quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Dispneia


A dispneia, vulgarmente conhecida por falta de ar, é uma sensação incómoda de dificuldade respiratória. O tipo mais frequente de dispneia é o que aparece ao realizar um esforço físico, pelo que limita a quantidade de exercício que se possa realizar. Durante o esforço, o corpo produz mais anidrido carbónico e consome maior quantidade de oxigénio. O centro respiratório do cérebro aumenta a frequência respiratória quando as concentrações de oxigénio no sangue são baixas, ou quando as do anidrido carbónico são altas.

Por outro lado, se a função pulmonar e cardíaca são anormais, inclusive um pequeno esforço pode aumentar, de forma alarmante, a frequência respiratória e a dispneia. Na sua forma mais grave, pode inclusivamente manifestar-se durante o repouso.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Dicionário de Saúde
Fotos da Net
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© Carlos Coelho

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Um Português Rei do Pegú

Salvador Ribeiro de Sousa

Um português rei do Pegú

No rico país da Birmania, onde até há pouco ardeu cruenta a guerra e, no seu govêrno de Pegú, foi outrora Rei um grande Capitão português.
Alma de aventureiro gentil-homem, coração ardente, sequioso de aventuras que lhe mitigassem as ansiedades de glória, Salvador Ribeiro de Sousa largara da sua aldeia de Quintães, de Entre Douro e Minho, para Militar na Índia com dois dos seus irmãos.

Portugal jazia sob o jugo castelhano. Não devia ser agradável a vida na pátria, vendo-se a tôda a hora os inimigos seculares passeando seu orgulho aos olhos de cavaleiros que os valiam ou sobrepassavam.
Havia lá longe, largos campos de luta, onde as espadas portuguesas pudessem vingar-se em bárbaros das vanglórias dos castelhanos. Aquêle fidalgo de poucos teres, arribado ao Ganges, no verão do ano de 1600, pensou em ir mais além do que era costume das hostes da conquista. Ela já estava feita: tratava-se, agora, de colher os resultados dos esforços anteriores.


Existiam, porém, terras de muita fama, de que falavam histórias, corridas de bôca em bôca, com o sabor de lendas. Tudo quanto se conhecia de fabuloso, desde as pedrarias rutilantes, que os rajás prodigalizavam, até ás preciosas cargas de produtos exóticos alucinavam as imaginações dos chatins que viajavam, correndo riscos pelas riquezas e dos capitães em busca de triunfos e também de opulência.

Chegado ao porto de Sirião, o cavaleiro português antevia a glória e o lucro. Pensou em edificar uma feitoria naquele local, e, para isso teve de solicitar licença do Rei de Arracão. Já estava naquelas paragens, um europeu, para demais nascido em Lisboa, de pais franceses, e que se chamava  Felipe de Brito Nicote. Foi ele o intermediário para a concessão. Como por milagre os poucos portugueses que acompanharam salvador Ribeiro de Sousa construíram rapidamente a feitoria que era, ao mesmo tempo, fortaleza.


Entrou em aborrecimentos o monarca de Arracão, pressentiu possível hostilidade do cavaleiro e voltou com a palavra atrás. Não queria fortes nas suas terras: desejava muito longe delas os estrangeiros e ameaçou-os de extermínio se não destruíssem imediatamente aquele monstro de madeira e pedra que fazia larga sombra ao seu reino.
A-pesar de não contar com muitos elementos de combate, o gentil-homem de Entre o Douro e Minho não lhe sofreu o ânimo aguardar o ataque do Rei bárbaro. Foi ao seu encontro demonstrando que não o temia. Dispunha de três barcos e artilhou-os; tinha consigo pouco mais de cinquenta portugueses e mostrou-lhes a glorificação do seu nome e da pátria. Encontrou peitos leais e rijos como habituados por corações leoninos e forrados de aço.

A frota imponente do soberano de Aracão subia o rio de Pegú em som de guerra, tripulada pelos melhores guerreiros e que desdenhavam dos pobres baixeis do inimigo. Em breve, destroçados e cheios de pasmo, julgando ter-se batido com as fúrias dos infernos, os peguanos mal tinham voz para contar o que de susto os tolhia.
Grandes foram os despojos colhidos na aventurosa batalha. Arranjou-se com que aumentar a defesa do forte; não faltaria viveres nem pólvora; tampouco riquezas. Os vencidos tinham-se encarregado de as fornecer e, mais ainda, de aumentar o ânimo dos portugueses. Se com três barcos destroçavam uma armada, aquela fortaleza seria inexpugnável em suas mãos!

Já vinham as grandes mesnadas do Banha Lão para acometer quem os desonrara; formigavam os soldados bem apetrechados, à maneira indígena, e seus gritos de guerra ressoavam terrivelmente. Pareciam mais fortes de língua do que de braço.
Salvador Ribeiro de Sousa, fazendo uma sortida, quando eles o julgavam cercado, rompe as fileiras peguanas, estilhaçou as defesas, calcou cadáveres, pôs fogo á tenda de campanha e, apanhado o  Banha Láu, matou-o e mostrou sua cabeça decepada aos soldados abatidos. Os portugueses tinham desprezo por tanto gentio aniquilado. Poderiam vir mais, muitos mais, desfazer-se contra a fortaleza todo o reino que, eles lá estavam para o conter. Não tardou nova investida comandada por Banha Dalá, genro do assassinado. Desta vez não foi fácil a vitória; tornou-se mais apertado o cerco e quando da nova sortida, o cavaleiro português retirou a custo, retalhada a sua face por um golpe qua a marcaria desde a orelha esquerda até à bôca.


Apareceram no rio, embora a distância, brancas velas que pareciam anunciar socorros de europeus. Não passavam de barcos de traficantes que iam em busca de negócios pingues. Serviram para amedrontar o inimigo, com a ardência que Salvador Ribeiro de Sousa lhes comunicou, na batalha travada, as tropas do Dalá sofreram derrota que lhes enfraqueceu o ardor. Retiraram; e, naturalmente, como os derrotados tinham por costume e lei abater os generais, e até os reis, vencidos, ficou vago o trono. O Rei do Pegú fôra assassinado. Prestou-se alto preito ao vencedor, cuja fama alastrava pela Indo-China. Os peguanos elegeram-no seu Rei e uma vistosa embaixada lhe foi oferecer a corôa em grandes galas.

Seria ele o Massinga, o soberano. Sorriu-lhe o desfecho da aventura. Imaginava talvez que seria um bom Rei naquelas terras onde chegou, ao acaso de uma arribada. Deixou-se aclamar, folgou dignamente nos festejos, nobilitou os seus cavaleiros, amigos e aderentes e preparou-se para fundar uma dinastia.
Muitos anos depois Voltaire diria que «o primeiro Rei do Mundo foi um soldado feliz». Salvador Ribeiro de Sousa ganhou batalhas e no seu sangue derramado colhera uma corôa: a do Pegú.
Mandou um embaixador a Aires de Saldanha, vice-rei da Índia e aguardou a sua sanção a tantas vitórias.


Andava, porém alguém a tecer uma teia negra: o Nicote. Tantas coisas dissera e de tal maneira influíra no espírito do vice-rei, que ele o nomeou capitão general da conquista feita pelo grande guerreiro, que ficaria subalterno do intrigante.



Na carta que Aires de Saldanha lhe escrevera lia-se: «A Salvador Ribeiro de Sousa, Capitão da Fortaleza de Sirião, na ausência de Felipe de Brito Nicote». Os usurpadores sempre medraram. Quando aquele chegou, o nobre cavaleiro arremeçou-lhe a coroa com os insultos e embarcou na nau que o conduziu ao reino, triste e desolado sentindo decerto que mais ganham os habilidosos e lisonjeiros do que os altivos e esforçados.


Chegou ao reino, onde acabaria com sua Comenda de Cristo, por único galardão e a lembrança de mil ingratidões.

Fonte: Revista Ver e Crer nº 2 de Junho 1945
Texto: Rocha Martins
Fotos da Net

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© Carlos Coelho

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Capivara

Como é que a Capivara se refugia dos predadores?


Espécie habita na América do Sul
Parcialmente submersa, a Capivara percorre a nado as águas de um rio do Sul no Brasil, um dos países de sua eleição, a par da Argentina. As pequenas membranas que lhes enfeitam as patas, e que contrastam com o espesso pêlo castanho, dão-lhe uma vantagem de peso sobre os seus predadores, já que é dentro de água que se refugia deles com uma destreza singular. Ainda que a sua habilidade em permanecer submersa por alguns minutos lhe seja valiosa, podendo mesmo adormecer neste ambiente, a Capivara não utiliza a água como fonte de alimento, já que a sua dieta alimentar se baseia em capim e erva.

Fonte: Revista Domingo CM
Fotos da Net
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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Polónia tem o maior Cristo-Rei


Com 58 metros de altura, a estátua de Jesus Cristo do Mundo, erguida na Polónia, supera os Cristos da Bolívia e do Brasil.

O Cristo Rei é uma estátua de Jesus Cristo em Świebodzin na Polônia, concluída em 6 de novembro de 2010. É considerada como a mais alto estátua de Jesus no mundo.
A estátua tem 33 metros de altura e juntamente com seu monte, chega a 52,5 metros. Pesa 440 toneladas e o projeto foi concebido e liderado pelo Sylwester Zawadzki, um sacerdote aposentado polonês.


A estátua foi construída sobre um aterro de 16,5 metros de pedras e entulho, com altura de 33 metros, simbolizando a idade de cristo, que morreu com 33 anos.
A cabeça tem 4,5 m de altura e pesa 15 toneladas. Cada mão tem 6 m de comprimento e da distância entre as extremidades dos dedos é de 24 metros. Ele é composto de concreto e fibra de vidro.


Tal como o Cristo Redentor, a estátua de Swiebodzin, cidade de 40 mil habitantes, é completamente branca, tendo como única diferença uma coroa dourada de três metros de altura.
Os últimos elementos da estátua - a cabeça e os braços - foram instalados com a ajuda de um enorme guindaste enviado especialmente ao local.

Fonte: Revista Domingo CM
Fotos da Net
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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Poto

Família Araceae
(Acindapsus aureus)
Trepadeira por Excelência


Esta popular planta é originária das Ilhas Salomão, na Nova Guiné. Pelo seu porte peculiar é indiada para ser utilizada como trepadeira ou com os caules pendentes.
A Poto prefere zonas bem iluminadas, mas sem sol directo. Nos exemplares variegados a cor aparece atenuada, tornando-se verde, se a planta crescer com pouca luz. Está bem adaptada aos ambientes amenos do interior das casas, mas é sensível a mudanças bruscas de temperatura. As regas devem ser abundantes, excepto no Inverno.

Conselhos Práticos


O substrato utilizado deve ser esponjoso e rico em húmus, matéria orgânica. Adapta-se bem à vida em vasos pequenos. Efectue a plantação inicial e as posteriores em qualquer época do ano. É frequente enrolá-la á volta de uma haste com musgo, o que faz com que apresente um aspecto mais frondoso e organizado. Por causa do seu grande crescimento, a aplicação de adubo ao longo do ano é fundamental. Elimine o pó que se acumula sobre as folhas, com um pano húmido. Esta planta não requer demasiados cuidados e dura muitos anos.

Propagação
Para a multiplicação utilize estacas de caule em qualquer época do ano. O enraizamento é muito fácil. O ideal é cortar um ramo lateral com algumas folhas e coloca-lo num copo, de forma que só a parte basal esteja em contacto com água. Passados uns dias aparecerão as raízes, quando atingirem um tamanho adequado poderá transplantá-las para um recipiente com solo.

Pragas e Doenças
É muito resistente ao ataque de pragas e doenças, e raramente é afectada por estes males.

A linguagem das Plantas
Manchas pardas sobre as folhas: Excesso de humidade. Deve secar um pouco o solo antes de tornar a regar.
Folhas murchas: Demasiada exposição ao sol. Coloque-a num local iluminado, mas sem sol directo.

Fonte: Revista  Correio Mulher
Fotos da Net
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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Machado de Castro


Ganha fama com a escultura de D. José, colocada em Lisboa no Terreiro do Paço em Abril de 1775. Escultor e estatuário nascido a 19 de Junho de 1731, cumpre-se esta semana a 17 de Novembro o aniversário da sua morte (1822). 
De Coimbra vai para Lisboa, onde aprende com o mestre Nicolau Pinto a arte de esculpir. Rapidamente a sua fama ultrapassa a do mestre e passa a trabalhar com José de Almeida, protegido do Rei D. João V. trabalhou 14 anos nas obras da Basílica de Mafra.

Fonte: Revista Focus
Fotos da Net
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Saúde

Truques saudáveis

Remédio infalível


Mel contra as inflamações
Tão doce, nutritivo e leve… é excelente para evitar inflamações em cortes e ferimentos, pois tem propriedades antibacterianas.

Cebola


Combate o cancro
Para além de ser um óptimo digestivo, este legume é eficaz no combate ao cancro dos intestinos, de alergias e inflamações respiratórias. Inclua-o na alimentação e ganhe saúde.

Farmácia na cozinha


Abacaxi baixa o colesterol
Uma fatia deste fruto ás refeições ajuda na metabolização da gordura e, como consequência, diminui os níveis de mau colesterol, para além de facilitar a digestão.

Laranja


Tensão alta
Se tem tendência para a hipertensão, damos-lhe uma dica óptima: ingira laranjas. Por ser rico em antioxidantes, potássio e vitamina C, este fruto ajuda a regular os problemas de tensãoarterial.

Soja


Fornece hormonas vegetais
A partir da menopausa verifica-se uma grande diminuição da produção das hormonas femininas. A soja e os produtos derivados fornecem fitoestrogénios (isoflavonas) compostos, importantes para ajudar a reter o cálcio nos ossos, favorecendo a sua mineralização.

Pimenta Vermelha


Descongestionante natural
Para quem sofre de sinusite, recomenda-se a ingestão de pratos temperados com este ingrediente. As pequenas vagens vermelhas contêm capsaicina, uma substância que estimula as fibras nervosas e desentope o nariz.

Sementes de Psílio


Prisão de ventre
Uma pasta elaborada com estas sementes funciona como um processo simples para aumentar a percentagem de fibras na alimentação. O Psílio é um laxante natural, onde pode encontrar á venda em farmácias, nas grandes superfícies comerciais e nos centros dietéticos.

Fonte: Revista Maria
Texto:Dr. Custódio César / Nutricionista
Foto da net

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Vincent Van Gogh

Pintura escondida


 Van Gogh escondido

Uma equipa de investigadores belgas e holandeses descobriu uma pintura de Van Gogh, oculta por outro quadro do mesmo autor, de 1887. O retrato de uma camponesa de Neunen, pintado pelo artista holandês por volta de 1885, esteve 121 anos escondido por outro quadro, que Van Gogh terá pintado dois anos mais tarde e que mostra um prado, apenas com flores e ervas do campo. Segundo os especialistas, a imagem agora descoberta é muito semelhante á série de retratos que Van Gogh pintou na cidade de Neunen. Um dos quadros dessa fase do pintor, intitulado Os Comedores de batatas, é considerado uma das obras-primas de Van Gogh.
Van Gogh reciclava frequentemente os seus trabalhos. Acredita-se que um terço dos seus quadros possam ocultar outras pinturas.

Entre os 10 quadros mais caros de sempre, três são da autoria de Van Gogh.


Retrato do dr.Cachet é o terceiro mais caro (69,1 milhões de euros


Depois dele surgem ainda Auto-Retrato com Barba (59,9 milhões de euros


Os Lírios (45,1 milhões de euros

Fonte: Revista Sábado
Fotos da net
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terça-feira, 5 de julho de 2016

Imperial

IMPERIAL comemora 84 anos com olhos postos no futuro


Quase 36 anos de Pintarolas
Na sua estratégia de aproximação a novos nichos de mercado, para conquistar mais clientes, a Imperial lançou no ano de 1980 um dos seus produtos mais coloridos. Um pequeno tubo de cartão, que contém no seu interior, um mundo imenso de cores. Pequenas e coloridas, as pastilhas de chocolate e leite com capa de açucar fazem a delícia dos mais novos.


Inicialmente a Imperial lançou uma pequena embalagem de cartão, com 22 gramas, que facilmente cabia no bolso das calças ou do casaco.
Actualmente a empresa procura adaptar-se às novas exigências do mercado e lançou as Pintarolas na versão multipack, chocolate de leite e até um ovo de chocolate, típico da Páscoa, com oferta de um brinde.

Fonte: Diário de Notícias
Foto da Net
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sábado, 2 de julho de 2016

A misteriosa doença das abelhas

Estes insectos estão a desaparecer e, sem eles, pouco tempo de vida restará à Humanidade. O problema chama-se CCD e a genética tenta enfrentá-lo.



Na província de Sechuan, Sul da China, as abelhas desapareceram nos anos 80, devido ao uso descontrolado de pesticidas. Para sobreviver, os agricultores têm de polonizar manualmente as pereiras. Os três milhões de flores polinizadas diariamente por uma colmeia transformaram-se num trabalho lento e árduo, de mão-de-obra intensiva.
O que aconteceu na China pode ser o prenúncio do que irá suceder no resto do mundo. O problema é que não existem seres humanos suficientes para fazer o trabalho das abelhas e, assim evitar o desaparecimento da parte substancial da nossa cadeia alimentar. As abelhas estão a morrer e, desde 2006, a um ritmo muito mais elevado devido a uma doença chamada colony colapse disorder (CCD). Nos Estados Unidos, um terço das colmeias foram destruídas – 800 mil em 2007 e um milhão em 2008. Europa, Ásia, América Central e do Sul registam perdas idênticas.
O assunto inspirou dois livros editados em Junho, na Inglaterra e Estados Unidos: A World Without Bees (Um mundo sem abelhas), de Alison Benjamin e Brian McCallum, e Spring Without Bees: How Colony Colapse Disorder Has Endangered Our Food Supply (Primavera sem Abelhas: Como a CCD colocou em Risco o Abastecimento de Comida), de Michael Shacker.


Desde que a CCD foi descoberta na Florida pelo apicultor David Hackenberg, pouco se concluiu sobre o que causa a doença, apenas que as abelhas saem da colmeia e não regressam, deixando a Rainha, os ovos e as larvas á fome.
Vírus mutantes, infecções por fungos produtores de toxinas, pesticidas, stresse nutricional, stresse migratório (longas horas de transporte a que estão sujeitas as abelhas usadas comercialmente para polonizar culturas), tudo isto pode fragilizar o seu sistema imunitário, deixando-as mais vulneráveis ás doenças – a CCD seria o equivalente da sida nas abelhas.
Mesmo sem esta nova praga, o ritmo de declínio das populações apícolas já era preocupante. “Se o número de abelhas continuar a diminuir os níveis documentados de 1989 a 1996, as abelhas domésticas deixarão de existir em 2035”, dizia May Berenbaum, investigadora da Universidade de Illinois, citada pelo livro A World Without Bees, muito antes de a praga ter sido descoberta.
Alguns cientistas procuram resolver o problema através da manipulação genética. Mas será que a superabelha resistente aos vírus, que combine a agressividade da abelha africana com a docilidade da abelha ocidental, capaz de resistir à doença sem deixar de ser domesticável, conseguirá evitar o desaparecimento das abelhas e, consequentemente, do ser humano?


O fim do mundo segundo Einstein

“ Se as abelhas desaparecerem da superfície da terra, então o homem só terá quatro anos de vida”
Ano 1. Desaparece o mel, depois a fruta ( com excepção das bananas e dos ananases) e a maior parte dos vegetais.
Ano 2. Sem flores polonizadas, há menos sementes, folhas, flores e frutos para pássaros e pequenos mamíferos.
Ano 3. Omnívoros e carnívoros não têm alimento e morrem.
Ano 4. Desaparece o que resta da humanidade depois das crises alimentares.

Fonte: Revista Sábado
Texto: António Rodrigues
Foto da Net
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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Osteoporose

A 24 de Junho assinala-se o Dia Mundial da Osteoporose.

Damos-lhe algumas dicas para a prevenção




A osteoporose ocorre quando a quantidade de massa óssea diminui, desenvolvendo ossos ocos, finos e de sensibilidade extrema, ficando mais sujeitos a fracturas. Apesar de ser considerada a doença da velhice, nem sempre aparece nessa altura e pode desenvolver-se durante anos ou décadas, por isso, a prevenção é importante. As instituições de nutrição recomendam a ingestão de 1200 miligramas de cálcio por dia partir dos 50 anos e 1000 miligramas antes dessa idade.

Infusão da Cavalinha


Esta planta é recomendada não pela grande concentração de cálcio, mas sim por ser rica em silício. Este mineral estimula a absorção do cálcio e, como consequência, fortalece a calcificação dos ossos.

Refeições equilibradas


Adira á comida tradicional portuguesa. Sabia que as sopas são ricas em cálcio? Escolha entre caldo verde, sopa de nabiças, de espinafres ou agriões. Os jaquinzinhos e a petinga frita também ajudam na calcificação dos ossos e, se conseguir, coma também as espinhas.

Leite em pó


Apenas uma colher (de chá) de leite em pó magro equivale a 50 miligramas de cálcio e tem a vantagem de não conter gordura. Basta adicionar uma colher a sopas guisados e bebidas.

Fonte: Revista Maria
Texto: Dr. Custódio César, Nutricionista
Foto da net
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segunda-feira, 13 de junho de 2016

A trindade Portuguesa dos Santos de Junho

Se fôssem vivos na Terra, S. João, o Baptista, e S. Pedro iriam fazer, não tarda muito, dois mil anos. S. João, que foi santificado no ventre da sua mãe, era um pedacinho mais velho que S. pedro. (Santo António de Lisboa)


(Santo António de Lisboa)

Quanto a Santo António, em comparação com os seus companheiros das festividades portuguesas de Junho - seria uma criança. Teria apenas, agora precisamente, 750 anos.
Em verdade, o nosso povo vê o santo de Lisboa como um rapazinho; fixou-o na idade adolescente, nimbou-o de lirismo e adormeceu-o às pedreiras da Sé ou nos Olivais de Coimbra – mas nunca em Pádua. Não está convencido o povo que o Santo de suaves mãos milagrosas e dôce jeito de sgurar o Menino Jesus, tivesse alguma vez saído de Portugal.(Igreja de Santo António de Lisboa)


(Igreja de Santo António de Lisboa)

Tudo quanto êle fez – teve de ser feito forçosamente na nossa terra, à sombra de um campanário de rústico semelhante ou junto das várzeas húmidas da água que escorre dos chafarizes, onde crescem violetas.

Quanto a S. João e a S. Pedro, o nosso povo aceita-os tal e qual êles nos chegaram na iconografia que já era velha quando Portugal nasceu para rezar, bailar e tecer redondilhas.

Dos três Santos de Junho, o Baptista é o único que usou sempre e nos transmitiu o seu verdadeiro nome: João, filho de Zacarias e de Isabel. S. Pedro não era Pedro – mas Simão. Santo António não era António – mas Fernando.
Isto são particularidades com os quais em rigor o povo nada tem. Contudo, se o santo de Lisboa se chamasse Fernando, era o chefe dos discípulos e apóstolos se se chamasse Simão – não teria isso poesia nenhuma. João, esse está muito bem. 


(São João Baptista)

Esta trindade gloriosa da Igreja tomou-a o povo português para si, ou à sua conta, conforme muito bem lhe apeteceu. Nos tempos da devoção mais pura, nunca a gente da nossa terra deixou de querer bem a qualquer dêstes santos, dentro dos ensinamentos da Igreja, acerca de suas vidas e obras, da sua bemaventurança. O lirismo português não sacrificou a verdade. Simplesmente, logo que cumpria o dever da oração, saltava á romaria e desfiava cantigas nas quais os santos de Junho já são outros. 


(Igreja de São João Baptista na Foz do Douro Porto)

Os atributos destes santos são para o povo aqueles que mais se enquadram ao entendimento simplista da sua obra. 



(Santo São Pedro Pescador)

São Pedro não é o discípulo apóstolo, o primeiro Papa, apedra angular. É o pescador. Tem as chaves do céu, mas as redes é que explicam a devoção dos homens dos litorais, das procissões à beira-mar, das irmandades marítimas.
S. João tem o cordeirinho ao colo, usa uma pele de ovelha, não era possível conceber para o conceito dos povos das terras e dos campos melhores atributos. O cordeirinho! Depois, parece que se alimentava de gafanhotos e de mel silvestre. Baptizou Jesus Cristo, mas a concha é atributo que escapa á observação de crentes através dos séculos. 


(Igreja de São Pedro Penaferrim - Sintra)

Santo António é só Lisboa – esta Lisboa onde em tôdas as igrejas e capelas houve e há sempre um altar de Santo António, nas ruas e ruelas existiam dezenas de nichos e de oratórios com a sua imagem, e ainda subsistem dezassete ruas ou serventias com o seu nome, mas onde – e é curioso – só há meia dúzia de meses se fez uma paroquial de Santo António. Talvez porque existisse como Casa da Cidade – a Igreja de Santo António da Sé.
Assim os Santos de Junho – a 13, 24 e a 29 – eram, até há pouco estridulamente festejados, numa série quase contínua de vésperas e de domingos, porque estes santos, através das idades e da evolução dos costumes e práticas, os compreendeu sempre o povo. As gentes das serras preferiam S. João, na sua primitividade silvestre; as das praias preferiam S. Pedro na sua humildade piscatória; as gentes da diocese lisbonense davam-se a Santo António na sua ingenuidade lírica e milagreira.


E por isso na cidade, que é um foco de gentes de todas as províncias, o S. João começa em Santo António e Santo António acaba em São Pedro.
Um anho de meia dúzia de dias, um barco de proa alta em bico, uma bilha que ninguém diz que esteve rachada – eis a explicação da trindade portuguesa dos Santos de Junho.
Não existe em outro qualquer país da cristandade.

Fonte: Revista Ver e Crer nº 2 de Junho 1945
Texto: Norberto de Araujo (escrito na integra como foi na época)
Fotos da net
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