Uma infinidade de campainhas
Nome científico: Enkianthus
Família: Ericáceas
Origem: Japão
Ao género Enkianthus pertencem
uma dezena de espécies de arbustos decíduos ou semicaducifólios (segundo a
temperatura e a humidade), de cerca de 6 metros de altura. Têm folhas finamente
dentadas, reunidas em grupinhos terminais em ramos pequenos.
São muito apreciados pela
floração abundante, com uma multitude de flores pequenas, ligeiramente
pendentes, em umbelas ou racimos terminais, com a corola em forma de sino ou
vasilha, e por folhas que, no Outono, adquirem uma coloração muito viva.
O Enkianthus campanulatus
é uma espécie de porte esparramado. As folhas são decíduas, verde-escuras, de
forma obovada ou elíptica.
As flores são de cor
amarelo-creme ou alaranjada, com nervura vermelha, reunidas em racimos e
abrem-se até meados da Primavera. A variedade Rubens, com flores listadas de
vermelho-vivo, está muito difundida.
O E. chinensis tem
flores amarelas com gradações vermelhas maiores que as das outras espécies, que
florescem até ao começo do verão. As folhas, decíduas, são amplas, com o
pecíolo vermelho.
O E. perulatus (ou E.
japonicus), compacto, de crescimento lento, é caracterizado pelos gomos
jovens vermelhos. As folhas, decíduas, são agudas. Tem flores brancas em forma
de vasilha, que se abrem na Primavera.
Cultivo
(Enkianthus
campanulatus, as folhas outonais)
Os enquiantos cultivam-se na
terra, como plantas isoladas, ou em pequenos grupos em parques ou jardins, em
canteiros mistos e também em soutos. Nos terraços e varandas, cultivam-se em
jardineiras e vasos.
Planta-se no Outono (nas
zonas de invernos frios) ou na Primavera, em terras ácidas ou neutras, nunca
calcárias, ricas em matéria orgânica (50-70Kg/m2). As jardineiras e os vasos
devem ser suficientes grandes (pelo menos com 20-30cm de diâmetro) para evitar
a transplantação das plantas, pois não gostam de ser molestadas. O substrato
deve compor-se de 2/3 de terra fértil e 1/3 de turfa; na Primavera, todos os
20-30 dias, junta-se à água da rega 15 g de adubo complexo por decalitro. A poda
só é necessária para se eliminarem os ramos secos, deteriorados ou
desordenados.
Multiplicação
(Enkianthus
campanulatus, florações de diferentes
cores)
Os enquiantos reproduzem-se
na segunda metade do Verão mediantes estacas semilenhosas (ramo do ano mais uma
porção do ramo portador), de uns 10 cm de comprimento, que se põem a enraizar
em caixotes num substrato à base de turfa e areia em partes iguais, num lugar abrigado,
mas sem aquecimento. Na Primavera seguinte, distribuem-se individualmente; a
plantação realiza-se transcorridos dois ou três anos.
Doenças e parasitas
(Enkianthus
campanulatus, florações de diferentes cores)
Os enquiantos são resistentes às doenças e aos parasitas. As cochonilhas podem infestá-los, provocando danos directos, sugando-lhes a seiva, e indirectos, dando origem à fumagina. Tratam-se com anticóccidios, após se terem eliminado as partes mais infestadas.
(Enkianthus
perulatus)
Exposição
Os enquiantos podem-se
colocar em posições soalheiras, na semi-sombra e também em soutos.
Temperatura
São plantas resistentes
tanto às altas como às baixas temperaturas.
Rega
Só é necessária nos períodos de seca prolongada, sobretudo nas plantas jovens e nas cultivadas em jardineiras ou vasos.
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