sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Novo Coronavírus
sábado, 15 de setembro de 2018
Malietoa Tanumafili II
O Rei do paraíso
Os samoanos, diz-se, gostavam deste homem forte e
sorridente que, à maneira polinésia, posava com farfalhudos colares de flores e
os representava (sem os governar directamente) desde 1962, o ano da morte do
seu pai, Malietoa Tanumafili I. A seguir ao Rei Bhumibol da Tailândia e à
Rainha Isabel II de Inglaterra, Tanumafili II era o mais antigo soberano do
mundo em exercício. Se contássemos com Fidel castro, passaria para quarto
lugar. No que respeita a idade, tratava-se do governante mais velho no seu posto.
Fotos da Net
©CarlosCoelho
sábado, 21 de julho de 2018
Maria Antonieta
Este frasquinho custa 1500 Euros. Parece-lhe caro? É o preço a pagar pelo aroma favorito de Maria Antonieta – a rainha austríaca que escandalizou a corte francesa dos finais do século XVIII, por causa dos seus refinados hábitos de higiene. O perfume, também ele de nome pomposo, Sillage de la Reine (traduzido à letra O Acordar da Rainha) passou a estar à venda desde Setembro de 2005. Mas não será fácil encontra-lo: só no Palácio de Versalhes, em Paris, onde ela viveu, ou através de encomendas directas à empresa anglo-holandesa Quest International.
E foi precisamente na antiga morada da Rainha que
decorreu a apresentação da amostra, em meados de Fevereiro de 2005. Cerca de 80
pessoas escolhidas a dedo pela companhia espreitaram os seus aposentos e a mala
onde ela guardava as essências. O anfitrião foi o francês Francis Kurkdjian,
uma sumidade de perfumes, que resolveu recuar no tempo e criar a réplica
perfeita da fragância de Jean-Louis Fargeon, o perfumista pessoal de Maria
Antonieta.
Sillage de la Reine é um coquetel de luxo. Mistura
jasmim, flor de íris, âmbar-cinzento, rosa e tuberosa, entre outros
ingredientes. Todos com um denominador comum: eram os preferidos da Rainha.
A sua obsessão por perfumes foi provocada por um
estranho motivo: para evitar desmaios. Maria Antonieta só não perdia os
sentidos quando lhe vinham os odores do âmbar, almíscar e sândalo. Ao saber
desta fraqueza, em 1774, Jean-Louis Fargeon apresentou-se a ela com umas luvas
aromatizadas. Conquistou-a na hora.
Os livros de história descrevem-na como uma vilã
frívola. “Foi a primeira fashion victim”,
garante a historiadora francesa Elisabeth de Feydeau, que dedicou uma biografia
ao perfumista real. Apesar de as suas práticas de higiene terem chocado a
corte, Maria Antonieta deixou marca. Aliás, muitas marcas: os cabelos soltos, a
maquilhagem leve e, claro, os perfumes, que viriam a transformar-se numa
indústria que movimenta milhões.
Reza a lenda que na Revolução Francesa o povo
apanhou a carruagem real por causa do rasto de perfume de Maria Antonieta. O
desfecho já se sabe: em 1793 foi condenada à guilhotina. Mas ainda gritou ao
carrasco: “Malvado, malvado, não me descomponha!”
Receita com secreções de Baleia
Primeiro mistura-se a baunilha com rosa, tuberosa,
jasmim, flor de Íris e flor de laranjeira. E fica a repousar durante dez dias,
ao ar livre.
A etapa seguinte consiste em adicionar ao coquetel
inicial uma outra preparação, á base de glicerina, cedro, sândalo,
âmbar-cinzento e almíscar (substância aromática retirada de uma glândula do
almiscareiro). Da união de todos os ingredientes resulta um perfume requintado.
Recentemente, uma equipe de perfumistas na França
embarcou em uma missão intrigante: recriar o famoso perfume de Maria Antonieta.
Utilizando descrições históricas e documentos da época, eles se propuseram a
recriar o aroma que encantava a rainha.
A tarefa não foi fácil, pois muitos dos ingredientes originais não estão mais disponíveis ou são extremamente raros. No entanto, com dedicação e habilidade, a equipe conseguiu recriar a fragrância com precisão, usando ingredientes que evocam o mesmo aroma que Maria Antonieta conheceu e amou.
O Aroma da História
O perfume recriado de Maria Antonieta oferece uma janela olfativa para o passado. Quando você fecha os olhos e inala essa fragrância, é como se estivesse fazendo uma viagem no tempo para os salões luxuosos do Palácio de Versalhes. É uma fragrância que evoca a elegância e a sofisticação da corte francesa do século XVIII.
A Embalagem: Uma Homenagem à Época
Além do próprio perfume, a embalagem do frasco é uma verdadeira obra de arte. Inspirada na estética da época de Maria Antonieta, a embalagem é adornada com detalhes delicados e refinados, incluindo motivos florais e dourados que refletem a opulência da corte.
Fonte: Revista Sábado
Texto: Joaquim Torrinha
Foto da net
©CarlosCoelho
terça-feira, 12 de junho de 2018
Ciência
Sapos anunciam sismos?
O Êxodo de sapos da região de Abruzzo, em Itália, onde a terra tremeu destruindo boa parte da cidade de Áquila, leva os cientistas a reforçarem a ideia de que os animais têm formas de predizer a ocorrência de tremores de terra. Até agora, estudos com várias espécies (cães, vacas, raposas e até peixes) registam algum tipo de comportamento estranho antes dos abalos, mas uma investigadora britânica deu conta do sumiço dos sapos de uma colónia que estudava, cinco dias antes do sismo – 96por cento dos machos fugiram cinco dias antes e três dias antes do abalo não restava nenhum.
Fonte: Revista Notícias Sábado
Autor: LM.
Fotos da Net
©CarlosCoelho
sábado, 5 de maio de 2018
Shakespeare
Shakespeare existiu!
Escreveu William Shakespeare as obras que lhe são atribuídas? Ou pior ainda: Shakespeare existiu? Mark Twain, Henry James ou Freud, entre outros, chegaram a pôr em dúvida que tivesse havido um só autor para todas as obras de Shakespeare. Se os cépticos continuam a fazer-se ouvir, há quem os desminta com base na investigação histórica. É o caso do norte-americano James Shapiro, Professor da Universidade de Columbia, que considera que as dúvidas sobre a existência do autor, filho de um comerciante, que só surgiram dois séculos após a sua morte, mas não sã do que a prova de preconceito cultural e snobismo.
Fonte: Revista Notícias Sábado
Autor: J.A.S
Foto da Net
©CarlosCoelho
sexta-feira, 2 de março de 2018
Morte
Morrer Islâmico
No médio Oriente é difícil morrer sozinho. O Médico, em viagem, descobre uma cultura feita de rituais diferentes, rigorosos e sem pressas.
(Cemitério muçulmano de Sidi
el Mezri em Monastir Tunísia)
A morte é parte da vida. Uma parte da vida tão difícil de aceitar quanto mais sofisticada é a cultura e que se morre. Se alguns povos celebram a morte como um renascimento, outros são os que a choram perpetuamente inumando as suas vidas em roupa negra e cemitérios solitários. Hábitos e culturas diferentes. Nascemos a gritar no meio de muita gente. Todos se preparam para nos receber em festa. Quando morremos, muitas vezes fazemo-lo sozinhos, sem que ninguém se aperceba em silêncio.
No médio Oriente é difícil morrer sozinho. Só existe
um tipo de família: aquela em que todos partilham o mesmo chão, a mesma
refeição, o mesmo quotidiano, o mesmo tempo. Quando o fim se anuncia, há sempre
tempo. Tempo para pegar numa mão, para beijar uma face. Tempo para trocar as
últimas palavras de afecto. Tempo para começar a construção da memória, essa
vida eterna que nos assiste.
A morte anuncia-se discretamente e tudo deve ser
executado segundo esta regra. O ritmo acelera. Há pouco tempo para preparar o
enterro. Todo o processo será feito com rigor mas rapidamente. Inicia-se a
lavagem do corpo. Homens lavam mulheres e mulheres lavam mulheres. Crianças com
menos de oito anos de idade podem ser lavadas por ambos os sexos. Depois de
colocar o corpo num estrado elevado, circula-se à sua volte três, cinco ou sete
vezes queimando incenso. É chegado o momento de lavar o corpo três vezes. Se
estiver limpo não é necessário lavar outra vez. No entanto, se o corpo ainda
não estiver conforme o estabelecido deve continuar a ser lavado sempre em número
ímpar de vezes. Se à sexta lavagem já estiver pronto, uma sétima lavagem será
executada.
A água deve ser fria, a não ser que o tempo não o
permita ou o corpo demasiado sujo. Pode-se perfumar as partes do corpo que
contactam com o chão durante a prostração.
O corpo correctamente lavado deve ser correctamente
vestido. A escolha do vestuário é criteriosa. As roupas devem ser do próprio mas,
se não existir roupa digna, é da responsabilidade do seu representante legal
providenciar o traje. O cadáver só está autorizado a vestir aquilo que lhe era
permitido em vida. Seda pura tingida com açafrão ou bordados com ouro são
estritamente proibidos aos homens. São igualmente proibidos versos do Corão no
vestido, roupa excessivamente cara ou escolhida em vida para o efeito.
Deseja-se roupa branca, a estrear ou usada, simples. A oração pode ser feita em
casa, na mesquita ou no cemitério, mas obedece a uma fórmula obriga ao seu
reinício. O corpo é colocado diante dos crentes com a cabeça do lado direito.
Uma pessoa falecida deve ser sempre acompanhada até ao local do seu enterro. Se
o cortejo se fizer a pé, toda a gente segue à frente do caixão. Uma mulher só é
autorizada a seguir atrás do caixão caso se trate do seu marido e apenas se se
souber comportar dignamente. Chorar é permitido, mas manifestações exaltadas
são completamente interditas. Disse o profeta Maomé: «Aquele que bate na sua
cara, rasga a sua roupa ou chora os seus mortos como no tempo dos dias da
ignorância não é um de nós.»
Fonte: Revista Única (Expresso)
Texto: Luís Mieiro
Fotos da Net
©CarlosCoelho
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
Henrique VIII de Inglaterra
O Rei Tirano
Nomeação: Henrique tornou-se rei por acaso. A coroa pertencia ao seu irmão mais velho, Artur, que morreu precocemente, o que levou Henrique a ser nomeado e a casar-se com a cunhada.
Amor: O Rei Inglês teve seis mulheres e várias amantes. No entanto, o seu grande amor foi Ana Bolena, que o levou a divorciar-se da sua primeira mulher Catarina, e, consequentemente, a romper com a Igreja Católica. Porém, quando Ana o desiludiu por não lhe dar o tão esperado filho varão, ele mandou enforca-la.
Guerra: O segundo rei da dinastia Tudor procurou sempre a honra da guerra e na década de 50 invadiu a França.
Religião: Depois de romper com a Igreja Católica, devido ao seu divórcio, Henrique perseguiu o clero e fundou a Igreja Anglicana.
Físico: Henrique VIII recebeu o cognome de O Gordo. Quando morreu, a sua cintura tinha 137centímetros.
Sucessão: Apesar de ter um filho varão, Eduardo, foram as suas duas primeiras filhas, Maria I e Isabel I, que subiram ao trono.
1491 – Nasce Henrique, filho de Henrique VII e Elizabete de York.
1499 – O irmão mais velho de Henrique, Artur, Casa-se com Catarina de Aragão.
1502 – Artur morre.
1503 – Catarina de Aragão fica noiva de Henrique.
1509 – Henrique sobe ao trono após a morte do pai.
1525-1533 – O rei pede o divórcio, mas é recusado pelo Papa.
1533 – Henrique anula o seu casamento e é excomungado.
1534 – Henrique cria a Igreja Anglicana.
1536 – O rei apodera-se das propriedades da Igreja.
1547 – Henrique morre aos 55 anos.
Catarina de Aragão – (1509-1533)
Esteve grávida seis vezes, mas apenas Mary
sobreviveu.
Ana Bolena (1533-1536)
Teve uma filha, Isabel, e abortou duas vezes.
Jane Saymour (1536-1537)
Deu o tão esperado varão a Henrique VIII Eduardo,
mas morreu duas semanas após o parto.
Ana de Cleves (Jan a Jul. de 1540)
O casamento nunca chegou a ser consumado.
Catarina Howard (1540-1542)
Trinta anos mais nova do que o rei inglês, era
estéril e foi enforcada por adultério.
Catarina Parr (1543-1547)
Cuidou de Henrique na velhice e morreu um ano depois
dele.
Fonte: Revista Maria
Texto: Mónica Santos/Ronnie V.
Fotos da net
© Carlos Coelho