sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

D. Luísa de Gusmão


Patriota e determinada, D. Luísa de Gusmão ‘empurrou’ o marido, Duque de Bragança, para o trono de Portugal. Foi figura marcante na restauração da independência a 1 de Dezembro de 1640.

“Antes rainha por uma hora do que duquesa para toda a vida”. A célebre frase de D. Luísa de Gusmão tornou-se ordem para que D. João, duque de Bragança, aceitasse ser coroado Rei de Portugal, com o título D. João IV (1640-1656), levando o país a recuperar independência de Espanha.

João IV de Portugal

O movimento teve lugar nos Paços da Ribeira, em Lisboa, a 1 de Dezembro de 1640, mas a aclamação do rei só aconteceria semanas depois. D. Luísa, agora rainha de Portugal (4ª e última dinastia da monarquia portuguesa), assistiu á coroação do marido acompanhada pelos filhos: D. Teodósio, D. Joana e D. Catarina.

D. Afonso ainda não havia nascido. Verdadeira mulher de armas, determinada e com uma reconhecida ambição, D. Luísa de Gusmão, apesar de espanhola, aconselhou sempre o marido a cumprir o seu dever como príncipe português. Unia-os uma grande cumplicidade e por isso o rei nomeou-a como tutora dos filhos e regente do reino durante a menoridade de D. Afonso VI, já que o primogénito, o príncipe D. Teodósio, falecera anos antes.

A ambiciosa rainha portuguesa, natural de Andaluzia, revelou, contudo, na regência, durante seis anos, menos garra do que sempre transmitira ao marido. Foi joguete entre as forças políticas do reino e como mãe falhou por não conseguir segurar as impertinências de D. Afonso, ao ponto de querer abandonar a regência. Mas ficou, a pedido do Conselho de Estado e enquanto governou, D. Luísa de Gusmão teve de suportar a guerra com Espanha, até fazer a paz dos Perenéus, e casou a infanta D. Catarina com o Rei Carlos II, de Inglaterra. Foi através de D. catarina que o chá foi introduzido na corte britânica.

Catarina de Bragança

D. Luísa de Gusmão, a rainha-guerreira, faleceu em 27 de Fevereiro de 1666 e os seus restos mortais encontram-se no Panteão real da Igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa.

Fonte: Revista Correio Mulher

Texto/Autor: Teresa Oliveira

Fotos da Net



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