quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Jackie Kennedy Onassis

Especial porque?
Como ela conquistou o mundo


A importância de saber o que queremos
Já diz o povo que se não soubermos para onde queremos ir nunca havemos de lá chegar. Jackie sabia o que queria e acreditava nisso apaixonadamente. Em criança, desenvolveu “uma carapaça interior” para sobreviver à humilhação de ter um pai alcoólico e esbanjador que se dava muito mal com a sua mãe. 


Em plena década de 1940, Jackie soube que teria de ser ela a escolher o rumo da sua vida e um dos objectivos que traçou foi o de escapar ao fantasma da pobreza que a perseguiu enquanto crescia. Como conhecia bem os seus pontos fortes e fracos, sabia até onde poderia chegar. Decidiu arranjar um marido rico. Foi então que Kennedy se atravessou no seu caminho quando Jackie trabalhava como repórter fotográfica.

Não perder de vista os objectivos


“Extremamente disciplinada, tinha uma enorme capacidade de concentração que lhe permitia concretizar quase tudo aquilo a que se propunha. Adorava ser excelente em tudo o que fazia, achando impossível contentar-se com menos.” Muito competitiva, na escola, o seu nome estava sempre no quadro de honra.
Aos 11 anos venceu todos os concursos de sub-21 de equitação, aos 18 foi Debutante do Ano no baile do colégio e conseguiu ir estudar para Sorbonne como sempre desejara. A sua vida ensina-nos que “ se queremos ver algo feito, temos de aprender a dizer ‘não’ e a concentrar-nos nas nossas prioridades”.

Maternidade: amor e disciplina


Para Jackie, ser mãe era “dar amor, segurança e disciplina sem lágrimas”. Apesar de ser uma mulher moderna, transmitiu aos filhos os mesmos valores tradicionais e antiquados que recebera. 


Educou Caroline (a mais velha) e John (falecido em 1999 num acidente de avião) para serem independentes, responsáveis e atenciosos. Desde pequenos, quis que trabalhassem e não se transformassem em jovens mimados e caprichosos.

Imagem e estilo inconfundíveis


“Transformou a imagem séria e conservadora da América dos anos 50, noutra cheia de estilo e elegância internacionais.” Jackie sabia que, fizesse o que fizesse, seria julgada em primeiro lugar pelo seu aspecto. 


Abençoada com uma silhueta de manequim, apostou nas jóias e toilettes parisienses e o Mundo apaixonou-se por ela. Onassis  escolheu-a na esperança de ser contagiado pela sua áurea de “rainha”. 





Enquanto foi Kennedy o “visual Jackie” virou moda na América: “Chapéu pequenino, vestidos direitos sem mangas, um lenço Hermes, fatos estilo Chanel, vestidos de noite só com um ombro, luvas, vestidos-sari, uma fiada dupla de pérolas, sapatos com pouco salto e enormes óculos escuros.”



A elegância estava-lhe até no tom de voz:  “Suave, meigo e muito doce. Fascinava-me. Nunca apressava as palavras. As outras raparigas não soavam como ela”, recorda uma ex-colega de escola.


Coragem para continuar

As horas que se seguiram ao assassinato do marido, em Dallas, em 1963, Jackie mostrou uma coragem que impressionou o Mundo. “ 


Pouca gente imaginava que houvesse tamanha ‘força sob a seda’ (…) Quem a viu diz que “tinha os olhos secos, uma expressão um poucoalheada, e que fitava o horizonte. Sabia que tinha de honrar o seu compromisso com o marido, os filhos e os pais.


O seu fato cor-de-rosa ficou sujo de sangue e de massa encefálica, mas ela não o mudou nem abandonou o corpo de John F. Kennedy”. Já durante o casamento tivera de ser corajosa para manter os votos, ante as famosas infidelidades do marido. Depois, criou os filhos sozinha e refez a vida ao lado de Onassis.


Homens e o “olhar-farol”

Jackie tinha um poderoso “não sei o quê especial” que lhe permitiu conquistar dois dos homens mais cobiçados do século. 


Fê-lo sem ser dona de uma beleza ou sensualidade acima da média ou, sequer, de uma personalidade extrovertida. A sua arma era a individualidade. “ Em jovem, foi bastante honesta consigo própria e quis melhorar aquilo que acreditava serem os seus defeitos.” 


Aprendeu a usar a moda para disfarçar imperfeições físicas e capitalizou a admiração que suscitava por ser uma mulher viajada. O pai ensinou-lhe as vantagens de usar um “olhar-farol”, um sorriso radioso e de falar baixinho sem nunca revelar tudo. 


Quando fixava um homem nos olhos, fazia-o sentir-se o centro do seu universo. Algo irresistível. 


Escolheu os homens consoante as necessidades: o primeiro por amor, o segundo por dinheiro, o terceiro foi o companheiro na velhice, Maurice Tempelsman.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Anabela  Pereira Fernandes
Fotos da net
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