sábado, 31 de março de 2007

A Princesa da Torre

 


No castelo de Bragança existe uma “Torre da Princesa”, rodeada de lendas. Nada de estranho em terras transmontanas.

As origens do castelo de Bragança confundem-se com as da própria nacionalidade. Embora se saiba pouco sobre a primitiva cerca defensiva, há informações segundo as quais D. Afonso Henriques encarregou o cunhado, Fernão Mendes, de fundar uma povoação no Outeiro de Benquerença, povoação denominada «Bragança» já por D. Sancho II, em 1253. Sofreu alterações pelos séculos seguintes: no reinado de D. Dinis, depois já durante D. João I, a cidade sofreu uma grande campanha de construção de edifícios militares e as feições do castelo alteraram-se. Voltariam a mudar muitas vezes, em parte devido ao facto de o castelo se situar perto da fronteira e, portanto, numa região mais vulnerável. Desde 1936 funciona lá um museu militar, o que terá tornado a paisagem mais domesticada…

Mesmo assim, encontrando-se a uma altitude de 700 metros, nos horizontes perdidos e rochosos de Trás-os-Montes, não é difícil imaginarmos que este conjunto – onde alguns historiadores de arte detectaram influências inglesas – prestou-se bem a ambientes de lendas e histórias de fantasmas.

Mesmo quendo, como na lenda da Torre da Princesa, o «fantasma» não é mais do que o disfarce pueril de um tio zangado com a sobrinha apaixonada, e que decidiu interpretar o papel do cavaleiro escolhido pela princesa, supostamente morto. Há muitos anos que o cavaleiro partira e a princesa, fiel ao juramento que lhe fizera, decidira não aceitar a corte de mais ninguém. De acordo com a lenda, o rei que habitaria a fortaleza reagiu em desespero de causa: decidiu que o cavaleiro, em espírito, apareceria á sua amada, a dizer-lhe que, tendo ele morrido em terras distantes, a moça ficaria desobrigada do juramento, podendo dar a mão a quem quisesse… O pior foi quando um raio de luz, muito oportuno, descobriu o embuste e expôs um rei (mal) disfarçado e envergonhado, que só teve tempo de fugir. A princesa, pobre dela, continuaria à espera do seu cavaleiro.

A partir de então a princesa nunca mais foi obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida na torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa e aquelas duas portas ficaram a ser conhecidas pela Porta da Traição e a Porta do Sol.

Fonte: Jornal Expresso

Texto/autor: Nair Alexandra

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quinta-feira, 29 de março de 2007

Aligátor -do-Mississipi

Nome científico:  Alligator mississippiensis

Ordem: Crocodylia (crocodilianos)

Família: Alligtoridae

Aligátores e crocodilos são parecidos, mas não são da mesma família: os aligátores têm o «apelido» Alligatoridae enquanto o dos crocodilos é Crocodilidae. Os aligátores vivem nos lagos, pântanos e cursos de água lentos do Sudoeste dos Estados Unidos da América, desde a carolina do Norte ao Texas, sendo também conhecidos por aligátores- americanos.

Os machos adultos medem cerca de quatro metros e meio de comprimento, enquanto as fêmeas não ultrapassam os três metros. De pele cinzenta ou negra, coberta por escamas e placas córneas, têm fortes garras, a cabeça larga e achatada, assim como a cauda, e o focinho arredondado. Os aligátores têm muitos dentes (sessenta a setenta) e bem afiados, que lhes servem para capturar e estraçalhar as suas presas. São grandes devoradores, mas nos meses mais frios não comem. No Inverno, hibernam em tocas construídas por eles e sobrevivem à custa das reservas de gordura que acumularam durante o Verão.

Estudos em cativeiros revelaram que começam a perder o apetite se a temperatura for inferior a 27º C e que deixam de se alimentar quando desce abaixo dos 23ºC. normalmente, não atacam os humanos e só o fazem para «defender» o território ou as crias, não para comer. Para esse efeito, os aligátores (juvenis) preferem os invertebrados (insectos e crustáceos), peixes e anfíbios, mas quando chegam a adultos alargam os seus gostos a serpentes, tartarugas, mamíferos, aves e cadáveres.

Esta é uma espécie ovípara e é a fêmea que constrói um ninho de lama e vegetação apodrecida, num local abrigado próximo da margem, onde deposita vinte a sessenta ovos, cujo período de incubação é de cerca de 65 dias. A mãe guarda o ninho e depois da eclosão acompanha as crias durante um a três anos. Contudo, apesar da sua protecção atenta, os juvenis são muitas vezes caçados por guaxinins, aves, grandes peixes ou outros aligátores adultos.

O aligátor não mastiga a presa, engole-a inteira ou em grandes bocados de carne.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto/autor: Jardim Zoológico

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quarta-feira, 28 de março de 2007

Crenças Alternativas

“De tão pessoais e únicas crenças resulta o efeito perverso de não serem facilmente partilháveis, de não se conseguirem construir como referenciais minimamente estáveis e os de pertenças e interacções sociais.”

De há uns anos para cá tornou-se moda um conjunto de formas de estar, de algum modo “alternativas”, em que se mistura, a maioria das vezes atabalhoadamente, uma simpática psicologia positiva e simplificada, resquícios fisiológicos orientais, práticas antigas de cariz divinatório e mais umas coisitas entre o místico e o mágico.

No conjunto, a ideia é tão boa como outra qualquer e serve, no essencial, para as pessoas que lhe concedem centralidade viverem o melhor que podem, acreditando que umas quantas práticas lhes fazem bem e qua o acesso a uns tantos conhecimentos lhes garante aquele patamar de originalidade que as torna especiais.

Sendo dado que o facto de nos sentirmos detentores de uma qualquer verdade nos fortalece a auto-estima e o amor-próprio, em princípio nada há a opor e essas novas convicções que têm a particularidade de serem á medida e personalizadas, já que cada um escolhe o que lhe faz mais sentido.

De tão pessoais e únicas crenças resulta, entretanto, o efeito perverso de não serem facilmente partilháveis, de não se conseguirem construir como referenciais minimamente estáveis e organizadores de pertenças e interacções sociais. Ou seja, corre-se o risco de aumentar a incomunicabilidade e de usar retalhos de conhecimentos curiosos para distanciar os outros que não têm o mesmo tipo de ‘esclarecimentos’ e ‘iluminação’. E nas fés auto-erigidas há sempre elementos incompreensíveis, já que espelham personalidades, desejos e medos únicos e intransmissíveis.

O agradável de crenças e referências antigas e organizadas é que nos ajudam a distinguir os próximos dos distantes, implicam-nos na partilha do que há em comum, estabelecem-nos pertenças e enquadram-nos em redes em que não estamos sozinhos.

Não sendo a solução para todos os problemas e acarretando os seus próprios disfuncionamentos, ter uma religião, um clube, um grupo, uma cor ou uma nação é uma escolha de contacto, que a história do mundo mostra ter inegáveis vantagens.

Crenças individualizadas e fragmentadas, por seu turno, se destacam originalidades e idiossincrasias interessantes, também isolam os seus autores e põem a nu, com excessiva facilidade, confusões e angústias fundamentais. Sendo as pessoas o que são, quer dizer, seres de origem e vocação social, que muito mais facilmente descobrem o bem-estar no encontro com o outro do que numa zona de solidão altiva e hermética, dava jeito que não se exagerasse na elegia da originalidade e dos caminhos alternativos.

Fonte: Revista Caras /Psicologia

Texto/autor: Por Isabel Leal / Professora de Psicologia Clínica no ISPA

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terça-feira, 27 de março de 2007

Cuidado com os excessos

 

Tudo o que é demais faz mal. Esta velha máxima tem aplicação em diferentes aspectos da vida e da alimentação não é excepção. Até substâncias que são normalmente benéficas para a saúde, quando em excesso, podem ser responsáveis por problemas que alteram o equilíbrio do organismo.

Vitamina C – É essencial para o funcionamento do organismo, mas acima de um grama diária estimula a hiperglicemia nos diabéticos e interfere na absorção da vitamina B12. A longo prazo, os sintomas que apresenta são os mesmos que resultam da sua falta, como por exemplo o escorbuto.

Betacaroteno - Quando consumido moderadamente, é um precioso auxiliar na prevenção do envelhecimento. Pelo contrário o seu excesso (sete ou mais cenouras por dia) pode provocar dor de cabeça, enjoos, visão fraca e queda de cabelo.

Proteínas – O seu consumo excessivo resulta em altas concentrações de ácido úrico e sobrecarga dos rins e fígado.

Vitamina B12 – Alergias e diminuição das células de defesa do organismo são algumas das consequências de elevadas concentrações, que podem acontecer quando se consome carne em demasia.

Ferro - Um dos componentes mais importantes do sangue pode também, quando em demasia, acelerar o processo de envelhecimento.

Fonte: Revista Nova Gente

Texto/autor: Desconhecido

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segunda-feira, 26 de março de 2007

Epilepsia

 O que é uma crise de Epilepsia?

Os antigos diziam que era uma prova de que se estava possuído pelo demónio. Os gestos descoordenados, a baba e a língua aparentemente grande de mais para caber na boca, toda a crise epilética, assustavam – o próprio, sobretudo, e os demais, tanto ou quase. Mas afinal o que é?

Durante uma crise epilética, milhões de neurónios descarregam electricidade todos ao mesmo tempo e de uma forma súbita. Os sintomas variam segundo a zona cerebral atingida. Podem ir de uma pequena perda de atenção a um coma, passando por espasmos musculares, convulsões, alucinações e problemas da linguagem, da audição, da visão e da memória. Na realidade não existe uma, mas várias crises de epilepsia. Podemos reagrupa-las em dois grandes tipos: as crises parciais, quando a região atingida está circunscrita, e as generalizadas, quando todo o cérebro é afectado.

Um desequilíbrio dos sinais

Lesões cerebrais devidas a uma malformação congénita, a uma doença neurológica, a um traumatismo craniano e mesmo predisposição genética: as origens possíveis das crises epilépticas são numerosas. Quanto ao mecanismo de descarga eléctrica, continua mal conhecido. Contudo estudos que têm vindo a ser feitos já há vários anos por equipas do Instituto de Neurobiologia do Mediterrâneo, com sede em Marselha, tendem a demonstrar a existência de um desequilíbrio entre os diferentes mecanismos que asseguram a correcta transmissão de informações no cérebro.

As muitas centenas de milhares de neurónios que povoam o nosso cérebro constituem de facto uma verdadeira central eléctrica e química. As informações percorrem os neurónios a toda a velocidade sob a forma de sinais eléctricos e passam de célula em célula graças a substâncias químicas, os neuromediadores. Algumas, como o glutamato, têm por missão excitar os neurónios, favorecendo a transmissão do sinal. Outras como o ácido gama-amino-butírico, têm pelo contrário, a função de o inibir. É um subtil equilíbrio entre estes dois mecanismos que vai permitir ao nosso cérebro funcionar correctamente. Ora, os investigadores descobriram que durante uma crise de epilepsia temporal (a forma mais corrente entre os adultos, que atinge a região cerebral a que se dá o nome de hipocampo), a excitação dos neurónios é muito aumentada, enquanto os sinais de inibição diminuem. Resultado: um desequilíbrio que não consegue garantir o bom funcionamento da nossa massa cinzenta.

Fonte: Revista Notícias Magazine

Texto: Fabrice Demartgin (Science et Vie)

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domingo, 25 de março de 2007

Albinismo

 A maldição dos albinos

Devem o seu nome aos descobridores portugueses. Os albinos costumam ser rejeitados à nascença. As partes dos seus corpos são usadas em bruxarias. E até há sacrifícios.

Albino: nome dado pelos navegadores portugueses aos misteriosos negros brancos que encontraram em África. Cinco séculos depois, são constantes as reportagens como esta, divulgada pela BBC: “Se os visitantes brancos [ocidentais] já são uma presença habitual e familiar em África, para os negros albinos a história é muito diferente. Desde tenra idade, estes rapazes e raparigas enfrentam constantemente a discriminação. Provavelmente, foram rejeitados pelos pais. A mãe terá sido acusada de infidelidade.”  Isso era até há alguns anos, quando um bárbaro e lucrativo comércio de partes de corpos de albinos se iniciou.

Segundo a Cruz Vermelha, mais de dez mil passaram à clandestinidade desde que esta matança começou, na Tanzânia. Em 2008, aquele país colocou um albino no Parlamento. Missão: combater os feiticeiros que encorajam a caça e sacrifício (incluindo bebés). O primeiro-ministro revogou a licença legal de muitos bruxos. Boa parte deles usam órgãos destas pessoas nas suas feitiçarias.

Há, até, gangues que extraem genitais albinos femininos, para feitiços que visam ganhar muito dinheiro ou terras.

Condenados à clareza – O que é o albinismo

·       Distúrbio congénito relacionado com pigmentação insuficiente.

·       Sinónimo de acrómia, acromasia, acromatose.

·       É uma insuficiência do pigmento melanina nos olhos, cabelo e pele. Ou mais raramente, só nos olhos.

·       Falta parcial de melanina: hipomelanismo ou hipomelanose.

·       Falta total: melanismo ou melanose.

·       É uma doença genética.

·       Afecta os humanos e todos os outros vertebrados.

·       Albinismo não é o mesmo que leucismo: neste, os pigmentos estão parcialmente ausentes, mas os olhos mantêm a sua cor normal.

(O albinismo pode ocorrer em qualquer espécie animal)

·  É hereditário. Não é infeccioso e não pode ser transmitido – seja porque meio for (contacto físico, transfusões de sangue, etc.)

·    O principal gene que provoca o albinismo impede o corpo de produzir as quantidades de melanina que seriam normais.

·   Normalmente, o gene é transmitido pelo pai e pela mãe, embora também possa ser passado, em casos raros, por um só dos progenitores.

·       Os problemas oculares comuns em albinos podem incluir:

(Albinismo ocular)

·       Movimento rápido e irregular dos olhos em círculo, ou para trás e para a frente.

·       Estrabismo, desalinhamento dos olhos (olhos “preguiçosos”).

·       Miopia e astigmatismo.

·       Fotofobia, hipersensibilidade à luz e ao brilho.

·       Subdesenvolvimento do nervo óptico e da retina.

·       Ambliopia, falta de vista nos dois olhos.

·       A falta de pigmentação torna a pele extremamente sensível à luz e às queimaduras solares. Os albinos têm de evitar sempre a exposição solar.

·       O albinismo não tem cura, mas podem tomar-se cuidados para melhorar a qualidade devida (e a sua duração.)

Peixes e cangurus brancos

Peixes-leão vermelhos (bom, mais ou menos vermelhos), cangurus, ratos, ratazanas, porquinhos-da-índia: parecem infinitas as espécies que podem ter albinos entre a população. Alguns têm olhos cor-de-rosa. São procurados para mascotes ou cobaias de laboratório.

(Animais fascinantes que se destacam por ser albinos)

Já houve colónias de esquilos albinos. E curiosos que procuravam desesperadamente morcegos brancos, ao romper do dia. Foram detectados corvos desta cor. Marginalizados pelo bando. E presa fácil dos predadores, graças á falta de vista. Há veados, martas, trutas, crocodilos, lagostas, rãs, cobras e macacos desta tonalidade pura.

Os albinos podem ter filhos?

O albinismo não limita a capacidade de procriar. Os filhos podem sofrer, ou não, deste problema. Depende dos genes. Mas será que os albinos têm uma esperança de vida normal? Sim.

Podem sofrer de cancro na pele – mas, normalmente, curável. E a inteligência destes seres diferentes, será normal? Contra os preconceitos, diga-se que o albinismo não implica qualquer tipo de atraso mental ou deficiência no cérebro. Os únicos entraves profissionais podem ter a ver com problemas nos olhos.

Fonte: Revista Nova Gente

Texto/Autor: Vasco Ventura

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sexta-feira, 23 de março de 2007

Memória Apagada


Joseph LeDoux, cientista da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, descobriu que um medicamento conhecido como UO26 pode actuar no cérebro, eliminando memórias traumáticas.

Fonte: Revista Sábado nº 150

Foto da net

terça-feira, 20 de março de 2007

Trujillo

Aldeia Histórica espanhola relembra tempos medievais

Com menos de dez mil habitantes, esta é uma das aldeias mais bonitas de Espanha. Trujillo, situada na província de Cáceres, está assente sobre uma grande massa de granito e conserva vestígios pré-históricos e pré-romanos.

Mas não é este o verdadeiro encanto desta terra. As ruas de Trujillo têm um charme medieval incrível e levam qualquer um que a visite a relembrar-se daquilo que lera quando estudava esta época nos bancos das aulas de História. Para além da Plaza Mayor, é importante visitar-se a Igreja de San Martín, passar e parar na rua Bellesteros, tomar uma bebida na Praça de Santiago e apreciar a grandeza da Igreja Santa Maria La Mayor, um dos importantes edifícios religiosos da comunidade autónoma da Estremadura.

Cheia de Recantos, Plaza Mayor é o coração do povoado da Estremadura.

A plaza Mayor, onde se situa a estátua do Conquistador Francisco Pizarro, é o principal ponto turístico da cidade. É nela onde se encontra, por exemplo, o posto de informações, mas também, os principais restaurantes típicos, dos quais se destaca o ilustre Mesón la Troya, que diversas personalidades espanholas e internacionais já fizeram questão de frequentar.

A Igreja de San Martín, uma importante construção deste pequeno povoado espanhol, fica também aqui situada. A sua imponência domina a praça e é um destino turístico.

Na aldeia nasceram dois grandes exploradores.

Apesar de estar longe do mar, foi na pequena aldeia de Trujillo que nasceram dois dos maiores exploradores ao serviço de Espanha.

Esta terra viu crescer Francisco Pizarro, que entrou para a História Mundial como o ‘Conquistador do Peru’, tendo submetido o Império Inca ao poderio espanhol no século XVI.

Também formou Francisco de Orellana, figura que integrou a expedição de Pizarro no reconhecimento da Selva da Amazónia. Foi ele o primeiro homem a percorrer o curso do Rio Amazonas, desde os Andes até ao Oceano Atlântico.

Fonte: Revista Sexta

Texto/Autor: João Monteiro de Matos

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segunda-feira, 19 de março de 2007

O SEXO DOS CARACÓIS

Alguém fez esta pergunta:

Disseram-me que os caracóis comuns não são nem machos nem fêmeas. É verdade?

Resposta:

Diria antes que são machos e fêmeas, ou seja, são hermafroditas, porque possuem os órgãos reprodutivos masculinos e femininos. Apesar disso, é sempre preciso o encontro entre dois caracóis diferentes para se gerar novos seres.

Quando se encontram (no fim da Primavera, princípio do Verão), trocam uns sacos de esperma. Depois desta troca, ambos produzem os seus óvulos que são fertilizados pelo esperma recebido e, finalmente, cerca de um mês depois da cobrição, põem cerca de cem ovos na terra húmida. Se as condições forem propícias, pequenos caracóis nascem passadas duas semanas.

Os jovens caracóis têm a casca muito mole e só atingem a maturidade ao fim de dois anos.

 

Fonte: Revista Noticias Magazine

Texto/Autor: Desconhecido

Fotos de Leonel Faria



sábado, 17 de março de 2007

Rudolfo Nureyev

 

Um dos maiores bailarinos de sempre

Desde que foi um dos maiores bailarinos clássicos do mundo já muito se escreveu. As suas qualidades, e também os defeitos, fizeram correr rios de tinta, mas com a sua morte sobrevém a sensação de perda que só se sente quando desaparecem os expoentes maiores da cultura.

Rudolfo Hametovich Nureyev nasceu numa carruagem de comboio, a 17 de Março de 1938. A sua família não tinha nenhuma tradição no campo da dança ou de qualquer outra arte. Daí que fosse a contragosto de seu pai que, com onze anos de idade, começasse a estudar bailado na escola de Ópera de UFA.

Com quinze anos terminou o curso, integrou-se no corpo de baile desta companhia, tendo sido contratado como estagiário. Um ano depois passava a efectivo e isso levá-lo-ia a Moscovo. Corria o ano de 1955 e Nureyev, aproveitado a estada na capital, faz uma audição para a Escola de Bolshoi. Acabou por ser aceite, mas como esta escola não tinha residência para os alunos resolveu tentar a sua sorte em Leninegrado, mais concretamente na Academia de Ballet Kirov.

Em Setembro iniciava o seu treino e foi aqui que encontrou o mestre que acabou por ser decisivo na evolução da sua carreira: Alexander Pushkin. Em Junho de 1958, aquando duma competição em Moscovo, conseguiu fazer-se notado por parte de alguns responsáveis por outros corpos de ballet mais importantes e acabou por ingressar na companhia de Leninegrado. A sua estreia aconteceu com o bailado Laurencia e três anos depois dançava já todo o reportório clássico, tendo por pares Irina Kolpakova ou Alla Shelest.

Em 1961 foi incluído na visita do Kirov a Paris e obteve grandes sucessos. Foi nesta altura que Nureyev resolveu pedir asilo político ao governo Francês. É o início de uma carreira mundial.

32 anos de sucesso

Rudolfo Nureyev acabou por conhecer duas pessoas extremamente importantes para a sua carreira artística: Margot Fonteyn e Erik Bruhn. Este dançarino dinamarquês acabou por ser o seu conselheiro artístico, quase até à data da sua morte, em 1986. Margot também já falecida, levou-o para o Royal Ballet inglês. Juntos formaram uma das maisaplaudidas duplas desta metade do século.

(Rudolfo Nureyev e Margot Fonteyn)

Nureyev também esteve entre nós. Lisboa pôde aplaudi-lo, em 1969, em bailados como Giselle, Corsário e Margarida e Armando, no Teatro Nacional de São Carlos e no Coliseu dos Recreios. Mais recentemente, naquela que foi anunciada como a tournée de despedida, pudemos vê-lo de novo no Coliseu com o espectáculo Nureyev e Amigos.

Mas já não era o mesmo dançarino de outrora. A doença minara-lhe o fulgor de outros tempos e só os olhos reflectiam o fogo do grande bailarino.

A 6 de janeiro de 1993 apagou-se a estrela de Rudolfo Nureyev, vítima de Sida, mas a sua memória vai continuar viva para sempre. Com a sua morte desaparece um dos maiores bailarinos de todos os tempos, mas o seu nome fica gravado a ouro na história do bailado. Morreu Nureyev. Viva Nureyev.


Fonte: Revista TV7Dias

Fonte/texto: Desconhecido

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sexta-feira, 16 de março de 2007

Tomate-Cereja

Concentrado de nutrientes

Pelo seu tamanho e sabor, menos ácido e bastante mais doce, é a variedade de tomate preferida dos mais pequenos e a mais aconselhada para pessoas que sofrem de acidez no estômago. Este tomate miniatura é tão apetecível, que há quem o coma como se fosse azeitona.

Protege de cancro

A cor deste vegetal denuncia o grande conteúdo em licopeno, um pigmento vegetal que, para além de atrasar o processo de envelhecimento, fortalece o sistema de defesas e actua como protector face a alguns tipos de cancro, como o da próstata, do pulmão, do pâncreas, do estômago e do cólon. Para absorver melhor os nutrientes, tempere-os com azeite ou polvilhe-os com sementes de sésamo, abóbora ou girassol.

Mais do que um elemento decorativo

100 Gramas deste tipo de tomate, também conhecido como cherry ou jardim, muito utilizado na decoração de pratos, contém, por 100 gramas, 33 por cento da quantidade de vitamina C e 25 por cento de vitamina E, que requeremos diariamente.

Fonte: Revista Maria

Texto: Dr. Custódio César (nutricionista)

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©Carlos Coelho


quinta-feira, 15 de março de 2007

Enquianto

 Uma infinidade de campainhas

Nome científico: Enkianthus

Família: Ericáceas

Origem: Japão

Ao género Enkianthus pertencem uma dezena de espécies de arbustos decíduos ou semicaducifólios (segundo a temperatura e a humidade), de cerca de 6 metros de altura. Têm folhas finamente dentadas, reunidas em grupinhos terminais em ramos pequenos.

São muito apreciados pela floração abundante, com uma multitude de flores pequenas, ligeiramente pendentes, em umbelas ou racimos terminais, com a corola em forma de sino ou vasilha, e por folhas que, no Outono, adquirem uma coloração muito viva.

O Enkianthus campanulatus é uma espécie de porte esparramado. As folhas são decíduas, verde-escuras, de forma obovada ou elíptica.

As flores são de cor amarelo-creme ou alaranjada, com nervura vermelha, reunidas em racimos e abrem-se até meados da Primavera. A variedade Rubens, com flores listadas de vermelho-vivo, está muito difundida.

O E. chinensis tem flores amarelas com gradações vermelhas maiores que as das outras espécies, que florescem até ao começo do verão. As folhas, decíduas, são amplas, com o pecíolo vermelho.

O E. perulatus (ou E. japonicus), compacto, de crescimento lento, é caracterizado pelos gomos jovens vermelhos. As folhas, decíduas, são agudas. Tem flores brancas em forma de vasilha, que se abrem na Primavera.

Cultivo

(Enkianthus campanulatus, as folhas outonais)

Os enquiantos cultivam-se na terra, como plantas isoladas, ou em pequenos grupos em parques ou jardins, em canteiros mistos e também em soutos. Nos terraços e varandas, cultivam-se em jardineiras e vasos.

Planta-se no Outono (nas zonas de invernos frios) ou na Primavera, em terras ácidas ou neutras, nunca calcárias, ricas em matéria orgânica (50-70Kg/m2). As jardineiras e os vasos devem ser suficientes grandes (pelo menos com 20-30cm de diâmetro) para evitar a transplantação das plantas, pois não gostam de ser molestadas. O substrato deve compor-se de 2/3 de terra fértil e 1/3 de turfa; na Primavera, todos os 20-30 dias, junta-se à água da rega 15 g de adubo complexo por decalitro. A poda só é necessária para se eliminarem os ramos secos, deteriorados ou desordenados.

Multiplicação

(Enkianthus campanulatus, florações  de diferentes cores)

Os enquiantos reproduzem-se na segunda metade do Verão mediantes estacas semilenhosas (ramo do ano mais uma porção do ramo portador), de uns 10 cm de comprimento, que se põem a enraizar em caixotes num substrato à base de turfa e areia em partes iguais, num lugar abrigado, mas sem aquecimento. Na Primavera seguinte, distribuem-se individualmente; a plantação realiza-se transcorridos dois ou três anos.

Doenças e parasitas

(Enkianthus campanulatus, florações de diferentes cores)

Os enquiantos são resistentes às doenças e aos parasitas. As cochonilhas podem infestá-los, provocando danos directos, sugando-lhes a seiva, e indirectos, dando origem à fumagina. Tratam-se com anticóccidios, após se terem eliminado as partes mais infestadas.

(Enkianthus perulatus)

Exposição

Os enquiantos podem-se colocar em posições soalheiras, na semi-sombra e também em soutos.

Temperatura

São plantas resistentes tanto às altas como às baixas temperaturas.

Rega

Só é necessária nos períodos de seca prolongada, sobretudo nas plantas jovens e nas cultivadas em jardineiras ou vasos.

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