Rubens
Peter Paul Rubens
nasceu em 1577 em Siegen, Alemanha, onde o pai, Jan Rubens, um conceituado advogado de Antuérpia que se tornou
amante da mulher do príncipe Guilherme
de Orange, se exilaria. Após a morte do pai, a mãe regressa a Antuérpia com
os filhos e Rubens passa a receber uma educação católica. Aos 21 anos, enquanto
ajudante de Van Veen, é admitido na
guilda dos pintores de Antuérpia. Viaja até Italia , onde conhece o seu futuro mecenas, Vicenzo Gonzaga, duque de Mântua. O duque confia-lhe algumas
missões diplomáticas que o levam a Espanha. Regressa a Antuérpia em 1608, por
causa da morte da mãe, e no ano seguinte casa-se com Isabella Brant, de 17 anos. Entre 1622 e 1630 é igualmente
requisitado como diplomata e pintor, dividindo-se entre as viagens e as
encomendas de vários monarcas. Em 1630, quatro anos após a morte de Isabella,
casa-se com Hélène Fourment, de 16
anos. Morre de gota aos 63 anos.
Com a exposição Rubens, la Adoración de los Magos, na
qual, além de várias obras-primas do pintor flamengo, são apresentados os
esboços feitos por Miguel Ângelo
para a Capela Sistina, o Museu do Prado.
Poucos anos depois de ter sido executado, este quadro
foi enviado para Madrid, passando a fazer parte da colecção real de Espanha.
Vinte anos mais tarde, quando Rubens visita
Espanha, entre 1628-1629, e se encontra com a obra, decide reformula-la e
modifica uma série de detalhes. Decide mesmo aumentar o quadro em cima e na
margem direita.
Até 1620 Rubens desenvolve dois estilos alternados,
um pictórico, marcado pelos mestres italianos, com recursos a cores fortes e
brilhantes, com apontamentos amarelos e vermelhos, e outro mais clássico,
consistindo numa composição elaborada de cores frias. Considerado o pintor mais
importante do barroco flamengo, Rubens, fosse qual fosse o tema ou a estrutura
compositiva ou mesmo a utilização da cor, imprimia à obra o cunho de um grande
colorista, a complexidade compositiva e a mestria de um magnífico desenhador,
impregnando-a ainda com o seu estilo de vida alegre e livre.
“Adoração dos Reis Magos”, óleo sobre tela, pintado
em 1609 para a Câmara de Amberes.
Fonte: Revista Caras
CarlosCoelho