Patriota e determinada, D.
Luísa de Gusmão ‘empurrou’ o marido, Duque de Bragança, para o trono de
Portugal. Foi figura marcante na restauração da independência a 1 de Dezembro
de 1640.
“Antes rainha por uma hora
do que duquesa para toda a vida”. A célebre frase de D. Luísa de Gusmão
tornou-se ordem para que D. João, duque de Bragança, aceitasse ser coroado Rei
de Portugal, com o título D. João IV (1640-1656), levando o país a recuperar
independência de Espanha.
João
IV de Portugal
O movimento teve lugar nos
Paços da Ribeira, em Lisboa, a 1 de Dezembro de 1640, mas a aclamação do rei só
aconteceria semanas depois. D. Luísa, agora rainha de Portugal (4ª e última
dinastia da monarquia portuguesa), assistiu á coroação do marido acompanhada
pelos filhos: D. Teodósio, D. Joana e D. Catarina.
D. Afonso ainda não havia
nascido. Verdadeira mulher de armas, determinada e com uma reconhecida ambição,
D. Luísa de Gusmão, apesar de espanhola, aconselhou sempre o marido a cumprir o
seu dever como príncipe português. Unia-os uma grande cumplicidade e por isso o
rei nomeou-a como tutora dos filhos e regente do reino durante a menoridade de
D. Afonso VI, já que o primogénito, o príncipe D. Teodósio, falecera anos
antes.
A ambiciosa rainha
portuguesa, natural de Andaluzia, revelou, contudo, na regência, durante seis
anos, menos garra do que sempre transmitira ao marido. Foi joguete entre as
forças políticas do reino e como mãe falhou por não conseguir segurar as
impertinências de D. Afonso, ao ponto de querer abandonar a regência. Mas ficou,
a pedido do Conselho de Estado e enquanto governou, D. Luísa de Gusmão teve de
suportar a guerra com Espanha, até fazer a paz dos Perenéus, e casou a infanta
D. Catarina com o Rei Carlos II, de Inglaterra. Foi através de D. catarina que
o chá foi introduzido na corte britânica.
Catarina
de Bragança
D. Luísa de Gusmão, a
rainha-guerreira, faleceu em 27 de Fevereiro de 1666 e os seus restos mortais
encontram-se no Panteão real da Igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa.
Fonte: Revista Correio
Mulher
Texto/Autor: Teresa Oliveira
Fotos da Net
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