segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Os Brincos nos rituais Mágicos



A origem de muitos rituais mágicos ainda hoje realizados perde-se na noite dos tempos. As práticas vão e vêm ao sabor das modas, mas nunca são esquecidas. O uso de um único brinco na orelha, actualmente muito comum entre os homens, tem uma curiosa origem lendária.

No fim do século XVI, mais ou menos na época do «Invencível Armada», um navio espanhol perdeu-se durante uma tempestade e foi parar à Costa da Noruega. A sua tripulação era constituída por marinheiros cruéis, hábeis e implacáveis, que tiveram de permanecer algum tempo em terra para consertar um dos mastros do navio. Espalharam armadilhas na zona onde tinham ancorado para apanharem pequenos animais e, inesperadamente, certa noite, capturaram um gnomo que rondava o acampamento que haviam montado na praia. Ninguém pode imaginar as torturas e humilhações a que o submeteram. Hornuk – era este o nome do gnomo -, no entanto, era esperto e aguardou o momento certo para negociar a sua vida.


A certa altura ouviu os marinheiros a falarem sobre o seu medo de morrer no mar, onde não poderiam receber uma sepultura adequada, ou de serem levados para uma praia onde os habitantes, considerando-os piratas, os deixassem insepultos.
Hornuk não perdeu a oportunidade. Disse-lhes então que tinha um amuleto capaz de proporcionar aos marinheiros uma sepultura condigna, fosse no mar ou em terra. Isso atraiu a curiosidade dos espanhóis, que lhe ofereceram a sua vida em troca desse amuleto.


Hornuk passou a noite a furar orelhas e a pendurar brincos. A partir daí espalhou-se a crença de que isso garantia aos marinheiros uma sepultura condigna, onde quer que fosse. Na verdade, sempre que um cadáver de um náufrago com um brinco na orelha dava à costa, os gnomos dessa terra encarregavam-se de o enterrar numa sepultura condigna. Desde então, os marinheiros passaram a acreditar na história do gnomo e a furar as orelhas, onde usavam brincos de ouro.
A história de Hornuk foi mais do que uma inspiração do momento para se salvar. Para os gnomos, o ouro, mais do que um bem com valor material, sempre foi considerado um elo entre o homem e o Sol. Por isso gostam de ouro e trazem-no sempre com eles.


Segundo esses pequenos seres, o metal reduz a sua necessidade de sol. Quando fazem amor, mantêm um objecto de ouro de qualquer tipo em contacto com o corpo. Este objecto pode ir de uma pulseira a um anel ou a uma corrente. Segundo eles, qualquer destes objectos reforça a energia. Muitas vezes, na noite de núpcias, espalham pó de ouro sobre os lençóis para garantir energia e felicidade ao novo casal.


Muitos rituais mágicos específicos para os animais ou utilizando elementos da natureza, como plantas, cristais e metais, foram criados por gnomos e espalhados por todo o mundo. A proximidade entre os gnomos e os homens tornou possível a disseminação dessa sabedoria ancestral. Hoje, mais do que nunca, o homem descobre novamente, uma natureza devastada, aliados importantes que foram negligenciados. Com eles, aprende importantes segredos – como estes.

Fonte: Revista Esperança
Texto/Autor: desconhecido
Fotos da revista
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Paranóia


Entende-se por paranóia o conjunto de perturbações de carácter que pode traduzir-se em orgulho excessivo, na desconfiança em susceptibilidades fora de controlo, na falsidade do julgamento e em interpretações erróneas. Estas disfunções podem provocar reacções agressivas e fazer com que o individuo atinja um estado delirante. Nestes casos, o doente pode desenvolver um delírio paranóico de interpretação, de perseguição ou de reivindicação. Antigamente designava-se por este termo um delírio crónico de interpretação sistematizada, com conservação aparente da clareza e da lógica do pensamento.
A paranóia crónica pode resultar de lesões cerebrais, do abuso de anfetaminas ou do consumo excessivo de álcool. A esquizofrenia ou a doença maníaco-depressiva são também outra das causas. Pode também manifestar-se em pessoas desconfiadas e sensitivas que parecem emocionalmente frias e se melindram facilmente.
Já a paranóia aguda – uma crise com duração inferior a seis meses – pode surgir em indivíduos com perturbações prévias da personalidade e que sofrem alterações radicais no seu meio ambiente. Nestes indivíduos, se existe uma personalidade vulnerável e predisposta a um factor de intenso stress, o resultado pode ser uma ruptura psicótica mais ou menos transitória.

Fonte: Revista Nova Gente (Dicionário de Saúde)
Foto da net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Pit bull


Foram criados para combater outros cães e divertir a nobreza. Revelaram-se amáveis e obedientes. Durante os séculos XIX e XX eram utilizados para fazer companhia às crianças.
Os Pitt Bull foram responsáveis, com os Rottweiller, por 70% das mortes por ataque canino entre 2005 e 2009 nos Estados Unidos. São considerados uma das raças mais perigosas do mundo, mas o problema pode estar apenas na forma como são treinados. É que durante muitos anos quem tinha filhos escolhia-os como animal de estimação por serem de confiança e carinhosos – até lhes chamavam The Nanny Dog (cão-ama).
A raça nasceu no século XIX. Em 1835, o parlamento inglês proibiu o bull baiting, um jogo em que os bulldogs atacavam touros na arena. A realeza encontrou então uma nova diversão na luta entre cães.
Os criadores misturavam bulldogs e terriers e esse cruzamento foi reconhecido em 1898. Os pit bull começaram a ser usados não só para luta e caça, mas também para protecção: além de eleitos por famílias ricas para tomarem conta dos filhos, eram os preferidos dos soldados da I e da II Guerra Mundial.
Especialistas defendem que eles não são naturalmente perigosos e que é o treino que lhes define a personalidade. Um estudo da American Temperament Tests Society, de 2004, diz mesmo que, 83% destes cães não são agressivos - a média geral é de 77%.



Crânio achatado e focinho largo e comprido. As orelhas são pequenas; o temperamento é alegre e são fiéis ao dono. Não são agressivos para os humanos, mas podem revoltar-se contra outros cães; precisam de socializar, de exercício físico e de regras.

Fonte: Revista Sábado
Texto/Autor: Sofia da Palma Rodrigues
Fotos da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Rei Eduardo VII


Curioso episódio no funeral do Rei Eduardo VII



No livro «Memórias do Sexto Marquês de Lavradio» há um episódio, por ocasião do enterro de Eduardo VII, Rei de Inglaterra, que merece ser transcrito. Ei-lo contado por quem a ele assistiu e muito quis a El-Rei D. Carlos:
«Às 9.25 da manhã saía o féretro de Westminster para a estação de Paddington, de onde seguiu o comboio para Windsor.
Incorporaram-se no cortejo, seguindo a cavalo em filas de 3, de Westminster para a estação: O Rei Jorge, O Imperador da Alemanha, o Duque de Connaught, os Reis da Noruega, da Grécia, de Espanha, de Portugal e da Bélgica, os Príncipes herdeiros da Turquia, da Áustria, da Roménia e da Sérvia e mais 35 príncipes, por si ou como representantes dos seus soberanos.


Da estação de Windsor para a capela de St. George seguiram todos a pé.
Em Windsor, os ofícios realizaram-se na capela de St. George, havendo depois almoço na Waterloo Chamber.
Como disse, os Reis, em Londres, seguiram a cavalo o féretro do Rei Eduardo. O Rei Fernando da Bulgária, que já não era criança e era pesado, teve alguma dificuldade em montar, o que provocou sorrisos dos Reis de Portugal e Espanha, então novos e montados com ligeireza. O Rei Búlgaro viu os sorrisos e, depois de estar a cavalo, aproximou-se deles e disse-lhes: «Meus queridos amigos, com certeza estais mais firmes na sela do que eu, mas qual de nós estará mais firme no trono?».

Fonte: Almanaque Diário de Notícias
Texto/Autor: Desconhecido
Foto da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

As casas de Garrett


Almeida Garrett, que conforme nos diz o seu biógrafo Gomes de Amorim, tinha o gosto das mudanças, pelo que não parava por muito tempo na mesma casa, foi, em 1836, morar para o pátio do Pimenta 13 – A, ali ao, ainda hoje pacato e aristocrático sítio de Santa Catarina. A residência era pequena, mas bonita, e muito ao gosto de Garrett, pois dispunha de um jardinzito de que ele próprio tratava com o maior cuidado. Que contraste entre o Garrett requintadamente elegante, poeta e dramaturgo, homem de Estado e diplomata, e o Garrett, jardineiro, talvez de socos e avental, largo sombreiro de palha e regador na mão…

Naquela casa decorreram serenamente os primeiros anos da sua ligação com D. Adelaide Pastor e ali nasceu, em 1837, o seu primeiro filho. O falecimento deste, em 1839, levou Garrett a mudar-se para a rua da Conceição de Cima, à Cotovia, mas em 1844 voltou ao Pátio do Pimenta, desta vez para a casa com o número 13 – F, e vindo da rua do Alecrim.

Fonte: Almanaque Diário de Notícias (1954)
Texto/Autor: Desconhecido
Foto da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A Aldeia que mata os seus mortos

No sul da Roménia ainda há quem espete estacas no coração dos cadáveres, não vão eles querer voltar a este mundo.

(Imagem do príncipe romeno Vlad Tepes que ficou conhecido por Drácula.)

Amarastii de Sus é uma aldeia árida da Olténia (Região do Sul da Roménia), construída, como qualquer outra aldeia das planícies, em redor de uma longa rua central, ladeada de casas cuidadas e algumas tabernas barulhentas. Porém a tranquilidade da aldeia é perturbada por uma tradição ancestral: "matar“ os mortos antes que se tornem moroi (assombrações) e voltem para apavorar os seus ante queridos. Todos os mortos de Amarastii são “preventivamente” espetados no coração ou no estômago, com espetos levados ao rubro, pois assim “não saem dos seus túmulos”.
Numa tarde de domingo, alguns vizinhos de uma zona pobre da aldeia estão à conversa num banco de jardim. O trabalho não aperta, a safra de trigo foi boa e os animais estão sonolentos. Uma vez esgotada a coscuvilhice local, as conversas tomam um rumo underground. “ Eu nunca fui assombrado por mortos, porque espetei o coração a todos, e assim não há problemas”, declara Dumitra, de 71 anos. Não o fez pessoalmente, recorreu a um “intermediário”, gente experimentada, com provas dadas de sangue-frio. Diz-se que, por vezes, após a morte, a alma  do falecido não se contenta em ser chorada durante 40 dias, ou em beber um copo de água ou de vinho deixado pela família no peitoril das janelas. Por vezes, dizem os moradores, o espírito sai do túmulo e torna-se um fantasma.


A Vox populi diz que é durante as primeiras seis semanas após o funeral que se vê se o morto passou a ser ou não um moroi. Durante esse período, se o seu coração não foi espetado, ele volta à noite e seca o leite às vacas, tira o vigor aos homens, provoca granizo ou seca e pode ir mesmo ao ponto de se “alimentar da sua própria família”, isto é, levar consigo aqueles com quem tem laços de sangue. Se um parente ouve um morto chamá-lo, não deve nunca responder, porque perde pelo menos a  voz. Se o morto não der sinais de vida durante 40 dias, então a família pode dormir sossegada.

A influência ancestral do “além”


Ioana Popescu, directora de investigação do Museu Rural Romeno, em Bucareste, afirma que tais práticas persistem nas zonas rurais, onde o mundo gira todo em torno da comunidade. “Nas sociedades tradicionais, acontece muitas vezes que, por qualquer razão, depois da morte de um membro da família ou da colectividade, algo ruim acontece. Faz-se assim a relação com o morto, pensando que ele arrasta os vivos consigo para o outro mundo ou que volta para se vingar dos inimigos.”
A investigadora considera que “não devemos julgar à luz da nossa mentalidade contemporânea uma prática tradicional, criada num dado momento por um imaginário colectivo”.
Com particularidades que variam de região para região, a tradição diz que estão destinados a tornar-se moroi as pessoas de olhos azuis, as crianças não baptizadas, os mortos que se portaram mal em vida, os que morreram enforcados, afogados ou a tiro e os mortos não velados sobre os quais passem gatos, cães, ratos, galinhas ou aves estranhas. Daí a tradição de manter os mortos em casa e de trancar todos os gatos durante o velório. Para evitar a transformação do morto em moroi, as pessoas desenvolveram diversos tipos de práticas, mas o método mais seguro continua a ser furar-lhe o coração antes do enterro…

Fonte: Jornal Evenimentul Zilei (Bucareste) (Jornal Expresso)
Texto/Autor : Cristina Lica
Tradutora: Ana Cardoso Pires
Fotos da Net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Malta


Pode correr-se o risco de se ficar esmagado pelo gozo de gozar em gozo. O calão permite-se quando está em causa o melhor da vida. Isto é, uma capital excêntrica com nome de mulher e Rainha – Victória -, águas semi-virgens do Mediterrâneo e terra de cavaleiros do templo. Uma das três ilhas do arquipélago de Malta, o lugar imaginado da utopia. 


Se numa noite de verão o viajante subir à Cidadela de Gozo, verá divisar-se, entre as nuvens de pó que se erguem na planície, a figura mística do quinto cavaleiro. Como um mensageiro de Deus ou um anjo (ou uma alma penada), este virá montado num possante corcel, oculto por um longo manto e a dobra espessa do turbante.


Quando o vento acalmar e a investida e as patas empinadas lhe estiverem a dois palmos do nariz, o viajante fará uma vénia e subirá para o dorso musculado do corcel, levantando do chão apenas pelo sopro vulcânico da terra.


Antes de o sol nascer, e no tempo de um pestanejar, acordará deitado num tapete de Damasco e diante dos seus olhos pasmados terá no lugar de ouro, incenso e mirra, ou de um burro, uma vaca e um charolês, a sublime visão de Malta. É neste clima épico que se pronuncia a fantasia. Diz-se que os malteses herdaram o melhor dos ingleses, o que está patente na arquitectura das casas, na pontualidade, na gastronomia – as tartes são um prato recorrente – ou na língua que usam como mãe. 


Mais recentemente, as noções de aculturação estendem-se ao futebol e as ruas de Gozo e Malta encheram-se de sósias de David Beckham. Assim, rapaz que preze a virilidade usa patilhas com madeixas, muda de penteado dia sim, dia não e sonha em ter uma namorada de nome Victória, uma rainha ocidental com voz de cotovia. Talvez isso explique a metamorfose das raparigas, que se juntam aos grupinhos para ensaiar temas da pop inglesa vestidas como as Doce nos seus tempos áureos, como se o seu futuro sentimental e a hipótese de constituir família dependessem do talento para as cantigas.


Depois há as senhoras de meia-idade e as avós com caras – e bigodes – de lobo mau, que olham de lado estes excessos, pesarosas de as filhas e netinhas trocarem promissora carreira no convento por um espectáculo tão deprimente. Tudo se passa na rua e o momento é risível. Mas, se pergunto a Maria – uma das muitas Marias da terra – se se importa com os maneirismos da neta, só comenta que gostava mais de vê-la na igreja a ajudar o padre-cura na missa ou a cursar catequese. Parece medieval, mas é o que é. Os tempos mudam, porém. Os filhos e netos malteses preferem hoje imaginar-se nos palcos de concertos de musica, nos estádios de futebol – onde nunca lograram sucesso – ou nas salas de cinema com o cabedal de Brad Pitt e os penteados de David Beckham.

(O Exterior da Catedral de Assumption))

O fervor religioso foram busca-lo aos italianos, os únicos que os superam na proporção de igrejas por habitante. Dos turcos consta que a herança está no poder de encaixe… das bebidas pesadas. E se numa noite de verão o viajante se deita à varanda depois de um dia inteiro de romaria, ocorre-lhe pensar que a religião é o ópio do povo e o povo, é quem mais ordena, e o que lhe apetece, afinal, é demolhar as papilas num Lavagulin ou fumar ervas por um cachimbo de água. (O Interior da Catedral de Assumption na Cidadella em Victória)

(O Interior da Catedral de Assumption na Cidadella em Victória)

Um daqueles cachimbos de essências lúbricas dos souks do Cairo que depois de fumados deixam um homem santo. E nada é impossível de conseguir se até um reluzente disco de vinil dos Abba lhe foi dado comprar no mercado de Gharb, em Victória, ou um escafandro untado de um verdete falso posto à pressa nessa manhã e que o hábil vendedor o tentou convencer ter sido pertença de um marujo de Drake. 

(Basílica de St. George's)
(Interior da Basílica de St. George's)

Onde andaria o Drake quando Malta era potência do Mediterrâneo e vespeiro onde todos procuravam assentar o ferrão? Ainda se fosse de algum corsário fariseu a soldo de Filipe II… De resto, para animar em Malta não faltarão pretextos: das rotas esotéricas do glorioso Corto Maltese, aos trilhos dos cavaleiros da Grã Ordem, das farras olímpicas possíveis em qualquer taverna de estrada e a qualquer hora aos mais selectos restos de paleta mediterrânica, como o impagável Sultan, um grego cipriota rendido aos ares malteses, com tabanca posta nos areais de Comino.

Nota Histórica

Malta é habitada desde cerca de 5200 a.C., durante o Neolítico. Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 a.C. Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que baptizaram a ilha principal Malat, o que significa refúgio seguro. 


Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 a.C., desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Ciclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do Sul da Itália. Por volta do ano 1000ª.C. as ilhas eram uma colónia fenícia. Em 736 a.C. foram ocupados pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 a.C.), e depois dos romanos (218 a. C.), quando recebeu o nome de Melita. 

(Estatuetas Neolíticas Xaghra)

Segundo a lenda nos Actos dos Apóstolos, no ano 60 da era Cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão dos seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje. Com a divisão do Império Romano em 395 d.C., a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). 

( Estes templos em Xaghra, Gozo, são dos mais importantes sítios arqueológicos em Malta.  As origens de Ggantija remontam à data de (3600-3200 a.C). 

O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram o seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A  Influência árabe pode ser encontrada na moderna língua maltesa, uma língua fortemente romanizada que deriva do árabe vernáculo.

(Círculo de pedra de Xaghra)

As Ilhas que fazem parte da União


A Republica de Malta é composta por um arquipélago de cinco ilhas muito próximas, situadas a 93 km do sul da Ilha da Sicília, a Sudoeste da Itália, e a 290km ao Norte da Líbia, na África. Está situada no centro do Mediterrâneo. As cinco ilhas do arquipélago maltês são: Malta, Gozo, Comino, e duas ilhas desabitadas, Cominatto e Filfla, as quais, no total, têm uma superfície de 316km2 e abrigam uma população estimada em 400 214 habitantes. A Republica de Malta passou a fazer parte da EU – União Europeia – a partir de 2004.
A terra de Corto Maltese
Entre os ilustres nativos malteses, o herói da banda desenhada Corto (Maltese) mantém a sua popularidade intacta. O viajante deve munir-se de notas biográficas de Hugo Pratt (‘O desejo de ser Inútil’, edições Relógio d’água) e fazer-se ás estradas, cavernas, grutas, rochedos, mares…
Muitas missas e festas
O Arquipélago maltês é um dos lugares com mais religiosos praticantes por metro quadrado. Recomenda-se ao visitante ateu ou beato que assista pelo menos a uma missa, e se for em época de festas, que acompanhe o corso ou a romaria.

Fonte: Revista Domingo
Texto: Tiago Salazar
Fotos da net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

domingo, 29 de janeiro de 2017

O poder do chocolate


Esqueça as calorias. O chocolate pode ser um grande aliado da sua saúde.

. Rico em flavonóides, substância antioxidantes que inibem a produção de radicais livres associados ás doenças cardiovasculares.
. Activa a produção de serotonina, um neurotransmissor do humor, pelo que está indicado em casos de depressão e durante o período pré-menstrual.
. Os chocolates amargos, com maior percentagem de cacau, são os mais aconselhados.
. 50 gramas por dia, o equivalente a um bombom, são suficientes para retirar os seus benefícios.

Fonte : Revista Nova Gente
Texto/Autor: Luís Gaspar
Foto da net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

sábado, 28 de janeiro de 2017

Cactos

Podem ser pequenos, grandes, simples ou com bonitas flores. A verdade é que os cactos são autênticos sobreviventes. Consegue resistir-lhes?

A Magia do deserto em sua casa


Podemos desprezá-los, esquecermo-nos de regar, que eles conseguem sobreviver a todo. Escolher uma espécie deste tipo de plantas é uma tarefa demorada. São muitas as formas, medidas e encantos que pode escolher ter em casa. E se os espinhos assustam os mais melindrosos, saiba que é apenas uma defesa para não serem devorados por animais famintos. Vá de férias à vontade, que eles não se importam nem irão surpreende-lo com uma secura inconveniente.
Ideais para os distraídos. Perfeitos para quem aposta na originalidade, quer no interior como no exterior do seu lar.

Efeito Original


Surpreendente e muito estético. Se precisa de decorar um escritório, mas não sabe como, experimente misturar duas espécies de cactos através do enxerto. Os seus amigos vão adorar.

Primeiro passo

Tendo o devido cuidado para não se picar, escolha uma vara de enxerto vigorosa e corte um segmento de 3 cm do topo. Para o fazer, utilize uma faca bem afiada e desinfectada ao lume.

Segundo passo

Prepare o enxerto retirado sobre a outra espécie de cacto, seleccionada geralmente entre as mais reputadas de cultura difícil. Corte o contorno em viés, para melhorar a sua instalação sobre a vara do enxerto.

Terceiro passo

Coloque o enxerto sobre o cacto portador, apoiando-o para evitar bolsas de ar e segurando o enxerto. Mantenha as duas partes juntas com elásticos. Coloque o vaso num local iluminado e ameno (10 graus).

Saiba que…



Algumas cactáceas têm capacidade para acumular uma quantidade de água equivalente a trinta vezes o seu peso;
Os cactos subdividem-se em três grupos, consoante a localização das reservas de água, que podem ser nas folhas, no caule ou na raiz;
Pensa-se que os primeiros cactos surgiram há 150 milhões de anos;
No nosso Planeta, existem cerca de dez mil espécies de cactos;
O Jardim Exótico de Montecarlo, no Principado do Mónaco, tem a mais rica colecção destas plantas do Mundo. Trata-se de um hectare de terreno que atrai por ano, 600 mil visitantes;


Algumas variedades de cactos são utilizadas para fins medicinais.

Fonte: Revista Ana
Fotos da revista /net

𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Chocolate negro reduz hipertensão


Comer dois pedaços de chocolate negro por dia é suficiente para reduzir a tensão arterial sem ganhar peso.
A conclusão é de um estudo alemão que acompanhou durante 18 meses 44 adultos com hipertensão arterial. Já o chocolate branco não surtiu qualquer efeito a nível da tensão.

Fonte: Revista Nova Gente
Foto de net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Jackie Kennedy Onassis

Especial porque?
Como ela conquistou o mundo


A importância de saber o que queremos
Já diz o povo que se não soubermos para onde queremos ir nunca havemos de lá chegar. Jackie sabia o que queria e acreditava nisso apaixonadamente. Em criança, desenvolveu “uma carapaça interior” para sobreviver à humilhação de ter um pai alcoólico e esbanjador que se dava muito mal com a sua mãe. 


Em plena década de 1940, Jackie soube que teria de ser ela a escolher o rumo da sua vida e um dos objectivos que traçou foi o de escapar ao fantasma da pobreza que a perseguiu enquanto crescia. Como conhecia bem os seus pontos fortes e fracos, sabia até onde poderia chegar. Decidiu arranjar um marido rico. Foi então que Kennedy se atravessou no seu caminho quando Jackie trabalhava como repórter fotográfica.

Não perder de vista os objectivos


“Extremamente disciplinada, tinha uma enorme capacidade de concentração que lhe permitia concretizar quase tudo aquilo a que se propunha. Adorava ser excelente em tudo o que fazia, achando impossível contentar-se com menos.” Muito competitiva, na escola, o seu nome estava sempre no quadro de honra.
Aos 11 anos venceu todos os concursos de sub-21 de equitação, aos 18 foi Debutante do Ano no baile do colégio e conseguiu ir estudar para Sorbonne como sempre desejara. A sua vida ensina-nos que “ se queremos ver algo feito, temos de aprender a dizer ‘não’ e a concentrar-nos nas nossas prioridades”.

Maternidade: amor e disciplina


Para Jackie, ser mãe era “dar amor, segurança e disciplina sem lágrimas”. Apesar de ser uma mulher moderna, transmitiu aos filhos os mesmos valores tradicionais e antiquados que recebera. 


Educou Caroline (a mais velha) e John (falecido em 1999 num acidente de avião) para serem independentes, responsáveis e atenciosos. Desde pequenos, quis que trabalhassem e não se transformassem em jovens mimados e caprichosos.

Imagem e estilo inconfundíveis


“Transformou a imagem séria e conservadora da América dos anos 50, noutra cheia de estilo e elegância internacionais.” Jackie sabia que, fizesse o que fizesse, seria julgada em primeiro lugar pelo seu aspecto. 


Abençoada com uma silhueta de manequim, apostou nas jóias e toilettes parisienses e o Mundo apaixonou-se por ela. Onassis  escolheu-a na esperança de ser contagiado pela sua áurea de “rainha”. 





Enquanto foi Kennedy o “visual Jackie” virou moda na América: “Chapéu pequenino, vestidos direitos sem mangas, um lenço Hermes, fatos estilo Chanel, vestidos de noite só com um ombro, luvas, vestidos-sari, uma fiada dupla de pérolas, sapatos com pouco salto e enormes óculos escuros.”



A elegância estava-lhe até no tom de voz:  “Suave, meigo e muito doce. Fascinava-me. Nunca apressava as palavras. As outras raparigas não soavam como ela”, recorda uma ex-colega de escola.


Coragem para continuar

As horas que se seguiram ao assassinato do marido, em Dallas, em 1963, Jackie mostrou uma coragem que impressionou o Mundo. “ 


Pouca gente imaginava que houvesse tamanha ‘força sob a seda’ (…) Quem a viu diz que “tinha os olhos secos, uma expressão um poucoalheada, e que fitava o horizonte. Sabia que tinha de honrar o seu compromisso com o marido, os filhos e os pais.


O seu fato cor-de-rosa ficou sujo de sangue e de massa encefálica, mas ela não o mudou nem abandonou o corpo de John F. Kennedy”. Já durante o casamento tivera de ser corajosa para manter os votos, ante as famosas infidelidades do marido. Depois, criou os filhos sozinha e refez a vida ao lado de Onassis.


Homens e o “olhar-farol”

Jackie tinha um poderoso “não sei o quê especial” que lhe permitiu conquistar dois dos homens mais cobiçados do século. 


Fê-lo sem ser dona de uma beleza ou sensualidade acima da média ou, sequer, de uma personalidade extrovertida. A sua arma era a individualidade. “ Em jovem, foi bastante honesta consigo própria e quis melhorar aquilo que acreditava serem os seus defeitos.” 


Aprendeu a usar a moda para disfarçar imperfeições físicas e capitalizou a admiração que suscitava por ser uma mulher viajada. O pai ensinou-lhe as vantagens de usar um “olhar-farol”, um sorriso radioso e de falar baixinho sem nunca revelar tudo. 


Quando fixava um homem nos olhos, fazia-o sentir-se o centro do seu universo. Algo irresistível. 


Escolheu os homens consoante as necessidades: o primeiro por amor, o segundo por dinheiro, o terceiro foi o companheiro na velhice, Maurice Tempelsman.

Fonte: Revista Nova Gente
Texto: Anabela  Pereira Fernandes
Fotos da net
𺰘¨¨˜°ºðCarlosCoelho𺰘¨¨˜°ºð