tantos conflitos, pode também salvar vidas.
Também no cinema os diamantes ornamentaram os mais ilustres corpos, dando o mote a numerosos filmes como A Pantera Cor-de-Rosa Volta a Atacar, Pequeno-Almoço no Tiffany’s, Os Diamantes são Eternos – 007 e tantos outros.
Sempre que as palavras luxo e riqueza são mencionadas, a joalharia está presente. Mesmo nas grandes convulsões internacionais, nas crises económicas, ou nas crashes bolsistas, os diamantes são a melhor forma de transportar dinheiro. O pequeno volume que ocupam e, o interesse que criam à sua volta, permitem ao seu detentor a rápida realização de liquidez. Antuérpia é historicamente a plataforma giratória para transacções rápidas, mas Nova Iorque também tem um estatuto de relevo. As grandes marcas de joalharia que já citámos, e eventos ao estilo dos Oscars de Hollywood, do festival de Cannes ou dos Bailes do Mónaco, são apenas o lado mediático de um negócio multimilionário, insensível a tendências de moda ou á ditadura feroz dos estilistas. Eles são intemporais. Como cantava Shirley Bassey, Diamonds are Forever… (Os Diamantes são eternos) ou será que a saudosa Marylin Monroe detinha a verdade ao interpretar Diamonds are a Girl’s Best Friend? (Os Diamantes São os Melhores Amigos da Mulher?).

Portugal na Rota


No Século XVI, os portugueses descobrem o caminho marítimo para a Índia. Na altura eram os judeus que controlavam o mercado mundial de diamantes, cujas extracções se concentrava justamente em território indiano. A comunidade judaica estabelecida em Portugal, e na época constituída por judeus não europeus, rapidamente fez acordos com os oficiais da armada portuguesa, para que os mesmos negociassem as valiosas pedras, directamente em Goa, transportando-as depois para Lisboa a bordo das caravelas lusas, transformando-a na entrada europeia para este mercado.

Burton – Taylor


Em 1966 foi extraída de uma mina sul-africana, uma gema fabulosa com cerca de 244 carates. Adquirida pela casa Harry Winston, a pedra foi talhada e polida em forma de pêra e posteriormente vendida a Vera Krupp, mulher do rei do aço, Alfred Krupp, agora com “apenas “ 66 carates, ficando conhecido por Krupp Diamond. Três anos depois a sua proprietária levou a leilão, sendo a Cartier, quem venceu a licitação. No dia seguinte, o actor Richard Burton, comprou-a ao conhecido joalheiro, por montante não revelado, e ofereceu-o à sua mulher Elizabeth Taylor, passando então a ser conhecido por Diamante Burton – Taylor.
Dez anos após esta oferta, Elizabeth leva novamente a jóia a leilão, obtendo três milhões de dólares, por parte de um comprador saudita. A verba foi oferecida pela actriz a um fundo de solidariedade, para a construção de um hospital no Botswana, curiosamente um país com enormes jazidas deste minério, mas escandalosamente pobre! Nos nossos dias, o valor seria substancialmente superior, mas regista-se o acto de nobreza da famosa actriz.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Miguel Soares
Foto da net
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domingo, 25 de setembro de 2016

Álvares Sagrado


O processo de canonização de Nuno Álvares Pereira “está no bom caminho”, garantiu o cardeal Português José Saraiva Martins, prefeito da Causa dos Santos no Vaticano.
O Santo Condestável seria assim o 11º Santo português. Conhecido também como o Beato Nuno de Santa Maria, cujo dia que lhe é dedicado celebra-se a 6 de Novembro, Nuno Álvares Pereira nasceu em 1360 e faleceu em 1431. Desempenhou um papel fundamental na crise de 1383 -1385, que culminou com a chegada ao trono de Portugal de D. João I .

Fonte: Revista Focus

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sábado, 24 de setembro de 2016

Bróculos


Propriedades curativas e protectoras
São ricos em fibra, betacaroteno (provitamina A), vitaminas C e K, minerais antioxidantes (zinco e selénio). Também contêm substâncias que ajudam a aumentar as defesas e, aumentar a acção das enzimas responsáveis pela desintoxicação, fortalecem as defesas do organismo. Possuem um composto (sulfurafano) de grande interesse na prevenção do cancro. Para tirar o maior partido deste alimento, o melhor é refogá-lo ou cozinhá-lo a vapor. Recomenda-se uma porção por dia, mas as virtudes deste vegetal não ficam por aqui, ora veja…
É uma excelente fonte de fibra e de baixo valor calórico;
Melhora a pele e as mucosas, por ser rico em vitamina A;
É rico em cálcio, fulcral para prevenir a osteoporose, e em vitamina C.

Fonte: Revista Maria
Foto da net
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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Búzios

Conchas mitológicas


O Búzio é um molusco que possui uma concha em forma espiral. É o próprio animal que a constrói ao longo da sua vida, através da segregação de minerais que ficam depositados junto á abertura da concha, local onde vive a maior parte do tempo. Diz a cultura popular que é possível ouvir o som do mar, se encostarmos o nosso ouvido à “boca” do búzio. Independentemente da veracidade da história muitos atribuem uma conotação simbólica a estas conchas, talvez pela sua beleza ou pelo eco que produzem.
Os maiores exemplos desta simbologia são os jogos de búzios, uma prática da cultura Yoruba, muito comum em África e no interior brasileiro. Estes rituais permitem aos sacerdotes e médiuns das comunidades contactar com os Orixas, as divindades mitológicas desta cultura. O jogo mais conhecido é o Merindilogun, que consiste em lançar 16 búzios e analisar as combinações de resultados, ou seja se a concha cai com a abertura para cima ou para baixo. São 256 as combinações possíveis e existem várias formas de arremessos. 


São as proporções de abertos e fechados que vão definir o Odu, que nestas culturas simboliza o caminho de vida que cada pessoa tem. Existem muitas variações deste jogo. Umas envolvem cânticos invocatórios noutras fazem-se perguntas directamente aos Orixas, outras ainda exigem um conjunto mais elaborado de acessórios. Todos estes rituais têm origem turca muitíssimo remota e são para nós – europeus – realidades muito distantes, a que muitas vezes associamos a ideia de crendice.


No que diz respeito aos portugueses, continuamos a preferir coleccionar as conchas e admirar a sua beleza ou a imitar outras culturas e fazer alguns ornamentos típicos de verão, como brincos e fios para o pescoço. Os mais práticos e defensores da nossa tradição preferem-nos bem grelhados com molho de manteiga. No entanto, há também quem continue a procurar nos búzios o fundo do mar.

Fonte: Jornal DN
Texto: João Silva
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Bordalo Pinheiro

A cerâmica exótica de Bordalo Pinheiro

'Gato Bizantino' é o título da peça; na realidade, é um escarrador na forma de gato oriental, com decoração a amarelo no corpo castanho com arabescos em relevo e um ratinho na forma de pega da tampa. 



'Bola com Nêsperas' foi também feita na transição para o século XX, tem decoração em alto relevo com dois ramos de nespereira com frutos, desencontrados, sobre o bojo.  


’Lagartixa’ é o titulo obvio de uma jarra cilíndrica de boca larga e base redonda. 


Fantasia é uma exuberância de base esférica com gargalo alto e asa dupla ornamentada de ramos, rosetas e máscaras em relevo, que tal como as outras peças mencionadas foi feita por Rafael Bordalo Pinheiro. 


Estão expostas, entre dezenas de outras peças deste artista português, na colecção do Museu de Cerâmica, nas Caldas da Rainha, criado oficialmente em 1983. O Museu encontra-se instalado na Quinta Visconde de Sacavém, conjunto arquitectónico construído na década de 1890 pelo segundo Visconde de Sacavém, José Joaquim Pinto da Silva, e é formado por um palacete  romântico revivalista, rodeado de jardins de traçado romântico. O conjunto apresenta profusa decoração com elementos arquitectónicos cerâmicos, nomeadamente azulejos do século XVI ao XX.
As colecções são constituídas por uma síntese representativa de vários centros cerâmicos do país e do estrangeiro, bem como uma mostra da produção cerâmica de Caldas da Rainha, do século XVI, destacando-se é claro um importante núcleo da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro. Atenção ainda para os núcleos de olaria, miniatura, cerâmica contemporânea de autor e azulejaria.

Fonte: Revista Domingo
Texto: Clara Bradala

Foto da net
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa é um dos maiores poetas portugueses e o mais original de todos porque não foi só um poeta, foi muitos. Criou várias personagens – os heterónimos – a quem deu um nome, uma biografia, uma personalidade, e que, sendo ele, eram outros, escrevendo outras poesias, outras histórias, outros ensaios, diferentes dos seus.


Fernando António Nogueira Pessoa faria ontem 121 anos. Nasceu a  13 de Junho em 1888, em Lisboa. Aos cinco anos o pai morreu e quando a mãe voltou a casar, com o cônsul de Portugal em Durban (na África do Sul), a família mudou-se para aquela cidade, onde pessoa viveu dos 8 aos 17 anos, fazendo a maioria dos seus estudos em inglês, língua em que foram escritos os seus primeiros poemas. Desde cedo, revelou-se um jovem reservado, vivia num mundo só dele, mas esse era um mundo cheio de imaginação. Aos 17 anos voltou para Lisboa e nunca mais de lá saiu. Entrou no Curso Superior de Letras, mas logo o abandonou, sem acabar o primeiro ano. Preferia estudar sozinho na Biblioteca Nacional.
Entre 1910 e 1935, data da sua morte, não parou de escrever: sobretudo poesia, mas também prosa, ensaio, crítica literária. Milhares e milhares de folhas manuscritas e dactilografadas. Pouco foi editado enquanto foi vivo, mas muitos escritos seus foram publicados em revistas com as quais colaborava. A sua profissão era tradutor ou «correspondente estrangeiro em casas comerciais», como diria uma nota autobiográfica, acrescentando que «ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação». E foi a esta vocação que dedicou toda a sua vida, que se confunde com a sua obra.


Nunca se casou, a única namorada que se lhe conheceu foi Ofélia, a quem escrevia muitas cartas de amor, e viveu grande parte da vida adulta com a família numa casa em Campo de Ourique, que é hoje a Casa Fernando Pessoa. Interessava-se por astrologia e até fazia horóscopos e cartas astrais, era frequentador de cafés e participava em várias tertúlias literárias – grupos de artistas e escritores que se juntavam para trocar ideias -, mas mantinha-se um homem discreto e talvez por isso o seu génio só foi completamente conhecido e reconhecido depois da sua morte. Segundo Richard Zenith, que escreveu uma pequena biografia de Pessoa, o poeta escreveu sob dezenas de nomes, uma prática que começou na infância, tendo chamado heterónimos aos mais importantes destes «outros eu», dotando-os de biografias, características físicas, personalidades e actividades literárias próprias. Algumas das suas maiores obras em português foram atribuídas aos três principais heterónimos poéticos – Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos – e ao «semi-heterónimo» Bernardo Soares.
Fernando Pessoa morreu em Lisboa, com apenas 47 anos, mas inscreveu o seu nome no grupo dos imortais da literatura portuguesa.
«O primeiro poema de Fernando pessoa foi escrito com sete anos. Tinha como título À minha querida mamã e dizia assim: «Ó terras de Portugal/ Ó terras onde eu nasci/ por muito que goste delas/ Inda gosto mais de ti.»

Fonte: Revista Terra do Nunca
Foto da net

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Quem é mais verde?

De acordo com um estudo do Instituto Superior de Agronomia, as melhores vegetações em Portugal para reter CO2 são…


Os eucaliptos


Os montados de sobro


Os terrenos de pastagens

Considerado por muitos como uma praga para a biodiversidade nacional, o eucalipto conseguiu os melhores resultados, segundo a investigação, coordenada pelo professor universitário João Santos Pereira, cada hectare de eucaliptal retém entre 4,7 e 7,4 toneladas de CO2 por ano, contra 0,4 a 1,8 do montado.

Fonte: Revista Visão
Foto da net

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© Carlos Coelho 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Felicidade e História

Será mesmo verdade que os felizes não têm história? E será que queremos mesmo essa ausência de história em troca da alegada felicidade? Ou é da história que conseguimos ter que retiramos a nossa felicidade? No fundo, história e felicidade, acontecimentos e emoções, são a fita métrica da nossa vida.


1 – É ponto assente que os povos felizes não têm história. Ainda assim suspeita-se da afirmação, ou pela descrença num qualquer estado de beatitude relativamente permanente a que se possa chamar de felicidade, ou pela circunstãncia de não se lobrigrar onde estejam os tais povos sem história.
Por demasiadas razões, provavelmente mais das pessoas que dos povos e mais individuais que colectivas, parece que a capacidade e o desejo de provocar acontecimentos, embarcar em ideias que têm consequências, viver emoções e significar os dias e a vida, chega e sobra para entrar numa especial corrente do tempo a que depois se chama história.

2 – Mas a ideia da afirmação percebe-se: são os não acontecimentos, a ausência de rupturas bruscas, a continuidade sem sobressaltos, o fluir dos dias de forma esperada e previsível que, ao não permitirem pontuações especiais e comemorações especiais, anulam um qualquer carácter histórico.
Por qualquer razão, algumas pessoas dispõem-se a adaptar à sua dimensão esta frase bonita e a fazerem de conta que não têm história, que tudo o que sentiram e viveram era exactamente o esperado e adequado e que por isso, pelo facto de não terem história são, têm de ser, felizes ou pelo menos contentinhas.

3 – Por qualquer razão, há como que uma espécie de vergonha em assumir para si mesmo que «tendo tudo para ser feliz» afinal não se consegue chegar lá. Que há pequenos acontecimentos de outros tempos, pequenas sensações do passado, minúsculos dizeres de pessoas que já desapareceram ou perderam importância , que regressam ciclicamente à mente, aos sonhos e influenciam o dia-a-dia, como se tivessem importância.
Mas queira-se ou não, o que aconteceu e o que se sentiu é, à escala individual, a forma de mensuração do mundo. Mais acontecimentos, maior espectacularidade, não se traduzem em maior sensibilidade ou emoção. Cada um tem a história que tem e, porque é a sua, é necessariamente a de referência e a mais importante.
Seguro mesmo é que as pessoas felizes também têm história. E sabem que a têm.

Fonte: Revista Notícias Magazine
Foto: Marta Torrão
Texto: Isabel Leal (Psicóloga)

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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Como nasceu o queijo?

Sabes a lenda da descoberta do queijo?

Queijo, Tacuinum Sanitatis Casanatensis (século XIV)

O queijo existe há pelo menos seis mil anos e a sua origem ainda é uma incógnita! Há uma famosa lenda que conta que o primeiro queijo foi feito acidentalmente, como quase todas as boas invenções!

Diz a história um mercador árabe ao sair para cavalgar por uma região montanhosa, debaixo de sol escaldante, levou uma bolsa cheia de leite de cabra para matar a sede. Após um dia inteiro a galope, o árabe, mortinho de sede, pegou no seu cantil e deparou-se com uma grande surpresa o leite havia-se separado em duas partes!
Um líquido fino e esbranquiçado – o soro, e uma parte sólida – o queijo. A transformação deu-se devido ao calor do sol, ao galope do cavalo e ao material do cantil, uma bolsa feita de estomago de carneiro, qua ainda continha o coalho, substância que coagula o leite. O processo de fabricação do queijo até hoje segue esse mesmo princípio.


É feito através da coagulação do leite pela acção duma enzima extraída de um das partes do estomago dos bovinos. Sim, leste bem, uma das partes. Sabias que os estômagos dos bois e das vacas têm quatro partes? Na verdade as primeiras três são uma espécie de pré estomago mas… imagina só o tempo que estes animaizinhos demoram a fazer a digestão?!
Queijo, Tacuinum Sanitatis Casanatensis (século XIV)

Fonte: Revista DN
Foto da net
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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Dispneia


A dispneia, vulgarmente conhecida por falta de ar, é uma sensação incómoda de dificuldade respiratória. O tipo mais frequente de dispneia é o que aparece ao realizar um esforço físico, pelo que limita a quantidade de exercício que se possa realizar. Durante o esforço, o corpo produz mais anidrido carbónico e consome maior quantidade de oxigénio. O centro respiratório do cérebro aumenta a frequência respiratória quando as concentrações de oxigénio no sangue são baixas, ou quando as do anidrido carbónico são altas.

Por outro lado, se a função pulmonar e cardíaca são anormais, inclusive um pequeno esforço pode aumentar, de forma alarmante, a frequência respiratória e a dispneia. Na sua forma mais grave, pode inclusivamente manifestar-se durante o repouso.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Dicionário de Saúde
Fotos da Net
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© Carlos Coelho

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Um Português Rei do Pegú

Salvador Ribeiro de Sousa

Um português rei do Pegú

No rico país da Birmania, onde até há pouco ardeu cruenta a guerra e, no seu govêrno de Pegú, foi outrora Rei um grande Capitão português.
Alma de aventureiro gentil-homem, coração ardente, sequioso de aventuras que lhe mitigassem as ansiedades de glória, Salvador Ribeiro de Sousa largara da sua aldeia de Quintães, de Entre Douro e Minho, para Militar na Índia com dois dos seus irmãos.

Portugal jazia sob o jugo castelhano. Não devia ser agradável a vida na pátria, vendo-se a tôda a hora os inimigos seculares passeando seu orgulho aos olhos de cavaleiros que os valiam ou sobrepassavam.
Havia lá longe, largos campos de luta, onde as espadas portuguesas pudessem vingar-se em bárbaros das vanglórias dos castelhanos. Aquêle fidalgo de poucos teres, arribado ao Ganges, no verão do ano de 1600, pensou em ir mais além do que era costume das hostes da conquista. Ela já estava feita: tratava-se, agora, de colher os resultados dos esforços anteriores.


Existiam, porém, terras de muita fama, de que falavam histórias, corridas de bôca em bôca, com o sabor de lendas. Tudo quanto se conhecia de fabuloso, desde as pedrarias rutilantes, que os rajás prodigalizavam, até ás preciosas cargas de produtos exóticos alucinavam as imaginações dos chatins que viajavam, correndo riscos pelas riquezas e dos capitães em busca de triunfos e também de opulência.

Chegado ao porto de Sirião, o cavaleiro português antevia a glória e o lucro. Pensou em edificar uma feitoria naquele local, e, para isso teve de solicitar licença do Rei de Arracão. Já estava naquelas paragens, um europeu, para demais nascido em Lisboa, de pais franceses, e que se chamava  Felipe de Brito Nicote. Foi ele o intermediário para a concessão. Como por milagre os poucos portugueses que acompanharam salvador Ribeiro de Sousa construíram rapidamente a feitoria que era, ao mesmo tempo, fortaleza.


Entrou em aborrecimentos o monarca de Arracão, pressentiu possível hostilidade do cavaleiro e voltou com a palavra atrás. Não queria fortes nas suas terras: desejava muito longe delas os estrangeiros e ameaçou-os de extermínio se não destruíssem imediatamente aquele monstro de madeira e pedra que fazia larga sombra ao seu reino.
A-pesar de não contar com muitos elementos de combate, o gentil-homem de Entre o Douro e Minho não lhe sofreu o ânimo aguardar o ataque do Rei bárbaro. Foi ao seu encontro demonstrando que não o temia. Dispunha de três barcos e artilhou-os; tinha consigo pouco mais de cinquenta portugueses e mostrou-lhes a glorificação do seu nome e da pátria. Encontrou peitos leais e rijos como habituados por corações leoninos e forrados de aço.

A frota imponente do soberano de Aracão subia o rio de Pegú em som de guerra, tripulada pelos melhores guerreiros e que desdenhavam dos pobres baixeis do inimigo. Em breve, destroçados e cheios de pasmo, julgando ter-se batido com as fúrias dos infernos, os peguanos mal tinham voz para contar o que de susto os tolhia.
Grandes foram os despojos colhidos na aventurosa batalha. Arranjou-se com que aumentar a defesa do forte; não faltaria viveres nem pólvora; tampouco riquezas. Os vencidos tinham-se encarregado de as fornecer e, mais ainda, de aumentar o ânimo dos portugueses. Se com três barcos destroçavam uma armada, aquela fortaleza seria inexpugnável em suas mãos!

Já vinham as grandes mesnadas do Banha Lão para acometer quem os desonrara; formigavam os soldados bem apetrechados, à maneira indígena, e seus gritos de guerra ressoavam terrivelmente. Pareciam mais fortes de língua do que de braço.
Salvador Ribeiro de Sousa, fazendo uma sortida, quando eles o julgavam cercado, rompe as fileiras peguanas, estilhaçou as defesas, calcou cadáveres, pôs fogo á tenda de campanha e, apanhado o  Banha Láu, matou-o e mostrou sua cabeça decepada aos soldados abatidos. Os portugueses tinham desprezo por tanto gentio aniquilado. Poderiam vir mais, muitos mais, desfazer-se contra a fortaleza todo o reino que, eles lá estavam para o conter. Não tardou nova investida comandada por Banha Dalá, genro do assassinado. Desta vez não foi fácil a vitória; tornou-se mais apertado o cerco e quando da nova sortida, o cavaleiro português retirou a custo, retalhada a sua face por um golpe qua a marcaria desde a orelha esquerda até à bôca.


Apareceram no rio, embora a distância, brancas velas que pareciam anunciar socorros de europeus. Não passavam de barcos de traficantes que iam em busca de negócios pingues. Serviram para amedrontar o inimigo, com a ardência que Salvador Ribeiro de Sousa lhes comunicou, na batalha travada, as tropas do Dalá sofreram derrota que lhes enfraqueceu o ardor. Retiraram; e, naturalmente, como os derrotados tinham por costume e lei abater os generais, e até os reis, vencidos, ficou vago o trono. O Rei do Pegú fôra assassinado. Prestou-se alto preito ao vencedor, cuja fama alastrava pela Indo-China. Os peguanos elegeram-no seu Rei e uma vistosa embaixada lhe foi oferecer a corôa em grandes galas.

Seria ele o Massinga, o soberano. Sorriu-lhe o desfecho da aventura. Imaginava talvez que seria um bom Rei naquelas terras onde chegou, ao acaso de uma arribada. Deixou-se aclamar, folgou dignamente nos festejos, nobilitou os seus cavaleiros, amigos e aderentes e preparou-se para fundar uma dinastia.
Muitos anos depois Voltaire diria que «o primeiro Rei do Mundo foi um soldado feliz». Salvador Ribeiro de Sousa ganhou batalhas e no seu sangue derramado colhera uma corôa: a do Pegú.
Mandou um embaixador a Aires de Saldanha, vice-rei da Índia e aguardou a sua sanção a tantas vitórias.


Andava, porém alguém a tecer uma teia negra: o Nicote. Tantas coisas dissera e de tal maneira influíra no espírito do vice-rei, que ele o nomeou capitão general da conquista feita pelo grande guerreiro, que ficaria subalterno do intrigante.



Na carta que Aires de Saldanha lhe escrevera lia-se: «A Salvador Ribeiro de Sousa, Capitão da Fortaleza de Sirião, na ausência de Felipe de Brito Nicote». Os usurpadores sempre medraram. Quando aquele chegou, o nobre cavaleiro arremeçou-lhe a coroa com os insultos e embarcou na nau que o conduziu ao reino, triste e desolado sentindo decerto que mais ganham os habilidosos e lisonjeiros do que os altivos e esforçados.


Chegou ao reino, onde acabaria com sua Comenda de Cristo, por único galardão e a lembrança de mil ingratidões.

Fonte: Revista Ver e Crer nº 2 de Junho 1945
Texto: Rocha Martins
Fotos da Net

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© Carlos Coelho

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Capivara

Como é que a Capivara se refugia dos predadores?


Espécie habita na América do Sul
Parcialmente submersa, a Capivara percorre a nado as águas de um rio do Sul no Brasil, um dos países de sua eleição, a par da Argentina. As pequenas membranas que lhes enfeitam as patas, e que contrastam com o espesso pêlo castanho, dão-lhe uma vantagem de peso sobre os seus predadores, já que é dentro de água que se refugia deles com uma destreza singular. Ainda que a sua habilidade em permanecer submersa por alguns minutos lhe seja valiosa, podendo mesmo adormecer neste ambiente, a Capivara não utiliza a água como fonte de alimento, já que a sua dieta alimentar se baseia em capim e erva.

Fonte: Revista Domingo CM
Fotos da Net
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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Polónia tem o maior Cristo-Rei


Com 58 metros de altura, a estátua de Jesus Cristo do Mundo, erguida na Polónia, supera os Cristos da Bolívia e do Brasil.

O Cristo Rei é uma estátua de Jesus Cristo em Świebodzin na Polônia, concluída em 6 de novembro de 2010. É considerada como a mais alto estátua de Jesus no mundo.
A estátua tem 33 metros de altura e juntamente com seu monte, chega a 52,5 metros. Pesa 440 toneladas e o projeto foi concebido e liderado pelo Sylwester Zawadzki, um sacerdote aposentado polonês.


A estátua foi construída sobre um aterro de 16,5 metros de pedras e entulho, com altura de 33 metros, simbolizando a idade de cristo, que morreu com 33 anos.
A cabeça tem 4,5 m de altura e pesa 15 toneladas. Cada mão tem 6 m de comprimento e da distância entre as extremidades dos dedos é de 24 metros. Ele é composto de concreto e fibra de vidro.


Tal como o Cristo Redentor, a estátua de Swiebodzin, cidade de 40 mil habitantes, é completamente branca, tendo como única diferença uma coroa dourada de três metros de altura.
Os últimos elementos da estátua - a cabeça e os braços - foram instalados com a ajuda de um enorme guindaste enviado especialmente ao local.

Fonte: Revista Domingo CM
Fotos da Net
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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Poto

Família Araceae
(Acindapsus aureus)
Trepadeira por Excelência


Esta popular planta é originária das Ilhas Salomão, na Nova Guiné. Pelo seu porte peculiar é indiada para ser utilizada como trepadeira ou com os caules pendentes.
A Poto prefere zonas bem iluminadas, mas sem sol directo. Nos exemplares variegados a cor aparece atenuada, tornando-se verde, se a planta crescer com pouca luz. Está bem adaptada aos ambientes amenos do interior das casas, mas é sensível a mudanças bruscas de temperatura. As regas devem ser abundantes, excepto no Inverno.

Conselhos Práticos


O substrato utilizado deve ser esponjoso e rico em húmus, matéria orgânica. Adapta-se bem à vida em vasos pequenos. Efectue a plantação inicial e as posteriores em qualquer época do ano. É frequente enrolá-la á volta de uma haste com musgo, o que faz com que apresente um aspecto mais frondoso e organizado. Por causa do seu grande crescimento, a aplicação de adubo ao longo do ano é fundamental. Elimine o pó que se acumula sobre as folhas, com um pano húmido. Esta planta não requer demasiados cuidados e dura muitos anos.

Propagação
Para a multiplicação utilize estacas de caule em qualquer época do ano. O enraizamento é muito fácil. O ideal é cortar um ramo lateral com algumas folhas e coloca-lo num copo, de forma que só a parte basal esteja em contacto com água. Passados uns dias aparecerão as raízes, quando atingirem um tamanho adequado poderá transplantá-las para um recipiente com solo.

Pragas e Doenças
É muito resistente ao ataque de pragas e doenças, e raramente é afectada por estes males.

A linguagem das Plantas
Manchas pardas sobre as folhas: Excesso de humidade. Deve secar um pouco o solo antes de tornar a regar.
Folhas murchas: Demasiada exposição ao sol. Coloque-a num local iluminado, mas sem sol directo.

Fonte: Revista  Correio Mulher
Fotos da Net
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