sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Pântano de Manchac


Fantasmas, sepulturas em massa, jacarés, e árvores com aparências assustadoras decoram este pântano horrível em Louisiana, nos EUA....
As fotos resumem a reputação assombrada do local. Em 1915, Julia Brown previu o dia de sua morte ao cantar uma canção que dizia “Quando eu morrer vou levar toda a cidade comigo”. O funeral de Julia foi destruído quando um vento e uma tempestade carregaram centenas de pessoas até uma terrível morte nas profundezas do pântano de Manchac. Quem passa por lá diz ouvir os gritos das vitimas. Aparições também são comuns.
E ser assustador não é novidade para o local. Séculos atrás, o Pântano da Louisiana era o ponto predileto para práticas vudu. Relatos sobre zumbis que vagavam pelo pântano e rituais de sacrifícios humanos feitos pelos senhores de fazendas para manter sua prosperidade eram comuns. Dizem ainda que o pântano foi o lar de uma rainha-bruxa.
Se você é um cético de carteirinha, vai ficar feliz em saber que, pelo que podemos provar, só tem crocodilos em Manchac – o que já é suficiente para nos manter longe de lá. Se você é dos curiosos, no entanto, existem excursões com tochas à meia-noite pelo pântano. Cenas do filme A Colheita do Mal foram gravadas no local, o que o torna um bom destino turístico no quesito “terror”.




Manchac é uma pequena cidade da Louisiana, localizada no Lago Maurepas, região do sul dos Estados Unidos colonizada por franceses. Com eles, vieram os escravos africanos, e também as tradições, religiões e rituais do continente, como o vodu.


Reza a lenda que uma rainha praticante de vodu (Marie Laveau, 1794-1881) foi acusada de feitiçaria e condenada a passar toda a vida em uma cadeia local. Para se vingar, ela teria lançado uma maldição sobre a região: os belos ciprestes assumiram formas tenebrosas, as águas ficaram turvas e os crocodilos aprenderam a espreitar silenciosamente suas vítimas. Laveau seria a responsável pelo furacão de 1915, que destruiu três pequenas cidades da região. Mas você pode ouvir ainda uma outra lenda, dependendo do morador com quem conversar. Julie White era uma princesa praticante de vodu, que costumava se sentar na varanda de sua casa e cantar: “Um dia vou morrer e levarei todos comigo”. Por incrível que pareça, o furacão de 1915 assolou a Lousiana exatamente no dia de seu funeral.

Mas não são apenas as lendas de feitiços e magia negra que inspiram temor. Os imigrantes franceses temiam o sanguinário Rougarou, a versão cajun do lobisomem.
Talvez você não acredite nessas histórias fantasiosas, mas deve haver alguma explicação para os sucessivos desaparecimentos de pescadores e turistas. Até os guias mais experientes evitam os pântanos e certas áreas consideradas “sombrias”.
As formas retorcidas das árvores são como garras, prestes a arrastar quem se aventurar em seus domínios. O canto das rãs inquieta os mais corajosos. As águas turvas transmitem a sensação de que ninguém ouvirá um pedido de socorro. Tudo isso faz do Pântano de Manchac o cenário ideal para os filmes de terror, onde vários diretores filmaram clássicos do género.
Você pode evitar passar pela região e se contentar em apreciá-la por fotos, mas seus moradores têm menos sorte: são obrigados a atravessar a ponte do Pântano de Manchac, a terceira maior do mundo, com quase 37 quilômetros de extensão, e a única ligação da cidade com a rodovia estadual 55.
Diversas aparições de espíritos e sombras nas brumas do pântano são relatadas, e até gritos já foram ouvidos durante a travessia. A população acredita que essas aparições são as almas das finadas vítimas da maldição vodu.
Se nada disso foi o suficiente para assustá-lo, você é um forte candidato a visitar um dos lugares mais temidos e interessantes do planeta. Com um pouco de sorte, você poderá avistar os olhos vermelhos dos crocodilos à espreita, ou mesmo o cadáver de uma das vítimas boiando nas águas do pântano. Talvez você se arrisque a encontrar a última morada da rainha vodu, o lugar que muitos tentaram encontrar, mas jamais retornaram.

Fonte: Minilua.com
Fotos minilua.com
Carlos Coelho