terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Sabia que... (1)

Sabia que…

Reserva Natural de Massai Mara

- A famosa Reserva natural de Massai Mara, se situa no Quénia, que é um país africano?

- A Síria faz fronteira com a Turquia, o Iraque, a Jordânia, o líbano e Israel?

- O Escudo é a unidade monetária de Cabo Verde?
  
- A Nicarágua e as Honduras partilham a Costa dos Mosquitos?

Mapa Costa dos Mosquitos

- Que a capital da Gâmbia é Banjul?  

- Que Abuja é a capital da Nigéria?
  
- A Cidade Inglesa de Liverpool fica situada nas margens do estuário do Rio Mersey?

Liverpool - Rio Mersey

- A Cidade de Pitsburgo fica situada no estado norte-americano da Pensilvânia?

- O Suriname faz fronteira com a Guiana, a Guiana Francesa e o Brasil?

- A Ilha mais pequena das chamadas Antilhas Holandesas chama-se Aruba?

Ilha Aruba

Fonte: Revista Diário de Notícias
Fotos da Net
© Carlos Coelho

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Orquídea Negra

Cymbidium Kiwi Midnight - Orquídea Negra

Como e onde identificar um híbrido


Quando vocês estiverem interessados em descobrir a origem do nome de uma orquídea híbrida, o melhor lugar a se procurar é a Royal Horticultural Society, uma instituição inglesa fundada em 1804, sob o nome de Horticultural Foundation of London, por sir Joseph Banks. Trata-se de uma das mais tradicionais sociedades de horticultura do mundo. Os registros de novos híbridos são feitos através dela. Algo como um registro de patentes, uma vez que o registro tem menos a haver com as características botânicas do que com o seu valor comercial. O nome científico de um híbrido é normalmente desconhecido do público, que se satisfaz, normalmente, com o nome comercial.

Por exemplo, recentemente ficou muito famosa uma Phalaenopsis Blue Mystique, que na verdade, não é um híbrido, mas um processo de tingimento desenvolvido em Phalaenopsis x hybrida. O “x”, no caso, determina que se trata de um híbrido, e os nomes anteriores e posteriores indicam os “pais”.
Assim, temos Dendrobium bigibbum Lindl. x Dendrobium phalaenopsis Fitzg., em que a orquídea “mãe”, que acolhe o pólen, vem indicada primeiro, e é chamada em inglês, pot (ou seed) parente, enquanto a segunda, o fornecedor de pólen, ou pollen parent.

Cymbidium Janet Holland x Cymbidium Khairpour

No caso dessa nossa Cymbidium Kiwi, ela é o resultado da “interacção” entre duas outras Cymbidium que, por sua vez, também são híbridos, a Janet Holland, e a Khairpour. Cymbidium Kiwi Midnight, portanto, é apenas um nome comercial. No entanto, mesmo o nome comercial dá algumas informações interessantes quanto a origem dos híbridos. No caso, entre aspas, temos Geyserland, que vem a ser o nome de uma horticultora australiana, a Geyserland Orchids. Os responsáveis por ela, são Andy Easton, hoje no comando da holandesa New Horizon, e W. D. Bailey.

Sei que muitas pessoas na nossa fan page do Facebook torceram o nariz para essa orquídea, cuja cor preta parece antinatural, mórbida, ou até mesmo a faça semelhante a um morcego. Na verdade, a cor preta não está ausente nas flores naturais, como é o caso do Dracunculus vulgaris, que vocês podem ver abaixo (e imediatamente repudiar, pois realmente não é o que se pode chamar de exuberante). De toda maneira, nossa Kiwi Midnight já recebeu duas premiações, sinalizadas em seu nome. As siglas FCC e AOS significam, respectivamente, “First Class Certificate” e “American Orchid Society“.



Como cultivar seu Cymbidium

Quanto ao cultivo, basta observar os mesmos cuidados que merecem outras orquídeas do mesmo género. Valho-me de informações colectadas na Cymbidium American Society. Também recomendo a leitura desse texto do Orquídeas no Apê, do Sérgio Oyama Júnior, em que ele relata como deixou o uso de químicos e obteve bons resultados com cuidados básicos de iluminação, rega e substrato com suas Cymbidium.


O género Cymbidium ocorre principalmente na Ásia (China e Japão), mas algumas espécies podem ser encontradas também na Austrália. São plantas de clima temperado de altitude que florescem entre o inverno e a primavera em seu habitat natural. O fato de necessitarem de dias quentes e noites frias para obterem uma boa floração leva muitas pessoas a prática de borrifar água gelada durante a noite. Não posso afirmar que o método traga resultados, pois nunca fiz uso dele em minhas plantas. De toda maneira, o importante é que, durante os meses quentes, essas orquídeas gostam de regas mais contantes (2 ou três vezes por semana) e abundantes. Água corrente é recomendável, especialmente em regiões litorâneas onde a exposição a maresia é facilitada e, em geral, quando a água encanada for rica em cal. Essas plantas não gostam de salubridade nas suas folhas e a água corrente, com boa drenagem, pode diminuir a quantidade de sal.


O ambiente deve ser muito bem iluminado, sem incidência directa de luz solar. Ao contrário do que ocorre com a água, no inverno podem tomar um pouco mais de sol e, no verão, evitá-lo totalmente.

Quanto ao substrato, pode ser usado composto bem drenável, levemente ácido. Cymbidiums são espécies terrestres, por isso, podem ser plantadas tanto no solo directo, em canteiro preparado, ou em potes, com substrato adequado.

Fotos da net
©Carlos Coelho

domingo, 18 de janeiro de 2015

O sorriso do diabo


O Diabo da Tasmânia é uma espécie da família dos ursos em vias de extinção e que, para piorar a situação, está a ser dizimada por um tipo de tumor facial. Na foto, um diabo da Tasmânia mostra os dentes, num centro de quarentena em Hobart, na Austrália.

Fonte: Revista Flash
© Carlos Coelho

sábado, 17 de janeiro de 2015

As Mansões dos Famosos - 17

Michael Douglas & Catherine Zeta-Jones

Um ninho de amor, de luxo e à prova de bala


Inspirada nas mansões de Hollywood, a nova residência da família Douglas, em Swansea, no País de gales, possui todas as mordomias próprios de duas conceituadas estrelas da sétima arte. Depois de dois anos de problemas legais e disputas com a vizinhança, Catherine Zeta-Jones e Michael Douglas vão, finalmente, poder ocupar a sua nova moradia, avaliada em três milhões e meio de euros.


Os cerca de 1500 m2 da habitação albergam quatro quartos duplos com casa de banho privativa, jacuzzi, sauna, ginásio, biblioteca, duas salas de estar, uma sala de jantar e uma cozinha. Acrescente-se, ainda uma penthouse destinada, exclusivamente, a ser o espaço de divertimento dos dois filhos do casal. Como se não bastasse, Catherine Zeta-Jones e Michael Douglas exigiram que todos os vidros da habitação fossem à priva de bala e aproveitaram também para revestir o seu exterior com varandins com banho de cobre (no valor de 60 mil euros). Note-se que, além desta luxuosa moradia, o casal possui, em Nova Iorque, nas Bermudas e em Palma de Maiorca.

Nada falta no novo “refúgio” do casal de estrelas de Hollywood. Avaliada em cerca de três milhões e meio de euros, a moradia reúne os mais  variados luxos e até está protegida contra ataques criminosos.

Fonte: Revista VIP
Fotos da revista
Carlos Coelho

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Fabergé

A visão de um génio


São os ovos imperiais mais famosos do Mundo e têm a marca de Peter Carl Fabergé, o joalheiro da corte russa, durante o reinado do czar Aleksandre III e de Nicolau II. Cada ovo era talhado com uma perfeição quase sobrenatural e nele ficava bem implícito a visão de um génio que iria marcar para sempre o mundo da joalharia. A tradição das encomendas do czar a Fabergé tiveram início em 1885 e até 1917, 56 destas obras primas foram produzidas. A leiloeira leiloou algumas  dessas peças do génio, que se crê valerem mais de 90 milhões de euros cada uma, mas que valem cada cêntimo.


























Fonte: Revista Ego
Créditos: Reuters
Foto da net
© Carlos Coelho

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Audrey Hepburn

Uma “Lady” inesquecível

Impossível esquecer a personagem que a celebrizou: Eliza Doolitle, uma pobre florista mal educada, refilona, tagarela e com um forte sotaque cockney que, em My Fair Lady, o professor Higgins quer transformar numa senhora de alta sociedade. Depois de muito cantar The Rain In Spain Stays Mainly in the Plain, Higgins lá consegue transformer a gata borralheira numa verdadeira princesa.


A atriz deu voz às famosas canções do filme e ficou chocada quando viu que tinha sido dobrada por Marni Nixon, o que a fez ficar insegura, porque a sua escolha para interpretar Eliza, imposta ao realizador George Cukor, não tinha sido pacífica.
Este queria que o papel principal fosse atribuído a uma jovem estrela ascendente da Broadway, Julie Andrews (que nesse ano foi nomeada para o Óscar de melhor actriz com o filme Mary Poppins).


Apesar de todos estes contratempos, Audrey Hepburn fez de My Fair Lady um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema, e ficou, ao longo da sua carreira, para sempre associada à imagem juvenil de Eliza.

Uma beleza que desobedecia aos padrões da Época

No Auge da carreira de Audrey, nos anos 50, o corpo franzino, mas esbelto, os seios pequenos e as ancas estreitas iam contra os padrões de beleza das estrelas mais famosas da altura, como Marilyn Monroe (que chegou a ser proposta para protagonista de Boneca de Luxo) e Elizabeth Taylor, mulheres de seios fartos e ancas bem torneadas. No entanto, o seu ar de maria-rapaz, assexuado quando comparado com as sex-symbols da altura, conquistou todos.


Talvez devido à sua aparente fragilidade, os actores que eram escolhidos para contracenar com Audrey ou eram mais velhos ou tinham ar de másculo e paternal. Humphrey Bogart (em Sabrina), Henry Fonda (em Guerra e Paz), Gary Cooper (em Ariane),Cary Grant (em Charada), Rex Harrison (em My Fair Lady) ou Sean Connery (em A Flecha e a Rosa) foram alguns dos seus pares românticos na tela.
O que mais fascinava os realizadores em Audrey era o seu porte majestoso embora humilde, os eu longo e belo pescoço de cisne, os seus olhos tristes, mas sobretudo, os eu rosto expressivo, para alguns só comparável ao de outras actrizes europeias, as igualmente grandes Greta Garbo e Ingrid Bergman.


O rosto de traços geométricos, a elegância e a fotogenia de Audrey desde cedo chamaram a atenção dos editores das revistas de moda. Foi sete vezes capa de uma das mais importantes publicações americanas, a “Life”, proeza só igualada por Marilyn Monroe.

De Princesa a Anjo-da-Guarda


Com o seu porte elegante, o rosto perfeito – dizia o realizador Billy Wilder: “Deus beijou o rosto de Audrey… e ei-la” – e um olhar doce e meigo, era impossível que Audrey não tivesse um papel de princesa no primeiro filme americano que protagonizou, ao lado de Gregory Peck, o adorável Férias em Roma, que lhe valeu um Óscar.


Edda Kathleen Van Heemstra Hepburn-Ruston pertencia, de facto, à aristocracia, pois era filha de uma baronesa Holandesa e de um banqueiro Britânico, nascida na Bélgica em 1929, teve uma adolescência difícil na Holanda ocupada pelos nazis, que destruíram o seu sonho de se tornar bailarina. O encontro com a escritora Colette, que insistiu que ela fosse a sua Gigi na Broadway, seria o primeiro passo na sua carreira de actriz. Daí em diante, os êxitos bateram-lhe à porta: Sabrina, Cinderela em Paris, Boneca de Luxo, entre outros.


Aos 60 anos, no seu último filme, Sempre, de Steven Spielberg, etérea, de branco vestida, Audrey encarnou a personagem que sempre pareceu: um anjo.
Filha de uma baronesa holandesa e de um banqueiro britânico, Audrey tinha para oferecer a Hollywood a distinção que faltava às americanas. O seu porte elegante, a sua graciosidade e os eu rosto perfeito, que Billy Wilder considerou uma dádiva divina, fizeram o resto.

Uma “Boneca de Luxo” humilde e generosa

Desde os tempos de “Sabrina” quem desenhava a roupa que Audrey usava nos filmes era Givenchy. Em “Quando Paris Delira” na foto e “Cinderela em Paris”, com Fred Astaire aparece elegante e sofisticada como sempre.
Se a sorte lhe sorriu em termos profissionais, na vida pessoal Audrey não foi muito feliz. Casada duas vezes, a primeira com o actor Mel Ferrer, a segunda com o neurologista italiano Andreia Dotti, teves grandes dificuldades em concretizar um dos seus maiores desejos: ser mãe. Ao longo da sua vida teve cinco abortos espontâneos, que nem o nascimento de dois filhos ajudou a ultrapassar. 


Fumava muito e perdia muito peso, ela que já era bastante magra. Talvez devido à sua dificuldade em engravidar, e pelo seu visível amor pelas crianças, em 1987 foi oficialmente nomeada embaixadora da boa vontade da UNICEF, uma organização para a qual anteriormente tinha contribuído, ajudando a angariar dinheiro. Nesta qualidade, viajou por todo o mundo, de Macau ao Japão, passando pela Etiópia, Honduras e Guatemala, levando ajuda financeira e a doçura do seu sorriso às crianças. 


Já afectada pelo cancro no cólon que a viria a matar, empreendeu a mais difícil dessas viagens, à Somália, onde a extrema pobreza que viu a marcou profundamente. A quatro meses do seu 64º aniversário, a doença venceu-a após um longo período de sofrimento. Audrey Hepburn morreu na sua casa, na Suíça, onde viveu nos últimos anos. A princesa tornava-se, finalmente, um anjo.

Fonte: Revista Caras
Fotos: Atlantis Press / AEI
CarlosCoelho

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

As Mansões dos Famosos - 16

Federico da Dinamarca & Mary Donaldson

Um palácio de presente

De personalidade discreta e extremamente recatada, o príncipe Federico da Dinamarca é um verdadeiro mestre do secretismo. Pouco se sabe da sua vida privada – que não seja com o seu inteiro consentimento – e nem mesmo o amor o tornou mais solto. Aos 35 anos, o herdeiro à coroa é pressionado pelo seu povo para casar e arranjar descendência, mas o príncipe Federico não quer saber de imposições.
De namoro firme com a australiana Mary Donaldson, de 32 anos, o príncipe continua sem querer marcar data para a boda, talvez porque já faz vida de casado. Seja como for, antes de falecer, a rainha Ingrid deixou-lhe em testamento uma belíssima prenda de casamento: nada mais nada menos do que o palácio Federico VIII, uma das quatro propriedades de Amalienborg.
O edifício, com 4000 metros quadrados de área, data de 1750 e foi mandado construir pelo barão Joachim Brockdorff. As últimas obras de restauro aconteceram em 1934, por ordem do casal real Federico IX e Ingrid, avós de príncipe Federico.
Agora, é também intensão do príncipe e da sua bonita namorada renovarem algumas divisões do grandioso palácio, nomeadamente, a cozinha e casas de banho, que se encontram muito degradadas. Enquanto isso, é na casa Kandelli, anexa ao Castelo de Fredensborg, que os “noivos” têm a sua “modesta” residência.

Fonte: Revista Nova Gente
Fotos: Dana Press / Cityfiles
Carlos Coelho

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Alimentos e fragrâncias afrodisíacas

Sentidos ao serviço do prazer

Saboreie os frutos da paixão







 Fonte: Revista Ego
Carlos Coelho

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Júlio Verne

No passado 24 de Março de 1905

Júlio Verne morre em Amiens


Se se fizesse uma sondagem mundial para apurar o autor de quem os inquiridos conseguiam citar um maior número de títulos, Júlio Verne (seria pedante chamar-lhes Jules) seria um candidato prometedor. Não só porque escreveu muitos livros – mais de uma centena -, mas porque muitos deles se tornaram clássicos universais. Verne está traduzido em 148 línguas.
O cinema ajudou a sua popularidade, adaptando muitos dos seus títulos, num total de quase cem filmes. Mais de um século após a morte do autor, quem não conhece hoje as Vinte Mil Léguas Submarinas e a Viagem ao Centro da Terra, A Volta ao Mundo em 80 Dias ou Miguel Strogoff, para citar apenas algumas obras mais conhecidas?
Filho de um advogado, Verne nasceu em 1828, em Nantes, onde passou a infância. Radicou-se depois em Paris, onde conheceu outro escritor infatigável, Alexandre Dumas. Ambos escreveram movimentadas  histórias de aventuras, mas ao passo que Dumas se interessou por fazer reviver o passado, centrando a sua obra ficcionada na História de França, Verne gostava de imaginar o futuro. Justamente considerado um precursor da fcção científica, antecipou submarinos, aviões e outras máquinas. E quando, em 1968, os tripulantes da Apollo 8 orbitaram em torno da Lua, estavam apenas a repetir, um século depois, a façanha de Miguel Ardan e dos seus amigos, descrita em Da Terra à Lua (1865) e À roda da Lua (1869).
Mesmo quando se resignava ao presente, Verne preferia situar as suas venturas em lugares exóticos, que descrevia minuciosamente sem nunca lá ter posto os pés. Os seus últimos livros, muito focados nos riscos ambientais da má utilização da tecnologia, tornaram-no ainda num pioneiro da ecologia. Escreveu quase literalmente até morrer e deixou vários livros incompletos, que o seu filho Michel terminou. Em 1989, foi descoberto um romance que escrevera em 1863 e deixara inédito: Paris do Século XX.
Jules Gabriel Verne foi enterrado no Cemitério de La Madeleine, na cidade francesa de Amiens, com honras militares pois era possuidor da Legião de Honra da República de França. O cortejo, no dia 28 de Março, foi acompanhado por mais de cinco mil pessoas.

Fonte: Jornal Público
Texto: Luís Miguel Queirós
CarlosCoelho

domingo, 11 de janeiro de 2015

Ercole Pignetelli


Ercole Pignetelli nasceu em Lecce, Itália, em 1935, numa villa do século XVII, e começa por se deslumbrar com as formas e cores dos bordados da avó materna. Apesar da oposição familiar, de 1950 a 1953 estuda no Instituto de Arte Giuseppe Pellegrino com o escultor Aldo Calò e Luigi Gabrielle, enquanto frequenta o estúdio de Lino Surpressa, que patrocina a sua primeira exposição no Circolo Cittadino. Em Milão, em 1954, conhece Lucio Fontana e o poeta Basilo Real, de quem ilustra o primeiro livro, Forse il Mare. Em 1957 cumpre serviço militar na Força Aérea. Em 1960 conhece Kline, na Bienal de Veneza, que o convida a participar numa colectiva onde expõem também Tamayo e Warhol, entre outros, e em 1978 expõe na Bienal de Veneza. Foram-lhe atribuídos vários prémios, como o San Fedele e o Ramazzotti.




Nesta obra, Pignatelli faz uma interpretação livre da obra O Nascimento de Vénus, de Botticelli, um dos mestres maiores da pintura do Quatrocento Italiano. O pintor repete aqui um processo de apropriação similar ao que já havia assumido relativamente à obra de Picasso, em 1965, quando sente a necessidade e de se tornar mais instintivo, ou em relação à obra de Di Chirico, em 1967. Depois de, em 1964, já em Milão, a sua pintura ter assumido um universo cromático mais cintilante e ácido e as figuras femininas tornado mais “rotundas”, Pignatelli percorre um léxico, sobretudo no que se refere à figuração, um pouco entre as gramáticas formais de Léger e as do neo-realismo – às quais Picasso também aderiu no inicio da década de 20.



O pintor incorporou nas mesmas toda uma sensualidade barroca, potenciada pela cor e pela exploração sensorial das texturas, a que aliou recentemente a volúpia e a inconstância do espelho. Pignatelli persegue na sua obra a emoção e a sensação aliadas à luminosidade e á cor.

Fonte: Revista Caras
Texto: Arte por Júlio Quaresma
© Carlos Coelho